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Dicionário Visual Bilíngue Português – Inglês

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Primeiros Socorros no Trânsito

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Introdução
Educando com valores

O trânsito é feito pelas pessoas. E, como nas outras atividades humanas, quatro princípios são importantes para o relacionamento e a convivência social no trânsito.
O primeiro deles é a dignidade da pessoa humana, do qual derivam os Direitos Humanos e os valores e atitudes fundamentais para o convívio social democrático, como o respeito mútuo e o repúdio

Download: http://www.detran.ba.gov.br/noticias/NOCOES_1_SOCORROS.pdf

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Redes elétricas inteligentes

Energia

Brasil prepara adoção de redes elétricas inteligentes

Com informações da Agência Brasil e CGEE - 18/04/2012

Brasil estuda adoção de redes de energia elétrica inteligentes

Ainda há controvérsias sobre o impacto das redes inteligentes de eletricidade sobre as camadas mais pobres da população. [Imagem: UCLA Smart Grid Energy Research Center]

Desperdício de energia

Quinze de cada 100 quilowatts da energia elétrica produzida no Brasil se perdem entre a geração e o consumo.

De acordo com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a proporção é mais do que o dobro da registrada em outros países, que chega aos até 7%.

O desperdício sozinho fica acima da oferta interna de energia de origem térmica, com base em carvão, gás, petróleo e energia nuclear, que somam 14,4%, segundo o Balanço Energético Nacional.

A perda de energia levou o CGEE a fazer um amplo estudo sobre o uso de redes inteligentes (ou smart grids, como são mais conhecidas em inglês) para gerenciamento da geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica.

A tecnologia pode informar em tempo real, por exemplo, a ocorrência de pane e a eventual suspensão do fornecimento.

"Quando cai a energia, qualquer que seja o motivo, você liga para a concessionária. Pelo smart grid, isso passa a ser automático, não precisa ligar", explica Ceres Cavalcanti, pesquisadora do CGEE.

Vantagens das redes inteligentes de energia

Além das concessionárias, o uso de redes inteligentes permite que os usuários façam o controle do consumo diretamente.

No futuro, quando houver tarifa diferenciada conforme o horário, os medidores domésticos informarão quanto está sendo gasto a cada momento e o valor das tarifas cobradas.

De um lado, afirma-se que isto dará a possibilidade de o consumidor utilizar os eletrodomésticos em horário de tarifas mais baratas. De outro, porém, alguns especialistas afirmam que este é um benefício que só vale para o setor industrial, mas não para os consumidores domésticos, que não têm como controlar seus aparelhos ou mudar seus horários de uso.

Uma possibilidade menos controversa é tornar o consumidor credor do sistema.

Por exemplo, quem captar energia solar em casa, por exemplo, poderá ter desconto nas tarifas, pois a rede inteligente identifica a geração doméstica de energia.

"Hoje, a informação do sistema elétrico é direcional. Com o smart grid, passa a ser bidirecional. O consumidor passivo passa a ser ativo e vai ter vários tipos de serviços," diz Ceres.

Brasil estuda adoção de redes de energia elétrica inteligentes

Um item com presença obrigatório na pauta de discussões sobre o fornecimento de eletricidade no futuro são os carros elétricos. [Imagem: Green Car Initiative]

Eletrodomésticos e carros elétricos

Para a pesquisadora do CGEE, a adoção das redes inteligentes vai gerar negócios para a indústria de componentes do sistema elétrico e também para a área de tecnologia da informação e comunicação.

"Vai gerar um mercado muito bom para a indústria. E isso tem vários desdobramentos no sentido de desenvolvimento de ciência e tecnologia. Tem uma série de linhas de pesquisa que podem vir a partir daí," destaca.

Uma das possibilidades ficou demonstrada recentemente por uma pesquisa realizada na Unicamp, que demonstrou que as geladeiras domésticas, um dos principais itens de consumo doméstico, poderiam ser gerenciadas, isto é, ligadas e desligadas em determinados horários, sem prejuízos de sua função principal.

Outro item com presença obrigatório na pauta de discussões sobre o fornecimento de eletricidade no futuro são os veículos elétricos.

Uma pesquisa na Alemanha mostrou que os carros elétricos, em vez de simplesmente representarem mais uma categoria de consumidor, podem na verdade viabilizar a adoção de fontes de energia limpa.

Outro estudo, este realizado nos Estados Unidos, mostrou que os carros elétricos usados em meio urbano, a exemplo do que já acontece com seus antecessores a gasolina, ficarão a maior parte do tempo estacionados.

Isso significa, segundo o Dr. Willett Kempton, que os carros elétricos poderão fornecer eletricidade para a rede de distribuição.

As possibilidades são tantas que muitos especialistas na área não hesitam em falar de uma "Internet da energia", capaz de descentralizar a geração e a transmissão de eletricidade.

Brasil estuda adoção de redes de energia elétrica inteligentes

A busca por fontes de energia limpa está levando os pesquisadores a sonharem com uma Sociedade do Lítio. [Imagem: ChemSusChem]

O outro lado da moeda

Os especialistas brasileiros já visitaram a Alemanha e a Inglaterra, onde estabeleceram parcerias com as entidades distribuidoras de energia desses países, já bastante adiantados em direção às redes inteligentes de distribuição de energia.

Talvez por isso, é justamente de lá que veem as primeiras preocupações com a adoção de novas tecnologias na área.

Embora os "gatos" apareçam sempre taxados como ações criminosas, o professor Steve Thomas, da Universidade de Greenwich, aponta que as novas tecnologias na área na verdade representam uma "ameaça à saúde e ao bem-estar das pessoas que vivem em áreas residenciais mais pobres e mais vulneráveis".

Ele aponta sobretudo para o "outro lado da moeda" dos medidores inteligentes, que estão sempre conectados com a concessionária.

O problema, segundo o pesquisador, é que a troca de dados é de mão dupla, o que permite, por exemplo, que a concessionária altere o preço da energia conforme a a demanda, o que pode nada ter a ver com o consumo diário de uma casa.

Segundo ele, os aventados benefícios dos medidores inteligentes - leituras mais precisas, estimativa dos gastos em energia do mês e monitoramento do próprio consumo - poderiam ser alcançados por meio mais simples e mais baratos.

Para ele, enquanto na indústria o conceito é bem-vindo, já que as empresas podem mudar o turno de operações se a energia encarecer em determinados horários, para as residências isso significará uma "destruição de consumo".

Isso, segundo Thomas, porque as famílias não podem mudar o horário do banho ou o aquecimento para o meio do dia, simplesmente para terem descontos, e, ao contrário da indústria, não possuem um funcionário monitorando continuamente o preço da energia para poderem tirar vantagens disso.

Brasil estuda adoção de redes de energia elétrica inteligentes

O setor de energia limpa já deixou de se restringir a aplicações em nichos específicos, para se transformar em uma indústria mundial na primeira década do século XXI. [Imagem: Chandra Marsono]

Redes inteligentes no Brasil

O trabalho que está sendo produzido pelo CGEE, será a primeira etapa da proposta do grupo de especialistas e compõe uma das metas da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

O Brasil já conta com alguns estudos relativos ao tema Smart Grid em andamento. Entre eles, o da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), em conjunto com a Associação de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações (Apel), ambos coordenados pela Aneel.

Esta iniciativa propõe um plano nacional para a migração tecnológica do setor elétrico brasileiro, da atual posição, para a adoção plena do conceito de Rede Inteligente.

O estudo, que conta com a participação de mais de 63 concessionárias brasileiras, deve ser concluído no final do ano.

Algumas concessionárias públicas de energia, como a Cemig, a Light e a Eletrobrás, também fazem pesquisas e projetos na área.

O projeto Smart City (Armação de Búzios - RJ) é uma iniciativa nacional das empresas Emdesa/Ampla, parecida com o projeto desenvolvido em Magália, região da Espanha.

A versão fluminense receberá R$ 30 milhões nos próximos dois anos para instalar iluminação pública abastecida por painéis solares e miniaerogeradores, medidores inteligentes e carros elétricos.

A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Energia) investirá R$ 215 milhões em três anos para implantar tecnologias que incluem sistemas de telemedição (que atingirão 25 mil clientes até 2013), maior mobilidade ao enviar informações para eletricistas por meio de palmtops e instalação de chaves e equipamentos que flexibilizem e agilizem os centros de operação do sistema, caso haja problemas nas redes (já são mais de 2.000 chaves instaladas e, até 2013, serão pelo menos 5.000 pontos telecomandados).

"A oportunidade no mercado de trabalho é imensa e as empresas de energia estão de olho nela. A demanda é grande e tende a aumentar," conclui Ceres.

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ABC DA ASTRONOMIA - EP 01 - ASTRONOMIA - HD

O ABC da Astronomia tratasse de uma série de 30 programas de curta duração. Esses programas falam de palavras ou expressões que consideramos importante discutir com as pessoas para continuarem suas investigações no assunto de astronomia.

Cada episódio empreende a leitura de um aspecto do assunto tratado. Mas não pense que cada verbete tratado nessa enciclopédia responderá todas as dúvidas no tempo de exibição do programa.

Cada episódio também traz o desafio de produzir inquietações, impelindo assim o telespectador a procurar mais sobre o assunto, para aumentar por si mesmo os conhecimentos apresentados. Então, o ABC da Astronomia não tem a função completa de dicionário ou mesmo de enciclopédia. Eu Pessoalmente diria que cada episódio é uma corda da curiosidade, coisa que a Astronomia tem e nos dá de sobra!

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ABC do Espiritismo

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Para quem deseja conhecer um pouco da doutrina, esse livro já é um bom começo, pois, a literatura espírita é muito vasta.

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Ir à Lua com 0,1 litro de combustível?

Espaço

Motor suíço irá à Lua com 0,1 litro de combustível

Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/04/2012

Motor iônico irá à Lua com 0,1 litro de combustível

O motor iônico é minúsculo: o módulo apontado pelo engenheiro já contém o combustível necessário para levar um nanossatélite até a Lua. [Imagem: Empa]

Motor econômico

Que tal enviar uma sonda espacial da Terra à Lua gastando um décimo de litro de combustível?

É o que prometem engenheiros da Escola Politécnica de Lausanne, na Suíça.

Eles apresentaram o primeiro protótipo de um motor-foguete ultracompacto cujo objetivo declarado é "reduzir drasticamente o custo da exploração espacial".

O motor inteiro, incluindo combustível e controle eletrônico, pesa 200 gramas e foi projetado especificamente para impulsionar satélites e sondas espaciais de pequeno porte.

O motor é a primeira peça de um satélite-gari para limpar o lixo espacial, cuja construção foi proposta há cerca de um mês.

Ele também será usado em uma constelação de nanossatélites que a Alemanha está construindo para gravar sinais de rádio de frequência ultrabaixa no lado oculto da Lua.

Liberdade para os satélites

Com a miniaturização dos equipamentos, os nanossatélites caíram no gosto dos cientistas porque seu custo de fabricação e de lançamento é muito mais baixo do que um satélite convencional.

Seu grande inconveniente é justamente a falta de propulsão, o que limita sua capacidade de coleta de dados científicos de elevada precisão.

"Até agora, os nanossatélites ficam travados em suas órbitas. Nosso objetivo é torná-los livres," disse Herbert Shea, coordenador do projeto.

Motor iônico

Em vez de um combustível inflamável, o novo minimotor espacial usa um líquido iônico, um composto químico chamado EMI-BF4, que funciona tanto como solvente quanto como eletrólito.

Ele é composto de moléculas eletricamente carregadas, ou íons - como o sal de cozinha, com a diferença que o combustível do foguete é líquido a temperatura ambiente.

Para que o motor funcione e empurre o satélite, os íons são arrancados do líquido e ejetados por um campo elétrico.

Esse é o princípio básico do motor iônico: o combustível não é queimado, ele é expelido.

A saída do motor iônico também não é feita por aquele bocal tradicional dos motores foguetes: são mais de 1.000 furos por centímetro quadrado em uma placa de silício.

Funcionamento do motor iônico

Primeiramente o combustível é levado por capilaridade até um reservatório na extremidade dos microbocais.

Lá os íons são extraídos por um eletrodo mantido a uma tensão de 1.000 volts, acelerados, e finalmente emitidos da traseira do satélite, produzindo o empuxo.

A polaridade do campo elétrico é revertida a cada segundo, permitindo que tanto os íons negativos quanto os positivos sejam ejetados.

Ao contrário de um motor foguete comum, que queima o combustível, o motor iônico acelera lentamente, mas continua acelerando por muito mais tempo - sua aceleração é de um décimo de milímetro por segundo ao quadrado, o que significa que ele faz de 0 a 100 km/h em 77 horas.

Tirando a limpo

Os testes mostraram que, depois de seis meses de funcionamento, a velocidade do micromotor iônico passou de 24.000 km/h - típica de um objeto em órbita da Terra - para 42.000 km/h.

"Nós calculamos que, para alcançar a órbita lunar, um nanossatélite de 1 quilograma impulsionado por nosso motor vai levar seis meses e consumir 100 mililitros de combustível," explicou Muriel Richard, membro da equipe de desenvolvimento.

Depois de ter levantado suspeitas e recebido críticas quando da apresentação do projeto do satélite-gari, o CleanSpace, os engenheiros suíços agora afirmam que pretendem finalizar o protótipo do seu limpador de lixo espacial em um ano.

O protótipo será testado com o nanossatélite SwissCube, que já está fora de operação, mas ainda em órbita.

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SEBRAE - Unidade produtora de artefatos de cimento

imageSérie Perfil de Projetos
Unidade produtora de artefatos de cimento para uso na construção civil

Traz informações sobre o mercado, investimentos necessários à atividade, previsão de resultados operacionais, fontes de financiamento e diversas informações relevantes que, em conjunto com outras literaturas sobre o mercado que se pretende atuar, contribuirá com eficiência maior para uma tomada de decisão segura e com consideráveis perspectivas de sucesso.

Download: http://201.2.114.147/bds/bds.nsf/50A8AD9D835D0C0A83257436004C28AB/$File/Unidade%20Produtora%20de%20artefatos%20de%20cimento.pdf

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Panorama de Patentes de Nanotecnologia

imageA Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) foi criada pelo governo em 2004 e tem a missão de promover a execução da política industrial do País, em consonância com as políticas de Comércio Exterior e de Ciência e Tecnologia. Ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a Agência exerce a função de Secretaria Executiva da política industrial, ao lado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dos ministérios da Fazenda e da Ciência
e Tecnologia. A ABDI atua, ainda, como Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) e do Comitê Nacional de Biotecnologia.

Fruto de uma parceria entre o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), este boletim reúne os pedidos de patentes de residentes brasileiros feitos no mundo todo, publicados pela primeira vez no ano de 2010, com soluções técnicas em nanotecnologia que podem ajudar sua empresa.

Download: http://www.abdi.com.br/Estudo/INPI_patentes_FINALreduzido.pdf

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Tempestade de areia espacial

Espaço

Astrônomos descobrem tempestade de areia espacial

Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/04/2012

Astrônomos descobrem tempestade de areia espacial

Os grãos de poeira saem da estrela a uma velocidade de 10 km/s - 36.000 km/h -, o que equivale à velocidade de um foguete. [Imagem: University of Manchester]

Supervento estelar

Uma equipe internacional de astrônomos conseguiu fazer observações da atmosfera de estrelas na fase final de suas vidas.

A extrema resolução alcançada nestas observações permitiu a observação de ventos de gás e poeira saindo de estrelas anãs vermelhas gigantes.

Quando chegam ao final de suas vidas, estrelas semelhantes ao Sol passam a emitir o que os astrônomos chamam de "supervento", uma verdadeira tempestade, 100 milhões de vezes mais forte do que o vento solar que atinge a Terra constantemente.

Esse supervento pode durar até 10.000 anos, removendo metade da massa da estrela. O Sol vai começar a emitir superventos dentro de 5 bilhões de anos.

Tempestade de areia espacial

Mas o mecanismo que cria esse supervento era um mistério.

Os astrônomos agora descobriram que a estrela gera grãos de poeira bastante grandes em relação ao que se considera nesses casos - partículas de até 1 micrômetro, o que é enorme em se tratando de vento solar.

Grãos de pó desse tamanho funcionam como espelhos, refletindo a luz da estrela, em vez de absorvê-la.

O grupo liderado pelo Dr. Barnaby Norris, da Universidade de Sidnei, na Austrália, defende que a luz da estrela exerce uma força suficiente para empurrar esses grãos de poeira para o espaço, criando o supervento.

Provavelmente outros elementos estão envolvidos nesse processo, uma vez que os grãos de poeira saem da estrela a uma velocidade de 10 km/s - 36.000 km/h -, o que equivale à velocidade de um foguete.

Segundo a equipe, o fenômeno seria literalmente uma tempestade de areia no espaço.

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Bibliografia:
A close halo of large transparent grains around extreme red giant stars
Barnaby R. M. Norris, Peter G. Tuthill, Michael J. Ireland, Sylvestre Lacour, Albert A. Zijlstra, Foteini Lykou, Thomas M. Evans, Paul Stewart, Timothy R. Bedding
Nature
Vol.: 484, 220-222
DOI: 10.1038/nature10935

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Lanterna de plasma mata bactérias

Eletrônica

Lanterna de plasma elimina bactérias da pele em segundos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/04/2012

Lanterna de plasma elimina bactérias da pele em segundos

O aparelho a plasma esterilizou biofilmes espessos de bactérias resistentes a antibióticos. Agora só falta um pouco de miniaturização e um trato no visual para sua comercialização.[Imagem: Pei et al./Journal of Physics D]

Lanterna portátil

Cientistas chineses e australianos criaram um aparelho capaz de eliminar bactérias da pele em instantes.

Batizado de "lanterna de plasma", o equipamento, que é portátil e alimentado a bateria, gera um feixe de plasma frio que mata os microrganismos.

Segundo Kostya Ostrikov, do instituto australiano CSIRO, a lanterna de plasma é ainda mais promissora por ser portátil, alimentada por uma bateria de 12 Volts, e dispensar alimentadores externos de gás.

Assim, além de poder ser usado no dia-a-dia de consultórios e hospitais, o aparelho terá grande aplicação em áreas de desastres naturais e para o atendimento de comunidades remotas.

Biofilme

Nos experimentos, a lanterna de plasma conseguiu inativar um espesso biofilme de uma das bactérias mais resistentes aos antibióticos e ao calor - a Enterococcus faecalis, que frequentemente infecta os canais das raízes durante tratamentos dentários.

Os biofilmes, cultivados durante sete dias, tinham 17 camadas de bactérias, atingindo 25 micrômetros de espessura.

Os resultados mostraram que a lanterna de plasma não inativou apenas a camada superficial de bactérias, mas penetrou profundamente no biofilme, matando até as bactérias das camadas inferiores.

"Neste estudo, nós escolhemos um exemplo extremo para demonstrar que a lanterna de plasma pode ser muito eficaz mesmo a temperatura ambiente. Para bactérias individuais, o tempo de inativação será de 10 ou 20 segundos," disse Ostrikov.

Para destruir o biofilme de 17 camadas, foi necessária uma aplicação de cinco minutos.

Dimensões e aparência

Embora o mecanismo exato da ação antibacteriana do plasma - o quarto estado da matéria - seja praticamente desconhecido, acredita-se que a reação do plasma com o ar ambiente produza uma população de espécies reativas que são muito similares às encontradas em nosso sistema imunológico.

"O aparelho é fácil de ser feito e pode ser produzido por menos de US$100,00. É claro que um pouco de miniaturização e de design podem ser necessários para torná-lo mais simpático e pronto para comercialização," afirmou Ostrikov.

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Bibliografia:
Inactivation of a 25.5 µm Enterococcus faecalis biofilm by a room-temperature, battery-operated, handheld air plasma jet
X Pei, X Lu, J Liu, D Liu, Y Yang, K Ostrikov, Paul K Chu, Y Pan
Journal of Physics D: Applied Physics
Vol.: 45 165205
DOI: 10.1088/0022-3727/45/16/165205

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Físicos descobrem novo tipo de partícula

Eletrônica

Físicos descobrem novo tipo de partícula: os férmions de Majorana

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/04/2012

Férmions de Majorana: físicos descobrem novo tipo de partícula

O dispositivo é formado por um nanofio de antimoneto de índio ligado a dois eletrodos, um de ouro e outro de nióbio, este supercondutor. Os férmions de Majorana foram criados na porção final do nanofio. [Imagem: TUDelft]

Híbrido de partícula e antipartícula

Depois de 75 anos de buscas, cientistas holandeses podem ter descoberto os férmions de Majorana.

O físico italiano Ettore Majorana previu, em 1937, a existência de partículas que são suas próprias antipartículas.

Quando um elétron - de carga negativa - encontra um pósitron - sua antipartícula, com carga positiva - eles se aniquilam mutuamente com a emissão de um flash de raios gama.

Já um férmion Majorana é uma partícula neutra que é a sua própria antipartícula.

Nenhum experimento até hoje, nem mesmo dos grandes aceleradores de partículas, como o LHC, reportaram qualquer avistamento de férmions de Majorana.

Mesmo não sendo partículas ordinárias, que possam existir soltas por aí, os cientistas afirmam que um acelerador de partículas poderia detectar os férmions de Majorana, embora o LHC não tenha a sensibilidade necessária para isso.

Mas muitos físicos já acreditavam que eles poderiam ser encontrados em sistemas de estado sólido.

Análogo da antimatéria

Nos materiais condutores de eletricidade, existe um análogo da antimatéria: os elétrons (negativos) e as lacunas (positivas), um desaparecendo ao se encontrar com o outro. Ou seja, assim como partículas e antipartículas não podem coexistir, elétrons e lacunas também não.

Os físicos então idealizaram um experimento no qual elétrons e lacunas podem ser preservados sem se fundirem.

Para isso eles combinaram materiais supercondutores com isolantes topológicos, um tipo de material que conduz eletricidade apenas em sua superfície.

Quando são unidos, os dois materiais criam um padrão de campos elétricos em sua interface que pode evitar que os elétrons caiam nas lacunas, eventualmente permitindo a formação dos férmions de Majorana.

E foi isso o que fizeram Vincent Mourik e seus colegas das universidades de Delft e Eindhoven.

Férmions de Majorana

O grupo acredita ter localizado os férmions de Majorana dentro dos nanofios de um tipo muito estranho de transístor, construído por eles com supercondutores e isolantes topológicos.

Quando o transístor supercondutor foi colocado sob um campo magnético, os cientistas observaram um pico de sinal de tunelamento, em energia zero. O sinal resistiu a variações do campo magnético e da tensão aplicada ao transístor.

O sinal de pico desapareceu quando foram eliminados os "ingredientes" propostos teoricamente como necessários para a formação dos férmions de Majorana - como o campo magnético, ou quando eles trocaram a porção supercondutora do transístor por um fio normal.

Férmions de Majorana: físicos descobrem novo tipo de partícula

Micrografia do dispositivo real, onde N é o eletrodo metálico e S o eletrodo supercondutor. [Imagem: V. Mourik et al./Science]

Segundo os autores, seus resultados oferecem evidências da existência dos férmions de Majorana em "nanofios supercondutores acoplados".

Férmions de Majorana não são partículas, ou pequenas quantidades de matéria, no sentido que são considerados os elétrons ou os neutrinos: eles são quasepartículas, como os plásmons de superfície - mas que se comportam de forma muito parecida com uma partícula "autêntica", o que permite sua detecção.

A propósito, os físicos continuam tentando confirmar, como alguns teóricos propõem, se um neutrino pode ser realmente sua própria antipartícula.

Computadores quânticos e matéria escura

Além do interesse da física fundamental, os férmions de Majorana têm grande potencial para serem usados para a criação de uma nova plataforma de computação quântica.

Quando dois férmions de Majorana são movimentados um em relação ao outro, cada um deles mantém a memória da sua posição anterior. Isto permitiria a construção de computadores quânticos excepcionalmente estáveis, praticamente imunes à influência externa.

Outros cientistas apontam para a importância dos férmions de Majorana em escala cosmológica: eles acreditam que eles possam ser o constituinte fundamental da matéria escura, uma matéria que é detectada apenas por seus efeitos gravitacionais, mas que ninguém sabe do que se trata.

A observação agora relatada dos férmions de Majorana foi indireta e, portanto, não totalmente conclusiva, embora otimizações no experimento - como a redução da temperatura do semicondutor - possam gerar resultados mais robustos no futuro.

Enigma de Majorana

No passado, pouco depois de fazer sua previsão histórica, Ettore Majorana, então com apenas 31 anos, desapareceu quando fazia uma viagem de navio entre Palermo e Nápoles.

Seu corpo nunca foi encontrado e existem inúmeras versões sobre seu desaparecimento, algumas apontando para um desaparecimento planejado por ele próprio quando percebeu as implicações das teorias atômicas então sendo desvendadas.

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Bibliografia:
Signatures of Majorana Fermions in Hybrid Superconductor-Semiconductor Nanowire Devices
V. Mourik, K. Zuo, S.M. Frolov, E.P.A.M. Bakkers, L.P. Kouwenhoven
Science
Vol.: Published online
DOI: 10.1126/science.1222360

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Música cifrada

Café da Manhã

 

 Roberto Carlos Compositor: Roberto Carlos
Tom: D


Intro: A7M  Bm7  A7M




A7M C#7
Amanhã de manhã vou pedir o café para nós dois
F#m7 A A7 ( A A7 )
Te fazer um carinho e depois te envolver em meus braços
D7+ E7 A7M F#m7
E em meus abraços na desordem do quarto esperar
Bm7 E E7 ( Bm7 E7 )
Lentamente você despertar e te amar na manhã

A7M C#7
Amanhã de manhã nossa chama outra vez tão acesa
F#m A A7 ( A A7 )
E o café esfriando na mesa esquecemos de tudo
D7+ E7 A7M F#m
Sem me importar com o tempo correndo lá fora
Bm7 E7 A7M
Amanhã nosso amor não tem hora vou ficar por aqui
C#7 F#m7
Pensando bem amanhã eu nem vou trabalhar
B7 Bm7 E7
E além do mais temos tantas razões pra ficar

A7M C#7
Amanhã de manhã eu não quero nenhum compromisso
F#m A A7M ( A A7 )
Tanto tempo esperamos por isso desfrutemos de tudo
D7+ E7 A7M F#m
Quando mais tarde nos lembrarmos de abrir a cortina
Bm7 E7
Já é noite e o dia termina
A7M
Vou pedir o jantar

Solo: A F#m Em7 A7

Dm7 E7 A7M F#m
Quando mais tarde nos lembrarmos de abrir a cortina
Bm7 E7
Já é noite e o dia termina
A7M Bm7 E7 A
Vou pedir o jantar

Nos lençóis macios
C#7
Amantes se dão Travesseiros soltos
F#m Bm7
Roupas pelo chão
E7
Braços que se abraçam
A C#7
Bocas que murmuram

Palavras de amor
F#m
Enquanto se procuram
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Implante para substituir válvulas das veias

Mecânica

Criado um implante para substituir válvulas das veias

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/04/2012

Criado um implante para substituir válvulas das veias

O implante para veias promete uma solução definitiva para a deficiência venosa crônica, um mal que acomete duas vezes mais mulheres do que homens.[Imagem: Helmholtz-Institute/RWTH Aachen]

Cientistas alemães estão desenvolvendo uma prótese para as válvulas das veias.

Ao contrário das válvulas cardíacas, que, quando dão defeito, são rotineiramente substituídas por implantes, quando as válvulas das veias dão problema, o único tratamento disponível é via medicação, nem sempre com os resultados esperados.

Válvulas das veias

Se você não sabia que veias têm válvulas, basta se perguntar por que é que o sangue não se acumula nas pernas, puxado pela gravidade.

Na verdade, às vezes ele se acumula, provocando edemas e até úlceras, um mal que acomete duas vezes mais as mulheres dos que homens.

Para ajudar o coração, as veias possuem válvulas que se fecham após cada pulsação.

Assim, nas veias das pernas, por exemplo, a válvula se fecha e evita que o sangue que acaba de ser bombeado pelo coração desça novamente, puxado pela gravidade.

No próximo batimento, ele sobe um pouco mais, parando na próxima válvula, e assim por diante.

Implante para veias

O problema é quando as válvulas venosas deixam de funcionar, gerando a chamada deficiência venosa crônica.

O Dr. Oliver Schwarz e seus colegas do Instituto Fraunhofer criaram o primeiro protótipo de um implante que, depois dos testes clínicos necessários, poderá se tornar uma alternativa definitiva para as "veias fracas".

Imitar a membrana natural foi possível graças a um equipamento inovador, um aspersor 3D, que permite a criação de estruturas plásticas em formato livre.

É uma espécie de impressão 3D mais avançada, uma vez que as camadas não precisam ser aplicadas sobre uma base plana, permitindo criar estruturas extremamente complexas e muito precisas.

"A tecnologia de distribuição de gotas 3D é uma técnica de fabricação aditiva que permite que geometrias tridimensionais sejam criadas camada por camada usando um polímero," resume o Dr. Schwarz.

Camadas sem costura

O polímero usado é o policarbonato-uretano (PCU), um plástico particularmente forte, mas flexível, e que se liga facilmente aos tecidos circundantes.

Como a impressão 3D de formato livre permite a criação de películas muito finas, o material se mostrou o substituto ideal para as válvulas das veias.

Isso depois que os engenheiros aprimoraram a "impressão", que, para funcionar como as válvulas biológicas, precisa de nada menos do que seis camadas com diferentes graus de elasticidade e dureza - e sem nenhuma "costura", ou seja, com um material aparentemente homogêneo.

Quando aprovados pelas autoridades de saúde, os implantes venosos poderão ser inseridos nas veias dos pacientes por catéteres.

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Nova forma de geração de energia

Energia

Energia solar transforma CO2 em combustível para carros

Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/04/2012

Energia solar transforma CO2 em combustível para carros

Um sistema integrado eletro-microbiano produz combustível a partir do CO2 e da luz do Sol.[Imagem: UCLA]

Eletricidade para carros

Carros elétricos não são aviões, mas eles certamente já teriam decolado se a tecnologia das baterias não estivesse praticamente estacionada nos últimos anos.

Mas está tomando corpo uma ideia que parece estranha à primeira vista, mas que tem potencial não apenas para explorar a energia solar, como também para alimentar os carros a combustão atuais com um combustível que será, essencialmente, gerado por eletricidade.

A ideia consiste em armazenar a eletricidade em combustíveis líquidos, que poderão então ser queimados por motores a combustão normais.

Ou seja, os carros poderiam ser indiretamente alimentados por eletricidade, sem que precisassem ser convertidos em veículos elétricos.

E o alcance disso pode ser ainda maior, uma vez que a fonte para a produção desse combustível líquido é o dióxido de carbono, que todo o mundo gostaria de varrer para debaixo do tapete - ao menos a parte gerada pelo homem - para tentar evitar o aquecimento global.

Uma demonstração de que isto é tecnicamente possível foi realizada pela equipe do Dr. James Liao, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA).

CO2 vira combustível

Liao e seus colegas desenvolveram uma técnica que usa eletricidade para converter dióxido de carbono em isobutanol.

Se for usada energia solar, o processo essencialmente imita a fotossíntese, convertendo a luz do Sol em energia química.

A fotossíntese é um processo que ocorre em duas etapas - uma etapa com luz e uma etapa às escuras. A reação clara converte a energia da luz em energia química, enquanto a reação escura converte CO2 em açúcar.

"Nós conseguimos separar a reação com luz da reação escura e, em vez de usar a fotossíntese biológica, nós usamos painéis solares para converter a luz do Sol em eletricidade, depois em um intermediário químico, e então usamos esse intermediário para alimentar a fixação do dióxido de carbono para gerar o combustível," explica Liao.

Segundo ele, seu esquema pode teoricamente ser mais eficiente, em termos da energia produzida, do que a fotossíntese natural.

Biorreator

Nem tudo é artificial nesse novo método. Os cientistas modificaram geneticamente um microrganismo litoautotrófico, conhecido como Ralstonia eutropha H16, para produzir isobutanol e 3-metil-1-butanol no interior de um biorreator.

O biorreator usa apenas dióxido de carbono como fonte de carbono, e apenas eletricidade como entrada externa de energia.

O desenvolvimento agora anunciado é um passo significativo em relação a uma pesquisa anterior divulgada pelo grupo, quando eles demonstrar o papel promissor das bactérias para a produção de um combustível alternativo.

Teoricamente, o hidrogênio produzido por energia solar pode ser usado na conversão do CO2 para sintetizar combustíveis líquidos com alta densidade de energia, também usando os microrganismos geneticamente modificados.

Mas as demonstrações em laboratório não têm conseguido passar para escalas maiores devido à baixa solubilidade, pequena taxa de transferência de massa e, sobretudo, pelas questões de segurança envolvendo o hidrogênio.

"Em vez de usar hidrogênio, nós usamos o ácido fórmico como intermediário. Nós usamos eletricidade para produzir ácido fórmico, e então usamos o ácido fórmico para induzir a fixação do CO2 nas bactérias, no escuro, para produzir isobutanol e alcoóis," explica Liao.

"Nós demonstramos o princípio, e agora queremos aumentar sua escala. Este é o nosso próximo passo," conclui o pesquisador.

Salve o CO2

Em 2010, outra equipe apresentou uma versão similar deste conceito, baseado em um óxido de terras raras:

Duas outras pesquisas recentes merecem destaque nessa busca de transformar o CO2 de rejeito indesejado em energia útil:

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Bibliografia:
Integrated Electromicrobial Conversion of CO2 to Higher Alcohols
Han Li, Paul H. Opgenorth, David G. Wernick, Steve Rogers, Tung-Yun Wu, Wendy Higashide, Peter Malati, Yi-Xin Huo, Kwang Myung Cho, James C. Liao
Science
Vol.: 335 no. 6076 p. 1596
DOI: 10.1126/science.1217643

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Nova imagem do núcleo de um átomo

Energia

Cientistas desenham nova imagem do núcleo de um átomo

Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/03/2012

Cientistas desenham nova imagem do núcleo de um átomo

Isto não é um átomo, é tão-somente o núcleo de berílio circundado por seu halo. Segundo medições realizadas por uma equipe alemã, o halo se estende a até 7 femtômetros do centro de massa do núcleo, cobrindo uma área três vezes maior do que a parte densa do núcleo.[Imagem: Dirk Tiedemann/Uni-Mainz]

Núcleos são nuvens?

Embora os mais modernos microscópios eletrônicos enxerguem até um décimo do diâmetro de um átomo, ainda é difícil para a maioria das pessoas imaginar um átomo inteiro.

Da mesma forma que é difícil corrigir a história de que Cabral teria chegado ao Brasil por acaso, vai levar muito tempo para que as pessoas deixem de imaginar, quando se falar de um átomo, um sistema planetário com um "núcleo-Sol" cercado por "planetas-elétrons".

Já se sabia há muito tempo que os elétrons são "nuvens de probabilidade" ao redor dos núcleos, devido à sua personalidade bipolar, nunca sabendo se são partículas ou ondas.

Mas outro problema dessa visualização do átomo como um sistema planetário é que o núcleo, composto por prótons e nêutrons, é imaginado como algo estacionário, fisicamente delimitado.

E isso não corresponde à realidade.

Na década de 1980 descobriu-se que alguns núcleos atômicos de elementos leves - como hélio, lítio e berílio - não têm bordas externas definidas: eles possuem halos, partículas que se destacam além das bordas do núcleo, criando uma nuvem que envolve o núcleo.

Agora, depois de realizar as observações mais precisas já feitas até hoje do halo nuclear, cientistas demonstraram que até um quarto dos núcleons - prótons e nêutrons - do núcleo denso de um átomo estão viajando continuamente a uma velocidade de até 25% da velocidade da luz.

Cientistas desenham nova imagem do núcleo de um átomo

O átomo de berílio possui dois aglomerados de núcleons, cada um deles parecido com este núcleo do átomo de hélio-4. [Imagem: Wikipedia/Yzmo]

Como é o núcleo de um átomo

Assim, esqueça, Cabral não chegou ao Brasil por acaso, e os núcleos dos átomos não podem ser comparados a laranjas e nem a estrelas.

"Nós geralmente imaginamos o núcleo como um arranjo fixo de partículas, quando na realidade há um monte de coisas acontecendo no nível subatômico que nós simplesmente não podemos ver com um microscópio," ressalta o físico John Arrington, do Laboratório Nacional Argonne, nos Estados Unidos.

Ele e seus colegas usaram grandes espectrômetros magnéticos para observar o núcleo de átomos de deutério, hélio, berílio e carbono.

A surpresa veio com o berílio.

Ao contrário dos outros átomos, ele possui dois aglomerados de núcleons, cada um parecido com um núcleo do átomo de hélio-4.

Esses núcleons, por sua vez, estão associados a um nêutron adicional.

Isso desfaz completamente a figura do núcleo como uma esfera fisicamente delimitada, além de mostrar que o halo é mais complexo do que se imaginava.

Cientistas desenham nova imagem do núcleo de um átomo

A equipe norte-americana sugere uma ilustração onde o próprio núcleo é formado pela antiga visualização do átomo inteiro, com indicações das partículas (pontos brancos) e das suas órbitas. [Imagem: ANL]

Interações entre quarks

Por causa dessa configuração complicada, o núcleo do berílio apresenta um número relativamente alto de colisões, apesar de ser um dos núcleos menos densos entre todos os elementos.

Os cientistas afirmam que esse efeito acelerador pode ser resultado de interações entre os quarks que formam os núcleons - cada próton e cada nêutron consiste de três quarks muito fortemente ligados.

Quando os núcleons se aproximam uns dos outros, entretanto, as forças que unem os quarks podem ser perturbadas, alterando a estrutura dos prótons e dos nêutrons, possivelmente até mesmo formando partículas compostas pelos quarks de dois núcleos diferentes.

"Eu acho que é imperativo que os cientistas continuem a estudar os fenômenos que estão ocorrendo aqui," afirma Arrington. "Nossa próxima medição vai tentar examinar essa questão diretamente, tirando uma fotografia da distribuição dos quarks quando os núcleons se juntam."

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Planetas calculados em bilhões

Espaço

Planetas nas zonas habitáveis são calculados em bilhões

Com informações do ESO - 28/03/2012

Planetas nas zonas habitáveis são calculados em bilhões

Esta concepção artística retrata o entardecer visto da super-Terra Gliese 667 Cc. A estrela mais brilhante no céu é a anã vermelha Gliese 667 Cc, que é parte de um sistema triplo de estrelas. As outras duas estrelas mais distantes, Gliese 667 A e B, aparecem no céu à direita. Astrônomos estimaram que existem dezenas de bilhões de planetas rochosos orbitando anãs vermelhas de baixa luminosidade somente na Via Láctea.[Imagem: ESO/L. Calçada]

Muitos mundos

Que há mais planetas do que estrelas na Via Láctea você já sabia.

O que os astrônomos agora verificaram é que os planetas rochosos não muito maiores que a Terra são também comuns nas zonas habitáveis em torno das estrelas vermelhas de baixa luminosidade - o levantamento anterior não era sensível a essa classe de exoplanetas.

A equipe internacional estimou que existem dezenas de bilhões desses planetas - geralmente chamados de super-Terras - só na nossa galáxia, a Via Láctea, e provavelmente cerca de uma centena na vizinhança imediata do Sol.

Esta é a primeira medição direta da frequência de super-Terras em torno de anãs vermelhas, as quais constituem cerca de 80% de todas as estrelas da Via Láctea.

Esta primeira estimativa direta do número de planetas leves em torno das estrelas anãs vermelhas foi realizada com a ajuda do espectrógrafo HARPS instalado no telescópio de 3,6 metros que se encontra do Observatório do ESO, em La Silla, no Chile.

Anãs vermelhas

A equipe do HARPS está à procura de exoplanetas que orbitam os tipos de estrelas mais comuns da Via Láctea, as anãs vermelhas - também conhecidas como anãs do tipo M, o que corresponde ao mais frio dos sete tipos espectrais pertencentes a um esquema simples de classificação das estrelas segundo a sua temperatura e a aparência do seu espectro.

Essas estrelas apresentam fraca luminosidade e são pequenas quando comparadas com o Sol. No entanto, são muito comuns e vivem durante muito tempo, correspondendo por isso a 80% de todas as estrelas da Via Láctea.

"As nossas novas observações obtidas com o HARPS indicam que cerca de 40% de todas as estrelas anãs vermelhas possuem uma super-Terra que orbita na zona habitável, isto é, onde água líquida pode existir na superfície do planeta," diz Xavier Bonfils, líder da equipe.

"Como as anãs vermelhas são muito comuns - existem cerca de 160 bilhões de estrelas deste tipo na Via Láctea - chegamos ao resultado surpreendente de que existirão dezenas de bilhões destes planetas só na nossa galáxia," completou Bonfils.

Super-Terras e gigantes gasosos

A equipe HARPS analisou uma amostra cuidadosamente selecionada de 102 estrelas anãs vermelhas, que podem ser observadas no céu austral, durante um período de seis anos.

Foram encontradas nove super-Terras (planetas com massas compreendidas entre uma e dez vezes a massa terrestre), incluindo duas no interior das zonas habitáveis das estrelas Gliese 581 e Gliese 667 C.

Combinando todos os dados, incluindo observações de estrelas sem planetas, e observando a fração de planetas existentes que poderiam ser descobertos, a equipe conseguiu descobrir quão comuns são os diferentes tipos de planetas em torno de anãs vermelhas.

O resultado é que a frequência de ocorrência de super-Terras na zona habitável é de 41%, estendendo-se entre 28% e 95%.

Por outro lado, planetas de maior massa, semelhantes a Júpiter e Saturno - os chamados gigantes gasosos -, raramente são encontrados em torno de anãs vermelhas. Prevê-se que estes planetas gigantes (com massas compreendidas entre 100 e 1.000 vezes a massa terrestre) apareçam em menos de 12% deste tipo de estrelas.

Planetas nas zonas habitáveis são calculados em bilhões

Esta é a parte principal do instrumento HARPS, durante sua fase de montagem. [Imagem: HARPS/Unige]

Muitos vizinhos

Como existem muitas estrelas anãs vermelhas próximo do Sol, esta nova estimativa significa que existem provavelmente cerca de cem exoplanetas do tipo super-Terra nas zonas habitáveis de estrelas na vizinhança solar, a distâncias menores que 30 anos-luz.

"A zona habitável em torno de uma anã vermelha, onde a temperatura é favorável à existência de água líquida na superfície do planeta, encontra-se muito mais próxima da estrela do que a Terra do Sol," diz Stéphane Udry, membro da equipe. "Mas sabe-se que as anãs vermelhas estão sujeitas a erupções estelares, o que faria com que o planeta fosse banhado por radiação ultravioleta e raios-X, tornando assim a vida mais improvável."

Um dos planetas descobertos no rastreio HARPS de anãs vermelhas é o Gliese 667 Cc. Este é o segundo planeta descoberto neste sistema estelar triplo e parece estar próximo do centro da zona habitável.

Embora este planeta seja mais de quatro vezes mais pesado do que a Terra, é o "irmão gêmeo" mais parecido com a Terra encontrado até agora e possui quase com certeza as condições necessárias à existência de água líquida à sua superfície.

É a segunda super-Terra descoberta no interior da zona habitável de uma anã vermelha durante este rastreio HARPS, depois de Gliese 581d, anunciado em 2007 e confirmado em 2009.

"Agora que sabemos que existem muitas super-Terras em órbita de anãs vermelhas próximas de nós, precisamos identificar mais delas utilizando tanto o HARPS como futuros instrumentos. Espera-se que alguns destes planetas passem em frente das suas estrelas hospedeiras à medida que as orbitam - o que nos dará uma excelente oportunidade de estudar a atmosfera do planeta e procurar sinais de vida," conclui Xavier Delfosse, outro membro da equipe.

Instrumento HARPS

O instrumento HARPS (High Accuracy Radial velocity Planetary Search) mede a velocidade radial das estrelas com uma precisão extraordinária.

Um planeta que se encontre em órbita de uma estrela faz com que esta se desloque para cá e para lá relativamente a um observador distante na Terra.

Devido ao efeito Doppler, esta variação na velocidade radial induz um desvio no espectro da estrela na direção dos maiores comprimentos de onda quando a estrela se afasta (chamado desvio para o vermelho) e na direção dos menores comprimentos de onda quando esta se aproxima (desvio para o azul).

Este minúsculo desvio do espectro da estrela pode ser medido por um espectrógrafo de alta precisão como o HARPS e utilizado para inferir a presença de um planeta.

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Energia solar – painel tridimensional

Energia

Energia solar em três dimensões

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/03/2012

Energia solar em três dimensões

Os painéis 3D poderão ser fabricados e transportados dobrados, sendo espichados, como se fossem uma sanfona, apenas no local de instalação. [Imagem: Allegra Boverman/MIT]

Bioinspiração

As árvores precisam da energia do Sol para viver, mas não colocam suas folhas espalhadas sobre um plano.

Sabendo disto, Marco Bernardi e seus colegas do MIT, nos Estados Unidos, resolveram questionar a eficiência dos painéis solares, estruturas planas, geralmente instaladas em cima dos telhados.

Embora muito esteja sendo feito na tentativa de melhorar a eficiência das células solares individualmente, a única inovação no campo dos painéis solares propriamente ditos tem sido a instalação de sistemas motorizados para manter as células sempre apontadas para o Sol - equipamentos caros e que exigem muita manutenção.

Mas, depois de testar diversas estruturas, Bernardi verificou que a construção de cubos ou torres, que estendam as células solares para o alto, e não para os lados, é uma opção extremamente eficiente.

Painéis solares 3D

Os painéis solares 3D apresentaram ganhos de rendimento que variaram de 2 a 20 vezes o rendimento da mesma quantidade de células solares postas em painéis planos.

Os ganhos foram maiores quando a inclinação do Sol é maior, ou seja, nas regiões temperadas, longe do equador.

Na escala média de ganhos estão os meses de inverno e os dias nublados, justamente os momentos onde a eficiência da geração solar é menor.

Outro benefício é a obtenção de uma intensidade de energia mais homogênea ao longo do dia e ao longo das estações.

Isto ocorre porque as superfícies verticais do painel solar tridimensional coletam mais luz do Sol durante as manhãs, tardes e invernos, quando o Sol está mais próximo do horizonte.

Sanfona

A construção de um painel solar 3D sairá bem mais cara do que um painel plano, mas os pesquisadores calculam que o maior investimento inicial se pagará rapidamente com a maior geração de energia.

Além disso, eles afirmam que os painéis 3D poderão ser fabricados e transportados dobrados, sendo espichados, como se fossem uma sanfona, apenas no local de instalação, diminuindo os custos de mão-de-obra.

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Bibliografia:
Solar energy generation in three dimensions
Marco Bernardi, Nicola Ferralis, Jin H. Wan, Rachelle Villalon, Jeffrey C. Grossman
Energy & Environmental Science
Vol.: Advance Article
DOI: 10.1039/C2EE21170J

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