Saiba como escolher sua nova TV

image LED TV (LED LCD) – Os televisores LED contam com a mais alta tecnologia disponível no mercado. Na verdade, os televisores de LED são uma inovação na iluminação traseira das telas de LCD feitas como milhares de micro lâmpadas de LED que além de melhorar o seu desempenho e características das imagens, tem a vantagem de consumir menos energia elétrica.

As imagens apresentam uma qualidade incrível, se comparadas com as demais: ricas em detalhes, com cores mais vivas e muito mais brilho, contraste e nitidez. A tela é finíssima e o design (desenho) bem diferenciado. Como todo top de linha, tem seu preço bastante elevado.

imageTV de PLASMA – São boas para quem está montando uma sala de  cinema. As telas reflexivas não são indicadas para ambientes externos ou com ou com muita luminosidade, mas são ideais para grandes espaços. Proporcionam imagens com cores bem vivas e brilho intenso. São as mais baratas entre os tipos existentes. Tem o inconveniente de consumir mais energia elétrica do que as de LCD e LED LCD.

image TV de LCD – As TVs de LCD são as que apresentam maior variedade de tamanhos de tela e são, por sua vez, as mais populares. Tem um médio consumo de energia, ótima definição de imagem, tela fosca que não reflete luz o que garante uma melhor qualidade em qualquer ambiente.

Toda TV aceita um conversor digital?

Não. Não é qualquer televisor que pode ser conectado ao conversor. Quando não vem integrado a TV, precisa ter conexões HDMI ou Vídeo Componente Digital.

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Ciência e Tecnologia – Inovação Tecnológica

3 – Inovação

Bloom Box – nova invenção em geração de energia elétrica

25 Fev 2010, 17:14

clip_image002O lançamento de um novo gerador de energia causou alvoroço nos Estados Unidos ontem (24). Chamado de “Bloom Box”, o gerador - em forma de caixa, como o próprio nome diz-  é uma mini-estação de energia com células de combustível que podem funcionar com qualquer coisa, de combustíveis fósseis a produtos renováveis. As células são dispositivos que convertem o combustível em energia elétrica em um processo que não utiliza combustão  – mais limpo, portanto.

Além da promessa de um processo de produção de energia mais limpo, as células de combustível, ao contrário das feitas com produtos caros e poluentes, são construídas com areia, o que garante ainda mais sua sustentabilidade, garante a empresa produtora. Uma única célula pode produzir cerca de 25 W, o suficiente para uma lâmpada de baixo consumo energético. Uma caixa Bloom, que contém vários blocos de células, pode produzir até 100 kw, o suficiente para abastecer 100 casas.

O anúncio desta nova tecnologia, desenvolvida por um ex-funcionário da NASA, chamou a atenção de personagens importantes do mundo dos negócios e da política, como as empresas Google e eBay e o governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger. Isso porque ela promete ser a “tecnologia do futuro”, para daqui a dez ou 15 anos, quando seu custo terá baixado. Cada Bloom Box custa hoje 700 mil dólares.

 

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CIÊNCIA E TECNOLOGIA

2 - PESQUISA

PESQUISADORES DA USP QUEREM LEVAR WI-FI SOLAR A PARQUES E PRAIAS

Sistema permite o acesso à internet sem fio para dispositivos móveis em ambientes externos

Juliana Kirihata, iG São Paulo | 27/06/2010 05:50

clip_image001Foto: Divulgação

Sistema da USP utiliza energia solar

Após desenvolverem o protótipo de um sistema de comunicação sem fio alimentado por energia solar, os pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) agora querem fazer parcerias com empresas para levar a tecnologia também para fora do campus. O sistema, resultado da tese de mestrado do engenheiro Rafael Herrero Alonso realizada há cerca de dois anos, está sendo aperfeiçoado pelo Núcleo de Engenharia de Mídias do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI).

Instalado em postes de iluminação na Cidade Universitária, na zona oeste da capital paulista, o Wi-Fi Solar é utilizado atualmente pelos estudantes e funcionários do campus. Formado por painel solar, roteador, baterias e controlador de energia, o protótipo foi concebido para permitir o acesso à internet sem fio por notebooks e celulares em ambientes externos, como parques, construções e praias, por exemplo.

Segundo Alonso, além de reduzir custos com cabos elétricos, o sistema economiza na hora da instalação, já que não precisa de mão-de-obra especializada. “A economia pode chegar a 40%”, diz ele. Outra vantagem da tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores da USP, de acordo com o engenheiro, é o lado ecológico. “No Brasil há uma possibilidade enorme de utilização de energia solar e hoje essa energia está sendo desperdiçada.”

A pesquisa, que continua em andamento, pretende agora diminuir o peso e as dimensões dos aparelhos – o sistema pesa cerca de 20 quilos – e a eficiência do painel solar. Os modelos instalados no campus operam no mínimo oito horas por dia. À noite, é utilizada a energia captada e armazenada nas baterias.

O desenvolvimento dos primeiros protótipos, além do engenheiro Rafael Alonso, contou com a colaboração dos professores Marcelo Zuffo e Roseli de Deus Lopes, da Escola Politécnica (Poli), e do engenheiro Hilel Becher, gerente do Núcleo de Engenharia de Mídias.

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CIÊNCIA E TECNOLOGIA

1 - Artigos Técnicos

A Origem do Vidro

Não é possível precisar ao certo a origem do vidro. Alguns historiadores atribuem a descoberta do vidro aos mercadores fenícios, que o teriam descoberto acidentalmente, há mais de quatro mil anos. Isso teria ocorrido quando atravessavam o deserto, e utilizavam placas de nitrato de sódio sob as panelas durante o preparo dos alimentos. Eles começaram a perceber no solo, a formação de um material desconhecido: o vidro. Outra versão atribui a navegadores fenícios, que ao acenderem fogueiras em praias onde havia as duas matérias-primas básicas (a areia e o calcário de conchas), observaram que após sofrerem a ação do calor, o solo abaixo da fogueira resultava em um líquido transparente: o vidro.

No entanto, o vidro talvez seja uma invenção mais antiga ainda, conforme sustentam algumas pesquisas arqueológicas. Estudos têm apontado que os primeiros objetos de vidro de que se tem notícia foram encontrados dentro das pirâmides do Egito.

Ficheiro:Bristol.blue.glass.arp.750pix.jpg

Apenas próximo ao ano 100 a.C., as técnicas de fabricação se desenvolveram. Foi quando os romanos começaram a utilizar o sopro, dentro de moldes, na fabricação do vidro, o que possibilitou sua produção em séie. Até 1900, a produção dessa matéria-prima ainda era considerada uma arte quase secreta.

O vidro é uma substância líquida, com um altíssimo grau de viscosidade à temperatura ambiente, variando em função da temperatura. É composto basicamente por areia (sílica ou vitrificante) sulfato ou carbonato (abaixo da temperatura de fusão da sílica) e um estabilizando (geralmente cal, que atribui resistência ao vidro). Quando essa mistura é elevada à temperatura de 1500º C, forma uma massa plástica e viscosa. O processo de fusão é muito complexo e envolve basicamente reações químicas entre as diversas matérias primas, a formação de fases líquidas e homogêneas, a eliminação dos gases produzidos nas reações químicas e finalmente, a formação de uma massa vítrea homogênea pronta para ser fornecida às máquinas de formação.

Na medida em que essa massa esfria, a viscosidade aumenta até que se obtém o vidro. As propriedades do vidro não somente dependem da temperatura e da pressão, como também de sua história térmica (o caminho percorrido para esfriá-lo, através da passagem por várias temperaturas, desde o estado líquido até o sólido) .

Já a coloração é feita pela adição de outras substâncias: cobalto para o vidro azul, óxido de cobre para o verde, óxido de ferro para o vidro bronze e sulfato de zinco para o fumê, por exemplo.

Quase 90% de todo o vidro fabricando no mundo é do tipo “vidro soda-cal”. A composição química deste tipo de vidro é resultante de vários fatores, entre os quais a facilidade de fusão, matérias primas mais facilmente disponíveis e propriedades física-quimicas adequadas às maiores aplicações possíveis.

Características
O vidro tem incontáveis aplicações nas mais variadas indústrias, dada suas características de inalterabilidade, dureza, resistência e propriedades térmicas, óticas e acústicas, tornando-se um dos poucos materiais ainda insubstituível, estando cada vez mais presente nas pesquisas de desenvolvimento tecnológico para o bem estar do homem moderno nos mais variados setores, como por exemplo: Vidro plano, vidro oco (frascaria e embalagens), lentes, fibra ótica, lã de vidro, lâmpadas, enfim, uma gama incontável de aplicações.

A diferença entre o vidro comum e o cristal

As diferentes nomenclaturas são utilizadas para diferenciar os processos de fabricação e produtos finais distintos, embora utilizem a mesma matéria-prima.

O Vidro é produzido por sistema de laminação de cilindros, portanto, sujeito à distorção de imagem por falta de paralelismo entre as superfícies em função do próprio processo, encontrando-se atualmente em fase de extinção substituído hoje, pelo processo float glass, com produto incomparavelmente superior.

O Cristal (Float Glass) é produzido através d o processo predominantemente utilizado entre os fabricantes mundiais. É obtido através do deslizamento do material em fusão, sobre uma camada de estanho líquido, com temperatura e atmosfera controladas, produzindo lâminas de vidro com superfícies perfeitamente paralelas sem distorções de imagem com excelente qualidade ótica.

Cristais Refletivos

É o resultado da aplicação de óxidos metálicos sobre a superfície do vidro, apresentando índice de reflexão de energia solar, maior do que a do cristal comum, variando esses índices de acordo com a cor utilizada na película metálica e da cor da matéria-prima de cada fabricante.

Vidros Esmaltados

São produzidos através da aplicação de esmaltes vitrificáveis em cores lisas ou decoradas, fundidos durante o processo de têmpera sobre a superfície do vidro, permanecendo inalterável e irremovível.

Vidro Temperado

Seu processo de fabricação consiste no aquecimento da matéria-prima (cristal ou vidro impresso) à temperatura de 650/700ºC, recebendo logo após, choque térmico provocado por jatos de ar. Esta brusca mudança de temperatura gera uma compressão das faces externas e expansão na parte interna, adquirindo neste processo características de resistência muito maior do que as do vidro comum.

CURIOSIDADES:

Com um quilo de caco, pode-se fazer 1 kg de vidro novo.

O mesmo vidro pode ser reaproveitado quantas vezes precisar

Um vidro jogado na natureza leva 4000 anos para desaparecer.

O Brasil alcançou um índice de 45% no reaproveitamento de embalagens em relação à produção total no País que é de 910 mil toneladas/ano, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro-2003).

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PÃO E CIRCO

 

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Apesar do longo tempo percorrido por gerações sucessivas, ainda conservamos alguns hábitos e comportamentos remotos que tendem a se perpetuar, não sei por que razão, pois, sabe-se que nada dura para sempre. Entretanto, as constantes mudanças ocorridas ao longo de milênios não foram suficientes para apagar reminiscências de alguns costumes e práticas como: a lei do mais forte, a lei egoísta de levar vantagem em tudo, mais conhecida entre nós como “Lei do Gerson”, os dois pesos e as duas medidas e pão e circo, sendo este último, artifício inventado pelos romanos para controlar as massas da plebe descontentes com o poder temporal.

Possivelmente pensando à romana, muitos dos gestores atuais vem adotando “o pão e circo”, sendo o circo, o mais popular praticado, em níveis estadual e municipal, em maior escala, como medida padrão de contentamento popular que praticamente tem sido a principal fonte de arregimentação de votos entre as massas menos esclarecidas e mais chegadas a festas, aquelas que se comprazem com as apresentações de artistas e bandas, - notadamente se estas forem de forró -, pois, já ouvi de alguns dentre estes personagens do poviléu, frases como: “este é que é o prefeito, que só trás banda boa!”, querendo dizer, quem sabe, ser esta a pessoa certa para a condução do destino do município.

Algumas festas chamam atenção pela demonstração de poder e pelo absurdo dos gastos, pois, quem atira com a pólvora alheia não toma chegada.Um bom exemplo do que falo são as festas de fins de ano onde a farra é feitas com os músicos mais caros do País, sem contar as toneladas de fogos de artifícios queimadas nos réveillons.

É oportuno observar que não falta dinheiro para festas de todo tipo e é comum vê-se o dinheiro público sendo aplicado em frivolidades, coisas sem a menor importância para a nação, para o estado ou município, como propaganda, por exemplo. Entretanto, nunca, mas nunca mesmo, tem verba para educação, saúde e segurança que, a meu ver, devem ser prioridades absolutas em qualquer governo que se preze. Que se façam festas quando realmente for necessário, porém, sem exagero, porque deixa margem a se supor que há verba sobrando e que está sendo mal aplicada.

O erário deve acumular reservas monetárias para serem empregadas em obras e serviços que beneficiem o povo que é quem banca todas as despesas com o pagamento de impostos, mas que, a bem da verdade, não tem o retorno esperado.

Estas más práticas continuam em pleno vigor, reinando absolutas, com mão de ferro, apesar dos constantes embates impetrados contra as mesmas, por cidadãos preocupados com o futuro do seu estado ou cidade, cujas ações tem-se mostrado ineficazes por mais atuantes que sejam e parece que nem de longe tocam os sentidos desses gestores insensatos, que, provavelmente inebriados pelo poder, pela abastança e pela fama tornam-se insensíveis e perdem o tino de responsabilidade.

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Envangelhos do Mar Morto – Cáp.VI - Última Parte

Envangelhos do Mar Morto

Pseudo-Epígrafo de Gênesis

Livro de Melquisedeque

A Criação do Universo VI

Consolados pelas revelações da natureza, Adão e sua companheira, aprendiam a cada dia a amar mais o Salvador. Cresciam em sabedoria, humildade e santidade. Todas as virtudes destruídas pelo pecado, renasciam no coração.

A colina, sob a proteção dos anjos da luz, tornou-se numa miniatura do Éden distante. Entre os animais reunidos e domados com amor, haviam muitas ovelhas. Na noite que antecedia cada sábado, Adão tinha, por ordem do Criador, de repetir o doloroso ato. Quanta amargura e arrependimento sobrevinham ao casal ao baixarem as trevas da noite do sacrifício! Quanto consolo lhes trazia a chama do perdão que jamais deixara de brilhar sobre o altar.

O decisivo valor do sacrifício, para que a vida pudesse florescer sob a proteção divina, levou o casal a valorizar imensamente o seu pequeno rebanho. Cada sexta-feira, contudo, passou a trazer consigo, além da dor, uma inquietação:

- Quem doará seu sangue ao altar quando a última ovelha perecer?

Aos olhos do casal maravilhado, aconteceu enfim o milagre do amor, renovando-lhes a esperança de viverem outras semanas sob o brilho da chama do perdão: uma ovelha, a mais gorda delas, passou a sangrar como em sacrifício; De sua dor, nasceram-lhes quatro cordeirinhos.

Cheios de alegria e gratidão, Adão e Eva prostraram-se ante o Salvador invisível, tendo nas mãos aquelas novas criaturinhas que traziam em seus olhos a mesma meiguice e disposição para o sacrifício.

Seguros de que novos milagres multiplicariam seus dias, o casal uniu sua voz como outrora, num cântico de gratidão e adoração ao Criador que, como os cordeirinhos nasceria também da dor para cumprir em sua vida o maior de todos os sacrifícios, para salvação da humanidade.

O Eterno, embora invisível aos olhos de Seus filhos humanos, permanecia bem próximo, acompanhado por um exército de anjos, em incansável ministério de cuidado e proteção. O casal estava inconsciente de que a doce calma e paz reinantes naquela colina, bem como toda a sua prosperidade, eram frutos de tão intensa luta.

Se os seus olhos fossem abertos para as cenas que ocorriam invisíveis, ficariam tomados de espanto; Quão terrível era o inimigo e suas hostes em suas constantes investidas com o propósito de arruinar o ser humano, arrebatando-o das mãos do Criador.

Depois de contemplar os de cordeiro, Deus fitou o casal com ternura, revelando-lhes algo que os surpreendeu e alegrou:

- Quando desses cordeiros trinta e seis houverem subido ao altar, os vossos braços envolverão o primeiro filho que, como eles surgirá também da dor. Esse filho em sua infância lhes trará alegria saltando como os cordeirinhos em vosso lar. Devereis instruí-lo com dedicação nas leis da harmonia, mostrando-lhes o caminho da redenção. Como vocês, ele será livre para escolher o rumo a seguir. Aceitando o ensinamento, sua vida será vitoriosa; rejeitando-o, caminhará para a derrota.

Adão e Eva ouviram com alegria a promessa divina, mas ao mesmo tempo experimentaram no profundo do ser um temor ao conscientizar-se da responsabilidade que teriam. Sabiam que Satã faria todos os esforços para levar a criança prometida à perdição.

Era noite alta quando o Criador, depois de acariciar seus filhos, os deixou adormecidos sobre o gramado macio.

Depois da promessa, cada cordeirinho levado ao altar fazia pulsar mais forte no ventre materno a esperança da alegria que em breve alcançariam. Trinta e seis finalmente baixaram às trevas cumprindo o tempo determinado pelo Criador em que a primeira criança receberia a luz.

Com as mãos ainda manchadas pelo sangue do sacrifício, Adão amparou sua esposa que, aos pés do altar prostrou-se vencida pela dor que lhe trouxe o primeiro filho. A pequena criança não trazia na face a alegria da liberdade, mas o choro de sua prisão. Esse pranto duraria a noite inteira, não fosse o brilho daquela chama aquecida de esperança que, logo atraiu a atenção de seus olhinhos atentos. Envolvendo-o com alegria, Eva consolada de seu sofrimento, disse: "Alcancei do Senhor a promessa". Deu-lhe então o nome de Caim.

Depois de envolver o filhinho com as peles macias de um cordeiro, o casal permaneceu acordado a meditar.

Muitos eram os pensamentos que ocupavam suas mentes: pensamentos de alegria, de gratidão, de esperança e de anseio pelo senso da responsabilidade que agora pesava sobre seus ombros.

Acariciando com ternura a pequena criança, o casal amadureceu em sua experiência, compreendendo melhor o misterioso amor de Deus que, para salvar Seus filhos, dispôs-Se a morrer em lugar deles.

Adão e Eva não estavam sozinhos em suas reflexões: todos os seres inteligentes do Universo consideravam com interesse sobre o futuro daquele indefeso bebê que no íntimo trazia um reino de dimensões infinitas, a ser disputado pelos dois poderes em luta.

Vendo a criança esboçar o seu primeiro sorriso, o casal subitamente lembrou-se da promessa do Criador que era confirmada em cada sacrifício: Ele nasceria da mulher como criança, com a missão de redimir a humanidade. Não seria Caim já o cumprimento da promessa? O infante com seus olhinhos brilhantes de alegria se parecia tanto com os cordeirinhos que nasciam e cresciam com a missão de serem sacrificados!

Considerando assim, o casal apertando o filhinho junto ao peito começou a chorar sem consolo. Quão terrível, seria oferecer seu filhinho inocente ao rude altar!

Para o casal compungido pela dor, surgiu em fim o brilhante sol fazendo reviver com seus cálidos raios as promessas que apontavam para um Salvador que, ainda no futuro, nasceria também da dor para cumprir o eterno plano de redenção.

Abençoada pelo Criador e envolvida pelo amor e cuidado dos pais, a criança se desenvolvia em sua natureza física e mental, tornando-se a cada dia alvo maior de uma incansável batalha entre as hostes espirituais.

Adão e Eva, ansiosos por fazê-lo compreender as verdades da salvação, tomavam-no nos braços a cada alvorecer e, à beira do altar lhe apontavam o Éden distante, contando aquelas histórias de emoção as quais o pequeno Caim ainda não conseguia compreender. Qual foi a alegria daqueles pais, ao vê-lo numa manhã de sol, apontar com a mãozinha para o lar da saudade, pronunciando o nome sagrado do Criador. Emocionados tomaram-no nos braços, pedindo-o para repetir esse sublime nome que, qual chave de felicidade, sempre descerrava-lhes um paraíso de eterno amor.

Todas as hostes da luz inclinaram-se com alegria ao ouvir a pequena criança pronunciar o nome do divino Rei.

As semanas iam se passando trazendo consigo novas vítimas para o altar, e o pequeno Caim, alvo da atenção e cuidado de Deus, das hostes da luz e daqueles amantes pais incansáveis na missão de instruí-lo, agrupando suas poucas palavras, sempre curiosos com tudo passou a interrogar.

O dia declinava quando o menino, que jazia ao colo de sua mãe, perguntou-lhe:

- Mamãe, por que o sol sempre vai-se embora, deixando a gente no frio da escuridão?"

Eva, surpresa contemplou seu filho, sem encontrar palavras para responder-lhe a indagação que trouxe-lhe à lembrança o passado de felicidade destruído por sua culpa. Após um momento de silêncio, beijando a face do pequeno Caim, disse-lhe:

- Filhinho, um dia o sol virá para ficar, trazendo em seus raios um mundo só de harmonia; já não haverá animaizinhos a brigar, nem cordeirinhos a morrerem sobre o altar.

Caim, insatisfeito com as palavras da mãe, demonstrou não ter paciência para aguardar esse dia que jazia em distante futuro. Repetia em pranto: - "Eu quero o sol hoje, amanhã não!"

Eva, pacientemente, procurou acalmar seu filho, falando sobre a luz de Deus, que pode tornar a noite em dia.

Ele o amava e poderia encher seu coraçãozinho de brilho, de alegria e paciência. Poderia assim, aguardar feliz o dia de seus sonhos.

Balançando a cabecinha em rejeição ao consolo da mãe, Caim proferiu entre soluços: -"Eu quero o sol porque eu posso vê-lo, ao Eterno não".

Como uma seta dolorosa as palavras de rebeldia de Caim penetraram no coração de Eva, fazendo-a chorar amargamente. Uma tristeza infinita pairava sobre o coração do Criador rejeitado. Esboçavam-se nos gestos de Caim os primeiros passos pelo caminho descendente da rebeldia. Quantos o seguiriam rumo à morte!

Inconsciente da tristeza que abatera-se sobre o reino da luz, Adão, ao ver o sol declinar no horizonte, deixou seu trabalho no campo rumando-se para casa. Tinha um cântico no coração ao caminhar para mais um encontro com os seus.

Ao aproximar-se do altar, viu junto dele sua companheira prostrada em pranto. O pequeno Caim jazia também ali a chorar. Tomando-o nos braços, Adão perguntou-lhe com anseio: -"O que aconteceu meu filho?"

Caim tristemente respondeu: "Mamãe deixou o sol ir embora".

Amparando o filho com seu braço esquerdo, Adão pousou sua mão direita sobre o ombro de Eva, mas não encontrou palavras para consolá-la. A frase dita por seu filhinho, pareceu rasgar-lhe o coração, fazendo-o reviver a queda.

Depois de refletir, Adão sentindo-se culpado respondeu para Caim: -"Foi o papai quem deixou o sol ir embora meu filho!".

Com soluços de grande tristeza, Adão uniu-se a eles no pranto. A lembrança do Salvador, contudo, o consolou. Enxugando suas lágrimas e as de seu filhinho, disse-lhe com ternura: -"Podemos nos alegrar filhinho, pois Deus prometeu fazer o sol para sempre brilhar no céu; ele será como o fogo que surge no altar, banindo as trevas da noite".

Com os olhinhos voltados para o último clarão do arrebol, Caim permaneceu sem consolo.

Naquele entardecer, não houve como de costume um alegre jantar. A pequena família, entristecida, permaneceu a meditar por longas horas, até sonolentos adormecerem sob a luz das estrelas.

O inimigo e suas hostes, em sarcasmo de maldade zombaram naquela noite do sofrimento de Deus e Seus fiéis. Repetindo as palavras de rebeldia do pequeno Caim, ufanava-se como vencedor. Num desafio ao Criador pronunciou: - Veja como esse meu pequeno escravo te rejeita! O mesmo se dará com todos aqueles que hão de nascer. Estou certo de que o direito de domínio jamais sairá de minhas mãos.

Todas as hostes rebeldes repetiram em eco as afrontas do enganador, humilhando os súditos da luz que sofriam do lado do Eterno.

Com suas afrontas, o inimigo procurava fazer Deus desistir de Seu plano de redenção. Se isso acontecesse, seu reino de trevas se estenderia por toda a eternidade, suplantando o domínio da luz.

Em resposta ao desafio do inimigo, o Eterno afirmou solenemente: - “Ainda que todos me rejeitem, Eu cumprirei a promessa”.

O Criador não suportava o pensamento de ver o pequeno Caim caminhar para a perdição. Por ele intercedia a cada dia, oferecendo ante a justiça o Seu sangue que verteria. Anjos poderosos guardavam-no a cada momento, espancando as trevas espirituais que o acercavam procurando torná-lo insensível aos benefícios da salvação, que eram ilustrados pelos símbolos.

Adão e Eva em seu incansável ministério de amor, todos os dias ensinavam a Caim as lições espirituais ilustradas na natureza. Em cada sábado procuravam firmar em sua mente juvenil a esperança de uma vida eterna, que seria fruto do sacrifício do Salvador. Ele depois de viver uma vida sem pecado, morreria como um cordeiro , para poder expulsar para sempre as trevas.

A contemplação do Éden distante banhado em sol fez nascer no coração juvenil de Caim pensamentos de aventura. Ele começou a pensar: "Este paraíso não está tão longe como afirmam papai e mamãe. Por que esperar e sofrer tanto tempo?! Ele é tão belo! É dele que surge todos os dias o sol! Se o conquistarmos, será fácil deter a luz em sua nascente; Assim viveremos num paraíso de eterno sol.

As idéias de aventura de Caim, enchiam o coração de Adão e Eva de tristeza. Viam que seu interesse era somente pelo tempo presente; ele sonhava com um paraíso de felicidade e luz conquistado por sua força. Em seus planos, não sentia necessidade de um Salvador; - Para que, se era tão jovem, inteligente , cheio de vida e ideais?- dizia.

Os dias de lutas, intercessões e sacrifícios pelo destino de Caim foram se passando. Oportunidades preciosas surgiam em cada dia diante dele para se apegar ao Salvador, mas a todas rejeitava, uma por uma. Em sua incredulidade chegou a duvidar da existência desse Deus, o qual jamais vira.

Aos pais que, aflitos, mas sempre com paciência, procuravam livrá-lo da perdição para a qual estava

caminhando, prometeu um dia , após sorrir com ar de incredulidade, crer no Criador e em Seu plano de salvação, caso Ele se tornasse visível na hora do sacrifício.

Com ardente fé, aqueles pais passaram a clamar ao Eterno. Sua presença visível poderia, quem sabe, salvar aquele filho querido que a cada dia tornava-se mais rebelde.

O Criador ouviu o clamor dos pais aflitos. Embora soubesse que Sua aparição dificilmente quebraria no coração do jovem Caim seu espírito rebelde, estava disposto a cumprir o pedido. Estenderia os braços amigos a Caim, procurando com amor conquistar-lhe o coração. Como conhecia os seus anseios e sonhos de aventura, facilmente poderia identificar-Se com ele, cativando-o, pois era também Alguém que sempre carregara no peito sonhos de aventura; Não fora a criação do Universo uma grande aventura?! Não fora o Seu sonho vê-lo cravejado de sóis fulgurantes, iluminando bilhões de mundos com o seu brilho?! Não era também o Seu maior desejo atravessar o vale da morte, em busca da conquista do Éden distante, prendendo para sempre o Sol em seu céu?! Tinham muita coisa em comum!

Caim estava curioso naquela sexta-feira. Na face dos pais, via ânimo e alegria, frutos de uma fé grandiosa. Incentivado por essa expressão de confiança, o jovem passou a ajudá-los nos preparativos para o santo sábado.

O Sol finalmente esquivou-se rolando para o poente, deixando como de costume seu rastro de saudade que anunciava medo. Em meio às trevas, Caim discerniu o vulto branco do cordeiro sendo erguido para o altar pelas mãos do pai - esse incansável sacerdote que sempre estava implorando ao Criador pela salvação de seu amado filho.

Com a mão erguida, Adão preparava-se para o golpe que poderia, quem sabe, quebrar no coração de Caim sua incredulidade, fazendo nascer num só momento a crença na salvação. De seus lábios escapa-se então a prece da fé: - Pai Eterno ouve o meu pedido; Meu filho precisa de Ti! Somente um olhar Teu poderá conquistá-lo. Venha Senhor!!

Esta oração sincera caiu nos ouvidos daquele filho comovendo-o. Somente a prece já seria suficiente para convencê-lo da existência real de um Salvador.

Um forte brilho envolveu logo toda a colina banhando também o vale oriental. Os olhos arregalados de Caim pousaram então nos olhos amáveis do Criador, que trazia na face um brilho superior ao do sol, mas não ofuscante. Contemplando-O com admiração, Caim exclamou: - Ele é jovem como eu, e se parece com o Sol!

Adão e Eva, comovidos pela grande saudade tinham vontade de saltar ao peito do Salvador e beijá-Lo, mas deixaram que Ele Se encontrasse primeiro com Caim. Com alegria, viram o precioso filho envolvido nos braços do grande amigo, que era parecido com o seu astro.

Depois de longo abraço, Deus abraçou e beijou também o querido casal, companheiros no sofrimento.

Caim, conquistado pela afeição do Pai Eterno, mostrou-Lhe seus animais de estimação e seu pequeno jardim carregado de lindas flores. Como estava encantado por vê-los coloridos naquela noite desfeita pelo brilho do Criador, como sob a luz do dia! Parecia até mesmo que o Sol baixara a eles.

Ao pensar no Sol, Caim como o amava muito, passou a falar sobre ele dizendo:

- Como ele é belo e bom! Quando ele vai-se embora, deixa em suas lágrimas de sangue um sentimento de tristeza e temor. Tudo desaparece em sua ausência: os animais, o jardim; até os passarinhos silenciam os seus cantos! ...Mas basta ele dizer que vai aparecer, tudo se enche de encanto; A natureza se desperta de mansinho, parecendo ainda temer as trevas, mas quando as vê fugir , fica alerta e canta; Os animais, os passarinhos, o jardim,... tudo volta a viver feliz! Mas, esta felicidade sempre acaba!!!

Após falar estas palavras, Caim fitando o Criador indagou curioso:

- Papai sempre diz que foi você quem criou o Sol. É verdade?

Com um sorriso de sinceridade Deus respondeu-lhe que sim.

- Quando Você o fez no princípio, continuou Caim, ele já fugia para o poente?

- Ele nunca foge, respondeu o Eterno, é o mundo quem foge dele. Ele fica triste com essa ingratidão!

-Mas como? Perguntou Caim, contemplando curioso Sua face de luz .

Com palavras carinhosas, Deus passou a contar-lhe a história de Lúcifer que, em sua ingratidão baniu de seus olhos e dos olhos de uma multidão de criaturas, o brilho de Sua face - o Verdadeiro Sol. Depois de assim agir, iludiu a muitos dizendo que foi o Sol quem fugiu deles. Com sua astúcia, continuou o Criador, o anjo rebelde procurou arrastar o ser humano para as trevas, e conseguiu. O Sol naquele dia, chorou tantas lágrimas de sangue, que banhou todo o céu. Em seu último suspiro de luz, porém, ele prometeu ao mundo já tomado pelas trevas, voltar um dia a brilhar para sempre, enchendo todo o seu seio de vida.

Após falar-lhe estas palavras, o Eterno fitando aquele jovem, com expressão de tristeza nos olhos concluiu dizendo:

- Hoje, o anjo rebelde promete a seus seguidores que irá com sua força deter o sol, mas ele jamais conseguirá realizar esse plano, pois não possui o laço que poderá detê-lo: o amor.

Cabisbaixo, Caim ouviu dos lábios do Criador essa história de promessas, a qual já se cansara de ouvir de seus pais. Essa história não lhe dava prazer, pois mostrava uma noite longa de sacrifícios sobre o altar, e de um Salvador a perecer em dor. Em realidade, Caim não via razões para tudo isso. Por que não banir logo o sofrimento colorindo as trevas de luz?!

Num esforço para conquistá-lo, o Eterno com muito amor fitou aquele jovem insatisfeito, e disse-lhe que, “somente o sangue de Seu sacrifício poderia fazer o Sol para sempre brilhar, num reino de eterna felicidade e paz. Não havia outro caminho para essa conquista. Por isso, deveria ser paciente, descansando-se sob o Seu cuidado”.

Após conversar por longo tempo com Caim, na tentativa de fazê-lo reconhecer sua necessidade de salvação, Jeová voltando-Se para o casal, passou a consolá-los com a promessa do nascimento de outro filho. Mais trinta e seis sacrifícios seriam contados, e seus braços envolveriam o segundo filho. Nasceria também da dor, mas traria nos olhos o brilho e o consolo da salvação. O seu testemunho de fidelidade ficaria perpetuado por todas as gerações, no símbolo de um altar coberto de sangue.

As semanas iam se passando, trazendo ao casal novas de alegrias e tristezas: de um coração cheio de vida a pulsar no ventre de Eva, e de um vazio com cheiro de morte a crescer no coração do jovem Caim. Ainda que ele tenha ficado deslumbrado ante a manifestação de Deus, em nada essa aparição mudou-lhe sua maneira arrogante de pensar sobre o sentido da vida. Ele não via sentido nos sacrifícios oferecidos no altar. Nos dias que seguiram o seu encontro com o Criador, ele argumentava com os seus pais dizendo: - Se eu fosse poderoso como o Eterno, eu jamais me submeteria ao sacrifício para reconquistar o reino perdido. Ele é forte, e brilha como o sol. Ele poderia com uma só palavra expulsar todas as trevas, devolvendo-nos o paraíso. Para que tanto sofrimento?! Com essa argumentação, Caim supunha-se mais sábio que o Criador. Quem sabe, num próximo encontro teria oportunidade de aconselhá-Lo.

Dessa forma, o jovem Caim aprofundava-se cada vez mais no abismo do orgulho e do egoísmo - lugar de ilusões para onde se ia, pensando estar caminhando para a vitória. Não fora Lúcifer juntamente com um terço das hostes celestes atraídos por essa mesma ilusão?! O bondoso Deus, todavia, não selaria o destino de Caim sem antes procurar de todas as formas salvá-lo da ruína eterna. Essa graça imerecida, fruto do divino amor, seria concedida a todo o ser humano que viesse a nascer neste mundo.

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