Fertilizante de zeólitas reduz poluição e aumenta produtividade

Meio ambiente

Com informações do CETEM e Agência Brasil - 29/04/2014

Imagem: www.floresyplantas.net

Pesquisadores brasileiros desenvolveram um composto mineral que, usado como fertilizante, aumenta a produtividade agrícola e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ao meio ambiente.

O uso de fertilizantes é uma das maiores preocupações atuais dos ambientalistas - o chamado "paradoxo dos fertilizantes" indica que, onde não há falta, há excesso do produto.

O novo fertilizante é feito de concentrados zeolíticos - zeólitas representam um grupo numeroso de minerais que têm uma estrutura porosa - sem adição de produtos químicos.

Os pesquisadores brasileiros fizeram modificações nas propriedades superficiais das partículas de zeólitas para que elas pudessem fazer a troca de nutrientes, o que é grandemente otimizado pela característica porosa do material.

Como o composto zeolítico faz a troca de nutrientes, ele capta o excesso e libera os nutrientes de forma lenta. "É como na alimentação infantil. Não adianta querer dar tudo de uma vez. Tem que dar aos poucos. A mesma coisa [se aplica] à planta, para ela crescer," explicou a pesquisadora Marisa Monte, do Cetem (Centro de Tecnologia Mineral).

Zeólita brasileira

No processo, foi utilizada uma zeólita encontrada no Maranhão, que não é tão pura quanto as zeólitas de Cuba, por exemplo, mas cujas impurezas se transformaram em vantagem no caso do uso do material como fertilizante.

"A mistura da argila promove uma boa capacidade de troca e faz com que [a zeólita] consiga usar esses nutrientes na agricultura," disse Marisa.

Outra vantagem desse material poroso é na irrigação. "Ele reduz em 50% a necessidade do ciclo de irrigação," disse a pesquisadora.

Nos testes agronômicos, o uso do concentrado zeolítico apresentou uma produtividade até 40% superior àquela obtida pelo uso de métodos convencionais de fertilização.

Os concentrados zeolíticos, enriquecidos com nutrientes, foram testados como fertilizantes no cultivo de alface, tomate e mudas de frutas cítricas.

Patente

O INPI já deferiu o pedido da patente da "Composição mineral zeolítica", descrita como um fertilizante de liberação lenta, produzido a partir de concentrados zeolíticos.

De posse da patente, os pesquisadores têm intenção agora de comercializar o produto. Marisa informou que algumas empresas, entre as quais a Petrobras, já manifestaram interesse.

Segundo ela, o novo fertilizante terá um apelo especial para a agricultura orgânica, por não utilizar produtos químicos.

O trabalho contou com a colaboração de pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

Leia Mais ►

Usucapião - Documentos necessários

imageFonte: http://saladocorretor.com/despachanteimobiliario/usucapiao-documentos-necessaria/

Documentos necessários:

1- Memorial descritivo e planta de situação do imóvel, feito pelo agente competente, como engenheiro, topógrafo e etc.

2- Requerimento com firma reconhecida do proprietário para os cartórios de registros de imóveis para que eles forneçam as certidões negativas ou positivas.

3- Algumas das ações de regularização fundiária, em particular as ações de usucapião especial urbano, exigem prova de que os moradores ocupam o lote há mais de cinco (5) anos. O acompanhamento dos processos implementados por nossos parceiros no país todo, envolvendo prefeituras, governos estaduais, defensorias públicas e ONGs mostra que a documentação necessária para instruir processos de usucapião pode variar de acordo com o entendimento de cada juiz. Deste modo, é recomendável anexar ao processo quaisquer documentos que possam vir a ser constituir em prova, tais como:

    • Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU (se houver);
    • Contas de água ou energia elétrica;
    • Registro dos moradores no posto de saúde;
    • Comprovante de carteira de vacinação;
    • Registro de nascimento (em casos mais antigos em que era registrada a residência do nascituro);
    • Registro das crianças da família na escola;
    • Existência de equipamentos públicos ou comunitários na área pública ocupada (escolas, creches, posto de saúde e centros comunitários);
    • Prestação de serviços de coleta de lixo;
    • Existência de transporte público na área ocupada;
    • Existência de iluminação pública;
    • Prestação de serviços de fornecimento de energia elétrica;
    • Prestação de serviços de abastecimento de água;
    • Mapas que demonstram a existência da ocupação;
    • Fotos aéreas que demonstram a existência da ocupação;
    • Carnês de compras (por exemplo, carnês de crediários);
    • Recibos com endereço para entrega;
    • Declarações de instituições privadas confirmando a existência do núcleo por mais de cinco anos (exemplos: hospitais, escolas, universidades, Rotary Club, etc.);
    • E, ainda, correspondências particulares.

ATENÇÃO: Todos esses documentos devem ter registro de data anterior a cinco anos

Além da documentação (indicada acima) para comprovar o tempo de posse, será necessário apresentar, juntamente com a petição inicial, os documentos dos moradores, comprovante do local de moradia (cadastro social ou comprovante de residência), a matrícula do imóvel objeto do usucapião, planta e memorial descritivo do imóvel. Anexar ainda, se possível, a declaração dos confrontantes, inclusive do proprietário, dizendo que nada tem a opor quanto ao pedido de usucapião e que reconhece a ocupação há mais de cinco (5) anos.

4- Por fim, em alguns casos, o juiz pode exigir “prova” de que os moradores não são proprietários de outro imóvel, devendo se avaliar a possibilidade de entrar com um recurso contra a decisão, tendo em vista que para o sistema jurídico brasileiro não se faz prova de fato negativo (por exemplo, não pagou, não casou de novo, não tem outro imóvel). De qualquer modo, a pesquisa de outras ações de usucapião na região e/ou uma conversa com o juiz – para verificação dos procedimentos a serem adotados – podem otimizar o andamento do trâmite legal da regularização fundiária.

Leia Mais ►

"Gelo de fogo": fonte de energia ou de preocupação?

Meio ambiente

Com informações da BBC - 23/04/2014

O metano hidratado fica abaixo de muitas camadas de gelo ou no fundo do mar. [Imagem: USGS]

É cada vez maior o esforço em busca de alternativas aos hidrocarbonetos tradicionais - petróleo, carvão e gás natural - seja porque eles são poluentes, seja porque sua extração tem-se tornado mais difícil.

Um substituto potencial que vem ganhando atenção é o hidrato de metano, encontrado em enormes quantidades sob o permafrost - o solo gelado do Ártico - ou os leitos dos oceanos.

Porém, apesar de potencialmente menos poluente que petróleo e carvão, sua extração apresenta enormes riscos ambientais.

Gás hidratado

Conhecido como "gelo que arde", o hidrato de metano - mais rigorosamente um clatrato de metano (CH4*5.75H2O) - é constituído por cristais de gelo com gás preso em seu interior.

Esses cristais são formados a partir de uma combinação de temperaturas baixas e pressão elevada e são encontrados no limite das plataformas continentais, onde o leito marinho entra em súbito declive até chegar ao fundo do oceano.

Ao reduzir a pressão ou elevar a temperatura, a substância simplesmente se quebra em água e metano - muito metano.

Um metro cúbico do composto libera cerca de 160 metros cúbicos de gás, o que o torna uma fonte de energia altamente intensiva. Por causa disso, da sua oferta abundante e da relativa facilidade para liberar o metano, um número grande de governos está cada vez mais animado com essa nova fonte de energia.

Acredita-se que as reservas dessa substância sejam gigantescas - a estimativa é de que haja mais energia armazenada em hidrato de metano do que na soma de todo petróleo, gás e carvão do mundo.

Extração do gás hidratado

O problema, porém, é extrair o hidrato de metano. Além do desafio de alcançá-lo no fundo do mar, operando sob altíssima pressão e baixa temperatura, há o risco grave de desestabilizar o leito marinho, provocando deslizamentos.

Uma ameaça ainda mais grave é o potencial escape do metano. Extrair o gás de uma área localizada não é tão complicado, mas prevenir que o gás hidratado se quebre e libere o metano no entorno é mais difícil.

E isso tem consequências sérias para o aquecimento global - estudos recentes sugerem que o metano é 30 vezes mais forte que o CO2 em termos de efeito estufa.

Por causa desses desafios técnicos, ainda não há escala comercial de produção de hidrato de metano em qualquer lugar do mundo.

Mas alguns países estão chegando perto.

Esses cristais são formados a partir de uma combinação de temperaturas baixas e pressão elevada. [Imagem: Wikipedia/Wusel007]

Experimentos tímidos

Os Estados Unidos, o Canadá e o Japão já investiram milhões de dólares em pesquisa e já realizam alguns testes.

Os Estados Unidos lançaram um programa de pesquisa e desenvolvimento nacional já em 1982 e, em 1995, tinham terminado a sua avaliação dos recursos disponíveis do gás de hidratos no país. Desde então, têm realizado projetos-piloto na costa da Carolina do Sul, no norte do Alasca e no Golfo do México. Cinco ainda estão em execução.

Os experimentos mais bem-sucedidos ocorreram no Alasca em 2012 e na costa central do Japão em 2013, quando, pela primeira vez, a extração de gás natural a partir de hidrato de metano no mar teve êxito.

Maior importador de gás do mundo, o interesse do Japão é óbvio, embora o orçamento anual do país para pesquisa na área é relativamente baixo - US$ 120 milhões (cerca de R$ 270 milhões) - embora o governo fale em produzir hidrato de metano em escala comercial no fim desta década.

A China e a Índia, com demandas enormes por energia, continuam tímidos em seus esforços para explorar o recurso.

Assim, mesmo os especialistas parecem céticos, sobretudo levando em conta a concorrência da indústria petrolífera e das enormes reservas de gás e petróleo de vários dos países que poderiam capitanear os esforços de extração do hidrato de metano.

O fato é que a Agência Internacional de Energia (IEA) ainda não inclui o gás hidratado nas suas projeções globais de energia para os próximos 20 anos.

Riscos ambientais

Mais preocupados estão os ambientalistas.

Se essa nova fonte de energia for explorada, o que parece provável no futuro, as implicações ambientais podem ser extensas.

Apesar de ser menos poluente que o carvão ou o petróleo, o gás hidratado continua sendo um hidrocarboneto e, portanto, emite CO2. E há ainda o risco mais sério da liberação direta de metano na atmosfera.

Alguns argumentam, porém, que pode não haver alternativa, na medida em que o aumento da temperatura global pode provocar a liberação do gás naturalmente, devido ao aquecimento dos oceanos e ao eventual derretimento das calotas polares.

Se essas prospectivas ambientalistas estiverem corretas, a decisão futura poderá ficar entre escolher explorar o gás hidratado ou deixá-lo vazar na atmosfera.

Leia Mais ►

Brasileiros criam água eletrizada

Energia

Com informações da Agência Fapesp - 17/04/2014

Apesar de sua importância para a compreensão de fenômenos relacionados à eletricidade atmosférica, como os raios, e de ter dado origem a tecnologias como a da fotocópia, a área da eletrostática permanecia praticamente estagnada até a última década.

A principal razão para isso era a falta de novas teorias e técnicas experimentais que permitissem identificar e classificar adequadamente quais entidades, íons ou elétrons conferem carga aos materiais.

As coisas começaram a mudar graças a um grupo de pesquisadores brasileiros reunidos no Instituto Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Materiais Complexos Funcionais (Inomat), que tem sua sede na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

"Os novos modelos de distribuição de carga eletrostática têm aberto possibilidades para o desenvolvimento de materiais que não apresentam problemas atribuídos à eletrização, como incêndio espontâneo, por exemplo", disse Fernando Galembeck, coordenador do Inomat. "As descobertas na área ainda poderão contribuir, no futuro, para a geração de energia."

clip_image002

Fenômeno da triboeletrificação demonstrado pelos pesquisadores brasileiros usando esferas de vidro. [Imagem: Thiago Burgo et al./10.1038/srep02384]

Água eletrizada

Os pesquisadores do grupo de Galembeck descobriram que a água na atmosfera pode adquirir cargas elétricas e transferi-las para superfícies e outros materiais sólidos ou líquidos.

Por meio de um experimento em que utilizaram minúsculas partículas de sílica e de fosfato de alumínio, os pesquisadores demonstraram que, quando exposta à alta umidade, a sílica se torna mais negativamente carregada, enquanto o fosfato de alumínio ganha carga positiva.

A descoberta da eletricidade proveniente da umidade - denominada pelos pesquisadores brasileiros de "higroeletricidade" - teve repercussão mundial.

 

* Cientista brasileiro descobre como coletar energia do ar

Segundo Galembeck, a descoberta abriu caminho para o desenvolvimento da "água eletrizada" - água com excesso de cargas elétricas -, em condições bem definidas, que pode ser útil para o desenvolvimento de sistemas hidráulicos.

"Em vez da pressão, o sinal utilizado em um sistema hidráulico com base na água eletrizada poderia ser o potencial elétrico, mas com corrente muito baixa, da própria água", explicou.

Outra possibilidade mais para o futuro seria o desenvolvimento de dispositivos capazes de coletar eletricidade diretamente da atmosfera ou de raios.

"Fizemos algumas tentativas nesse sentido, mas não obtivemos resultados interessantes até agora", contou Galembeck. "Mas essa possibilidade de captar a eletricidade da atmosfera existe e já descrevemos um capacitor carregado espontaneamente quando exposto ao ar úmido."

clip_image004

A teoria da equipe brasileira está chamando a atenção de pesquisadores da área em todo o mundo, sobretudo pelas possibilidades de aplicações práticas. [Imagem: Thiago Burgo et al./10.1021/la301228j]

Triboeletrização

A mais recente contribuição do grupo para o avanço do conhecimento sobre a eletrostática foi desvendar alguns dos mecanismos envolvidos na triboeletrização ou geração de eletricidade por atrito.

Considerada o fenômeno eletrostático mais comum, a triboeletrização era mal compreendida e começou a ser mais bem estudada a partir do fim da década de 1990, contou Galembeck.

Por meio de experimentos com politetrafluoretileno - um tipo de polímero isolante -, os pesquisadores brasileiros demonstraram que o atrito entre as superfícies de materiais condutores (dielétricos) produz padrões fixos e estáveis de cargas elétricas com uma distribuição não uniforme nas duas faces do material.

A descoberta desmistificou a ideia de que materiais como vidro, fibra sintética, lã e alumínio têm tendência a adquirir somente carga positiva ou só negativa quando atritados.

O grupo brasileiro demonstrou que, em alguns casos, o principal componente do atrito é justamente a triboeletrização. "A triboeletrização cria interações entre os materiais que aumentam ou até diminuem o atrito", disse Galembeck.

Segundo ele, a descoberta pode contribuir para o desenvolvimento de materiais mais resistentes aos desgastes ocasionados pelo atrito, tais como lonas de freio e pneus de automóveis, ou com menor consumo de energia.

"Estima-se que 30% de toda a energia produzida no mundo seja dissipada ou jogada fora por causa do atrito," afirmou Galembeck. "Se conseguíssemos controlar o atrito dos materiais, seria possível consumir menos energia do que usamos hoje."

---------------------------------------------------

Bibliografia:

Charge Partitioning at Gas-Solid Interfaces: Humidity Causes Electricity Buildup on Metals

Telma R. D. Ducati, Luís H. Simões, Fernando Galembeck

Langmuir

Vol.: 26 (17), pp 13763-13766

DOI: 10.1021/la102494k

Triboelectricity: Macroscopic Charge Patterns Formed by Self-Arraying Ions on Polymer Surfaces

Thiago A. L. Burgo, Telma R. D. Ducati, Kelly R. Francisco, Karl J. Clinckspoor, Fernando Galembeck, Sergio E. Galembeck

Langmuir

Vol.: 28 (19), pp 7407-7416

DOI: 10.1021/la301228j

Friction coefficient dependence on electrostatic tribocharging

Thiago A. L. Burgo, Cristiane A. Silva, Lia B. S. Balestrin, Fernando Galembeck

Nature Scientific Reports

Vol.: 3, Article number: 2384

DOI: 10.1038/srep02384

Leia Mais ►

O PROCESSO DA USUCAPIÃO SOBRE O BEM IMÓVEL

Artigos

Fonte: http://www.resinamarcon.com.br/artigo/291/o-processo-da-usucapi-o-sobre-o-bem-im-vel/

Imagem: imoveis.culturamix.com

image

O PROCESSO DA USUCAPIÃO SOBRE O BEM IMÓVEL

Fonte: Mauricio Almeida

Data: 01/11/2012

Como é comum nos dias de hoje, por meio de uma ação judicial chamada Usucapião o possuidor de um bem imóvel que esteja na posse do mesmo, com boa fé, salvo os casos previstos na Constituição Federal (CF/88), e por um prazo mínimo de cinco anos (os prazos variam de acordo com o caso), poderá adquirir a propriedade do bem em caráter definitivo, neste caso são contados os fatores tempo e posse, sendo a usucapião um tipo de prescrição aquisitiva, ou seja, uma aquisição da propriedade que ocorre pela passagem do tempo.

Para tanto, são necessários alguns requisitos essenciais que vão além da boa fé, tais como:

1. Que o possuidor que quer pedir o usucapião, realmente esteja no imóvel com intenção de posse, explorando o bem sem subordinação a quem quer que seja, com exclusividade, como se proprietário fosse;

2. Que a posse não seja clandestina, precária ou mediante violência;

3. Que seja então, posse de forma mansa, pacífica e contínua.

Como visto, não preencherá os requisitos para usucapião, o possuidor que ocupa o imóvel tendo conhecimento de que não é o proprietário, caso dos caseiros, locadores, entre outros, pois este tipo de posse não gera ânimo de dono da coisa, distinguindo o possuidor do proprietário.

Vale registrar que as áreas públicas em geral não podem ser objeto de usucapião, mas mesmo assim, em todas as ações devem ser citadas as Fazendas Públicas Federal, Estadual e Municipal, para conhecimento e manifestação.

Poderá ser usucapido o terreno sem demarcação e sem matrícula no cartório de imóveis, assim como pode ser usucapido um apartamento ou casa devidamente regularizada e registrada.

Conforme previsto na Constituição Federal e no Código Civil, existem espécies diferentes da usucapião, dentre as mais comuns estão:

USUCAPIÃO CONSTITUCIONAL HABITACIONAL:

PRAZO (posse contínua): - 5 anos;

REQUISITOS:

- Não se exige boa fé ou justo título;

- O imóvel URBANO não pode ultrapassar 250 m²;

- O possuidor não pode ser titular de outro imóvel, seja ele rural ou urbano;

USUCAPIÃO ORDINÁRIA/COMUM:

PRAZO (posse contínua): - 10 anos;

REQUISITOS:

- Posse mansa, pacífica e contínua;

- Boa fé;

- Justo Título (Qualquer instrumento que justifica a ilusão do possuidor de que teria a condição de proprietário).

USUCAPIÃO ORDINÁRIA HABITACIONAL:

PRAZO (posse contínua): - 5 anos;

REQUISITOS:

- Posse mansa, pacífica e contínua;

- Finalidade habitacional (em solo urbano);

- Boa fé;

- Justo Título.

USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA:

PRAZO (posse contínua): - 15 anos;

REQUISITOS:

- É necessária a posse mansa e contínua, contudo, não se exige boa fé ou justo título;

USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA HABITACIONAL:

PRAZO (posse contínua): - 10 anos;

REQUISITOS:

- É necessária a posse mansa e contínua de imóvel urbano para fins de moradia, contudo, não se exige boa fé ou justo título;

Com relação à tramitação, é importante saber que deverão ser incluídos na ação de usucapião, além da Fazenda Pública, o proprietário do imóvel e vizinhos, chamados de confrontantes, que deverão se manifestar a respeito do pedido. Sendo julgada procedente a ação, a carta de sentença contendo a descrição do imóvel servirá para fins de registro na matrícula do imóvel perante o cartório de imóveis competente. Caso já exista matrícula, esta deverá ser cancelada para abertura de uma nova.

Vale também ressaltar, que eventuais impostos incidentes sobre transferência do imóvel, não serão cobrados, pois o instituto não implica em transmissão, mas em aquisição originária da propriedade.

----------------------------------------------------

* O autor é acadêmico 6º semestre do curso de Direito do Centro Universitário Anhanguera – UNAES. Estagiário do escritório Resina & Marcon Advogados Associados. www.resinamarcon.com.br. E-mail: mauricio@resinamarcon.com.br.

Autor: Mauricio Almeida

Leia Mais ►

Significado de Usucapião

Fonte: http://www.significados.com.br/usucapiao/

image

Imagem: www.mundodastribos.com

O que é Usucapião:

Usucapião é o direito que um cidadão adquire em relação à posse de um bem móvel ou imóvel em decorrência do uso deste por um determinado tempo. Usucapião é um termo originário do latim, e significa adquirir pelo uso.

Para que esse direito seja reconhecido, é necessário que sejam atendidos determinados pré-requisitos previstos na lei, especificamente no Código Civil e na Constituição Brasileira. Os pré-requisitos fundamentais para a aquisição do direito são: a posse, por um determinado tempo do bem móvel ou imóvel, e que a posse seja ininterrupta e pacífica.

A legislação brasileira prevê cinco modalidades de usucapião de bens imóveis:

Usucapião ordinária

É caracterizada pela posse de maneira pacífica e sem oposição do proprietário, e depende de justo título e de boa-fé.

Neste caso, a posse deverá ser caracterizada pela acumulação dos seguintes fatores:

· ocorreu de forma mansa e pacífica;

· Ininterruptamente (continuamente);

· Sem oposição do proprietário;

· Por prazo igual ou superior a dez anos.

Contudo, este prazo pode ser diminuído de dez para cinco anos quando houver provas que o possuidor adquiriu o imóvel de maneira onerosa, com registro posteriormente cancelado e se:

· O possuidor tiver efetuado investimentos de tipo econômico e social no imóvel;

· O possuidor tiver constituído o imóvel como a sua morada habitual.

Usucapião extraordinária

Independe de justo título ou de boa-fé. É caracterizada pela posse que ocorre com ânimo do dono, sem violência e oposição, tenha sido ininterrupta e com duração igual ou superior a 15 anos.

O prazo poderá passar de 15 para 10 anos se o possuidor tiver constituído o imóvel como morada habitual ou se nele tiver feito obras de caráter produtivo.

Usucapião especial

Pode ser urbana, individual ou coletiva, ou rural;

Nas modalidades urbana individual e coletiva os pressupostos são os mesmos, sendo que a posse deverá ter ocorrido de maneira pacífica; ininterruptamente; sem oposição do proprietário e por prazo igual ou superior a cinco anos.

Na modalidade urbana individual os imóveis devem ter uma área até 250 metros quadrados, e o possuidor deverá ter usado o imóvel para abrigar a si próprio ou a sua família. Neste caso o justo título não é exigido, sendo presumida a boa-fé. No entanto, o possuidor não pode ser dono de outros imóveis, rurais ou urbanos.

A modalidade urbana coletiva é muito similar à urbana individual, havendo a diferença que os imóveis terâo área superior a 250 metros quadrados e a área equivalente a cada possuidor deve ser identificável.

No caso da usucapião especial rural, ela pode ser adquirida por um indivíduo que: não seja dono de imóveis rurais ou urbanos; tenha posse do imóvel como se fosse dono durante cinco ou mais anos sem interrupção e sem contestação do proprietário; se a área do imóvel não for superior a 50 hectares; se mora no imóvel ou ganha o seu sustento através do seu trabalho ou da sua família. Neste caso se presume a boa fé, não havendo necessidade de justo título.

Usucapião de bens móveis

É quando o indivíduo pode acrescentar a posse dos seus antecessores à sua posse, ou também ser futuramente sujeitado à aplicação da usucapião.

Usucapião familiar

No dia 16 de Junho de 2011 entrou em vigou uma lei que indica uma nova modalidade de usucapião: o usucapião familiar.

De acordo com o artigo 1.240-A, o cônjuge pode adquirir a usucapião se: a pessoa abandonada não for proprietária de outro imóvel nem tenha usufruído da lei anteriormente; tiver permanecido no imóvel durante dois anos sem interrupção e sem oposição do ex-companheiro; o imóvel tiver até 250 metros quadrados.

Nesta modalidade - também conhecida como usucapião por abandono de lar - o abandono deverá ser voluntário e sem justificação, sendo que a pessoa que pretende usucapir deverá demonstrar que tal aconteceu. Um pedido de usucapião familiar só poderá ser pedido por indivíduos que se separaram ou que foram abandonados depois da criação do artigo.

--------------------------------------

Nota: O presente artigo, por ser muito longo e dirigido aos conhecedores do direito, será mostrado somente parte do seu conteúdo para que se tenha ideia do seja o justo título.

Fonte: http://jus.com.br/artigos/18563/usucapiao-a-ampliacao-do-conceito-de-justo-titulo
2. CONCEITO DE JUSTO TÍTULO

Toda conceituação em direito é delicada e, por vezes incompleta, isso faz com que divergências sejam comuns, tanto na doutrina quanto na jurisprudência. A tarefa de conceituar é árdua e, muita vez, está atrelada a conceitos extrajurídicos e, até mesmo, a situações históricas, econômicas ou sociais. Na opinião do mestre Orlando Gomes a expressão justo título é condenada, por ensejar confusão. [02]

Diante dessa pequena, mas já desanimadora afirmação, começamos a tentar conceituar o que vem a ser justo título para o direito das coisas. [03]

Para uma parte da doutrina, justo título seria o instrumento hábil a transferir o domínio, em tese, a alguém. Nesse sentido é o que lecionam Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald:

Justo título é o instrumento que conduz um possuidor a iludir-se, por acreditar que lhe outorga a condição de proprietário. Trata-se de um título que, em tese, apresenta-se como instrumento formalmente idôneo a transferir a propriedade, malgrado apresente algum defeito que impeça a sua aquisição. Em outras palavras, é o ato translativo inapto a transferir a propriedade. [04]

Percebe-se que os referidos autores utilizam duas vezes a expressão instrumento, em sua definição, e concluem que o justo título é um ato.

Já o mestre Baiano diferencia os termos "instrumento" e "ato", explicando que a não discriminação de um e outro pode dar ensejo à confusão. Assim dispõe:

O vocábulo título pode dar a impressão de que se trata de instrumento, isto é, de escrito. Mas não tem esse sentido. Título se emprega, no caso, como sinônimo de ato jurídico. Ainda assim, teria compreensão muito ampla, porque nem todo ato jurídico serve de causa à posse. O título, a que se referem os Códigos, corresponde aos atos jurídicos cuja função econômica consiste em justificar a transferência do domínio. Numa palavra os atos translativos.

[05]

Para o mencionado autor, a expressão "justo título" designa qualquer ato jurídico cujo fim é habilitar alguém a adquirir a propriedade de uma coisa, ou seja, é todo ato translativo apto a transferir o domínio a alguém. [06]

Esse também é o entendimento esposado por Lenine Nequete que, em sua clássica obra, conceitua o justo título da seguinte forma:

Justo título (justa causa possessionis) é todo ato formalmente adequado a transferir o domínio ou direito real de que trata, mas que deixa de produzir tal efeito (e aqui a enumeração é meramente exemplificativa) em virtude de não ser o transmitente senhor da coisa ou do direito, ou de faltar-lhe o poder de alienar. [07]

(…).

Leia Mais ►

LHC confirma existência de novo tipo de matéria

Espaço

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/04/2014

LHC confirma existência de novo tipo de matéria

Agora os físicos não têm mais dúvidas da existência de um novo tipo de matéria, distinta daquela que forma os átomos da tabela periódica.[Imagem: Anna Pantelia/CERN]

Dos quarks aos hádrons

Pesquisadores de um dos detectores do LHC anunciaram a confirmação da existência de hádrons exóticos - um tipo de matéria que não pode ser classificado dentro do modelo padrão de partículas.

O novo tipo de matéria é formado por quatro quarks.

Quarks são partículas subatômicas fundamentais que formam a matéria. Até agora se sabia que eles ocorrem ou em grupos de dois (pares quark-antiquark), formando os mésons, de vida muito curta, ou em grupos de três, formando os bárions - os prótons e nêutrons que compõem os núcleos atômicos.

Em conjunto, as partículas formadas por quarks, bárions e mésons inclusive, são conhecidas como hádrons - de onde vem o nome do LHC, Grande Colisor de Hádrons.

Mas, nos últimos anos, os colisores têm detectado várias partículas que não se encaixam nesse modelo de estrutura dos hádrons.

Matéria tetraquark

Agora, a colaboração LHCb afirma ter chegado a resultados inequívocos da existência de uma partícula exótica - chamada Z(4430) - que não se encaixa no modelo de quarks, formando um outro tipo de matéria chamada de tetraquark.

A Z(4430) foi relatada pela primeira vez no acelerador KEKB em Tsukuba, Japão, em 2008. O acelerador SLAC, nos EUA, contudo, não conseguiu reproduzir o experimento, e a existência da nova partícula foi posta em dúvida.

A confirmação veio depois da análise de 25.000 decaimentos de mésons B selecionados de 180 trilhões de colisões próton-próton no LHC, o que permitiu alcançar uma significância de 5,2 sigmas na escala que os físicos usam para descrever a certeza de um resultado.

Como seria de se esperar, há mais perguntas do que respostas sobre a nova partícula de quatro quarks.

Por exemplo, a Z(4430) decai pelo menos 10 vezes mais rápido que se calculava, o que não se encaixa nos modelos iniciais de como uma matéria com quatro quarks deveria se comportar.

Um dos desafios para desvendar esse mistério é que os supercomputadores atuais ainda não têm capacidade suficiente para rodar simulações de como seria uma matéria tetraquark a partir dos chamados primeiros princípios, as descrições fundamentais das partículas e suas interações.

------------------------------------------

Bibliografia:
Observation of the resonant character of the Z(4430) state
LHCb collaboration
arXiv
http://arxiv.org/abs/1404.1903

Leia Mais ►

Asfalto feito de pneu

Fonte: http://www.zun.com.br/asfalto-feito-de-pneu/#

Antes um amontoado de pneus velhos, com prejuízo ao meio ambiente, hoje é material reciclado de ótimas características no asfalto.

clip_image002Os velhos pneus que se amontoavam pelo país sem destino certo e causando impacto ambiental nocivo ao meio ambiente, têm sido aproveitados de maneira muito eficiente quando triturados e misturados ao asfalto. Um pneu velho pode ser utilizado em cada metro quadrado de asfalto ecológico. A mistura garante alta viscosidade, baixo nível de ruídos, deixando a pista menos escorregadia em dias de chuva e pode durar até 20 anos. Veja alguns dados e benefícios do asfalto  feito de pneu.

clip_image004Economia

O asfalto feito  de pneu modifica as características químicas e físicas da liga asfáltica, permitindo maior resistência à fadiga e no seu processo de envelhecimento. Esse asfalto tem custos relativamente menores do que o comum, sujeitos a desgastes precoces. O asfalto borracha já com cinco anos de uso não apresenta fissuras ou outros desgastes.

Reciclagem

O Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, através da Reciclanip, entidade criada por fabricantes de pneus, coletou e destinou de forma ecologicamente correta em 2010, mais de 300 mil toneladas de pneus velhos que não seriam utilizados. Numa massa de asfalto podem ser utilizados 20% de borracha moída.

clip_image006

No mundo

Muitos países já utilizam o asfalto de borracha: Estados Unidos, África do Sul, China, Austrália, Suécia, Holanda, Espanha, França e Japão, entre outros. No Brasil apenas uma resolução do CONAMA – a de n° 258/99, diz que as empresas fabricantes e as importadoras de pneus são obrigadas pela coleta e destinação adequada dos pneus inservíveis.

Primeira experiência

Foi em 2001, na BR 116, entre Guaíba e Camaquã, no seu Km 319, no Rio Grande do Sul. Mais tarde, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em pistas simuladas, realizou teste em asfalto comum e de borracha. Com uma carga de 10 toneladas e 98 mil repetições nas pistas, o comum estava todo trincado e o de borracha, não. Somente com 30 mil repetições, o de borracha sofreu incidências de baixa severidade

Além da preservação do meio ambiente o asfalto de pneus é comprovadamente o mais adequado.

Leia Mais ►

Há locais na Terra onde não existe vida?

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/03/140326_atacama_vida_microscopica_fn.shtml

Rachel Nuwer

da BBC

Atualizado em  26 de março, 2014 - 13:12 (Brasília) 16:12 GMT

clip_image002

Nas rochas do Deserto de Atacama ainda há água suficiente para a vida

Quem visita o Deserto do Atacama, no norte do Chile, tem a impressão que nada poderia sobreviver nesse ambiente de rochas e areia.

Trata-se do lugar mais seco e um dos mais inóspitos do planeta. Algumas regiões podem ficar até 50 anos sem receber uma gota de chuva.

Mas o que também poderia ser a região mais sem vida do mundo pode ainda abrigar microorganismos chamados endólitos, que se escondem nos poros das rochas, onde há água suficiente para a sobrevivência deles.

"(Os microorganismos endólitos) se alimentam dos subprodutos de seu metabolismo", afirmou Jocelyne DiRuggiero, microbióloga da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. "E todos se encontram nas rochas, é muito fascinante."

Para os cientistas, os endólitos são a prova da capacidade incrível de que micróbios têm de encontrar formas de sobreviver. Em quatro milhões de anos de evolução, os microorganismos tiveram tempo suficiente para se adaptar aos extremos da Terra.

Mesmo assim, ainda fica a pergunta: será que existem lugares no nosso planeta em que nenhuma estrutura viva possa sobreviver?

A BBC preparou uma lista de condições extremas do nosso planeta, explicando os limites que elas impõem à existência de organismos.

Calor - Nos locais mais quentes, o recorde de tolerância atualmente é de um grupo de organismos chamados de metanógenos hipertermófilos, que se desenvolvem em volta das fontes de águas quentes, ou hidrotermais, no fundo do mar.

Alguns destes organismos podem crescer em temperaturas de até 122ºC.

E a maioria dos pesquisadores afirma que, em teoria, o limite de temperatura para que exista vida é de 150ºC. A esta temperatura, segundo os cientistas, as proteínas se desfazem.

Isto significa que os microorganismos podem se desenvolver em volta destas fontes hidrotermais, mas não diretamente em seu interior, onde as temperaturas podem alcançar até 464ºC.

O mesmo acontece com o interior de um vulcão ativo em terra.

"Realmente, acredito que a temperatura é o parâmetro mais hostil", disse Helena Santos, fisiologista microbiana da Universidade Nova de Lisboa e presidente da Sociedade Internacional de Extremófilos.

"Quando as coisas ficam muito quentes (a vida) é impossível, já que tudo é destruído", disse.

Pressão - Por outro lado, aparentemente as altas pressões oferecem menos problemas para a existência da vida.

Com isto, pode-se concluir que é o calor, e não a profundidade, que provavelmente, limita a que distância abaixo da superfície da Terra onde se pode ter vida.

A temperatura de 6000ºC, do centro da Terra, impede toda forma de vida, apesar de a profundidade a que se encontra essa temperatura ainda esteja sendo investigada.

Cientistas descobriram que um microorganismo chamado Desulforudis audaxviator a cerca de 3,2 quilômetros de distância da superfície da Terra, em uma mina de ouro da África do Sul.

Este microorganismo provavelmente não teve contato com a superfície durante milhões de anos e sobrevive extraindo nutrientes das rochas que passam por desintegração radiativa.

Frio - A vida também pode existir em outro parâmetro extremo, o frio.

As bactérias do gênero Psychrobater podem viver normalmente abaixo dos -10ºC na Sibéria e na Antártida.

Há pouco tempo foram encontradas células vivas em um lago subglacial abaixo do gelo da Antártida. O lago hipersalino Deep Lake abriga espécies halófitas únicas, que sobrevivem a -20ºC.

Para sobreviver nestes ambientes, os microorganismos têm características como membranas e estruturas proteicas adaptadas e moléculas anticongelantes dentro de suas células.

Levando-se em conta que a Terra já ficou coberta de gelo várias vezes desde que o surgimento da vida no planeta, "um lago coberto de gelo na Antártida não parece tão extremo", disse Jill Mikucki, microbióloga da Universidade do Tennessee, Estados Unidos.

Radiação - A radiação também não impede a proliferação de microorganismos. Desde que eles não estiverem expostos diretamente a uma explosão atômica, eles podem se desenvolver. E isto já aconteceu em recipientes que guardavam resíduos radioativos ou perto do epicentro do desastre de Chernobyl, na Rússia.

O Deinococcus radiodurans, um dos organismos mais resistentes à radiação, já sobreviveu a viagens no espaço e pode suportar doses de até 15 mil grays (a medida padrão para medir radiação absorvida). Humanos morrem com apenas 5 grays.

Outros organismos podem sobreviver em ambientes onde estão presentes elementos ou compostos químicos tóxicos, como o mercúrio e outros metais pesados e cianetos.

Nas águas termais de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, por exemplo, vários microorganismos metabolizam o enxofre ou o monóxido de carbono.

"É difícil encontrar uma substância química que possa matar todo tipo de vida", disse Frank Robb, microbiólogo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.

Leia Mais ►

Câmera de energia escura localiza mais dois planetas-anões

Espaço

Com informações da New Scientist - 10/04/2014

Câmera de energia escura localiza mais dois planetas-anões

Se existe de fato um Planeta X ele ainda não deu os ares da graça. A NASA continua procurando, e os novos achados deram novo alento à hipótese desse planeta ainda desconhecido.[Imagem: T.Pyle (SSC)/JPL-Caltech/NASA]

A população de corpos celestes do Sistema Solar está crescendo rapidamente graças às descobertas de uma enorme câmera digital projetada para estudar a energia escura.

Há poucos dias, astrônomos anunciaram a descoberta de um novo planeta-anão, o 2012 VP113.

Ele foi flagrado na parte mais externa do Sistema Solar, em uma região conhecida como a parte interna, ou interior, da Nuvem de Oort.

Agora, a mesma equipe está relatando mais dois corpos celestes anões, batizados temporariamente de 2013 FY27 e 2013 FZ27.

Os dois estão mais próximos, no cinturão de Kuiper, um agrupamento de objetos celestes relativamente pequenos além da órbita de Netuno, que é também a casa de Plutão e três outros planetas anões conhecidos.

O FZ27 está a 50 ua (unidades astronômicas - 1 ua é a distância da Terra ao Sol) de distância do Sol, na borda mais distante do cinturão de Kuiper.

O FY27 tem cerca de 1.000 quilômetros de diâmetro e está a cerca de 80 ua do Sol.

Se essas medições se confirmarem, ambos seriam grandes o suficiente para terem-se tornado quase redondos sob sua própria gravidade - um dos critérios para classificar um corpo celeste como um planeta-anão.

Câmera de energia escura localiza mais dois planetas-anões

A câmera DECam foi projetada para procurar pela matéria escura e, de certa forma, está tendo muito sucesso, já que está encontrando "matéria pouco brilhante" - ainda que matéria comum. [Imagem: Reidar Hahn/DES]

Olho escuro

Essa população de corpos tão pequenos fica tão longe do Sol que reflete muito pouca luz, o que explica por que só agora eles estão sendo descobertos.

E essa enxurrada de descobertas não é uma coincidência.

Todos os três objetos foram localizados em imagens da Câmera de Energia Escura (DECam) do Telescópio Blanco, no Chile, que produziu suas primeiras imagens em 2012.

Com seus 570 megapixels, esta câmera foi projetada para coletar a luz tênue de milhões de galáxias muito distantes em busca de pistas sobre a natureza da energia escura, a força misteriosa teorizada para explicar a aceleração da expansão do Universo.

A câmara coleta centenas de gigabytes de dados continuamente, que são disponibilizados à comunidade científica.

Assim, enquanto os astrônomos da missão se concentram na matéria escura, outros podem peneirar as informações para encontrar corpos distantes do nosso Sistema Solar, invisíveis às câmeras menos potentes usadas até agora.

Leia Mais ►

A caça por Objetos Tipo Elétron Não Identificados

Nanotecnologia

Com informações da Universidade de Cambridge - 08/04/2014

A caça por Objetos Tipo Elétron Não Identificados

Anéis de vórtices resultantes da multiplicação de vórtices em um fluido quântico. Alguns elétrons ficam livres, enquanto outros são aprisionados por um ou mais vórtices, gerando comportamentos diferentes. [Imagem: Gleb/Sofia Berloff/ISM]

Objetos explosivos não identificados

Pesquisadores acreditam ter desvendado o mistério de estranhos objetos que andaram aparecendo nos últimos 10 anos em amostras de hélio superfluido.

Mas, ao contrário de outros objetos não identificados, que costumam simplesmente sumir quando se procura por eles, os "Objetos Tipo Elétron Não Identificados" (OENI) têm a mania de explodir, deixando rastros bem característicos.

O problema é que os físicos não tinham a menor ideia do que seriam esses objetos.

Natalia Berloff e seus colegas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, acreditam agora ter uma explicação sobre suas origens.

Vórtices

A natureza quântica dos superfluidos se manifesta na forma de vórtices medindo cerca de 1 Angstrom, mais ou menos o tamanho de um átomo - 1 Angstrom equivale a 0,1 nanômetro. Esses vórtices circulam pelo fluido, se separando e se juntando.

Para estudar esses fenômenos, os físicos geralmente injetam elétrons nos superfluidos, que servem como sondas para coletar dados.

Conforme os elétrons se movem pelo superfluido, eles formam bolhas de cerca de 2 nanômetros de diâmetro, que acabam se comportando como os vórtices quantizados, só que muito maiores, ou mesmo sendo aprisionados pelos vórtices quânticos.

Em um determinado momento, essas bolhas parecem ultrapassar um limite crítico de pressão, e explodem, atingindo dimensões muito maiores, já na faixa dos micrômetros - bolhas aprisionadas em vórtices precisam de pressões maiores para explodir.

É aí que surgem os objetos tipo elétron não identificados, um evento que não obedece a essa explicação normal.

Preso em múltiplos vórtices

Os pesquisadores sugerem agora que eles se formam quando o núcleo dos vórtices se expande e depois se contrai, formando, nessa etapa de contração, uma malha de novos vórtices.

Nesse caso, a bolha formada pelo elétron é aprisionada por mais do que um vórtice, o que reduz a variação de pressão necessária para que ela exploda.

Os pesquisadores demonstraram que o mecanismo de multiplicação dos vórtices não ocorre em temperaturas mais elevadas, o que explica porque os objetos tipo elétron não identificados só aparecem em temperaturas muito baixas.

"É fascinante ter uma ferramenta para observar a dinâmica de processos que ocorrem na escala de comprimento de Angstroms e nas temperaturas ultrabaixas dos fluidos quânticos. O mistério do objeto elétron não identificado era apenas um problema importuno; estamos prontos para outros desafios," vangloriou-se a professora Berloff.

-------------------------------------------------

Bibliografia:
Modeling quantum fluid dynamics at nonzero temperatures
Natalia G. Berloff, Marc Brachet, Nick P. Proukakis
Proceedings of the National Academy of Sciences
Vol.: Published online before print
DOI: 10.1073/pnas.1312549111

Leia Mais ►

Chip converte ondas de rádio em luz

Eletrônica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/04/2014

Chip converte ondas de rádio em luz

O chip de 0,5 mm (centro) faz o mesmo trabalho de um aparato criogênico grande, pesado e caro. [Imagem: T. Bagci et al./Nature]

Onda, vibração mecânica, luz

No processamento ou na transmissão de dados, converta qualquer coisa em luz e você passa a poder executar processamentos mais rápidos, enfiar mais dados nos mesmos canais e gastar menos energia.

Isto mostra a importância de uma inovação apresentada por físicos da Universidade de Copenhague, na Dinamarca.

A equipe criou uma membrana capaz de detectar sinais de rádio muito fracos e convertê-los diretamente em sinais de luz, que podem ser transmitidos por fibras ópticas.

O coração do dispositivo é uma antena que é conectada a um capacitor. Uma das placas do capacitor é uma membrana de nitreto de silício com 500 micrômetros de diâmetro e 200 nanômetros de espessura, recoberta por uma camada reflexiva de alumínio.

Quando o capacitor recebe ondas de rádio em sua frequência ressonante, a membrana começa a vibrar. Um laser é então dirigido sobre a membrana, cujas vibrações produzem uma interferência na luz do laser que pode ser medida com técnicas ópticas comuns.

"Desta forma, nós convertemos um sinal de rádio detectado pela antena em um sinal óptico," disse o professor Eugene Polzik, líder da equipe.

Chip converte ondas de rádio em luz

A luz capta as ondas de rádio sem o ruído que afeta os receptores de rádio comuns. [Imagem: T. Bagci et al./Nature]

Chip quente

Tudo funciona a temperatura ambiente, ao contrário dos sistemas atuais, que exigem temperaturas criogênicas.

Isso abre a possibilidade de uso imediato da tecnologia em uma grande variedade de aplicações, da radioastronomia aos aparelhos de ressonância magnética.

Detectar sinais de rádio muito fracos é um problema de muitas tecnologias modernas, incluindo a navegação por satélite e as comunicações de longa distância.

Quando receptores de rádio tradicionais captam ondas muito fracas, o ruído relacionado com o calor pode distorcer o sinal. Mas, quando os sinais de rádio são convertidos em uma vibração mecânica ressonante, o efeito aleatório do calor torna-se insignificante. Assim, a luz capta as ondas de rádio sem o ruído que afeta os receptores de rádio comuns.

Isso hoje já é feito nos radiotelescópios e nos aparelhos de ressonância magnética, por exemplo, mas utilizando aparatos criogênicos resfriados por hélio líquido - o novo conversor está instalado em um chip de 0,5 x 0,5 mm, que funciona a temperatura ambiente.

---------------------------------------

Bibliografia:
Optical detection of radio waves through a nanomechanical transducer
T. Bagci, A. Simonsen, S. Schmid, L. G. Villanueva, E. Zeuthen, J. Appel, J. M. Taylor, A. Sørensen, K. Usami, A. Schliesser, E. S. Polzik
Nature
Vol.: 507, 81-85
DOI: 10.1038/nature13029

Leia Mais ►

Camuflagem contra terremotos é testada com sucesso

Meio ambiente

Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/04/2014

Camuflagem sísmica contra terremotos funciona na prática

O metamaterial sísmico é formado por furos de 32 centímetros de largura por 5 metros de profundidade. [Imagem: S. Brûlé et al/PRL]

Manto da invisibilidade para terremotos

Os mantos da invisibilidade e camuflagens de todos os tipos passam cada vez mais rápido da teoria para os laboratórios.

E agora, aquela que talvez fosse a mais estapafúrdia de todas as propostas, uma camuflagem contra terremotos, está passando dos laboratórios para a prática.

Pesquisadores franceses testaram pela primeira vez o uso do manto da invisibilidade contra terremotos - e a coisa funcionou de fato.

A ideia, a princípio, é que as camuflagens antiterremotos possam criar barreiras protetoras que desviem a energia do terremoto para longe de estruturas sensíveis, como usinas nucleares.

O teste foi feito pela equipe do Dr. Sebastien Guenneau, do Instituto Fresnel, que foi o primeiro a perceber que os metamateriais, que funcionam bem com ondas ópticas, sônicas, ondas do mar e até contra o calor, poderiam ser usados também contra ondas sísmicas.

Sismologia transformacional

Enquanto as ondas eletromagnéticas transferem energia entre os campos elétricos e magnéticos, as ondas sísmicas fazem uma transferência entre a energia potencial armazenada na deformação da crosta da Terra e a energia cinética contida em seu movimento.

O que os pesquisadores descobriram é que se a propriedade "permissividade elétrica" for substituída pela densidade do solo, e a "permeabilidade magnética" pelo seu módulo de elasticidade, a óptica transformacional se transforma em sismologia transformacional.

Camuflagem sísmica contra terremotos funciona na prática

A camuflagem contra terremotos não absorve as ondas sísmicas, ela as desvia ou reflete, deixando as áreas protegidas intactas, mas reforçando o "sacolejo" no entorno. [Imagem: S. Brûlé et al/PRL]

Controlar a densidade do solo e o módulo de elasticidade para toda uma área seria difícil demais, por isso os pesquisadores estão se concentrando inicialmente nas ondas sísmicas que se propagam diretamente na superfície, que são as que causam mais danos.

Em vez de átomos artificiais e quase-átomos, Stéphane Brulé descobriu que basta usar buracos para modificar os parâmetros da sismologia transformacional.

Camuflagem contra terremotos

Os resultados foram impressionantes: ante um terremoto simulado, com ondas na frequência de 50 Hz, a área protegida pela camuflagem contra terremotos registrou apenas 20% da amplitude da oscilação original, mostrando que o "metassolo" de fato desviou as ondas de energia sísmica.

Contudo, os pesquisadores afirmam que, neste estágio, uma camuflagem contra terremotos poderia ser usada na prática apenas em locais muito específicos.

Isto porque, em primeiro lugar, a camuflagem exige uma área equivalente à área que será protegida.

Em segundo lugar, a camuflagem não absorve as ondas sísmicas, ela as desvia ou reflete, o que significa que a vizinhança receberá o tranco, tornando a técnica inadequada para áreas urbanas, por exemplo.

-------------------------------------

Bibliografia:
Experiments on Seismic Metamaterials: Molding Surface Waves
S. Brûlé, E. H. Javelaud, S. Enoch, S. Guenneau
Physical Review Letters
Vol.: 112, 133901
DOI: 10.1103/PhysRevLett.112.133901

Leia Mais ►

Chip de raios T deixa raios X mais próximos da aposentadoria

Energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/03/2014

Chip de raios T deixa raios X mais próximos da aposentadoria

O chip de raios T mais do que dobrou a potência obtida anteriormente com os lasers de cascateamento quântico. [Imagem: University of Leeds]

Radiação terahertz

A radiação terahertz, vista como a sucessora não ionizante dos raios X, parece ter finalmente chegada às portas da utilização prática.

As ondas terahertz - também conhecidas como raios T - que se encontram na parte do espectro eletromagnético entre o infravermelho e as micro-ondas, podem penetrar materiais que bloqueiam a luz visível, mas sem os danos impostos pela radiação ionizante, como os raios X.

Sua ampla gama de possíveis usos inclui análises químicas à distância, imagens médicas de alta resolução e telecomunicações de alta velocidade.

Agora, pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, conseguiram miniaturizar um emissor de raios T que atingiu uma potência acima de 1 Watt - isso é mais do que o dobro do que havia sido obtido anteriormente em um dispositivo não tão compacto.

"Embora seja possível construir instrumentos grandes que geram poderosos feixes de radiação terahertz, estes instrumentos são úteis apenas para um conjunto limitado de aplicações. Precisamos de lasers terahertz que não apenas ofereçam alta potência, mas também que sejam portáteis e de baixo custo," disse o professor Edmund Linfield, coordenador da equipe.

Coube a Lianhe Li construir o chip, usando lasers de cascateamento quântico com poucos milímetros quadrados de área.

"O processo para construir esses lasers é extraordinariamente delicado. As camadas de diferentes semicondutores, como arseneto de gálio, são construídas uma monocamada atômica de cada vez. Nós controlamos a espessura e a composição de cada camada individual de forma muito precisa, e construímos um material semicondutor com algo entre 1.000 e 2.000 camadas," explicou Linfield.

O progresso obtido deveu-se justamente ao aprimoramento na fabricação dessas camadas.

A expectativa é que, conforme esses processos são melhorados, as fontes de raios T fiquem menores e cada vez mais potentes, finalmente incorporando a promissora radiação terahertz em tecnologias disponíveis para a sociedade.

-----------------------------------------

Bibliografia:
Terahertz quantum cascade lasers with >1 W output powers
Lianhe Li, Li Chen, Jingxuan Zhu, J. Freeman, P. Dean, A. Valavanis, A.G. Davies, E.H. Linfield
Electronics Letters
Vol.: 50, pp.309-311
DOI: 10.1049/el.2013.4035

Leia Mais ►