Curso de Teclado Eletrônico

imageCurso prático com rudimentos musicais, dirigido à prática de acompanhamento, para iniciantes ou pessoas que já tenham um conhecimento básico, em três níveis.

Por Ant. Romão Silva

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Calor do corpo é usado para gerar eletricidade

Energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/05/2014

Gerador termoelétrico usa calor do corpo para gerar eletricidade

Gerador termoelétrico flexível gera energia a partir da diferença de temperatura entre o corpo humano e o ar ambiente.[Imagem: KAIST]

Gerador termoelétrico

Que tal trocar as baterias por um gerador que produza eletricidade aproveitando o calor do seu corpo?

Esta é a proposta de um novo gerador termoelétrico flexível, fabricado à base de um tecido de fibra de vidro por Sun Jin Kim e seus colegas do instituto KAIST, na Coreia do Sul.

Basicamente dois tipos de geradores termoelétricos, ou nanogeradores, têm sido desenvolvidos - com materiais orgânicos ou com materiais inorgânicos.

Os geradores termoelétricos orgânicos utilizam polímeros, ou plásticos, que são altamente flexíveis e compatíveis com a pele humana, o que os torna ideais para roupas eletrônicas, ou e-tecidos, e para aparelhos eletrônicos de vestir.

Porém, os polímeros têm uma potência de saída muito baixa - eles produzem pouca energia.

Os geradores termoelétricos inorgânicos produzem bastante eletricidade, mas são pesados, rígidos e volumosos.

Gerador termoelétrico usa calor do corpo para gerar eletricidade

A cerâmica normalmente utilizada nos geradores termoelétricos foi substituída por um tecido de fibra de vidro, dando flexibilidade ao gerador. [Imagem: KAIST]

Tecido gerador de eletricidade

A equipe coreana lançou então um novo conceito: um gerador termoelétrico feito de materiais inorgânicos, de alta eficiência, mas que substitui os substratos - normalmente de cerâmica ou alumina - por um tecido flexível.

Para isso foram sintetizados dois tipos de materiais termoelétricos em estado líquido, um tipo negativo (Bi2Te3) e outro tipo positivo (Sb2Te3).

Como são líquidos - na verdade, um tanto pastosos - eles podem ser aplicados em um tecido usando uma técnica de impressão similar à serigrafia, usada para pintar camisetas.

Os materiais formam "pontos" dos tipos positivos e negativos mesclados na malha do tecido, compondo um tecido gerador de energia que pode ter espessuras na faixa dos micrômetros.

"O próprio tecido de vidro serve como substrato superior e inferior do gerador termoelétrico, mantendo os materiais termoelétricos inorgânicos no meio. Esta é uma abordagem bastante revolucionária para conceber um gerador, reduzindo significativamente o peso do nosso gerador (~ 0,13g/cm2), que é um elemento essencial para eletrônicos de vestir," disse o professor Byung Jin Cho, líder do grupo.

Um dos protótipos, em formato de pulseira, gera cerca de 40 mW de energia elétrica a partir da diferença de temperatura entre a pele humana e o ar ambiente.

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Bibliografia:
Wearable Thermoelectric Generator Fabricated on Glass Fabric
Sun Jin Kim, Ju Hyung Wea, Byung Jin Cho
Energy & Environmental Science
Vol.: Advance Article
DOI: 10.1039/C4EE00242C

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Célula solar ou LED, você escolhe

Eletrônica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/05/2014

Molibdenita funciona como célula solar ou como LED

A molibdenita também é um material monoatômico, como o grafeno. [Imagem: Oriol Lopez-Sanchez et al./10.1021/nn500480u]

Funcionando em silêncio

A molibdenita avança cada vez mais rumo ao estrelato em uma esperada era pós-silício.

Muito menos conhecido do que o grafeno - afamado pela conquista de um Prêmio Nobel - esse dissulfeto de molibdênio (MoS2) tem mostrado resultados práticos bem mais promissores.

A molibdenita já foi usada para construir uma memória flash, um sensor fotográfico ultrassensível e até um chip completo.

A lista agora fica maior, com a entrada de LEDs (diodos emissores de luz) e células solares.

Pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, demonstraram que a molibdenita possui uma funcionalidade que só havia sido demonstrada até agora por um material bem mais exótico, o disseleneto de tungstênio (WSe2).

Camadas atômicas

Oriol Lopez-Sanchez e seus colegas construíram vários protótipos de diodos emissores de luz colocando camadas atômicas de molibdenita sobre um substrato de silício.

Na interface entre os dois materiais, cada elétron (carga negativa) emitido pela molibdenita combina-se com uma lacuna (carga positiva) no silício. Os dois materiais perdem energia, que se transforma em fótons que são emitidos, fazendo o componente funcionar como um LED.

"Essa emissão de luz é causada pelas propriedades específicas da molibdenita. Outros semicondutores tenderiam a transformar essa energia em calor," explica o professor Andras Kis, coordenador da equipe.

Ao inverter o componente, Lopez-Sanchez constatou que, em vez de emitir luz, ele passar a capturar os fótons, funcionando como uma célula solar.

"Nossos testes mostraram uma eficiência de mais de 4%. O MoS2 é mais eficiente em comprimentos de onda visíveis do espectro, e o silício funciona melhor na gama do infravermelho, de forma que os dois trabalham juntos para cobrir a maior faixa espectral possível," disse Kis.

Um rendimento de 4% é superior ao obtido pela maioria das células solares flexíveis, ou de filme fino.

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Bibliografia:
Light Generation and Harvesting in a van der Waals Heterostructure
Oriol Lopez-Sanchez, Esther Alarcon Llado, Volodymyr Koman, Anna Fontcuberta i Morral, Aleksandra Radenovic, Andras Kis
ACS Nano
Vol.: 8 (3), pp 3042-3048
DOI: 10.1021/nn500480u

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Baterias líquidas saem dos laboratórios rumo às fábricas

Energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/05/2014

Baterias líquidas: energia solar e eólica 24 horas por dia

Este foi o primeiro protótipo da bateria líquida, apresentada pelos pesquisadores em 2009.[Imagem: Patrick Gillooly]

Bateria líquida

Em 2009, dois pesquisadores norte-americanos apresentaram um novo conceito de baterias líquidas, que, segundo eles, poderia viabilizar a adoção das energias renováveis em larga escala.

Agora, Donald Sadoway e David Bradwell preparam-se para transformar seu sonho de laboratório em realidade industrial.

Eles criaram uma empresa, a Ambri, que já arrecadou fundos para transformar o experimento em protótipo, e agora já têm quase todo o dinheiro necessário para construir uma fábrica de verdade, com produção em larga escala.

A Ambri pretende testar os protótipos em campo este ano e produzir baterias de tamanho real em 2016.

Seu nicho de mercado será o armazenamento temporário da energia produzida por fontes renováveis, como eólica e solar, liberando a eletricidade de forma dosada 24 horas por dia.

Em uma única rodada de captação de recursos, a empresa angariou U$35 milhões - outra empresa emergente fundada por pesquisadores que atraiu a atenção dos investidores está tentando fabricar uma folha artificial que produz hidrogênio com luz do Sol.

Sol e vento 24 horas por dia

Segundo o MIT, onde os pesquisadores trabalham, a grande vantagem da tecnologia de bateria líquida é a sua simplicidade.

O processo usa discos de metal e um eletrólito salino em uma célula de aço inoxidável de poucos centímetros cúbicos, algo que pode ser fabricado de forma automatizada.

Baterias líquidas: energia solar e eólica 24 horas por dia

De terno no laboratório: o professor Sadoway e seus alunos já estão trocando os jalecos brancos por ternos de grife. [Imagem: M. Scott Brauer/MIT]

A empresa já demonstrou isso fabricando seus protótipos usando robôs normalmente utilizados na indústria automobilística.

O plano de investimentos da Ambri prevê a fabricação de 130 megawatts-hora de baterias por ano - se alcançar esse patamar, a empresa argumenta ser possível fabricar baterias líquidas a um décimo do preço de uma bateria de íons de lítio equivalente.

Com baterias com custo inferior a US$ 500 por quilowatt-hora, a energia eólica ou solar pode ser armazenada de forma rentável durante a noite para ser vendida durante o dia, ou pode ajudar as concessionárias a atender a demanda nos horários de pico sem investimentos em termoelétricas.

Como funcionam as baterias líquidas

O princípio básico das baterias líquidas consiste em colocar três camadas de líquido no interior de um recipiente - duas ligas metálicas diferentes e uma camada de sal.

Os materiais foram escolhidos de tal forma que apresentam densidades diferentes, o que os mantém separados naturalmente em três camadas distintas, com o sal no meio, separando as duas camadas de ligas metálicas fundidas.

A energia é armazenada nos metais líquidos, que tendem a reagir um com o outro. Mas eles somente podem fazer isso transferindo íons - átomos eletricamente carregados de um dos metais da liga - através do eletrólito. Isso resulta em um fluxo de corrente elétrica.

Quando a bateria está sendo carregada, alguns íons atravessam a camada de sal e são coletados em um dos terminais. Quando a energia da bateria está sendo utilizada esses íons migram de volta através do sal e se depositam no terminal oposto.

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A fantástica ciência do Antigo Egito – 4/4

imageAs primeiras feministas

Afirmar que as egípcias foram as primeiras feministas da história pode parecer precipitado, já que o assunto dificilmente estaria em pauta naquela época. Mas, queimas de sutiãs à parte, no mundo dos faraós elas tinham poder e direitos de dar inveja a diversas sociedades contemporâneas. Dependendo da classe social, pode-se até concluir que tinham mais direitos e papel bem mais expressivo que muitas mulheres do século 21.

Conquista como o divórcio, que, no Brasil, só aconteceu na década de 1970, era uma prática aceita naquela sociedade, inclusive quando solicitado pela própria mulher, afirma a professora Margaret Bakos. Foram encontrados registros de pedido de divórcio por parte do homem e da mulher no Novo Império (1555 a 1090 a.C.).

Há documentos que mostram as preocupações com a situação dos bens do casal em caso de separação, quando a mulher costumava ficar com a casa e com os filhos. A poligamia não era proibida, mas a responsabilidade financeira que um egípcio tinha com suas mulheres o fazia pensar muito antes de ter mais de uma esposa.

A egiptóloga diz que não havia qualquer referência nos papiros em relação à virgindade ou à restrição do sexo apenas com finalidade de procriação. “Os egípcios não eram tímidos em relação ao sexo, tinham consciência de seus prazeres, mas não costumavam tornar o assunto público. Quanto ao aborto, sabe-se que existia, mas não era prática comum”, afirma Margaret. “Há registros de pessoas que foram incriminadas por terem conduzido um aborto que resultou na morte da mulher.”

A maioria de suas tarefas era voltada para o lar, mas havia sacerdotisas, agricultoras, escribas e donas de seus próprios negócios (padarias, peixarias) e galgavam com méritos próprios posições hierárquicas. Elas casavam cedo, normalmente próximo da primeira menstruação, mas isso não significa que não fossem sexualmente ativas antes da coabitação, lembra a historiadora. Pelos registros encontrados, o valor do pagamento por seus trabalhos era igual ao dos homens. O homem e a mulher tinham posição de igualdade perante a lei. A mulher podia herdar, deixar heranças, trocar e vender propriedades e escravos.

Conscientes ou não do conceito de feminismo, as devotas da deusa Ísis têm muito a ensinar àqueles que hoje ainda fazem distinção entre os direitos dos seres humanos, qualquer que seja a desculpa adotada.

A ciência da mumificação

A preocupação com os mortos revelou importantes

segredos do corpo humano

Os grandes avanços da medicina praticada pelos povos do Antigo Egito devem-se, principalmente, aos sofisticados processos de mumificação. Por meio deles, conheceu-se detalhadamente todo o sistema circulatório, as vísceras, bem como o funcionamento do coração, que os egípcios acreditavam ser o gerenciador do corpo e das emoções. Com o objetivo de preservar os cadáveres, eles desenvolveram técnicas de embalsamamento e estudaram profundamente métodos de retirada de órgãos. Para tanto, eles estudaram a fundo a anatomia e criaram instrumentos específicos para cada função, tataravôs dos bisturis, agulhas e pinças encontrados nas mãos dos cirurgiões modernos. Os médicos registravam cada avanço em papiros estudados até os dias de hoje.

SALGADOS

Os corpos e órgãos eram tratados com nitrão, um sal mineral comum na região, para evitar a decomposição

ATADURA

As faixas de linho que envolviam os mortos eram banhadas em resina e goma

LAVAGEM

Fígado, estômago e intestinos eram lavados diversas vezes antes de serem envasados

SOBRAS

Resíduos resultantes das incisões para retirada de órgãos durante a mumificação eram jogados no rio

COM AS TRIPAS DE FORA

As vísceras eram cuidadosamente retiradas e colocadas em jarros de barro, chamados canopos. Eles eram guardados nas tumbas próximo aos sarcófagos. As tampas reproduziam imagens sagradas

BOLETIM MÉDICO

Os conhecimentos científicos eram registrados por meio de relatos e desenhos em documentos chamados papiros médicos. Tais registros indicavam que os médicos egípcios se dividiam em especialidades. Durante a mumificação os papiros usados não eram os científicos, mas aqueles que continham trechos das orações encontradas no Livro dos Mortos

FACA AFIADA

Os métodos mais sofisticados de mumificação previam a retirada das vísceras antes do início do enfaixamento do corpo. A extração acontecia por meio de cortes precisos, feitos por lâminas afiadas que deram origem a alguns instrumentos cirúrgicos contemporâneos, como o bisturi. O cérebro costumava ser extraído pelas narinas. Graças a essas incisões é que os egípcios conheceram o interior do corpo humano

BANHO DE CHEIRO

Antes de enfaixar os mortos, os egípcios costumavam besuntar o cadáver com óleo perfumado. As faixas de linho engomadas eram colocadas primeiro na cabeça, depois nas mãos – respectivamente na direita e na esquerda – nos pés, primeiro no direito e posteriormente no esquerdo, e só depois na outras partes do corpo. Uma múmia podia ter até 20 camadas de tiras de pano sobrepostas

CACHORRÃO

A espiritualidade do ritual era garantida por um sacerdote usando uma máscara do deus Anúbis

Linha do tempo

A evolução de uma civilização milenar Períodos Pré-Dinástico e Arcaico – 5500 a 3000 a.C.

 

Unificação do Egito (aprox. 3100 a.C.)

Dinastias 1 e 2

Antigo Império e 1º período intermediário – 3000 a 2061 a.C.

Construção das Grandes Pirâmides – Quéfren, Quéops e Miquerinos

Dinastias 3 a 11

Médio Império e 2º período intermediário – 2061 a 1570 a.C.

Grande desenvolvimento literário Invasão dos Hicsos

Dinastias 11 a 17

Novo Império e 3º período intermediário – 1570 a 656 a.C.

Construção do Vale dos Reis

Reinados de Tutancâmon e Ramsés III

Batalha Naval contra os Povos do Mar (aproximadamente 1100 a.C.)

Dinastias 18 a 25

Períodos Saíta e Baixa Época – 656 a 343 a.C.

Dinastias 26 a 30

Fim da era dinástica

Períodos Persa e Greco-Romano 343 a.C. a 395 d.C.

Conquista de Alexandre

Reinado de Cleópatra

A complexidade da escrita hieroglífica

Os hieroglifos chamam atenção pela beleza de seus traços e pela riqueza de detalhes. Juntamente com os ideogramas chineses, eles atraem o olhar de muita gente que não faz a menor idéia de seu significado, mas que propaga seu uso em objetos de decoração e adornos. Com sintaxe complexa, os hieroglifos surgiram entre 3500 e 3000 a.C. e eram usados em escrituras oficiais e religiosas.

Ciro Flamarion Cardoso, professor de História Antiga e Medieval da Universidade Federal Fluminense, afirma que os hieroglifos têm três tipos de representação. “Eles podiam aparecer como signos fonéticos indicando um, dois ou três sons equivalentes a consoantes ou semiconsoantes, já que as vogais não eram representadas; como complementos fonéticos da leitura ou ainda como signos puramente ideográficos”, afirma Ciro. Por exemplo: um homem sentado podia indicar que a palavra anterior se referia a alguém do sexo masculino, sem que essa representação tivesse algum valor fonético. “Cada palavra egípcia tem uma raiz invariável, à qual se agregam desinências indicativas de gênero, número, flexões verbais. Essas indicações vêm sempre no fim da palavra”, diz o especialista

Segundo ele, a elipse alongada (cartouche) em torno dos nomes ou referências dos reis indica proteção divina. Na inscrição relativa a Tutancâmon (ao lado), o primeiro cartouche contém o nome de trono do monarca. O segundo, seu nome pessoal e o terceiro, sua função. As frases podiam ser escritas em colunas ou linhas e a direção da leitura era indicada pelos signos que representam os seres animados (insetos e aves, por exemplo), que sempre olham para o início da frase. Em geral, o egiptólogo tem de separar as palavras e frases entre si pela lógica ortográfica e gramatical do período em que o texto se gerou. “Os egípcios procuravam mostrar os signos de maneira estética, em função disso dispunham-nos às vezes em cima um do outro ou até mesmo superpondo-os”, afirma o especialista.

Aprenda como ler

A inscrição sagrada no túmulo de Tutancâmon

1. Os textos podiam aparecer em linhas ou colunas, ou cada trecho de uma forma, como nesta inscrição com três colunas e uma linha

Como se lê?

Como se fala? - ntr nfr nbtzwy nb h ‘w

O que significa? - O Deus perfeito, senhor das duas terras, senhor das coroas

2. As linhas ao redor das palavras serviam para proteger nomes sagrados, como o do trono do rei aqui descrito

Como se lê?

Como se fala? - nsw-bity (nb-hprw-r’)

O que significa? - o rei do alto e baixo egito, neb-kheperu-ra

3. A leitura costumava ser da esquerda para a direita e de cima para baixo. Aqui, o nome de Tutancâmon aparece protegido por uma linha

Como se lê?

Como se fala? - sz r’ (twt-’nh-imn hkz iwnw sm’)

O que significa? - o filho do sol, tutancâmon, governante de Heliópolis meridional

4. As posições das figuras de animais indicavam a direção em que se deveria ler o texto. Nesta, a cobra mostra leitura da direita para a esquerda

Como se lê?

Como se fala? - di ‘nh dt

O que significa? - dotado de vida eternamente

A frase escrita diz:

ntr nfr nbtzwy nb h ‘w nsw-bity (nb-hprw-r’) sz r’ (twt-’nh-imn hkz iwnw sm’) di ‘nh dt

“O deus perfeito, senhor das duas terras, senhor das coroas, o rei do Alto e Baixo Egito, Neb-kheperu-ra (o senhor das transformações é o deus solar), o filho do sol, Tutancâmon, governante de Heliópolis meridional, dotado de vida eternamente.”

Para saber mais

NA LIVRARIA:

O que São Hieroglifos, Margaret Bakos, Brasiliense, São Paulo, 1996

O Legado do Egito, Organização S.R.K Glanville, Universidade de Oxford, Inglaterra, l948

NA INTERNET

www.mempphis.edu/egypt/main.html

www.egipto.com/museo/

www.egyptianmuseum.gov.eg/

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O CANTADOR

Por: Antromsil

Em: 22/05/14

Imagem: baahzorzo.blogspot.com

clip_image002O Nordeste brasileiro sempre foi cenário das mais diversas manifestações populares já desde muito arraigadas entre o seu povo.

A figura do cantador -, hoje um elemento escasso devido ao próprio tempo inexorável nas suas determinações de mudanças bruscas, o advento de novas tecnologias e novas formas de diversão tem alterado significativamente os hábitos de todos nós, - ainda perdura entre as preferências dos mais velhos, mais resistentes à modernidade.

No meu tempo de criança era comum vê-se em qualquer data festiva cantadores em dupla ou mesmo sozinhos cantarem os seus versos nos mais diversos modos e motes conhecidos para a alegria de todos.

Porém, como costuma acontecer em todas as classes, além dos grandes e talentosos profissionais existiam (e ainda existem) de permeio aqueles com pouco ou nenhum conteúdo cultural, semianalfabetos ou totalmente iletrados, uns até com um certo talento, uma queda para o ofício, se assim nos podemos expressar.

Pois bem, houve numa certa época que não sei precisar por se tratar de estória que ouvi contar pelo Sr. Geraldo Ferreira, de alcunha Gerardo Mocó, um ferreiro daqui de Sobral, cuja idade é de aproximadamente 80 anos, apreciador de cantorias, que narrou-me o seguinte caso:

Certa feita, por ocasião de uma dessas cantorias, uma pessoa da plateia pediu o seguinte mote: Diz o velho Testamento.

Um dos cantadores da dupla que se apresentava naquele dia, Sr. José Limeira não se fez de rogado e prontamente, executou os acordes iniciais em sua viola e soltando a voz atendeu ao pedido do cidadão. Eis os versos:

Deodoro da Fonseca

foi marechal da Marinha

Vinte anos ele tinha

Quando ingressou num convento

Foi promovido a sagento

Mas tinha muita preguiça

Foi ser cabo de Puliça

Diz o Velho Testamento.

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HIERAQUIA DAS LEIS E DISPOSIÇÃO DO TEXTO LEGAL

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Para o entendimento de certos diplomas legais, mesmo para os leigos, é necessário um mínimo de conhecimento sobre Direito, pois, para policiais, engenheiros, técnicos, etc., qualquer que seja a área de atuação profissional, há sempre um texto legal a ser seguido, daí a necessidade de conhecimentos básicos, por pequenos que sejam.
Pensando nisso, elaborei o presente trabalho com a intenção de, em primeiro lugar, aprender e também compartilhar com os demais profissionais que se interessarem pela matéria.

Uma compilação de:

Antonio Romão Silva
Engº. de Operação – Edificações
Engº. de Segurança do Trabalho

Especializando em:
Gestão, Educação e Segurança do Trânsito

Download: https://www.dropbox.com/s/yxbkjsk1ezx2w2e/HIERAQUIA%20DAS%20LEIS%20E%20DISPOSI%C3%87%C3%83O.pptx

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Cana-de-açúcar começa a virar cana-de-óleo

Energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/05/2014

Cana-de-açúcar começa a virar cana-de-óleo

A cana-de-açúcar está sendo cruzada com o Miscanthus para produzir uma "cana-de-óleo" mais eficiente e mais resistente ao frio.[Imagem: Universidade de Illinois]

Biousinas

Se quiser manter sua liderança no campo dos biocombustíveis, o Brasil terá pisar fundo no acelerador das pesquisas.

Cientistas norte-americanos anunciaram um passo importante para transformar a cana-de-açúcar em uma verdadeira usina de energia.

Usando técnicas de manipulação genética e biologia sintética, eles aumentaram a taxa fotossintética da cana-de-açúcar em 30% e, mais importante, transformaram a planta, conhecida por sua produção de açúcar e álcool, em uma cultura produtora de óleo.

O professor Stephen Long, da Universidade de Illinois, afirma que estes são apenas os primeiros passos de uma iniciativa que visa transformar a cana e o sorgo - duas das plantas mais produtivas que se conhece - em verdadeiras "biousinas" para produção de combustível.

Cana que produz óleo

Segundo Long, a soja não é produtiva o suficiente para atender as necessidades de produção de combustíveis renováveis.

"A cana-de-açúcar e o sorgo são plantas extremamente produtivas e, se você puder fazê-las acumular óleo em suas hastes, em vez de açúcar, isso lhe daria muito mais óleo por hectare," disse ele.

A equipe introduziu genes que aumentaram a produção de óleo natural da cana-de-açúcar para cerca de 1,5%.

"Isso pode não parecer muito, mas a 1,5% um canavial na Flórida produziria cerca de 50% mais óleo por hectare do que a mesma área plantada com soja. Isso é óleo suficiente para viabilizar a colheita," disse ele.

A equipe afirma que a técnica poderá permitir aumentar o teor de óleo da cana-de-açúcar até cerca de 20%.

Óleo, fotossíntese e resistência ao frio

Utilizando engenharia genética, os pesquisadores também aumentaram a eficiência fotossintética da cana-de-açúcar e do sorgo em 30%.

Para viabilizar o cultivo da cana-de-açúcar em zonas mais frias, eles estão cruzando a planta com Miscanthus, uma gramínea perene que cresce até no Canadá.

"O novo híbrido é mais tolerante ao frio do que a cana-de-açúcar, mas outros cruzamentos serão necessários para restaurar os outros atributos da cana," disse Long.

"Nosso objetivo é fazer com que a cana produza mais bio-óleo, seja mais produtiva com mais fotossíntese e seja mais tolerante ao frio," concluiu ele.

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A fantástica ciência do Antigo Egito–Parte 3

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Fonte: Super Interessante - http://super.abril.com.br/ciencia/fantastica-ciencia-antigo-egito-444035.shtml

… Continuação.

Conheça a história das maravilhas que o Antigo Egito deixou para o mundo e saiba por que o povo do Nilo era tão criativo.

por Karen Gimenez

Greves e telhado de vidro

Na construção civil, os egípcios foram grandes mestres. Construções como as grandes pirâmides, a esfinge e as estátuas no Vale dos Reis estão entre as estruturas mais belas e requintadas da Antiguidade, mas os exemplos do impressionante uso da pedra, da marcenaria e da fabricação do vidro estão por todo o Egito. E, mais uma vez, o modo de vida e a religião estão diretamente ligados ao desenvolvimento de técnicas de construção. “Os egípcios queriam durar para sempre e isso fazia parte de vários aspectos de sua cultura. Seus templos eram construídos com a expectativa de serem eternos. As paredes de pedra serviam, ainda, como suporte para sua história, seu contato com o passado”, diz Antonio Brancaglion.

Os egípcios são considerados precursores do uso de pedras para obras em larga escala. Os primeiros registros datam de quase 5 mil anos atrás. Na Terceira Dinastia, por volta de 2700 a.C., já se cortavam pedras no tamanho e no formato dos tijolos atuais. As construções em rocha e a precisão nos cortes mostram os conhecimentos geológicos avançados dessa civilização. Eles já sabiam que a dureza das rochas variava conforme sua composição mineralógica e que elas tinham pontos frágeis em sua estrutura, por meio dos quais se aplicavam as técnicas de corte. Nas fissuras eram introduzidos instrumentos de madeira, posteriormente molhados. Expandidos, eles forçavam a quebra da rocha no ponto desejado. Os egípcios criaram também os primeiros serrotes de metal. Eram utilizados em rochas menos duras, como o calcário.

Desenvolveram técnicas de polimento com areia e modernas formas de encaixe, tanto da madeira quanto da pedra. “Recortes tipo macho e fêmea vieram daí”, afirma Antonio. “O pó que sobrava do corte e polimento das rochas era misturado a cal, gesso e água, formando uma massa usada para tapar buracos ou corrigir irregularidades nas paredes: um antepassado do cimento.” Ainda na construção civil, os discípulos dos faraós foram os primeiros a estudar profundamente o solo para a colocação de fundações e a construir sistemas de calhas para escoamento da água da chuva.

A estrutura de dutos e calhas também era montada no campo, para evitar deslizamentos de terra e inundação de áreas férteis pela chuva que escorria das encostas. A primeira barragem pluvial de que se tem notícia data do final da Segunda Dinastia (2750 a.C.). Tinha 10 metros de altura e 1,5 quilômetro de extensão. Cedeu numa tempestade quando estava em fase final de construção. A engenharia egípcia também foi a primeira a utilizar réguas, esquadros e prumos. Eles foram os inventores do vidro moldado, processo ainda presente em alguns setores da fabricação de vidro opaco. A técnica do sopro foi desenvolvida posteriormente na Mesopotâmia. A base da tecnologia da fundição do bronze e de outros metais no mundo todo também veio do Antigo Egito.

Os egípcios eram caprichosos joalheiros e marceneiros. A técnica de solda e montagem de jóias é a mesma dos tempos atuais e, na marcenaria, se destacaram pelos detalhes no entalhamento dos móveis e modernidade dos projetos. Já produziam móveis dobráveis e foram os precursores das camas com estrado. “Os egípcios de classes mais altas foram os primeiros a dormir em camas de madeira com estrado”, conta o especialista do Museu Nacional.

Com tanto trabalho por fazer, era natural que as primeiras organizações entre os operadores dessa incrível máquina de construir se formassem por ali. O Antigo Egito foi palco das mais antigas greves de que se tem notícia. O registro mais remoto de uma paralisação desse tipo aconteceu no Novo Império (entre 1570 e 1070 a.C.), durante o reinado de Ramsés III. Os operários da construção de um templo decidiram cruzar os braços por não receber no prazo combinado comida, roupas e maquiagem que usavam para trabalhar. O sacerdote tentou negociar com os grevistas, mas o patrão, ou melhor, o faraó não cumpriu a promessa. Só o fez dois meses depois, quando os operários não apenas cruzaram os braços novamente, mas também ocuparam o templo que estavam construindo.

Se por um lado fizeram greves, por outro criaram técnicas de policiamento utilizadas até hoje, como o uso dos animais na captura de malfeitores. Há registros de policiais fazendo patrulhamento acompanhados por macacos e cenas de babuínos pegando ladrões em mercados.

Azul do céu e das tintas sintéticas

“Nem sempre os egípcios foram inventores desta ou daquela tecnologia. Muita coisa feita por outros povos eles aperfeiçoaram”, diz Antonio Brancaglion. Seu papel no mundo antigo não era o de produtor de matéria-prima, mas o de transformador de tecnologia e exportador. “Poderia ser comparado aos Estados Unidos de hoje, um grande centro de pesquisa e comércio internacional.”

A criação da cerveja, por exemplo, costuma ser atribuída a eles, mas os mesopotâmicos também conheciam o método de fermentação e fabricavam bebida semelhante. “Só que ninguém se aperfeiçoou tanto nos aromas e na variedade de sabores como os egípcios. O que possivelmente tenha sido idéia deles foram as grandes cervejarias, aonde as pessoas iam para beber e conversar já em 1500 a.C. A indústria da panificação também vem dos egípcios, bem como a adição de frutas e temperos aos pães”, afirma o professor.

Além de estudiosos da Terra, os egípcios gostavam de desvendar os mistérios do céu. O mapeamento celeste foi feito por egípcios e mesopotâmicos. Aos egípcios coube o reconhecimento das estrelas para contar as horas de noite e a montagem do primeiro calendário solar, com 365 dias em 12 meses. Foram eles também que dividiram o dia em 24 horas, 12 para a noite e 12 para o dia. Identificaram planetas como Vênus e Marte e estrelas como Sirius e Órion e localizaram o norte pelo posicionamento das estrelas.

Os egípcios foram químicos valiosos. Pioneiros na indústria de perfumes e excelentes técnicos na área de cosméticos – a maquiagem tinha uma grande importância para a saúde, pois sua composição protegia a pele dos efeitos do sol –, eles foram os primeiros a fabricar uma tinta sintética. “Os artistas usavam tintas com base mineral em vez de vegetal, como faziam outros povos. O branco vinha do cal, o amarelo do ferro, o preto do carvão e assim por diante. Muita gente pensa que o azul vinha do lápis-lazúli moído, o que não é verdade. Essa rocha gera pó branco e não azul. Para chegar ao azul eles misturavam óxidos de cobre e cobalto com bicarbonatos de sódio e cálcio e fundiam a mais de 700 graus Celsius.

Essa fusão resultava em uma pedra azul que era moída e misturada com um aglutinante natural, como clara de ovo ou goma arábica, e virava uma espécie de guache”, diz o estudioso. Os vernizes criados naquela época à base de damar, uma resina vegetal, são utilizados até hoje. Eles conheciam o betume e usavam uma espécie de piche como selante.

Instrumentos como harpa, flauta, trombeta de metal, oboé e dois tipos de alaúdes, o menor com um som parecido ao do violino, também são originários da terra dos faraós, bem como jogos de tabuleiro e brincadeiras infantis como cabra-cega e amarelinha. Com toda essa herança, por mais que as origens de cada um de nós não passe nem perto das etnias do Antigo Egito, essa civilização faz parte dos nossos hábitos e costumes.

Eles queriam ser eternos. Ordenaram todas as suas energias, corações e mentes para isso. Construíram seus templos de pedra, onde gravavam suas memórias nas paredes, mumificavam os mortos para que seus corpos vivessem até a eternidade e, assim, desenvolveram a ciência, a arte e os costumes. Não resta dúvida: eles conseguiram

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Maior aeronave do mundo volta a ser fabricada

Mecânica

Com informações da BBC - 03/03/2014

Maior aeronave do mundo volta a ser fabricada

O Airlander é mais pesado do que o ar e, ao contrário dos dirigíveis, sua forma gera sustentação como as asas de um avião. [Imagem: BBC]

Projeto devolvido

A maior aeronave do mundo, a Airlander, foi apresentada na Grã-Bretanha.

Ela tem 92 metros de extensão, 18 a mais que os maiores aviões comerciais, o Airbus A380 e o Boeing 747-8, e nove a mais que o avião de carga Antonov An-225, até então a aeronave mais comprida já construída.

À primeira vista, é possível confundir a Airlander com um imenso dirigível, por seu balão inflado a gás e a cápsula logo abaixo.

Mas sua forma aerodinâmica única, que parece uma série de charutos colados uns aos outros, permite gerar sustentação como faz a asa de um avião.

Isso é muito importante, porque assim seus projetistas puderam fazer uma máquina mais pesada que o ar, o que elimina a necessidade de uma grande equipe mantê-la no solo por meio de cordas quando ela pousa.

A aeronave pode até mesmo ser aterrissada por controle remoto, sem qualquer pessoa a bordo, em terra ou na água.

A aeronave voltou a ser desenvolvida no Reino Unido depois que os recursos do exército norte-americano para o projeto se esgotaram.

Os militares norte-americanos haviam comprado a aeronave há alguns anos para usá-la em vigilância - ela pode ficar parada no mesmo lugar por até 21 dias de cada vez e é capaz de voar mesmo com vários furos em seu balão.

Quando o orçamento do departamento de defesa foi reduzido, os britânicos a compraram de volta, e agora planejam seu primeiro voo no Reino Unido ainda para este ano.

Maior aeronave do mundo volta a ser fabricada

A aeronave poderá levar 50 toneladas de material a qualquer parte no mundo, 50 vezes mais do que um helicóptero. [Imagem: BBC]

Sobrevoando a Amazônia

A fabricante Hybrid Air Vehicles (HAV) recebeu 2,5 milhões de libras (R$ 9,75 milhões) em financiamento do governo britânico para desenvolver a tecnologia e a engenharia da aeronave.

A Airlander custa 60 milhões de libras (o equivalente a R$ 240 milhões).

"Estamos colocando 2 bilhões de libras na pesquisa e desenvolvimento numa nova geração de aviões mais silenciosos, eficientes energeticamente e que têm menor impacto no meio ambiente", diz o secretário de negócios da Grã-Bretanha, Vince Cable.

"Isso inclui o apoio a projetos como essa inovadora aeronave de carbono da HAV, uma pequena empresa britânica que tem potencial para liderar essa área no mundo," continuou.

Tudo isso é uma ótima notícia para um dos maiores investidores do projeto, Bruce Dickinson, mais conhecido por ser vocalista de uma das bandas de rock mais duradouras e de maior sucesso do mundo, o grupo Iron Maiden.

"Esse projeto muda as regras do jogo em relação ao que é possível colocar no ar", diz ele. "Essa ideia sempre existiu. Só estávamos esperando a tecnologia chegar ao ponto necessário para concretizá-la."

Segundo Dickinson, o impacto ambiental da Airlander é 70% menor do que o de um avião de carga, não requer uma pista de decolagem e pode ser pilotada por apenas duas pessoas. E carrega 50 toneladas de material a qualquer parte no mundo, 50 vezes mais do que um helicóptero.

O roqueiro empresário quer divulgá-la com o tipo de viagem que o magnata Richard Branson, do conglomerado Virgin, faria: duas voltas ao redor do mundo sem paradas.

"Sobrevoaremos a Amazônia e algumas das maiores cidades do mundo a apenas 20 metros de altura e exibiremos tudo pela internet", diz Dickinson.

Maior aeronave do mundo volta a ser fabricada

Os hangares históricos, onde foram fabricados dirigíveis há mais de 100 anos, foram reativados para fabricação da Airlander. [Imagem: BBC]

Hangares históricos

Não é surpresa que seja necessário estar no maior hangar da Grã-Bretanha para ver a maior aeronave do mundo.

Nos hangares Cardington foram feios os dirigíveis britânicos do início do século 20 - incluindo o R101, de final trágico.

O gigante era duas vezes mais comprido que a Airlander, tinha um belo salão de jantar e era considerado o futuro da aviação, até o momento que foi devorado por um incêndio depois cair na França em 1930, matando 48 das 54 pessoas a bordo.

A tecnologia percorreu um longo caminho desde então. O Airlander é inflado com hélio inerte em vez do inflamável hidrogênio.

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Energia solar transforma CO2 em combustível para aviões

Energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/05/2014

Energia solar transforma CO2 em combustível para aviões

A luz solar é concentrada sobre o reator onde dióxido de carbono e água são transformados em gás de síntese. [Imagem: Solar-Jet]

Querosene solar

Pesquisadores europeus demonstraram a viabilidade técnica de um novo processo que converte CO2 em combustível para aviões usando energia solar.

A energia solar é concentrada e usada para aquecer um reator onde é produzido o material intermediário do processo.

"Com esta primeira prova de conceito de um 'querosene solar', o projeto Solar-Jet deu um grande passo rumo a combustíveis verdadeiramente sustentáveis no futuro, com matérias-primas virtualmente ilimitadas," disse o Dr. Andreas Sizmann, coordenador do projeto, que congrega várias universidades e empresas.

A demonstração envolveu uma tecnologia de processo que usa a luz solar concentrada para converter dióxido de carbono e água para o chamado gás de síntese.

Outros experimentos em menor escala já haviam usado a energia solar para produzir combustível para carros, uma área de pesquisas também conhecida como combustão reversa.

Isto é feito por meio de um ciclo redox que usa óxidos metálicos a temperaturas elevadas. A ideia é usar a energia termos solar para que o processo não dependa da queima de combustíveis fósseis para o aquecimento dos fornos.

"A tecnologia de reator solar apresenta uma transferência de calor por radiação otimizada e uma cinética de reação rápida, que são cruciais para maximizar a eficiência de conversão de energia solar para combustível," disse o professor Aldo Stainfield, do instituto ETH, na Suíça.

Energia solar transforma CO2 em combustível para aviões

O bioquerosene de aviação já está aprovado para uso nos aviões comerciais. [Imagem: Solar-Jet]

Gás de síntese

O gás de síntese produzido pelo reator solar - uma mistura de hidrogênio e monóxido de carbono - é depois convertido em querosene de aviação usando o processo Fischer-Tropsch tradicional.

Embora o ciclo redox acionado por energia termos solar para a produção de gás de síntese ainda esteja nos estágios iniciais de desenvolvimento, o processamento de gás de síntese para obtenção do querosene já está sendo implantado por empresas em escala global.

Além disso, o querosene obtido pelo processo Fischer-Tropsch já está aprovado para uso pela aviação comercial.

Na próxima fase do projeto, a equipe pretende otimizar o reator solar e avaliar o potencial técnico-econômico de implementação da tecnologia em escala industrial.

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A fantástica ciência do Antigo Egito- Parte 2

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Fonte: Super Interessante - http://super.abril.com.br/ciencia/fantastica-ciencia-antigo-egito-444035.shtml

… Continuação

por Karen Gimenez

O uso de anestésicos era prática comum dos médicos da época. O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Mário Curtis Giordani cita em seu livro História da Antiguidade Oriental um processo de adormecimento de partes do corpo feito com a utilização de uma mistura de pó de mármore e vinagre. Antonio Brancaglion destaca os anestésicos à base de opiáceos que eram ingeridos. Esses antecessores da morfina só voltaram a fazer parte dos procedimentos cirúrgicos cerca de três séculos atrás, na Europa. Os egípcios dominavam métodos avançados para amputação de membros e cauterização e davam pontos para fechar incisões. Acredita-se que foram os primeiros a utilizar essa técnica. Os médicos eram especializados como nos dias de hoje. Quem cuidava de fraturas não mexia com problemas de pele. A especialização incluiu o aparecimento dos odontólogos. Os dentistas já usavam brocas, drenavam abscessos e faziam próteses de ouro.

E, para quem pensa que a medicina egípcia era coisa para poucos, aí vai uma nova: os trabalhadores braçais – os mesmos que empurraram pedras monumentais para construir as pirâmides – possuíam uma espécie de plano de saúde. Escavações na Cidade dos Trabalhadores – um conjunto de casas encontrado na planície de Gizé, à sombra da grande pirâmide – revelaram múmias com até 4 500 anos que receberam tratamento médico. “Eram pessoas comuns que se curaram e voltaram ao trabalho”, afirma Zahi Hawass, diretor do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito. “Alguns corpos apresentavam marcas de fraturas consolidadas, membros amputados e até cirurgias cerebrais.”

Outro avanço da medicina egípcia foram os métodos contraceptivos. A egiptóloga Margaret Marchiori Bakos, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, diz que a maioria deles consistia na aplicação de emplastros espermicidas na vagina. O papiro Ebers relata que “para permitir à mulher cessar de conceber por um, dois ou três anos: partes iguais de acácia, caroba e tâmaras; moer junto com um henu de mel, um emplastro é molhado nele e colocado em sua carne.” Um “henu” equivale a cerca de 450 mililitros. “A acácia continha goma arábica, que com a fermentação e a dissolução em água resulta em ácido lático, ainda hoje utilizado em algumas geléias contraceptivas. O mel, que também aparece no papiro Kahun, pode ter tido alguma eficácia. “Seu efeito tende a diminuir a mobilidade do espermatozóide”, diz Margaret.

Quando havia suspeita de gravidez eram feitos testes com a urina. “A mulher urinava em um recipiente em que havia uma variedade de cevada. Se ela germinasse, a gravidez estava confirmada”, diz Antonio Brancaglion. Para o especialista, independentemente do percentual de acertos, o mais notável é o conhecimento da relação entre a composição da urina e a gravidez.

Circunavegação da África e controle de cheias

A medicina não foi a única ciência em que os egípcios se desenvolveram. Eles foram engenheiros notáveis em química, construção civil, naval e hidráulica. “Nem sempre é possível afirmar que tenham sido precursores nesta ou naquela descoberta”, afirma Antonio, “pois a pesquisa nunca termina. Baseando-se no que se encontrou até hoje, dá para concluir que eles foram os primeiros em diversas tecnologias.”

Na navegação, há fortes indícios de que alguns dos louros atribuídos aos fenícios precisam ser divididos com os egípcios. A vela mais antiga de que se tem notícia, por exemplo, é egípcia e foi encontrada dobrada dentro de uma múmia em Tebas, de cerca de 1000 a.C. Os mais antigos modelos de barcos a vela dos fenícios de Tiro e Cartago datam do século 8 a.C. Os egípcios foram os primeiros a projetar barcos pensando previamente no destino que eles teriam. Modelos militares eram diferentes dos cargueiros, que por sua vez não se pareciam com os utilizados para lazer ou cerimônias religiosas. Eles criaram os melhores barcos militares e a frota mais veloz. A chamada nau de Quéops, com 47 metros de comprimento e datada da Quarta Dinastia (2589 a 2566 a.C.), é a mais antiga embarcação desse porte encontrada até hoje. Num barco ainda maior, durante o governo do Necho II (610 a 595 a.C.), eles já haviam realizado a circunavegação da África.

Quem acredita que o primeiro navegador a dobrar o cabo das Tormentas, no sul da África, foi o português Bartolomeu Dias, em 1488, precisa rever seus conceitos.

Os armadores egípcios conheciam as propriedades de expansão da madeira, rigidez e durabilidade. Tais conhecimentos eram vitais na construção de embarcações capazes de sustentar blocos de pedras com mais de 80 toneladas. “O grande mistério da engenharia naval do Antigo Egito não é como os barcos agüentavam tanto peso, mas de que forma as pedras eram colocadas neles. Há diversas suposições, que vão da construção de diques secos até afundamento dos barcos para posterior emersão, no caso de cargas menores”, diz Antonio Brancaglion. Até agora não foram encontrados registros sobre como eles colocavam uma rocha de 80 toneladas numa balsa sem que ela adernasse durante a operação. Mas que eles conseguiam, conseguiam.

Um dos feitos mais impressionantes dos engenheiros do Antigo Egito foi a construção de um antecessor do atual Canal de Suez. “Em aproximadamente 2500 a.C. os egípcios construíram uma eficiente passagem ligando o mar Vermelho ao Mediterrâneo, como os europeus vieram a fazer em 1869.”

O Nilo, artéria que era a própria vida do Antigo Egito, desde os primeiros povos que se instalaram na região, cerca de 5500 a.C, foi também uma importante fonte de pesquisa e avanços científicos. Os egípcios sabiam da importância do rio como via de transporte e de sua relação com a preservação e manutenção das terras férteis ao longo do vale. As cheias eram vistas como benéficas pelos egípcios e não como uma vingança dos deuses, como na Mesopotâmia. O livro do professor Mário Giordani mostra o uso de instrumentos para medir a variação das cheias (nilômetros), relata os conhecimentos sobre fertilizantes naturais, como esterco, o trabalho das minhocas e a própria lama do Nilo, que era transportada para áreas a princípio estéreis. Foram os primeiros também a utilizar o arado manual.

Por volta de 2300 a.C. eles já aplicavam técnicas de irrigação artificial, por meio de canais com vazão controlada. Criaram um sistema de bombeamento de água chamado shaduf. Consistia em um processo elevatório que levava a água até locais naturalmente não inundados, para aumentar a área produtiva. O shaduf é usado até hoje, principalmente no bombeamento de pequenas quantidades de água ou situações em que o custo da implantação de sistema automático não é compensador. A roda para bombear água movida a tração animal também vem do Egito, no tempo dos romanos, entre 30 a.C. e 395 d.C.  Continua…

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Antenas parabólicas ficam planas

Materiais Avançados

Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/04/2014

Metassuperfície: Superfície plana funciona como antena esférica

Protótipo da metassuperfície, que funciona da mesma forma que uma antena de formato esférico. [Imagem: Xiang Wan et al./10.1063/1.4870809]

Antenas planas

Esqueça as antenas parabólicas e suas derivações em formato de prato.

Pesquisadores chineses encontraram uma forma de fazer com que uma superfície plana interaja com as ondas eletromagnéticas exatamente da mesma forma que essas antenas.

Isso permitirá a construção de antenas não apenas planas, mas que também possam se conformar ao formato de superfícies irregulares.

Imagine, por exemplo, as antenas de TV por assinatura, que poderão ser nada mais do que um adesivo grudado na parede externa da sua casa.

Metassuperfícies

O avanço foi possível graças à óptica transformacional, que dá origem aos metamateriais e às metassuperfícies.

Xiang Wan e seus colegas da Universidade Sudeste de Nanjing chamam sua antena plana de "lente metassuperficial óptica de grande largura de banda".

A estrutura é uma versão plana da bem conhecida lente de Luneburg, cujo princípio é amplamente empregado em radares e telecomunicações por micro-ondas.

Contudo, o formato esférico de uma lente de Luneburg torna-a inadequada para algumas aplicações, e mesmo suas aplicações tradicionais estão encontrando problemas devido ao "milagre da multiplicação das antenas" visto em todas as grandes cidades.

Wan e seus colegas construíram então uma lente de Luneburg plana, formada por uma malha de nanoestruturas metálicas em formato de U depositadas sobre uma superfície isolante.

"Nós agora temos três técnicas sistemáticas para manipular as ondas com metassuperfícies não-homogêneas, a óptica geométrica, a óptica holográfica e a óptica transformacional," disse o professor Tie Cui, responsável pela equipe.

"Essas tecnologias podem ser combinadas para explorar aplicações mais complicadas," prevê ele.

A inovação mereceu a capa da edição deste mês da revista Applied Physics Letters.

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Bibliografia:
A broadband transformation-optics metasurface lens
Xiang Wan, Wei Xiang Jiang, Hui Feng Ma, Tie Jun Cui
Applied Physics Letters
Vol.: 104, 151601
DOI: 10.1063/1.4870809

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O dilema dos fertilizantes: onde não há falta, há excesso

Meio ambiente

Imagem: www.revistaplantar.com.br

Fonte: Inovação Tecnológica (http://www.inovacaotecnologica.com.br)

Agência Fapesp - 19/06/2009

Fertilizantes demais ou de menos

As áreas utilizadas para cultivo agrícola em todo o mundo contêm fertilizantes demais - ou de menos. E os dois extremos implicam elevados custos tanto para o ambiente como para o próprio homem.

Os fertilizantes sintéticos aumentaram enormemente a produção de alimentos, mas o custo da poluição gerada pelo seu uso desenfreado tem sido cada vez maior - como a criação de zonas mortas, impraticáveis para o cultivo, em áreas costeiras no Golfo do México e em outros locais. De outro lado, muitas áreas precisam de um uso mais intensivo desses reforços químicos, para repor os nutrientes perdidos por conta da agricultura.

Empobrecimento do solo

A situação paradoxal é destaque em um artigo publicado na edição desta sexta-feira da revista Science, escrito por um grupo internacional de pesquisadores, entre eles o professor Luiz Antonio Martinelli, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo.

Os pesquisadores analisaram o cultivo de milho em três diferentes países e contextos: Quênia, China e Estados Unidos. Nas pequenas plantações no país africano, solos antes férteis estão se empobrecendo à medida que os cultivos removem mais nutrientes do que os adicionados pelos esforços de fertilização.

No país mais populoso do planeta, campos são fertilizados de modo mais intenso do que em qualquer outro cenário, atual ou anterior, que tem levado o excesso de fertilizantes para o ambiente, degradando a qualidade da água e do ar, em grande problema ambiental.

O terceiro contexto analisado está no meio-oeste dos Estados Unidos, no qual a quantia de fertilizante empregada na agricultura de milho (em rodízio com a soja) era elevada, mas tem sido reduzida desde a década de 1990.

Impactos negativos dos fertilizantes químicos

Os impactos negativos ao ambiente da utilização desenfreada de fertilizantes químicos têm levado muitos especialistas a defender uma drástica redução nesse uso, mas os autores do novo estudo apontam o problema de se adotar uma medida como essa, única, para todos os contextos agrícolas.

Enquantos algumas regiões usam fertilizantes demais, com sérios impactos ambientais, em outras, como na África subsaariana, onde mais de 250 milhões de pessoas estão insuficientemente nutridas, as quantidades adicionadas de nitrogênio, fósforo e de outros produtos são insuficientes para manter a fertilidade mínima do solo.

Na China, onde a fabricação de fertilizantes é subsidiada pelo governo, a produtividade média por hectare aumentou 98% entre 1977 e 2005. O motivo é o uso de reforços como o nitrogênio, cujo uso cresceu 271% no período. "As adições de nutrientes superou em muito as verificadas nos Estados Unidos e no oeste da Europa e grande parte da fertilização excessiva se perde no ambiente, degradando tanto a qualidade do ar como da água", destacam os autores.

Extremos

O artigo aponta que agricultores no norte da China usam em média 588 quilos de fertilizantes a base de nitrogênio por hectare cultivado, resultando em uma liberação de 227 gramas de excesso do elemento químico no ambiente. Segundo os pesquisadores, o uso poderia ser cortado pela metade sem perda na produtividade.

No outro extremo estão os países mais pobres do mundo. No Quênia, por exemplo, os agricultores usam em média 7 quilos de fertilizantes a base de nitrogênio por hectare. Muito pouco para repor os cerca de 52 quilos de nitrogênio por hectare que são perdidos anualmente pelas culturas agrícolas.

A diminuição é possível, como verificada nos Estados Unidos, onde o superuso de fertilizantes era a norma entre as décadas de 1970 e 1990. No período, toneladas de nitrogênio em excesso foram parar no Golfo do México, levadas pelo rio Mississipi, formando zonas mortas com quantidades ínfimas de oxigênio.

Desde a década de 1990, entretanto, o uso tem sido reduzido, mas sem impactar a produtividade, devido ao uso de melhores técnicas agrícolas. Mesmo usando seis vezes menos fertilizantes do que os chineses, os agricultores no meio-oeste norte-americano conseguem produtividade semelhante.

Desafio e oportunidade

O Brasil está no meio dos extremos. As áreas cultiváveis não estão sendo nutridas de modo insuficiente e o uso de fertilizantes, em geral, está longe do cenário dramático encontrado na China. Para Martinelli, que também é professor visitante da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, o Brasil está em um momento crucial em relação ao problema, e precisa saber equilibrar corretamente o desenvolvimento agrícola com a proteção ambiental.

Martinelli acaba de produzir um artigo junto com Solange Filoso, do Centro de Ciência Ambiental da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, ainda não publicado, no qual descreve a transformação da agricultura brasileira nas últimas décadas e ressalta a importância de se preservar um de seus bens mais valiosos.

"No futuro próximo, o Brasil poderá se tornar um dos primeiros países a atingir um estágio satisfatório de desenvolvimento ao mesmo tempo em que preserva a sua fenomenal biodiversidade e seus importantes ecossistemas", destacam os autores no artigo encaminhado por Martinelli.

Números inéditos

O artigo apresenta diversos números sobre a evolução da produção agrícola no país. Entre 1961 e 2007, a área plantada com soja cresceu quase 8.000% e, a produtividade, mais de 20.000%. A área com milho cresceu menos, dobrando no mesmo período, mas a produtividade aumentou em cinco vezes.

Apenas nos últimos dois anos, por conta da adoção em massa ao uso de biocombustíveis, a área plantada com cana-de-açúcar passou de 6 milhões para 9 milhões de hectares. A pecuária continua com o maior uso da terra: cerca de 200 milhões de hectares.

Por outro lado, a área desflorestada na Amazônia aumentou em mais de 400% desde a década de 1970, passando dos 70 milhões de hectares em 2007.

O uso de fertilizantes aumentou grandemente desde a década de 1960: potássio (6.000%), nitrogênio (4.000%) e fósforo (2.500%). Apesar de elevados, os números resultaram em uso ainda muito inferior ao verificado nos países desenvolvidos - e muito abaixo dos valores chineses.

Perigos do desflorestamento

Mas Luiz Martinelli e Solange Filoso apontam que o cenário brasileiro pode piorar rapidamente, especialmente se o país continuar no ritmo atual de desflorestamento.

"Apesar dos avanços econômicos, é fundamental que entendamos que a fronteira agrícola brasileira não pode avançar indefinitivamente. A expansão contínua colocará em risco não apenas a megabiodiversidade da flora e da fauna brasileiras como as funções vitais que os ecossistemas fornecem para sustentar os sistemas agrícolas", apontam.

Eles destacam a urgência de que os tomadores de decisão e a sociedade compreendam os limites dos ecossistemas e que, se isso ocorrer, há uma boa chance de o Brasil continuar a se desenvolver mantendo a sua biodiversidade, que poderá vir a ser, no futuro, um bem ainda mais valioso do que é hoje. "Devemos agir agora, não amanhã, por que poucos países desenvolvidos tiveram oportunidade como essa", afirmam.

Os autores apontam ainda a estreita interrelação entre os ecossistemas e os sistemas agropecuários e em todo o mundo. "Podemos dizer, por exemplo, que um porco na China, alimentado com soja brasileira, depende da água da Amazônia", apontam, lembrando que, de acordo com diferentes modelos climáticos, se o desflorestamento na região amazônica atingir um ponto crítico, haverá uma queda significativa na produção de chuva em outras partes do país.

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A fantástica ciência do Antigo Egito- Parte 1

Fonte: Super Interessante - http://super.abril.com.br/ciencia/fantastica-ciencia-antigo-egito-444035.shtml

Conheça a história das maravilhas que o Antigo Egito deixou para o mundo e saiba por que o povo do Nilo era tão criativo.

por Karen Gimenez

clip_image002A herança deixada pelos faraós à humanidade vai muito além de pirâmides e sarcófagos dourados. Eles também nos legaram invenções sofisticadas e costumes curiosos que atravessaram os séculos e continuam vivos. Conheça todas as contribuições do povo do Nilo e descubra por que eles foram tão criativos, avançados e misteriosos.

Na sala, pai e filho estão entretidos com jogos de tabuleiro e bebem cerveja em um final de tarde de domingo. A perna engessada de um deles não permitiu que fossem a uma cervejaria. No quintal, as crianças se divertem brincando de amarelinha e entre os cães de estimação que correm derredor. Em um dos quartos, duas adolescentes experimentam novos cosméticos e cremes hidratantes, enquanto conversam sobre métodos contraceptivos e o teste de gravidez que a mais velha fará no dia seguinte. No quarto principal, uma mulher divide seus pensamentos entre a contabilidade de sua padaria e o divórcio prestes a se concretizar. Para amenizar a dor de cabeça, ela toma um remédio à base de ácido acetilsalicílico, o princípio ativo da aspirina.

Se alguém perguntasse onde e quando essa cena aconteceu, a resposta poderia muito bem ser o Brasil ou os Estados Unidos há muito pouco tempo. Mas, por mais incrível que possa parecer, se alguém respondesse que a situação deu-se no Egito no tempo dos faraós, estaria absolutamente certo. A chance de momentos como esses terem ocorrido durante o reinado de Tutancâmon ou Ramsés é praticamente tão grande quando no Ocidente do século 20.

Escondidos sob a mística de pirâmides e maldições de múmias, os avanços científicos e culturais dos povos do Antigo Egito costumam surpreender mesmo a quem se considera iniciado no assunto. Diversas descobertas atribuídas a europeus pós-Renascimento fizeram parte do cotidiano daqueles que viveram às margens do Nilo muitos séculos antes de Cristo. O histórico dessa lacuna científica é complexo, rende livros e mais livros. Mas o fato é que muitas coisas que se acredita serem méritos de um passado recente na verdade são muito, mas muito mais antigas que as nossas tataravós.

Da aspirina ao teste de gravidez

Uma das revelações mais impressionantes ao estudar a herança do Antigo Egito é seu desenvolvimento em medicina e farmacologia. Em O Legado do Antigo Egito, o egiptólogo Warren R. Dawson, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, cita papiros médicos datados de até mais de 40 séculos atrás retratando procedimentos médicos e remédios usados até hoje por profissionais da área de saúde. Substâncias como óleo de rícino, ácido acetilsalicílico, própolis para cicatrização e anestésicos já eram conhecidas. Os documentos descrevem cirurgias delicadas, o engessamento de membros com ossos quebrados e todo o sistema circulatório do corpo humano.

Antonio Brancaglion, historiador do Museu Nacional do Rio de Janeiro e membro da Associação Internacional dos Egiptólogos, conta que o desenvolvimento da medicina foi motivado, principalmente, pela quebra de um mito em relação à violação do corpo humano. “Outras povos da época, como sumérios e assírios, acreditavam que, se o corpo fosse aberto, a alma escaparia. É claro que isso sempre foi um impedimento para experimentos médicos”, diz Antonio. Entre os egípcios, no entanto, deu-se justamente o oposto.

A religião dos faraós deu uma senhora ajuda às descobertas médicas. “Eles acreditavam que para alcançar vida eterna a alma de seus mortos precisava de um corpo. Por isso, desenvolveram o que chamamos genericamente de mumificação”, afirma. A mumificação, na verdade, é um conjunto de procedimentos químicos e físicos que visava a preservação dos corpos (veja infográfico nas páginas 48 e 49). Esses processos exigiam a retirada cirúrgica de alguns órgãos internos, que eram separados uns dos outros. Em alguns casos, eles eram tratados e recolocados no lugar. Com isso, os egípcios passaram a conhecer o interior do corpo humano de uma forma inédita até então. Localizaram cada órgão e estudaram a relação entre eles. Embora estivessem errados em algumas de suas conclusões – eles acreditavam que o coração comandava nossos pensamentos – eles descobriram várias coisas que podiam ser aplicadas aos vivos.

Um dos melhores exemplos disso é o conhecimento sobre o sistema circulatório. O corpo de Ramsés II (1279 a 1212 a.C.) teve suas veias e artérias retiradas, mumificadas e recolocadas. O hábito de tomar o pulso do paciente como forma de avaliar sua saúde é descrito no papiro Ebers, datado de 1550 a.C. “O batimento cardíaco deve ser medido no pulso ou na garganta”, dizia o antigo documento, certamente um dos primeiros livros de medicina do mundo. Essa é outra inovação egípcia. Eles anotavam tudo nos chamados papiros médicos (alguns desses documentos serão citados no decorrer desta reportagem). Segundo Dawson, o conhecimento médico até então considerado era sagrado e geralmente transmitido por tradições orais. Os registros eram raríssimos. No Egito, a intensa documentação sobre os procedimentos médicos permitiu que esse conhecimento fosse passado com maior exatidão – embora não menos sagrado.

O conhecimento da circulação sanguínea é responsável por um costume que persiste até hoje: o uso da aliança de casamento. Para os egípcios, do coração partiam veias que o ligavam diretamente a cada um dos membros. Na mão esquerda, essa veia terminava no dedo anular. Acreditando que o coração era o centro de tudo e que ele está ligeiramente deslocado para o lado esquerdo do peito, os casais passaram a colocar uma fita no dedo anular esquerdo como forma de prender o coração do amado. Com o passar do tempo, essa fita foi substituída por um aro de metal que, dependendo das posses do casal, poderia ser o ouro. Bonito, não?

A mumificação mudou muito nos mais de 3 mil anos em que foi praticada. Com ela, evoluiu também o conhecimento que tinham do cérebro. As primeiras descrições do processo indicam que o cérebro era retirado pelo nariz e jogado fora junto com o conteúdo dos intestinos dos mortos. Mas, com o tempo, os egípcios passaram a relacionar o funcionamento do órgão com a coordenação motora. Há descrições completas de procedimentos cirúrgicos intracranianos nos papiros do século 15 a.C. No entanto, só recentemente, em 2001, especialistas da Universidade de Chicago, Estados Unidos, que realizaram tomografias em ossadas encontradas em Saqqara, um dos sítios arqueológicos mais importantes do Egito, conseguiram demonstrar casos em que os crânios abertos cirurgicamente apresentavam indícios de cicatrização, o que leva a crer que o paciente sobreviveu à operação. E melhor: ele não deve nem ter sentido muita dor. Continua

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Reforço do aço a laser reduz peso de carros em 20%

Mecânica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/09/2013

Reforço do aço a laser reduz peso de carros em 20%

Teste de resistência mostrou valores de até 1.500 MPa nos pontos tratados a laser. [Imagem: Fraunhofer IWS]

Peso dos carros

Fabricar carros mais leves tem sido um objetivo permanente da indústria automobilística, sobretudo porque carros mais leves consomem menos combustível.

É possível usar metais mais leves do que o aço, como o alumínio, mas sai caro demais, sendo uma opção apenas para os modelos esportivos ou de luxo.

Uma ideia antiga, e de certa forma adotada aos poucos, é deixar o aço mais espesso apenas onde for necessário, usando chapas mais finas onde não há constrangimentos de carga ou segurança.

Agora, Markus Wagner, do instituto IWS, na Alemanha, encontrou uma forma de levar essa prática quase ao extremo, reforçando o aço apenas na parte exata de cada chapa onde é necessário maior resistência.

"As necessidades de segurança e leveza de construção não precisam contradizer uma à outra," defende ele.

Para comprovar seu ponto de vista, ele desenvolveu uma técnica para pegar uma única chapa de aço, o mais fina possível, e reforçar apenas os pontos que serão mais sujeitos ao estresse.

Reforço local a laser

A técnica, chamada "reforço local a laser", consiste na aplicação de um feixe de laser na superfície da folha de aço, apenas nos pontos a serem reforçados.

Sob a ação do laser, essas zonas se aquecem fortemente, chegando mesmo a começar a fundir, solidificando-se novamente, de forma muito rápida, assim que o laser é retirado.

O resultado é a criação das chamadas "fases duras", em que a resistência do material é significativamente aumentada nos pontos tratados.

"Nós obtivemos resistências de até 1.500 MPa (megapascals). Isso é aproximadamente o dobro da resistência do material de base, não reforçado," conta Wagner. "Isto nos permite otimizar os pesos e as tensões sobretudo no projeto das partes frontais e traseiras, nos suportes dos pára-choques, no pilar B, e em vários reforços."

Na estimativa do engenheiro, o uso da técnica em um veículo popular permitirá uma redução no seu peso de até 20%.

Segundo Wagner, com o objetivo de preparar a técnica para uso pela indústria, eles estão trabalhando na automação do sistema, para que ele possa tratar automaticamente peças com formatos complexos.

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