Produtos de beleza apresentam riscos mesmo dentro da validade

17/05/2013

Com informações do Jornal da Unicamp

Produtos de beleza apresentam riscos mesmo dentro da validade

Algumas indústrias de cosméticos já demonstraram interesse pela Cosmetônica, de forma a avaliar seus produtos antes que eles cheguem ao mercado.[Imagem: Antoninho Perri]

Há poucos dias, um estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que batons e brilhos labiais oferecem risco de contaminação com metais pesados.

Agora foi a vez de pesquisadores brasileiros anunciarem o desenvolvimento de uma técnica que permite identificar, em segundos, todos os componentes químicos presentes ou não na formulação de produtos de beleza.

E os resultados para os produtos brasileiros não foram nada animadores.

A nova plataforma, batizada de Cosmetômica, oferece até 99% de acerto, o que pode garantir a fabricantes e consumidores a qualidade e a segurança de produtos.

A técnica foi desenvolvida por Mônica Siqueira Ferreira, Diogo Noin de Oliveira e Rodrigo Ramos Catharino, da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas).

Problemas dentro do prazo de validade

Para testar a nova técnica, o grupo analisou as principais marcas de esmaltes, batons e lápis de olho à venda no Brasil - as marcas analisadas não foram reveladas.

Dentre as descobertas feitas pelos pesquisadores, algumas constatações preocupantes:

  • três das nove marcas de esmalte investigadas apresentaram em sua composição taxas elevadas de SUDAM III, uma substância considerada potencialmente cancerígena;
  • um dos produtos em uso apresentou mudanças significativas em algumas características sensoriais, como odor rançoso, antes mesmo do vencimento do prazo de validade;
  • um dos produtos analisados não tinha um dos componentes hidratantes descritos no rótulo.

O maior problema foi encontrado nos lápis para os olhos dentro da data de validade. Segundo os pesquisadores, todas as amostras mostram potencial para causar irritação ocular ou até mesmo criar um ambiente propício para infecção.

Os pesquisadores também analisaram intencionalmente uma amostra de lápis para os olhos com a data de validade vencida. O produto apresentou substâncias que, além de irritações e alergias, podem tornar o ambiente ocular propício para proliferação de microrganismos causadores de infecções na região.

No caso dos batons em uso, os componentes ficaram oxidados (perderam sua função) antes do prazo de validade descrito pelo fabricante.

"Nos batons, as modificações na composição química podem ocorrer devido ao contato com a saliva e outros compostos em torno da boca. No caso dos lápis de olho, constatamos que a oxidação ocorreu sozinha, mudando o pH da fórmula, o que é um risco para quem usa esse tipo de produto", explicou Diogo.

No caso dos esmaltes, o Sudam III foi escolhido devido ao seu potencial risco cancerígeno e por ser um corante comum para cosméticos. Os riscos para saúde estão associados à ingestão acidental do corante devido ao hábito de roer as unhas ou em atividades domésticas comuns, como cozinhar ou assar. O Sudam III está presente nos esmaltes azuis ou marrons, em sua maioria.

Atualmente, o Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de cosméticos do mundo, o que mostra a importância de garantir qualidade e a segurança aos seus produtos.

Segundo os pesquisadores, algumas indústrias de cosméticos já demonstraram interesse pela Cosmetônica, de forma a avaliar seus produtos antes que eles cheguem ao mercado.

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Chegada da primavera aumenta casos de alergia

12/09/2013

Redação do Diário da Saúde

Chegada da primavera aumenta casos de alergia

Pólen e ácaros são os principais fatores desencadeadores das alergias, que podem ser confundidas com resfriados.[Imagem: Wikimedia/Guido Gerding]

O número de casos de alergia aumenta com a chegada da primavera.

O primeiro motivo é bem lógico: com o maior número de flores, aumenta a concentração de pólen no ambiente.

Mas também os ácaros, outro fator fortemente desencadeador das alergias, se intensificam na mudança de estação.

Para o alergista Clóvis Galvão, médico do HC/USP, a melhor prevenção contra as alergias é limpar os ambientes internos com pano úmido, principalmente os quartos.

A remoção de sujeira com vassoura faz com que ácaros, pólen, e pêlos de animais fiquem suspensos no ar, fatores desencadeantes das crises. Os locais também devem ser bem arejados.

Já as roupas que ficaram guardadas por muito tempo no armário devem ser lavadas ou expostas ao sol.

Alergia ou resfriado?

Os sintomas mais comuns das alergias causadas por pólen e ácaros são coriza e congestão nasal, espirros contínuos e frequentes e falta de ar, além de irritação nos olhos.

A alergia pode ser confundida com resfriado de natureza viral - a diferença é que o resfriado apresenta queda do estado geral e febre, e sintomas de infecção. Nestes casos, a recomendação é procurar atendimento médico.

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Lâmpadas e notebooks: saem os fios, entram as antenas

Energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/09/2013

Lâmpadas e notebooks: saem os fios, entram as antenas

A tecnologia SUPA deverá chegar ao mercado em 2014, com previsão de potência suficiente para alimentar tablets e notebooks. [Imagem: Fraunhofer ENAS]

Luz sem fios

Com a ajuda dos LEDs, abajures e luminárias estão se tornando cada vez menores e mais práticos.

E, com a ajuda do design, além de iluminar, estão se tornando peças de decoração bastante atraentes.

O problema é que nada disso combina com um grosso fio que precisa ser estendido até uma tomada, destruindo o apelo visual e eliminando qualquer praticidade.

A solução pode estar na transmissão de eletricidade sem fios, que substitui os fios por antenas.

A viabilidade dessa opção acaba de ser demonstrada por engenheiros do Instituto de Nanossistemas Eletrônicos, da Alemanha.

Eles batizaram sua tecnologia de SUPA (Smart Universal Power Antenna, antena inteligente universal de potência, em tradução livre).

"Sem cabos, você pode colocar suas luminárias em qualquer lugar que você queira sobre a mesa," disse Christian Hedayat, engenheiro responsável pelo projeto.

Antenas inteligentes

A energia é suprida por bobinas instaladas sob o móvel. Cada luminária - ou qualquer outro aparelho com uma exigência de potência compatível - recebe uma antena que capta o campo magnético criado pelas bobinas, gerando a eletricidade por indução.

Mas isto poderia exigir colocar bobinas por baixo de todo o móvel, ou então limitar as posições onde os aparelhos podem ser colocados.

Hedayat e seus colegas encontraram uma solução melhor.

"Nós enchemos uma placa de circuito impresso com várias antenas, de forma que um campo magnético é gerado somente sob a superfície do receptor. As distâncias entre as antenas e suas dimensões foram cuidadosamente ajustadas para produzir um campo homogêneo," explicou ele.

Para que a radiação não seja excessiva, podendo interferir com outros aparelhos, apenas as antenas que estão diretamente sob o aparelho são energizadas, com todas as demais permanecendo desligadas automaticamente.

O grupo agora está trabalhando em um sistema ainda mais inteligente, em que a placa de circuito impressa "conversa" com cada aparelho, recebendo uma identificação que informa se ele deve ser alimentado e qual a potência necessária.

A tecnologia SUPA deverá chegar ao mercado em 2014, com previsão de potência suficiente para alimentar tablets e notebooks.

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Descoberta nova técnica para transformar luz em eletricidade

Energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/09/2013

Descoberta nova técnica para transformar luz em eletricidade

"Você pode imaginar a tinta do seu laptop funcionando como uma célula solar para alimentá-lo usando apenas a luz." [Imagem: Bonnell Lab]

Um novo mecanismo para a extração de energia a partir da luz poderá tornar as tecnologias de energia solar mais flexíveis e permitir a construção de dispositivos optoeletrônicos mais eficientes para telecomunicações.

David Conklin e seus colegas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, trabalham com nanoestruturas plasmônicas - materiais fabricados a partir de nanopartículas metálicas - e moléculas orgânicas sensíveis à luz, chamadas porfirinas, muito usadas nas pesquisas de fotossíntese artificial.

Em 2010, a equipe conseguiu fabricar uma nanoestrutura plasmônica que gera e distribui uma corrente elétrica através de um encadeamento molecular.

Tinta que gera energia

Agora, o grupo provou que a conversão das radiações ópticas - a luz - em uma corrente elétrica deveu-se aos chamados "elétrons quentes", produzidos pelos plásmons de superfície, e não à própria molécula porfirina.

"Em nossas medições, em comparação com a fotoexcitação convencional, observamos aumentos de três a 10 vezes na eficiência do nosso processo," disse a professora Dawn Bonnell, orientadora do estudo. "E nós nem sequer otimizamos o sistema. Em princípio, você pode imaginar um enorme aumento na eficiência."

A grande vantagem dessa técnica é que o processo de "coleta" dos elétrons quentes induzidos pelos plásmons de superfície pode ser configurado para diferentes aplicações simplesmente alterando o tamanho e o espaçamento das nanopartículas.

Com isso, altera-se o comprimento de onda da luz a que os plásmons respondem.

"Você pode imaginar a tinta do seu laptop funcionando como uma célula solar para alimentá-lo usando apenas a luz," disse Bonnell. "Esses materiais também poderão otimizar os dispositivos de comunicação, tornando-se parte de circuitos moleculares eficientes."

Células solares plasmônicas

Plásmons de superfície são oscilações coletivas de elétrons induzidos pela incidência da luz sobre uma superfície metálica.

O fenômeno é tão interessante que já resultou na criação de uma nova área de pesquisas, chamada plasmônica.

O que os pesquisadores fizeram agora foi demonstrar que essas oscilações conjuntas de elétrons liberam de fato elétrons - os tais elétrons quentes -, formando uma corrente elétrica que se move em um padrão que é determinado pelo tamanho e pela disposição das nanopartículas metálicas.

"Estamos entusiasmados por termos encontrado um processo que é muito mais eficiente do que a fotocondução convencional", concluiu Bonnell.

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Bibliografia:
Exploiting Plasmon-Induced Hot Electrons in Molecular Electronic Devices
David Conklin, Sanjini Nanayakkara, Tae-Hong Park, Marie F. Lagadec, Joshua T. Stecher, Xi Chen, Michael J. Therien, Dawn A. Bonnell
ACS Nano
Vol.: 7 (5), pp 4479-4486
DOI: 10.1021/nn401071d

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Vidro mais fino do mundo

Materiais Avançados

Vidro mais fino do mundo vai para o Livro dos Recordes

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/09/2013

Vidro mais fino do mundo vai para o Guinness

"É a primeira vez que alguém foi capaz de ver o arranjo dos átomos em um vidro." [Imagem: Pinshane Huang]

Recorde ao acaso

A versão de 2014 do livro dos recordes Guinness contará com mais um registro: o de vidro mais fino do mundo.

Em uma descoberta feita por acaso, o vidro ultrafino poderá ajudar a lançar algumas luzes no conturbado estudo dos vidros, que insistem em esconder seus mistérios.

Poucas áreas de pesquisa são tão controversas e acomodam discussões tão acaloradas quanto o estudo da estrutura atômica do vidro.

A briga é mais acirrada quando se discute a transição do vidro da fase líquida para a fase sólida - embora haja quem diga que o vidro não é exatamente um sólido.

Pinshane Huang e seus colegas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, estavam tentando produzir grafeno usando folhas de cobre no interior de um forno de quartzo, quando perceberam que seu grafeno estava saindo "sujo".

Ao analisar o material no microscópio eletrônico, eles viram nada menos do que uma camada formada pelos elementos do vidro comum - silício e oxigênio.

Medindo tudo com cuidado, deram-se conta de que haviam produzido um vidro com apenas dois átomos de espessura, o que torna o material essencialmente bidimensional.

Teoria e prática

Outra surpresa é que a estrutura do vidro ultrafino é praticamente a mesma prevista em 1932 pelo físico norueguês William Houlder Zachariasen, uma das mais antigas representações teóricas dos átomos no vidro.

"Este é o trabalho do qual, quando eu olhar para trás toda a minha carreira, eu ficarei mais orgulhoso," disse o professor David Muller, membro da equipe. "É a primeira vez que alguém foi capaz de ver o arranjo dos átomos em um vidro."

Agora a bola volta para os teóricos, que passam a ter um elemento experimental inédito para continuar debatendo a natureza do vidro.

No lado prático, o vidro bidimensional poderá ser importante para a eletrônica, eventualmente aumentando a velocidade de computadores e telefones celulares.

Isto porque o material bidimensional é um óxido de silício, podendo funcionar como um material ultrafino e livre de defeitos para ser usado em transistores.

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Bibliografia:
Direct Imaging of a Two-Dimensional Silica Glass on Graphene
Pinshane Y. Huang, Simon Kurasch, Anchal Srivastava, Viera Skakalova, Jani Kotakoski, Arkady V. Krasheninnikov, Robert Hovden, Qingyun Mao, Jannik C. Meyer, Jurgen Smet, David A. Muller, Ute Kaiser
Nano Letters
Vol.: 12 (2), pp 1081-1086
DOI: 10.1021/nl204423x

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Brasil lançará três satélites de comunicações

Plantão

1 - Brasil planeja lançar três satélites de comunicações

Com informações da Agência Brasil - 10/09/2013

Imagem: info.abril.com.br

Foi preciso que a presidente da República fosse espionada para que o Brasil decidisse levar a sério o controle dos satélites de comunicações.

Ainda não é uma declaração de que o país terá um programa espacial digno do nome, mas o governo anunciou que os planos incluem lançar três satélites geoestacionários para uso militar e de comunicação estratégica.

Mas nem tudo é urgente, ao que parece: os três satélites serão lançados ao longo dos próximos 13 anos.

Como um satélite de comunicações tem uma vida útil de 15 anos, um quarto satélite será lançado para substituir o primeiro, que já estará próximo de se tornar obsoleto quando o plano for completado.

O primeiro satélite geoestacionário brasileiro será construído pela Thales Alenia e lançado pela Arianespace, ambas empresas estrangeiras.

Tanto a construção quanto o lançamento serão gerenciados pela empresa nacional Visiona, uma joint venture entre a Embraer (que detém 51%) e a estatal Telebras (com 49%).

Depois de lançado, o satélite será operado pela Telebras, que ficará encarregada do sistema civil (em Banda Ka), e pelo Ministério da Defesa, que será o responsável pelo sistema militar (em Banda X).

Para aumentar a segurança da operação do satélite, as duas estações de controle dos equipamentos, a principal e a reserva, ficarão localizadas dentro de instalações militares no Brasil.

O novo satélite terá três faixas de cobertura: uma nacional, uma regional (que vai cobrir praticamente todo o Oceano Atlântico, parte do Oceano Pacífico e as Américas do Sul e Central) e uma terceira móvel.

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2 - Satélite brasileiro poderá aumentar segurança de dados do governo

Com informações da Agência Brasil - 05/09/2013

A construção do primeiro satélite geoestacionário brasileiro poderá aumentar a segurança do tráfego de dados importantes no país, que passarão a ser criptografados.

Segundo o presidente da Telebras, Caio Bonilha, um dos objetivos do desenvolvimento do satélite é proteger as redes por onde passam informações sensíveis do governo federal.

"Vamos trabalhar com algoritmos e criptografia próprios, desenvolvidos pelo próprio governo, de maneira que os dados sensíveis que vão transitar no nosso satélite vão ser praticamente invioláveis", disse.

O projeto de construção do satélite tem custo estimado em R$ 1 bilhão. A expectativa do governo é colocar o satélite em órbita em 2014.

A expansão da internet de banda larga popular em mais de 2 mil municípios que não são atendidos por via terrestre é outro objetivo da construção do novo satélite no Brasil.

Para Bonilha, o fato de o país não ter um satélite próprio faz com que o governo não tenha controle do equipamento. "Isso é um problema de segurança em determinadas situações críticas", avaliou. Ele considera "recorde" o tempo desde o início da concepção do projeto, em 2011, até hoje.

A responsabilidade do satélite é da Visiona Tecnologia, constituída pela Embraer e pela Telebras, que já está negociando os contratos com a Thales Alenia, escolhida para construção do satélite, e a Arianespace, que cuidará do lançamento.

Segundo Bonilha, além do preço, as condições de transferência de tecnologia foram consideradas como critério para a escolha da empresa responsável pela construção.

Satélite militar brasileiro

Outra área importante a ser atendida é a militar, que atualmente usa satélites estrangeiros para trafegar suas operações.

As denúncias de violação de telefonemas e transmissão de dados de empresas e cidadãos brasileiros tornaram-se o principal argumento para reforçar a tese da necessidade de o Brasil ter também seu próprio satélite de comunicação militar.

O projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) está em licitação.

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Antibiótico que ataca superbactéria é descoberto no mar

05/08/2013

Com informações da BBC

Fonte: http://diariodasaude.com.br/news.php?article=antibiotico-ataca-superbacteria-descoberto-mar&id=9055

Antibiótico que ataca superbactéria é descoberto no mar

O antibiótico marinho é capaz de atacar com eficácia até mesmo o antrax. [Imagem: Scripps]

Um microrganismo encontrado em sedimentos do mar contém um dos mais fortes antibióticos conhecidos.

A descoberta de novos agentes antibióticos é considerada algo raro.

Por isso, especialistas afirmam que o achado pode ajudar a combater a atual resistência de bactérias aos antibióticos atualmente em uso - considerada um grave problema mundial de saúde.

Os cientistas ressaltam que o novo composto, chamado antracimicina, parece ser efetivo no combate ao Staphylococcus aureus - bactéria de fácil contágio por contato e que pode gerar infecções difíceis de tratar, por ter-se tornado resistente à maioria dos antibióticos em uso.

A antracimicina também demonstrou ser capaz de eliminar o antrax.

Remédios do mar

O composto antibiótico antracimicina tem uma estrutura química única, o que poderia levar ao desenvolvimento de uma nova classe de remédios antibióticos.

A descrição da estrutura da antracimicina, classificada como "única e rara", coube à equipe do cientista Kyoung Hwa Jang, onde se demonstram as diferenças dos outros antibióticos naturais já descobertos.

O novo composto antibiótico foi extraído da bactéria Steptomyces, coletada pelo cientista Christopher Kauffman em sedimentos do Oceano Pacífico.

"A descoberta de um composto químico realmente novo é bem rara. Ela vem a somar-se a várias descobertas anteriores que mostram que bactérias marinhas são geneticamente e quimicamente únicas", ressalta William Fenical, do Instituto Scripps (EUA).

A antracimicina, que têm demonstrado sua eficácia no combate ao antrax e ao Staphylococcus aureus, indica o potencial dos oceanos como fonte para de novas substâncias, já que ainda há grandes áreas marinhas inexploradas.

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REIKI ELEMENTAL

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Evolução da Terra

REIKI ELEMENTAL

Ana Shanti Eugénio

Mestre e Professora de Reiki Usui Shiki Ryoho, Karuna, Terapia da  LUZ, Terapia de Regressão, Templar Degree, Sacred Flames Reiki e Prismologia

Link para Download:

 http://www.anaeugeniophotography.org/uploads/2/6/8/8/2688842/manual_reiki_elemental.pdf

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Impacto do alumínio sobre saúde humana é desconhecido


09/09/2013

Redação do Diário da Saúde

Impacto do alumínio sobre saúde humana é desconhecido

O alumínio não tem nenhuma função biológica conhecida, e é reconhecidamente uma toxina ambiental.[Imagem: Wikipedia]

Os seres humanos estão sofrendo um aumento estrondoso na exposição ao alumínio, em uma situação que só tende a piorar.

O alerta é do professor Christopher Exley, da Universidade de Keele (Reino Unido), em um estudo sobre a exposição humana ao metal, feito a pedido da Royal Society of Chemistry.

O pesquisador descreve uma "visão holística" sobre a vida na "Era do Alumínio" e as implicações disto para o corpo humano.

Sem função biológica

O alumínio não tem nenhuma função biológica conhecida, e é reconhecidamente uma toxina ambiental - apesar de ser o metal mais abundante e o terceiro elemento químico mais abundante da crosta terrestre.

A exposição humana ao alumínio está implicada em um grande número de doenças crônicas, incluindo doenças ósseas, condições autoimunes, câncer e doenças neurodegenerativas.

A exposição humana ao alumínio aumentou pelo menos 30 vezes nos últimos 50 anos e está em expansão, atualmente com 11 kg de alumínio sendo produzidos para cada pessoa na Terra a cada ano.

A grande maioria deste alumínio é extraído de minérios - em oposição à reciclagem - com potencial para, no mínimo, impactar e se acumular dentro do corpo humano, diz o pesquisador.

Era do Alumínio

O professor Exley reconhece que a Era do Alumínio está aqui para ficar, e que o alumínio continuará a ser utilizado de forma eficaz e segura em nossas vidas cotidianas.

Por isso, alerta ele, é de suma importância que reconheçamos não apenas seu poder para o bem, mas também que seu potencial para causar danos não é totalmente compreendido, além do que sua segurança para a saúde humana não foi testada adequadamente.

"Nós não podemos continuar a ser complacentes em relação à exposição humana ao alumínio. Enquanto o gênio está fora da garrafa, ainda temos vários desejos a fazer, e devemos nos esforçar para usá-los para viver em segurança e em prosperidade na Era de Alumínio," concluiu ele.

Uma pesquisa brasileira divulgada há poucas semanas revelou que manganês e alumínio estão associados a doenças neurodegenerativas

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Luz pode destruir e esterilizar pernilongo da dengue

04/09/2013

Com informações da Agência USP

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Imagem ilustrativa

Pesquisadores da USP em São Carlos estão utilizando a terapia fotodinâmica para eliminar o Aedes aegypti, o pernilongo transmissor da dengue.

A pesquisadora Larissa Marila de Souza mergulhou larvas de diferentes estágios do pernilongo da dengue em uma solução na qual se encontrava dissolvida uma droga fotossensibilizadora, cujo comportamento é controlado por luz.

Depois disso, expôs a solução com as larvas a diferentes fontes de luz (solar, lâmpadas fluorescentes e LEDs).

Foi quando verificou que a mortalidade das larvas foi bastante significativa: acima de 90% quando expostas à luz solar e a lâmpadas fluorescentes e entre 70% e 80% quando expostas aos LEDs.

A Terapia Fotodinâmica é resultado da interação do fotossensiblizador com a luz e com o oxigênio, e é uma técnica constantemente utilizada pelo Grupo de Óptica no tratamento de lesões malignas e no controle microbiológico.

Mas esta é a primeira vez que a técnica é testada como um novo mecanismo para eliminação de focos do Aedes aegypti.

"Estamos, paralelamente, testando outras substâncias químicas fotossensibilizadoras: a clorina, que mata fungos e bactérias com uma eficiência quântica muito grande, e a curcumina produzida a partir das raízes do açafrão," explica a professora Natália Mayumi Inada, membro da equipe.

Esterilização dos pernilongos

E os bons resultados não param por aí: além dos testes com larvas, Larissa realizou experimentos com os pernilongos adultos da dengue.

Ela dissolveu o fotossensibilizador em sangue de carneiro e açúcar e alimentou fêmeas e machos do Aedes aegypti criados em laboratório. O material foi parar no trato digestório e nas glândulas salivares das larvas.

O mais promissor é que os ovos resultantes do acasalamento desses pernilongos, que passaram a ter o fotossensibilizador no organismo, não eclodiram.

"Ainda precisamos fazer mais experimentos para saber, com certeza, se a não eclosão dos ovos está relacionada à presença do fotossesibilizador no organismo dos vetores", ressalta a pesquisadora.

Controle da dengue sem contaminação

O principal objetivo da pesquisa em questão é a produção de um composto capaz de eliminar o pernilongo da dengue, mas estudos de impacto ambiental também serão realizados simultaneamente, já que os larvicidas utilizados atualmente para o extermínio do Aedes aegypti contaminam o ambiente.

"Uma das grandes preocupações desse projeto é conseguir, além da morte de larvas e pernilongos causadores da dengue, oferecer uma nova terapia que seja ecologicamente correta, ou seja, que a água ou solo, nos quais será dissolvida a substância química, não sejam contaminados", explica Natália.

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O que é CAJON?

Conheça o Cajon

Um instrumento musical muito usado na América do Sul e Europa

Fonte: Magazine Luiza

clip_image002O cajon é um instrumento de percussão que foi criado no Peru, na época da escravidão, e hoje é muito utilizado não só na América do Sul, mas também na Europa. Possui formato de caixa (isso explica seu nome, que é o aumentativo de caixa (caja) em espanhol) e, em geral, acabamento simples em madeira.

Ele combina perfeitamente com voz e violão, e é comum vê-lo nas rodinhas de MPB e bandas latinas. Se você for a um barzinho que possui música ao vivo nos estilos, é bem provável que o percussionista estará com um cajon para acompanhar o andamento do show.

A origem do cajon é facilmente confundida. Por ser um instrumento muito usado nas músicas flamencas, é comum associar a origem do cajon com a Espanha, mas na verdade ele foi criado na América do Sul por africanos.

Na época do Peru colonial, com o intuito de se entreter, escravos africanos pegavam caixas de madeira e gavetas para tocarem suas músicas e matar a saudade do lar, do outro lado do oceano.

Portanto, a origem do cajon é afro-peruana.Com o tempo ele se transformou no instrumento que conhecemos hoje e é considerado Patrimônio Cultural da Nação pelo governo peruano.

Difundido na Europa pelo ritmo flamenco, o cajon foi ganhando espaço pelo mundo. Um dos responsáveis pelo uso e divulgação do som peculiar do instrumento no velho mundo, foi o reconhecido guitarrista flamenco Paco de Lucia.

O ritmo e a sonoridade que o cajon proporciona ficam completos com as palmas e sapateados da música flamenca. Uma combinação perfeita de percussão, palmas e guitarra, e foi assim que o cajon se popularizou é tão comum na Espanha e países latinos.

Desde o rock ao som popular, o cajon é perfeito para diversos estilos musicais

clip_image004Com a evolução do instrumento, hoje ele é constituído de madeira de diversos tipos. A principal diferença está na tampa, que possui vários modelos e apresentam sonoridades singulares. Há outros modelos que possuem cordas inseridas por dentro, sob a tampa.

É um instrumento barato e versátil, podendo ser utilizado em apresentações acústicas, ao vivo e microfonado para grandes shows. Muitos músicos brasileiros têm o cajon em seus shows, como a banda O Rappa, em suas apresentações acústicas, a nova sensação da música popular brasileira, Maria Gadú, entre outros.

MPB, samba, apresentação na praia como luau, somente voz e violão, o cajon fica perfeito com vários gêneros musicais e apresenta disponibilidade em ambientes diversos, podendo ser usado em um grande show ao vivo ou em uma rodinha de samba na esquina de casa.

Para apresentações que requerem o mínimo de instrumentos, o cajon combina perfeitamente com violão acústico ou eletroacústico. Baixolão também é uma boa pedida, além do cavaquinho para os sambistas.

O cajon é um instrumento de percussão, portanto, indicado para músicos percussionistas ou pessoas que se identificam com o gênero. É tocado com as mãos, com baqueta acústica ou um mix dos dois. Qualquer pessoa pode fazer uso do cajon, o instrumento possui assento próprio. O músico então fica sentado em cima dele e o posiciona entre as pernas.

No magazineluiza.com temos vários modelos, entre eles o reto tradicional com esteira de 24 fios em madeira sumaúma, e também o modelo inclinado com acabamento branco impecável, assento E.V.A e sistema duplo com captadores distintos.

Simples, barato, incrível sonoridade, e pode ser levado para qualquer lugar. Desde o rock acústico a MPB, você pode tocar seu cajon no estilo que desejar!

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O que é carvão ativado?

Todos os dias ouvimos falar do emprego dessa ou daquela tecnologia ou técnica para as mais diversas práticas como por exemplo, o uso do carvão ativado. Mas também perguntamos: o que vem a ser isso? Para que serve? Em nosso caso, o que é carvão ativado? Qual a sua utilidade?

Abaixo estão expostas algumas informações de duas fontes distintas que nos ajudarão a entender melhor os seus significado e utilidade. Antromsil.

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Imagem: www.oaventureiro.com.br

Carvão ativado microscópico

1 - O que é carvão ativado e por que ele é usado em filtros?

Fonte: http://www.hsw.uol.com.br/questao209.htm

O carvão é carbono. Carvão ativado é aquele que foi tratado com oxigênio para abrir milhares de pequeninos poros entre os átomos de carbono.

Veja essa informação retirada da Enciclopédia Britannica (em inglês).

"O uso de técnicas de fabricação especiais resulta em carvões altamente porosos com áreas de 300 a 2.000 m2  de superfície por grama. (?, não entendi). Esses assim chamados carvões ativos ou ativados são amplamente usados para adsorver substâncias odoríferas ou coloridas de gases ou líquidos".

A palavra adsorver é importante aqui. Na adsorção as moléculas de uma substância se fixam à superfície de outra substância. A enorme área de superfície do carvão ativado dá a ele vários lugares de ligação. Quando certas substâncias químicas passam próximas da superfície do carbono, unem-se a essa superfície e são aprisionadas.

O carvão ativado é bom em aprisionar outras impurezas que tenham carbono como base (substâncias químicas orgânicas), como também substâncias como o cloro. Muitas outras substâncias químicas não são atraídas pelo carbono (sódio, nitratos, etc.) passando direto por ele. Isso significa que um filtro de carbono ativado vai remover certas impurezas, mas vai ignorar outras. Isso também significa que, uma vez que todos os locais de ligação estejam preenchidos, um filtro de carvão ativado para de funcionar. Nesse ponto deve-se substituir o filtro.

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clip_image0042 - Carvão ativado

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Carvão ativado.

Ficheiro: Activated-carbon.jpg

Poros presentes em uma porção de carvão ativado, amplificados com uso de um microscópio eletrônico.

O carvão ativado é um material de carbono com uma porosidade bastante desenvolvida, com capacidade de coletar seletivamente gases, líquidos ou impurezas no interior dos seus poros, apresentando, portanto, um excelente poder de clarificação, desodorização e purificação de líquidos ou gases.

Este tipo de carvão é obtido a partir da queima controlada com baixo teor de oxigênio de certas madeiras, a uma temperatura de 800 °C a 1000 °C, tomando-se o cuidado de evitar que ocorra a queima total do material de forma a manter sua porosidade.  Também é possível produzir carvão ativado a partir da queima de ossos bovinos em altas temperaturas, sendo este também chamado carvão de osso ou negro animal.

Os usos mais comuns para o carvão ativado são a elaboração de filtros para adsorção de gases e no tratamento de águas, onde o carvão se destaca por reter nos seus poros impurezas e elementos poluentes.

É utilizado em diversos ramos das indústrias química, alimentícia e farmacêutica, da medicina e em sistemas de filtragem, bem como no tratamento de efluentes e gases tóxicos resultantes de processos industriais.

Aplicações domésticas

Artefatos impregnados com carvão ativado são utilizados para evitar que geladeiras e congeladores emitam odores derivados dos alimentos ali estocados. Filtros à base dessa forma de carvão também são utilizados para purificação da água que chega às residências pelas torneiras, uma vez que seus poros retém qualquer traço de partículas e moléculas grandes que causem coloração, sabores ou odores estranho nessa água. O uso em sistemas de filtragem de aquários também é bastante comum.

Em todos os casos citados, o carvão ativado deve ser substituído periodicamente, tendo em vista que seus poros acabam se impregnando com as impurezas retiradas do ar ou água, o que faz com que gradativamente, esses filtros percam a eficiência.

Aplicações médicas

O uso de carvão ativado é considerado hoje um dos mais eficientes tratamentos em casos de intoxicações, sobretudo quando o socorro é realizado até 5 horas após a intoxicação. O carvão ativado adsorve a substância tóxica e diminui a quantidade disponível para absorção pelo sistema digestivo. Os seus efeitos colaterais são mínimos. As substâncias tóxicas adsorvidas nos poros são eliminadas com o carvão através das fezes.

As doses terapêuticas variam conforme o tamanho e peso do paciente, além da substância a ser adsorvida. Tipicamente, o tratamento consiste na aplicação de 50 a 100 gramas de carvão ativado diretamente no sistema digestivo da vítima, via ingestão ou sonda nasogástrica, com repetições da dose após períodos de 4 a 6 horas.

Histórico do uso medicinal

O uso terapêutico do carvão já era descrito por diversos povos da antiguidade, como egípcios e gregos. Seus efeitos no combate à intoxicação também eram conhecidos pelos índios americanos. No Século XIX apareceram os primeiros relatos de experimentações em público, demonstrando a sua capacidade na neutralização de venenos potencialmente letais.

Em uma demonstração pública, o farmacêutico francês Gabriel Bertrand ingeriu 5 gramas de trióxido de arsênio, quantidade suficientemente elevada causar a morte de 150 pessoas. Surpreendentemente a substância não lhe causou problemas, pois havia misturado o arsênio a uma porção de carvão ativado, o que neutralizou os efeitos tóxicos do arsênio.

Com isso, o carvão ativado passou a ser tratado como um possível antídoto em caso de intoxicações, ganhando destaque na indústria farmacêutica. Atualmente é facilmente encontrado para vendas em farmácias e lojas de produtos naturais, sendo comercializado na forma de , cápsulas e tabletes.

Transporte

Legislação brasileira

O carvão ativado é classificado como sólido inflamável de combustão espontânea. Recebe o código das Nações Unidas - UN1362, Classe 4, Divisão 4.2, sendo portanto um produto perigoso para o transporte. O expedidor ou embarcador desse tipo de produto deverá cumprir com as regras estabelecidas para o seu transporte, em especial o Orange Book da ONU para o transporte terrestre, o IMDG Code da IMO para o transporte marítimo e o DOC 9284 da ICAO para o transporte aéreo. Para cada modal de transporte há um conjunto de regras que devem ser seguidas antes do envio do produto para transporte.

É de responsabilidade do transportador verificar se o produto pode ou não ser transportado, quais são as limitações para o modal escolhido, estabelecer sua classificação, utilizar embalagem certificada/homologada, utilizar a etiqueta de risco compatível para a classe e divisão do produto, documentar e armazenar em condições seguras.

Pelas regras brasileiras, quem submete um produto perigoso para transporte, sem dar conhecimento ou realizar falsa declaração de conteúdo ao transportador, está passível de responder criminalmente com base no Artigo 261 do Código Penal Brasileiro.

No Brasil, os Órgãos Públicos responsáveis e suas respectivas regras de transporte para cada modal são:

Para o Transporte terrestre (Rodoviário e Ferroviário):

  • Agência Nacional de Transporte Terrestre - ANTT - www.antt.gov.br - Resolução 420/2006 - ANTT.
  • Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial -INMETRO - www.inmetro.gov.br (responsável por estabelecer regras para certificação de embalagens para o transporte terrestre de produtos perigosos)- Portarias 326/2006 e 071/2008 – INMETRO.

Para o Transporte aéreo:

  • Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC - www.anac.gov.br - RBAC 175 e IS 175-001/2009 - ANAC.

Para o Transporte marítimo (Mar e Rios):

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A visão do pântano

A visão do pântano

(texto de ficção)

Por: Antromsil

   Imagem ilustrativa (rodapedohorizonte.wordpress.com)

       Sertão cearense, berço de lendas e mitos, estórias de Trancoso, anedotas mil que ilustram o nosso rico folclore, casos que são vividos e contados por aqueles que mais se identificam e melhor narram tais episódios.

          Muitos desses casos envolvidos em ares de mistério, fantasmagóricos e assombrosos que quando narrados deixam as crianças curiosas, encantadas com as proezas dos personagens, mas também cheias de pavor. Eu era um destes garotos que ao ouvir tais relatos, ia dormir morrendo de medo de vivenciar, mesmo que sendo em sonho, os casos que ouvia contar.

          A mais das vezes tais acontecimentos não passavam de artimanhas articuladas adredemente por pessoas folgazonas que se regozijam em pregar peças naqueles menos precavidos e medrosos, os quais se tornam presa fácil para manipulação desses marotos com suas travessuras.

          Num desses casos, ocorrido em dado momento numa comunidade interiorana, houve um fato que apavorou várias pessoas, em uma travessia situada num tipo de terreno pantanoso, cuja composição predominante era de argila escura e areia, permeadas de pequenas poças d’água e buracos cheios de lama ou areia, semelhantes a areia movediça, uma verdadeira armadilha para animais ou mesmo gente desavisada.

          A estrada apiçarrada e estreita, formava um aterro dividindo o charco e logo depois, um terreno seco que dava acesso a uma outra vicinal de maior movimento e que servia para o tráfego de veículos e pessoas dos logradouros lindeiros.

          Certa feita, caída a noite numa fase de quarto minguante da lua, quando a visão noturna fica mais embaçada pela penumbra noturna, dois rapazes numa bicicleta, João e José, seu primo, se dirigiam a uma mercearia da pequena vila da localidade, chamada Vila Nova, para comprar mercadorias que estavam em falta nas suas residências, ao atravessar o trecho mencionado, foram surpreendidos coma espécie de gemido cruciante seguido de gesticulações aflitivas, isto a cerca de uns vinte metros de distância de onde se encontravam, que os deixou assombrados ante àquela visão fantasmagórica.

          O susto foi de tal maneira que o rapaz que vinha na garupa, saltou e fez carreira, enquanto que o outro, mais assustado ainda, apeou-se e correu empurrando a bicicleta, gritando para que o seu primo o esperasse. Chegaram esbaforidos ao seu destino, suados e apavorados com a estranha avantesma.

         Como não era muito tarde da noite, toda vila tomou conhecimento do fato, pois, esse tipo de notícia corre depressa. Os rapazes tinham que retornar às suas casas, mas estavam com medo. Alguns jovens dos que estavam bebericando num boteco se ofereceram pra ir com os rapazes, já que estes não se encontravam em condições de ir sozinhos. Foram em número de cinco.

          Ao se aproximarem do local do incidente, eis que abruptamente ouviu-se o ruído de mato e galhos quebrados acompanhados do roçar das folhas agitadas, não pelo vento, mas por serem tocadas por um animal que se deslocava a toda velocidade, seguido por outro que o perseguia, atravessando a estrada justamente aos pés dos que estavam na frente do grupo de rapazes.

          Não deu outra. O assombro foi aí muito maior e todos retrocederam em desabalada carreira, sendo que João, o rapaz da bicicleta, dessa vez a abandonou.

          Os cinco rapazes chegaram ao pequeno povoado exauridos, arfando de tanto cansaço e sobressalto, sentando-se no banco da pracinha. João somente deu pela falta da bicicleta quando já recuperava o ânimo, em frente ao boteco de onde saíram.

          Seu Raimundo, um senhor maduro e sensato que ali residia, com seus cinquenta de nove de idade, inteirou-se da conversa e foi ouvir os jovens espantados. Um dizia ter visto um lobisomem, outro, que era a mula sem cabeça, um terceiro, que era o próprio Satanás em pessoa, e assim cada um dava a sua versão desconexa uma da outra sem que se chegasse a um acordo quanto à real visão.

          Seu Raimundo ofereceu-se para guiar os mancebos até sua residência. De posse de sua lanterna e faca de caça, sem esquecer o revolver, como garantia para qualquer outro imprevisto e os seguiu acompanhado de seu fiel cachorro, velho companheiro de caçadas.

          Os rapazes sentiram-se mais confiantes visto que o seu guia era homem experiente e destemido, que não se deixava enganar pelas aparências e não dava crédito à conversa fiada, que procurava entender as coisas com sensatez e argúcia. Munido de suas ferramentas de caça, acompanhou os rapazes inquirindo deles todas as informações que necessitava para a elucidação dos fatos ocorridos naquela noite.

          No local da segunda suposta aparição, seu Raimundo, analisou, perscrutou as evidências e, das pistas encontradas concluiu que se tratava de um porco perseguido por um outro animal, possivelmente um guaxinim ou um cachorro do mato.

          No lugar do primeiro caso, acendeu a lanterna e dirigiu o foco para o lado de onde os jovens lhe indicaram fazendo uma varredura, encontrando um vulto negro que se agitou e emitiu um som rouco e fraco, semelhante a um mugido de gado. Os rapazes recuaram ainda assustados, mas não correram, encorajados pela presença do senhor Raimundo, que os incentivava e por essa razão, ficaram à espreita, aguardando a confirmação de seu guia que afastou o arame da cerca e entrou no lodaçal, dirigindo-se ao vulto, sem vacilo.

        E assim, caminhando pela parte mais dura do lamaçal conseguiu chegar a onde estava a suposta aparição que era, nada mais, nada menos, do que uma vaca preta que teve uma das pernas presa por um buraco de lama e se debatia a esmo tentando sair daquela prisão, isso já há bastante tempo. Instintivamente, à aproximação de algum transeunte, esta se debatia, balouçando a cabeça e mugia tentando chamar a atenção de uma alma caridosa que viesse em seu socorro. Seu berro estranho, prendia-se ao fato de já estar exaurida em suas forças de tanto esforçar-se para escapar da armadilha em que caíra.

          Após a elucidação do caso, seu Raimundo solicitou a ajuda dos rapazes para retirar a vaca do atoleiro e a soltaram em solo firme, a qual saiu cambaleando em razão do exposto e foi-se embora.

          Os dois rapazes ficaram bastante envergonhados com aquela situação, mas, seu Raimundo os alentava dizendo que “foi só um susto e isso era perfeitamente normal na sua idade, não havendo razão para se perturbarem.”

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