Planta medicinal produz pomada que cura o HPV

Com informações da UFAL

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=pomada-cura-hpv-feita-planta-medicinal&id=8686&nl=sit

imageO princípio ativo da pomada contra as verrugas causadas pelo HPV é extraído da casca do barbatimão, planta comum no litoral brasileiro. [Imagem: UFAL]

Barbatimão contra HPV

Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) acabam de desenvolver uma pomada para a cura das verrugas genitais, um dos sintomas mais desconfortáveis do HPV, o papiloma vírus humano.

A pomada curou 100% dos pacientes submetidos ao tratamento da doença, em um teste clínico realizado no Hospital Universitário da UFAL.

O novo medicamento foi desenvolvido utilizando o extrato de uma planta medicinal bem conhecida da flora brasileira - o barbatimão.

Segundo o professor Luiz Carlos Caetano, foi na Zona da Mata de Alagoas onde os pesquisadores encontraram a solução para o tratamento do HPV.

"A pomada feita com o extrato das cascas do barbatimão mais comum na nossa região deu o resultado mais eficaz no tratamento dos pacientes. Suas cascas têm coloração mais avermelhada do que as da plantas encontradas na região Sudeste, por exemplo, e foi por ela que seguimos nossos estudos", explicou Caetano.

"Vale lembrar que as cascas do barbatimão são uma das mais comercializadas em feiras do mercado fitoterápico de Maceió, sendo utilizadas pela população como agente cicatrizante e anti-inflamatório", acrescentou.

Cura das verrugas do HPV

Durante cinco anos, 46 pacientes diagnosticados com alguns dos mais de 200 tipos do papiloma vírus humano foram acompanhados no Hospital Universitário.

Todos eles passaram por um tratamento de dois meses, utilizando a pomada duas vezes por dia.

A substância de origem vegetal age na desidratação das células infectadas, que secam, descamam e desaparecem.

"Quando o produto chegar ao mercado será um divisor de águas, porque vamos oferecer um tratamento sem efeito colateral e que já nos abre os caminhos para as pesquisas em pacientes de risco, no combate ao câncer de colo do útero. Esse é o próximo passo", explicou o professor Manoel Álvaro, membro da equipe.

O barbatimão é também a base de um medicamento contra o veneno da cobra surucucu.

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Adeus teclados: escreva a mão livre no ar

Informática

Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/03/2013

Adeus teclados: escreva a mão livre no ar

A luva de escrever no ar é ideal para uso em conjunto com óculos de realidade virtual, nos quais câmeras projetam as imagens à frente dos olhos da pessoa, simulando telas muito grandes.[Imagem: KIT]

A expressão "escrever a mão livre" nunca pareceu tão real.

Christoph Amma, do Instituto de Tecnologia Karlsruhe, na Alemanha, criou um equipamento que permite substituir o teclado pela escrita direta, feita em pleno ar.

Segundo ele, sua intenção era criar um dispositivo de interface que permita operar os chamados computadores de vestir, uma tecnologia emergente que prevê que os computadores estarão em todos os lugares, acompanhando o usuário onde ele for.

"A luva de escrever no ar é usada para escrever letras a mão livre, como se estivéssemos usando um quadro invisível; [assim] a interação é incorporada de forma transparente na vida diária," diz ele.

A luva possui sensores de aceleração e giroscópios para rastrear os movimentos da mão com muita precisão. "Ao contrário dos sistemas baseados em câmeras, esses sensores são muito pequenos, portáteis e robustos," diz Amma.

O maior trabalho, contudo, é feito pelo software que recebe e interpreta os movimentos.

Amma desenvolveu um algoritmo que descarta qualquer movimento que não se pareça com escrever em um quadro invisível à frente do usuário - coisas como comer, atender o celular ou coçar o nariz.

O programa possui um modelo estatístico para as características de movimento equivalentes a cada letra, o que permite levar em conta as diferenças de escrita de pessoa para pessoa.

Na versão atual, o programa reconhece frases completas escritas em letra de forma. "O sistema tem uma taxa de erro de 11%. Quando é adaptado para o estilo individual de escrita, a taxa de erro cai para 3%," diz Amma.

Segundo ele, o sistema é ideal para uso em conjunto com óculos de realidade virtual, nos quais câmeras projetam as imagens à frente dos olhos da pessoa, simulando telas muito grandes.

"Quando um sistema desses é combinado com a possibilidade de introduzir comandos de entrada e textos por meio de gestos, você nem mesmo precisa de um aparelho nas mãos," disse o pesquisador.

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Resíduos de frango geram eletricidade de forma contínua

Energia

 

Com informações da Agência Brasil - 24/03/2013

Resíduos de frango geram eletricidade de forma contínua

Com o biodigestor de fluxo contínuo, a chamada "cama de frango" de cada ave produz 1,245 m3 de biogás por ave, o que equivale a 1,556 quilowatt-hora (kWh) por ave[Imagem: Airon Magno Aires]

Biodigestor de fluxo contínuo

Resíduos de frango que seriam descartados por granjas podem ser utilizados para gerar energia elétrica por meio da produção de biogás.

Um equipamento desenvolvido na Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Jaboticabal, separa os dejetos em partes líquidas e sólidas, melhorando o desempenho dos biodigestores.

"A proposta é transformar a criação de animais em sistemas sustentáveis de produção", declarou o pesquisador Airon Magno Aires, que desenvolveu o equipamento.

Segundo Aires, o produtor de frangos de corte necessita, em média, de 26,5 quilowatt-hora de potência por cada galpão avícola.

Com seu biodigestor de fluxo contínuo, a chamada "cama de frango" de cada ave produz 1,245 m3 de biogás por ave, o que equivale a 1,556 quilowatt-hora (kWh) por ave.

Assim, um pequeno galpão, com 20.000 frangos, geraria 24.900 m3, que equivale a 31 Megawatt-hora(MWh).

As avícolas também costumam utilizar lenha para aquecer os galpões durante os primeiros 15 dias de vida das aves. "Com a substituição da energia da lenha pela do biogás, a redução de gases de efeito estufa pode chegar a 8 toneladas de gás carbônico equivalente ao ano por galpão", destacou.

Compostagem sem cheiro

A geração de biogás ocorre pela utilização de microrganismos para degradação da matéria orgânica contida nos resíduos. Esse processo gera um composto de gases que pode ser convertido em energia.

De acordo com o pesquisador, a novidade desse trabalho é que, antes de colocar os dejetos no biodigestor, é feito um pré-processamento, separando-os em líquido e sólido.

A separação é importante porque a parte líquida concentra grande volume de nutrientes e essa separação melhora o desempenho do biodigestor. "[Além disso] o biogás tem a vantagem de ser um combustível renovável e limpo, quando comparado à energia de combustíveis fósseis e lenha", destacou.

Aires explica que a proposta da pesquisa teve origem quando foi identificado que os produtores tinham dificuldades para utilizar as tecnologias disponíveis para produção de biogás, principalmente devido à variação das características químicas e físicas dos compostos. Isso provocava, por exemplo, a diminuição do volume útil do equipamento e entupimentos na tubulação.

A pesquisa também propõe que a fração sólida resultante do processamento seja utilizada em um sistema de compostagem chamada in vessel (envazada) para produção de adubos orgânicos. "O processo tradicional de compostagem desagrada aos produtores, porque gera um odor muito forte", relatou Aires. Outro avanço é que o processo envazado demora cerca de 30 dias, enquanto o tradicional leva entre 120 e 150 dias.

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Descoberto novo cinturão de radiação ao redor da Terra

Espaço

Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/03/2013

Van Allen 3: Descoberto novo cinturão de radiação ao redor da Terra

Os dois anéis originais foram descobertos por James Van Allen, em 1958. O terceiro anel de radiação ao redor da Terra foi descoberto agora pelas sondas gêmeas da missão RBSP, que tem participação do Brasil. [Imagem: Baker et al./Science]

Cinturão de Van Allen

Astrônomos acabam de encontrar o terceiro anel de Van Allen, uma formação aparentemente temporária, mas maior, envolvendo o segundo anel.

Até agora se acreditava que o Cinturão de Van Allen fosse constituído por dois anéis de plasma - partículas carregadas eletricamente - que circundam a Terra no plano do Equador.

É nesse cinturão de radiação, sobre o qual pouco se sabe, que ocorrem as auroras boreais e austrais.

Os dois anéis originais foram descobertos por James Van Allen, em 1958. Eles circundam a Terra na região do Equador, estendendo-se entre 1.000 e 60.000 quilômetros de altitude, mantidos no lugar por ação do campo magnético terrestre.

A descoberta do terceiro anel foi feita pelas sondas espaciais gêmeas RBSP (Radiation Belt Storm Probes - sondas para medição de tempestades nos cinturões de radiação, em tradução livre), lançadas pela NASA em Agosto do ano passado para estudar as "tempestades" dos anéis de radiação - devido ao nome complicado da missão, elas são mais conhecidas como Sondas de Van Allen.

O Brasil tem participação fundamental nessa missão.

- Brasil ajudará NASA em missão sobre cinturões de radiação da Terra

A missão das duas sondas RBSP é justamente esclarecer a formação e o comportamento desse cinturão de radiação, que afeta o funcionamento de satélites e naves espaciais, e pode ter impacto sobre a saúde dos astronautas.

Terceiro anel de Van Allen

Assim que chegaram ao espaço, as duas sondas detectaram imediatamente os dois conhecidos e gordos anéis.

Para surpresa geral, contudo, nos dias que se seguiram, os instrumentos mostraram a formação de um terceiro anel de radiação.

Com o passar dos dias, o segundo anel começou a se comprimir em uma faixa de elétrons muito densa, e começou a surgir o terceiro anel, igualmente formado por elétrons, mas menos compacto e mais distante, estabelecendo o quadro de um cinturão de Van Allen com três anéis.

"Pareceu tão estranho que eu achei que devia haver algo de errado com o instrumento," disse o pesquisador Dan Baker. "Mas nós vimos coisas idênticas em cada uma das duas naves espaciais e então tivemos que concluir que era algo real."

O anel do meio, que os astrônomos chamam de anel de armazenamento, persistiu conforme o anel externo começava a se desfazer, o que ocorreu durante a terceira semana de Setembro.

Finalmente, uma poderosa onda de radiação emitida pelo Sol virtualmente aniquilou tanto o que restava do terceiro anel, quanto todo o segundo anel.

Pressa proveitosa

Já se sabia que o anel exterior de radiação tinha uma dimensão variável, às vezes inchando com partículas carregadas, que depois escapam novamente, dependendo do clima espacial.

Van Allen 3: Descoberto novo cinturão de radiação ao redor da Terra

Uma gigantesca proeminência no Sol entrou em erupção no dia 31 de Agosto de 2012, arremessando partículas e criando uma onda de choque que parece estar relacionada com o surgimento e o desaparecimento do terceiro anel de Van Allen. [Imagem: NASA/SDO/AIA/Goddard Space Flight Center]

Nos meses que se seguiram desde o desaparecimento dos dois anéis externos, as zonas de radiação se reconstituíram em sua estrutura mais comum de dois anéis.

"Nós não temos nenhuma ideia de quantas vezes esse tipo de coisa acontece," disse Baker. "Isso pode ocorrer com bastante frequência, mas nós não temos os instrumentos necessários para acompanhar isso."

Na verdade, o fenômeno só foi registrado porque os cientistas decidiram usar os instrumentos das duas sondas sem passar pelo criterioso programa de calibração que ocorre em todas as missões espaciais.

Eles passaram direto para a chamada "fase científica" porque queriam coletar a maior quantidade possível de dados em paralelo com a sonda SAMPEX, que está no espaço há mais de 20 anos, podendo deixar de funcionar a qualquer momento.

Se tivessem seguido as normas, o fenômeno não teria sido registrado.

"Se não tivéssemos feito dessa forma, teríamos perdido o acontecimento. É bom estar no lugar certo, na hora certa, com os instrumentos certos," disse Baker.

Tempestades solares

Uma melhor compreensão da formação do Cinturão de Van Allen, incluindo o número de anéis, ajudará os pesquisadores a refinar nossa compreensão de como e quando as tempestades solares podem causar estragos na Terra.

Por exemplo, qual seria o impacto de uma onda de choque que venha do Sol no momento que os anéis estão retraídos?

"Nós podemos oferecer estas novas observações para os teóricos que modelam o que está acontecendo no cinturão," disse Shri Kanekal, cientista da missão das Sondas de Van Allen. "A natureza nos presenteou com este evento - ele está lá, é um fato, você não pode argumentar contra ele - e agora temos de explicar por que ele ocorre. Por que o terceiro anel persistiu durante quatro semanas? Por que ele mudou? Todas essas informações nos ensinam um pouco mais sobre o espaço."

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Bibliografia:
A Long-Lived Relativistic Electron Storage Ring Embedded in Earth's Outer Van Allen Belt
D. N. Baker, S. G. Kanekal, V. C. Hoxie, M. G. Henderson, X. Li, H. E. Spence, S. R. Elkington, R. H. W. Friedel, J. Goldstein, M. K. Hudson, G. D. Reeves, R. M. Thorne, C. A. Kletzing, S. G. Claudepierre
Science
Vol.: Published Online
DOI: 10.1126/science.1233518

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Descobertas estrelas quase invisíveis próximas da Terra

Espaço

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/03/2013

Estrelas mais próximas da Terra

Concepção artística do sistema binário de anãs marrons. [Imagem: Janella Williams/PSU]

Nêmesis

São as estrelas mais próximas do Sistema Solar descobertas em quase um século.

O par de anãs marrons foi descoberto por Kevin Luhman, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, usando dados do telescópio espacial WISE.

Ainda não é a tão procurada Estrela X, mas o binário estelar figura agora na lista das estrelas mais próxima de nós, ainda que não as possamos contemplar no céu.

Anãs marrons são estrelas cuja massa não é grande o suficiente para dar a partida no processo de fusão do hidrogênio.

Por isso, elas são relativamente frias e brilham muito fracamente, lembrando mais um planeta gigante como Júpiter do que uma estrela como o Sol.

Os astrônomos sempre especularam sobre a possível existência de um objeto de luz muito fraca orbitando o Sol, normalmente chamado de Nêmesis.

- Planeta X pode ter sido detectado por sonda da NASA

No entanto, Luhman concluiu que "podemos descartar que o novo sistema de anãs-marrons seja tal objeto, pois ele está se movendo muito rápido no céu para estar em órbita em torno do Sol."

Estrelas mais próximas da Terra

Localização dos sistemas estelares mais próximos do Sol - o novo sistema é o terceiro mais perto, tornando-se alvo para a busca de exoplanetas. [Imagem: Janella Williams/PSU]

Estrelas mais próximas da Terra

"A distância até esse par de anãs marrons é de 6,5 anos-luz - tão perto da Terra que nossas transmissões de TV de 2006 já estão chegando lá agora," disse Luhman.

"Será um excelente local para procurar planetas, porque elas estão muito próximas da Terra - isso tornará muito fácil ver qualquer planeta que esteja orbitando qualquer uma das duas," acrescentou Luhman.

A distância de 6,5 anos-luz coloca as estrelas na terceira posição entre as estrelas mais próximas do nosso Sistema Solar.

A estrela de Barnard, que fica a 6 anos-luz, ocupa a segunda posição - o astrônomo Edward Emerson Barnard descobriu sua estrela em 1916.

O sistema estelar mais próximo de nós continua sendo Alpha Centauri (4,4 anos-luz), descoberta em 1839, e Proxima Centauri (4,2 anos-luz), descoberta em 1917.

Quando detectado pelo telescópio WISE, o binário pareceu ser um único corpo celeste. Mas observações seguintes com o telescópio Gemini mostraram tratar-se de um binário.

Por enquanto, o par atende pelo enigmático nome de WISE J104915.57-531906.

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Bibliografia:
Discovery of a Binary Brown Dwarf at 2 Parsecs from the Sun
Kevin L. Luhman
Astrophysical Journal Letters
Vol.: In press
http://arxiv.org/abs/1303.2401

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Refrigeração óptica promete geladeiras a laser

Mecânica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/03/2013

Resfriamento a laser pode revolucionar refrigeração

Foto do experimento, mostrando o material semicondutor - sulfeto de cádmio - sendo resfriado por um feixe de laser. [Imagem: Nanyang Technological University]

 

Retirando calor com luz

Os grandes e barulhentos aparelhos de ar-condicionado logo poderão ser coisa do passado.

Cientistas descobriram uma forma revolucionária de refrigeração que usa raios lasers no lugar dos compressores e gases danosos para a camada de ozônio.

A inovação também poderá ter uma série de outros usos, incluindo a miniaturização de equipamentos de ressonância magnética, óculos de visão noturna e câmeras de satélites - todos esses equipamentos exigem sistemas de refrigeração de alta eficiência.

Retirando calor com luz

Os pesquisadores demonstraram a nova tecnologia de refrigeração a laser usando a luz para baixar a temperatura de um semicondutor de 20º C para -20º C.

Embora lasers já sejam usados para resfriar experimentos quânticos até temperaturas criogênicas, o princípio nunca havia sido demonstrado em semicondutores, o que abre as portas para sua utilização em macroescala.

Escolhendo cuidadosamente a frequência do laser é possível extrair energia mecânica do material por meio da luz que se reflete nele.

A energia é extraída na forma de fónons, "partículas" associadas com oscilações mecânicas, assim como os fótons são associados com oscilações eletromagnéticas - os fónons são aniquilados durante um fenômeno conhecido como luminescência anti-Stokes.

O sistema é mais simples do que outra abordagem da refrigeração óptica a laser demonstrada anteriormente.

Refrigeração óptica

Embora mais do que adequado para os sistemas de ar-condicionado domésticos e industriais, os pesquisadores querem levar a tecnologia ao extremo, atingindo temperaturas de -269º C, que hoje são atingidas usando hélio líquido.

"Nossos resultados iniciais, publicados na Nature, mostraram que é possível resfriar um semicondutor a laser até a temperatura do nitrogênio líquido, e nós queremos alcançar uma temperatura ainda mais baixa, como a do hélio líquido," disse o Dr. Xiong Qihua, da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura.

"Se pudermos domar o poder da refrigeração a laser, isto vai significar que equipamentos médicos que exigem refrigeração extrema, como as máquinas de ressonância magnética, que usam hélio líquido, poderão jogar fora seus enormes sistemas de refrigeração e substituí-los por um sistema de refrigeração óptica," afirmou Xiong.

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Bibliografia:
Laser cooling of a semiconductor by 40 kelvin
Jun Zhang, Dehui Li, Renjie Chen, Qihua Xiong
Nature
Vol.: 493, 504-508
DOI: 10.1038/nature11721

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Material do futuro é encontrado em mina de ouro desativada

Materiais Avançados

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/03/2013

Material do futuro é encontrado em mina de ouro desativada

O mineral kawazulita é um isolante topológico natural, um material com aplicações na spintrônica e na computação quântica.[Imagem: ACS]

 

Isolante topológico natural

Imagine um material plano que seja isolante em toda a sua área, mas eletricamente condutor nas suas bordas.

Esses são os isolantes topológicos, uma classe de materiais que fora prevista teoricamente em 2005, e sintetizada nos laboratórios pela primeira vez em 2008.

A grande vantagem de circunscrever a condução elétrica à borda do material é que isso possibilita manipular o spin dos elétrons com muita precisão, um fenômeno que está sendo explorado pela spintrônica, além da criação de qubits para a computação quântica.

Com sua movimentação restrita, o elétron passa a ter o spin atrelado ao seu movimento, o que faz com que ele circule ao redor de um ponto, não entrando para dentro do material, que permanece isolante em todo o seu interior.

Isso permite criar correntes de spin, filtrando os elétrons segundo seu momento magnético - o grande objetivo é tirar proveito desse spin dos elétrons individuais, em vez da enxurrada de elétrons característica das cargas elétricas exploradas pelos transistores.

Devido às suas características inusitadas, até agora se acreditava que esses materiais só poderiam ser fabricados artificialmente.

Mineral extraterrestre

A grande surpresa veio quando Pascal Gehring e seus colegas do Instituto Max Planck, na Alemanha, examinavam amostras de minerais coletados em uma mina de ouro abandonada na República Tcheca.

Eles identificaram um mineral até agora desconhecido, batizado de kawazulita, que se desmancha em folhas muito finas, que são isolantes topológicos naturais.

Embora sejam mineralogicamente complexas, as folhas muito finas são muito mais puras do que os isolantes topológicos sintetizados até agora.

Além de facilitar - e baratear - as pesquisas com essa classe emergente de materiais spintrônicos, a descoberta levanta a possibilidade de que as mesmas propriedades sejam encontradas em outros minerais.

Algo semelhante ocorreu com os quasicristais, materiais que renderam o Prêmio Nobel de Química ao seu descobridor e que se acreditava serem uma curiosidade na qual o homem teria a primazia da invenção em relação à natureza.

A diferença é que todos os quasicristais descobertos na natureza até agora têm origem extraterrestre.

Bibliografia:
A Natural Topological Insulator
Pascal Gehring, H. M. Benia, Y. Weng, R. Dinnebier, C. R. Ast, M. Burghard, K. Kern
Nano Letters
Vol.: Article ASAP
DOI: 10.1021/nl304583m

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Vidros metálicos podem ser flexíveis e maleáveis

Materiais Avançados

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/03/2013

clip_image002Para cada vidro metálico existe uma temperatura crítica que determina a fragilidade ou a plasticidade do vidro - é a temperatura crítica fictícia. [Imagem: Kumar et al./Nature Communications]

Vidro maleável

Cientistas descobriram uma forma de fazer com que um vidro seja dúctil - maleável e flexível, em vez de se quebrar na primeira pedrada.

A ductilidade se refere à plasticidade de um material, sua capacidade para mudar de formato sem se quebrar.

Golden Kumar e seus colegas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, descobriram que é possível decidir se um tipo especial de vidro será quebradiço ou maleável durante o seu processo de fabricação.

E o segredo de tudo está na temperatura, mais especificamente, na forma de resfriamento do vidro.

A chave para fabricar um vidro dúctil está em resfriá-lo rapidamente - a velocidade exata do resfriamento ditará a natureza dúctil ou quebradiça do material.

Temperatura de transição

A pesquisa se concentrou em um novo grupo de vidros, chamados vidros metálicos ou BMGs (Bulk Metallic Glasses).

Esses materiais têm características tão peculiares que ainda não há uma nomenclatura padrão para eles - eles atendem tanto por vidros metálicos, quanto por metais amorfos, porque são como um tipo de metal, ou liga metálica, sem uma estrutura cristalina.

Os pesquisadores se concentraram em um efeito que eles chamaram de temperatura crítica fictícia.

Quando o vidro metálico começa a se solidificar, há uma temperatura a partir da qual ele se torna viscoso demais para se reconfigurar e então "congela". Essa temperatura é chamada temperatura de transição vítrea.

Baseados em experimentos com três tipos diferentes de vidros metálicos, os pesquisadores descobriram que, para cada liga distinta, existe também uma temperatura crítica que determina a fragilidade ou a plasticidade do vidro - esta é a temperatura crítica fictícia.

Vidros maleáveis ou quebradiços

Segundo os pesquisadores, os vidros metálicos agora podem ser divididos em duas categorias.

A primeira engloba aqueles que serão quebradiços porque, em estado líquido, sua temperatura crítica fictícia fica acima da temperatura de transição vítrea.

A segunda categoria engloba os vidros que serão dúcteis, porque, em sua forma líquida, sua temperatura crítica fictícia fica abaixo da temperatura de transição vítrea.

Ou seja, a fragilidade ou maleabilidade de um vidro metálico não depende de sua composição, como se acreditava até agora.

"Nós podemos fabricar qualquer vidro dúctil ou quebradiço. E é a temperatura crítica fictícia que determinará a dificuldade de se fabricar um vidro flexível na prática," disse o professor Jan Schroers, coordenador do estudo.

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Bibliografia:

Critical fictive temperature for plasticity in metallic glasses

Golden Kumar, Pascal Neibecker, Yan Hui Liu, Jan Schroers

Nature Communications

Vol.: 4, Article number: 1536

DOI: 10.1038/ncomms2546

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Brasileiros descobrem como diminuir atrito em rolamentos

Mecânica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/02/2013

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Esferas cada vez menores são acopladas até preencher todo o espaço, dando ao rolamento uma sincronia e uma estabilidade perfeitas - o exemplo contém 613 esferas. [Imagem: Araújo et al./PRL]

Sincronia contra o atrito

Físicos brasileiros anunciaram uma descoberta que pode permitir desde a construção de equipamentos mecânicos mais robustos até o melhor balanceamento de cargas em redes de computadores.

Virtualmente qualquer equipamento mecânico - de um liquidificador aos gigantescos caminhões usados em mineração, de carros a navios e aviões - usam rolamentos e engrenagens.

E rolamentos são baseados em esferas, enquanto rodas e engrenagens podem ser entendidas como uma esfera em 2D.

Quando mais suave for o movimento das esferas e das engrenagens menor será o atrito.

Por consequência, melhor será o funcionamento do equipamento, gerando menos calor, menos desgaste e menor consumo de combustível ou eletricidade.

Rolamentos estáveis

O que os pesquisadores brasileiros descobriram é que redes de esferas rotativas podem se recuperar melhor de perturbações no seu movimento se as massas das esferas individuais forem proporcionais ao seu raio.

A descoberta é de Nuno Machado de Araújo, atualmente no ETH de Zurique, e José Soares de Andrade Júnior, do Departamento de Física da Universidade Federal do Ceará.

Araújo e seus colegas desenvolveram um modelo matemático para um sistema de esferas rotativas bidimensionais no qual discos cada vez menores são usados para preencher todos os espaços entre os discos maiores.

Cada disco gira no sentido oposto ao de qualquer outro disco que está em contato com ele, e a velocidade tangencial - a distância traçada por um ponto sobre a borda de um disco num dado momento - é igual para todos os discos, independentemente do seu tamanho.

Isto significa que, em cada ponto de contato os discos giram juntos sem deslizar, e o sistema inteiro permanece em um estado estável e sincronizado.

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O mecanismo pode se aplicar a esferas, rodas ou engrenagens - olhe com a visão ligeiramente desfocada e você verá o mecanismo girando. [Imagem: Araújo et al./PRL]

Esfera, engrenagem ou roda

Segundo os pesquisadores, qualquer sistema mecânico - seja de esferas, de engrenagens ou de rodas - pode se beneficiar dos novos resultados, já que sistemas rotativos desses tipos serão mais resistentes a falhas e desgastes quanto maior for a sincronização entre os diversos elementos individuais.

"Nessas redes, a sincronizabilidade é otimizada quando há uma força de acoplamento que está relacionada com o número de contatos. Na nossa rede, os discos grandes obviamente têm mais contatos, mas eles também têm mais inércia e isso [abranda] a força de interação entre os discos," disse Nuno.

Esse sistema, conhecido como rede de escala livre, descreve um tipo de rede de alta complexidade que pode também ser usado para estudar fenômenos que vão das redes biológicas às redes de computadores.

Os pesquisadores afirmam que os discos de seu modelo são essencialmente "osciladores" - neste caso, osciladores rotativos.

Mas o raciocínio é o mesmo para sistemas onde os elementos não estão girando, mas se relacionam uns com os outros, sempre em busca do menor "atrito" - é o caso, garantem eles, da internet.

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Bibliografia:


Optimal Synchronizability of Bearings
Nuno A. Machado de Araújo, H. Seybold, R. M. Baram, Hans J. Herrmann, José Soares de Andrade Júnior
Physical Review Letters
Vol.: 110, 064106 (2013)
DOI: 10.1103/PhysRevLett.110.064.106

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Receptores digitais de satélite FTA

http://www.grandecoisas.com.br/receba-canais-de-satelite-sem-pagar-assinatura-receptor-digital-de-satelite-fta/

Receba canais de satélite sem pagar assinatura: receptor digital de satélite FTA

Os receptores de satélite FTA tem se tornado muito popular quando se trata de entretenimento caseiro. FTA, que significa FREE TO AIR (grátis no ar, em tradução livre), ganhou popularidade com mais e mais pessoas descobrindo que existem canais por satélite que são gratuitos e não exigem uma assinatura para serem assistidos. Estes canais transmitem de forma não criptografada e são captados por um receptor de satélite digital FTA, que decodifica os sinais digitais e os transfere para uma saída digital que pode ser assistido em uma televisão comum.

Nota do blog Pa-Rumão:

1- A recepção de sinais digitais é muito superior ao sinal analógico e é gratuito. Alguns canais como a Globo, por exemplo, não estão disponíveis, porém sua ausência é suprida por outros diferentes canais de programação diversa. O sinal de TV digital já está disponível para cerca de 90 milhões de pessoas em 425 municípios do Brasil.

2 – Na sequencia, serão postados alguns artigos complementares para que se tenha uma ideia do novo sistema de transmissão dos sinais de TV e rádio via satélite.

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O receptor de satélite é muito semelhante aos conversores fornecidos por empresas de TV a cabo e provedores de televisão por satélite com base em assinatura, como NET, Sky, TVA, Via Embratel e outras. Eles estão ligados a uma antena parabólica e uma televisão. Há também receptores de satélite baseados em PC que permitem assistir transmissões FTA no seu computador.

Para receber as transmissões FTA você precisará de uma antena parabólica (banda C ou banda Ku), bem como do receptor de satélite FTA. Além disso, você deveria ter um LNB (Low Noise Block) que é utilizado para a recepção do sinal do satélite. O LNB é instalado em uma antena parabólica.

Quais características são importantes em um receptor de satélite FTA

clip_image003Antes de comprar o seu Receptor de Satélite FTA, aqui estão algumas características importantes que você deseja observar:

· O receptor deve ter a função PVR (Personal Video Recorder  ou Gravador de Vídeo Pessoal) que permite gravar a programação recebida em um dispositivo USB como um pendrive ou HD externo;

· O receptor deve mostrar o Guia de Programação (Electronic Program Guide) transmitido pelas emissoras;

· Ter saída de vídeo S-Video, saída de áudio SPDIF Dolby;

· Ter configurações e funções na tela (On Screen Display);

· Ter capacidade de fazer zoom em uma imagem;

· Suportar picture-in-picture (PIP);

· Ter função busca cega (Blind Search);

O receptor de satélite FTA não irá descriptografar transmissões por assinatura – tais como os fornecidos pela Via Embratel e Sky, no entanto, você terá acesso a uma variedade de canais abertos (gratuitos) com programação de filmes, eventos desportivos, programas de crianças e das grandes redes brasileiras.

Confira no portal BSD uma lista de canais disponíveis nos diversos satélites e na internet, vários modelos de receptores digitais.

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Utilidades das redes–Facebook

Vejam o que eu achei na rede (Facebook):

SABÃO DE GARRAFA! Aprenda como fazer!

Sabe aquele óleo de cozinha que muita gente joga na pia da cozinha ou coloca no lixo? Você pode fazer tranquilamente um sabão caseiro para usar e presentear vizinhos e amigos; tudo isso usando apenas uma garrafa pet, óleo de cozinha usado e soda cáustica. Confira!

■ uma garrafa pet de 2 litros
■ funil
■ 1 litro e 200 ml de óleo de cozinha coado
■ 200 ml de água
■ 200 ml de soda cáustica líquida

Preparo – coloque dentro da garrafa com a ajuda do funil, o óleo, a água e a soda. Mas lembre-se de que deve ser nesta ordem e o óleo filtrado em um guardanapo de pano, antes de ser utilizado. 

Caso queira adicionar 20ml de essência, misture a essência na água antes de colocar na pet (pode ser diluído um desinfetante com a essência da sua preferência). Tampe bem apertado e agite a garrafa por cerca de dez minutos. Deixe descansar por vinte minutos e com muito cuidado abra a garrafa, lembrando de manter um distância do rosto. Abra aos poucos para que ocorra a liberação de gases que se formaram dentro da garrafa e não tampe novamente. Deixe descansar por três dias, corte a garrafa em fatias ou corte o plástico da garrafa para depois fatiar o sabão.

SABÃO DE GARRAFA! Aprenda como fazer!

Sabe aquele óleo de cozinha que muita gente joga na pia da cozinha ou coloca no lixo? Você pode fazer tranquilamente um sabão caseiro para usar e presentear vizinhos e amigos; tudo isso usando apenas uma garrafa pet, óleo de cozinha usado e soda cáustica. Confira!

■ uma garrafa pet de 2 litros
■ funil
■ 1 litro e 200 ml de óleo de cozinha coado
■ 200 ml de água
■ 200 ml de soda cáustica líquida

Preparo – coloque dentro da garrafa com a ajuda do funil, o óleo, a água e a soda. Mas lembre-se de que deve ser nesta ordem e o óleo filtrado em um guardanapo de pano, antes de ser utilizado.

Caso queira adicionar 20ml de essência, misture a essência na água antes de colocar na pet (pode ser diluído um desinfetante com a essência da sua preferência). Tampe bem apertado e agite a garrafa por cerca de dez minutos. Deixe descansar por vinte minutos e com muito cuidado abra a garrafa, lembrando de manter um distância do rosto. Abra aos poucos para que ocorra a liberação de gases que se formaram dentro da garrafa e não tampe novamente. Deixe descansar por três dias, corte a garrafa em fatias ou corte o plástico da garrafa para depois fatiar o sabão.

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Vejam alguns exemplos de como reutilizar as famosas PETs (Imagens Google):

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No Google Imagens, você os encontrará às centenas!

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10 tecnologias que podem salvar a economia mundial

Meio ambiente

Com informações do WEF - 26/02/2013

Revolução Industrial 2.0

O Fórum Econômico Mundial anunciou sua lista das 10 principais tendências tecnológicas que prometem decolar e levar junto a quase paralisada economia mundial.

Segundo a entidade, essas tecnologias poderão ajudar a alcançar um crescimento econômico sustentável nas próximas décadas, conforme continuam a crescer a população global e, por decorrência, as demandas materiais sobre o meio ambiente.

A seleção das tecnologias levou em conta a possibilidade de avanços no desenvolvimento industrial e econômico, e a possibilidade de implantação industrial a curto e médio prazo.

10 tecnologias emergentes que podem salvar a economia mundial

A Coreia do Sul começou a testar trens alimentados por eletricidade sem fios. [Imagem: KAIST]

Veículos Elétricos Online (OLEV)

Tecnologias de eletricidade sem fio já conseguem fornecer eletricidade para veículos em movimento.

Na próxima geração de carros elétricos, conjuntos de bobinas de captação sob o assoalho do veículo vão receber a energia remotamente através de um campo eletromagnético de transmissão gerado por cabos instalados sob a estrada.

A corrente elétrica sem fios também recarrega uma bateria utilizada para alimentar o veículo quando ele está fora das redes de suprimento ou circulando por vias que ainda não contam com a infraestrutura.

Como a eletricidade é fornecida externamente, esses veículos precisam de uma bateria com apenas um quinto da capacidade da bateria de um carro elétrico atual.

Os sistemas de eletricidade sem fios já podem alcançar uma eficiência de transmissão de mais de 80%.

Veículos online elétricos já estão em testes de estrada em Seul, na Coreia do Sul.

10 tecnologias emergentes que podem salvar a economia mundial

A impressão 3D promete nada menos do que a quarta revolução industrial, a era das máquinas livres. [Imagem: Pearce/Science]

Impressão 3-D e fabricação remota

A impressão tridimensional permite a criação de estruturas sólidas a partir de um arquivo CAD de computador, potencialmente revolucionando a economia industrial se os objetos puderem ser impressos remotamente.

O processo envolve camadas de material que são depositadas umas sobre as outras para criar virtualmente qualquer tipo de objeto.

Projetos assistidos por computador são "fatiados" em modelos de impressão, permitindo que objetos criados virtualmente sejam usados como modelos para reproduções reais feitas de plástico, ligas metálicas ou outros materiais.

O recurso de impressão 3-D de objetos também é conhecido como fabricação aditiva, tendo nascido para a criação de protótipos, mas está rapidamente se transformando em uma técnica de fabricação em larga escala.

10 tecnologias emergentes que podem salvar a economia mundial

Materiais autocicatrizantes prometem ajudar a cuidar melhor da saúde e a proteger prédios e aviões. [Imagem: UIUC]

Materiais com autocura

Uma das características básicas dos organismos vivos é a sua capacidade inerente para reparar danos físicos - cicatrizar-se e curar-se de ferimentos, por exemplo.

Uma tendência crescente no biomimetismo é a criação de materiais estruturais não-vivos que também têm a capacidade de curar-se quando cortados, rasgados ou quebrados.

Materiais que se consertam sozinhos podem reparar danos sem intervenção humana externa, o que poderá dar vida mais longa aos bens manufaturados e reduzir a demanda por matérias-primas.

Outro potencial é o de melhorar a segurança inerente dos materiais utilizados na construção civil ou carros e aviões.

10 tecnologias emergentes que podem salvar a economia mundial

Novas tecnologias de microfiltragem podem viabilizar a dessalinização da água do mar a baixo custo. [Imagem: Damien Quémener]

Purificação de água energeticamente eficiente

A escassez de água é um problema ecológico crescente em muitas partes do mundo, devido principalmente a demandas concorrentes da agricultura, das cidades e outros usos humanos.

Enquanto os sistemas de água doce estão sobre-utilizados ou exauridos, a dessalinização da água do mar oferece uma fonte quase ilimitada de água.

Mas hoje isso tem um custo considerável de energia - principalmente de combustíveis fósseis - para alimentar os sistemas de evaporação ou osmose reversa.

Tecnologias emergentes oferecem o potencial para a dessalinização e a purificação de águas residuais significativamente mais eficientes em termos de energia, potencialmente reduzindo o consumo de energia em 50% ou mais.

Técnicas como a osmose reversa também podem ter sua eficiência melhorada pela utilização de calor residual de termelétricas ou calor renovável, produzido por energia termossolar ou geotérmica.

10 tecnologias emergentes que podem salvar a economia mundial

Vários estudos já demonstraram a possibilidade de usar a energia solar para transforma CO2 em combustível para carros. [Imagem: UCLA]

Conversão e uso de dióxido de carbono (CO2)

As longamente esperadas tecnologias para a captura e sequestro de dióxido de carbono ainda estão por demonstrar-se comercialmente viáveis, mesmo na escala de uma única estação geradora de energia.

Novas tecnologias que convertem o CO2 indesejável em produtos vendáveis podem potencialmente resolver tanto as deficiências econômicas quanto energéticas das estratégias convencionais de captura e sequestro de dióxido de carbono.

Uma das abordagens mais promissoras usa bactérias fotossintéticas geneticamente modificadas para transformar resíduos de CO2 em combustíveis líquidos ou produtos químicos de baixo custo usando sistemas conversores modulares alimentados por energia solar.

Sistemas individuais desse tipo prometem cobrir centenas de hectares nos próximos dois anos.

Sendo de 10 a 100 vezes mais produtivos por unidade de área de terra, estes sistemas resolvem uma das principais limitações ambientais dos biocombustíveis gerados a partir de matérias-primas agrícolas ou de algas, e poderão fornecer combustíveis de baixo teor de carbono para automóveis, aviões ou outros grandes usuários de combustíveis líquidos.

10 tecnologias emergentes que podem salvar a economia mundial

A Biotecnologia está começando a criar as biofábricas do futuro. [Imagem: Wayne R.Curtis/PSU]

Nutrição saudável em nível molecular

Mesmo em países desenvolvidos, milhões de pessoas sofrem de desnutrição, devido à deficiência de nutrientes em suas dietas.

Técnicas genômicas modernas podem determinar ao nível de sequência genética a grande variedade de proteínas naturais que são importantes para a dieta humana.

As proteínas identificadas podem ter vantagens sobre os suplementos proteicos tradicionais na medida que podem fornecer uma maior percentagem de aminoácidos essenciais, e têm melhor solubilidade, sabor, textura e características nutricionais.

A produção em larga escala de proteínas alimentares puras para o ser humano, com base na aplicação da biotecnologia para nutrição molecular, pode oferecer benefícios à saúde, como melhor desenvolvimento muscular, gestão do diabetes ou redução da obesidade.

10 tecnologias emergentes que podem salvar a economia mundial

Tecidos ciborgues misturam biológico e eletrônico. [Imagem: Tian et al./Nature Materials]

Sensoriamento remoto

O uso cada vez mais generalizado de sensores que permitem respostas passivas a estímulos externos vai continuar a mudar a nossa forma de responder ao ambiente, em especial na área da saúde.

Exemplos incluem sensores que monitoram continuamente a função corporal - como frequência cardíaca, oxigenação do sangue e níveis de açúcar no sangue - e, se necessário, desencadear uma resposta médica, como o fornecimento de insulina.

Os avanços dependem da comunicação sem fio entre dispositivos - nós das redes de sensores -, tecnologias de sensoriamento com baixo consumo de energia e, eventualmente captação ativa de energia, através dos chamados nanogeradores.

Outro exemplo inclui a comunicação veículo-a-veículo para melhorar a segurança nas ruas e estradas.

10 tecnologias emergentes que podem salvar a economia mundial

Cientistas mais ousados trabalham com a possibilidade de que nanofábricas produzam medicamentos dentro do próprio corpo humano. [Imagem: Avi Schroeder]

Aplicação precisa de medicamentos por engenharia em nanoescala

Fármacos que podem ser aplicados com precisão em nível molecular no interior ou em torno de uma célula doente oferecem oportunidades sem precedentes para tratamentos mais eficazes, ao mesmo tempo reduzindo os efeitos colaterais indesejados.

Nanopartículas funcionalizadas, que aderem ao tecido doente, permitem a aplicação em microescala de potentes compostos terapêuticos.

Isso minimizando o impacto do remédio sobre os tecidos saudáveis.

Essas nanopartículas funcionais estão começando a avançar rumos aos testes clínicos.

Depois de quase uma década de pesquisa, estas novas abordagens estão finalmente mostrando sinais de utilidade clínica.

10 tecnologias emergentes que podem salvar a economia mundial

Circuitos eletrônicos biodegradáveis já funcionam como curativos eletrônicos, mas logo poderão se dissolver no corpo humano. [Imagem: Fiorenzo Omenetto/Tufts University]

Eletrônica e fotovoltaicos orgânicos

A eletrônica orgânica baseia-se na utilização de materiais orgânicos, tais como polímeros, para criar circuitos e dispositivos eletrônicos.

Esses circuitos eletrônicos orgânicos podem ser fabricados por impressão e normalmente são finos, flexíveis e até transparentes.

Em contraste com os semicondutores tradicionais à base de silício, que são fabricados com técnicas caras de fotolitografia, a eletrônica orgânica pode ser impressa usando processos de baixo custo, similares à impressão a jato de tinta.

Isso torna os produtos extremamente baratos em comparação com os dispositivos eletrônicos tradicionais, tanto em termos de custo por aparelho, quanto do capital necessário para produzi-los.

Embora atualmente a eletrônica orgânica não se encontre em condições de competir com o silício em termos de velocidade e densidade, ela tem o potencial para proporcionar uma vantagem significativa em termos de custo e versatilidade.

Coletores solares fotovoltaicos impressos, por exemplo, custando muito menos do que as células solares de silício, podem acelerar a transição para as energias renováveis.

Quarta geração de reatores nucleares e reciclagem de resíduos

Os reatores nucleares atuais usam apenas 1% da energia potencial disponível no urânio, deixando o resto radioativamente contaminado como lixo nuclear.

O desafio de lidar com os resíduos nucleares limita seriamente o apelo desta tecnologia de geração de energia.

A reciclagem do urânio-238 em um novo material físsil caracteriza o que está sendo chamado de Nuclear 2.0.

A promessa é de estender em séculos a vida útil dos recursos de urânio já minerados, ao mesmo tempo reduzindo drasticamente o volume e a toxicidade do lixo nuclear, cuja radioatividade vai cair abaixo do nível do minério de urânio original em uma escala de tempo de séculos, e não mais de milênios, como é hoje.

Tecnologias de quarta geração, incluindo reatores rápidos resfriados por metal líquido, estão sendo implantados em vários países e já são oferecidos por empresas fabricantes de equipamentos de engenharia nuclear.

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Carro elétrico brasileiro usará bateria de sódio

Mecânica

Com informações da FINEP - 22/02/2013

Carro elétrico brasileiro usará bateria de sódio

O desenvolvimento da bateria é 100% brasileiro, enquanto o do carro elétrico é uma parceria entre empresas nacionais e estrangeiras.[Imagem: Itaipu Binacional]

Projeto temperado

O primeiro carro elétrico inteiramente desenvolvido no Brasil terá um diferencial em relação aos estrangeiros: uma bateria de sódio.

A bateria é totalmente reciclável e composta de matérias abundantes na natureza.

O projeto está sendo concebido pela Itaipu Binacional, com financiamento da Finep - Agência Brasileira da Inovação, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O desenvolvimento da bateria é 100% brasileiro, enquanto o do carro elétrico é uma parceria entre empresas nacionais e estrangeiras, capitaneada pela Itaipu.

Bateria de sódio

A bateria de sódio pesa apenas um terço da bateria de chumbo tradicional.

Segundo os engenheiros, ela é mais adequada ao clima dos trópicos e pode também ser usada em sistemas de armazenamento de energia geradas por fontes renováveis, como energia solar e energia eólica.

"Optamos por uma matéria-prima que estivesse presente em abundância em todos os lugares. A fonte do sódio nada mais é do que sal de cozinha. As baterias de lítio ou chumbo são muito agressivas à natureza. o veículo elétrico em si não polui o planeta, mas precisamos olhar todo o ciclo," disse o engenheiro Celso Novais, coordenador do projeto.

A japonesa Toyota, por sua vez, anunciou recentemente que preferiu usar o magnésio em vez do sódio, para obter mais carga.

De acordo com Novais, a primeira fase do projeto deve ser finalizada até meados de 2014.

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Físicos mais próximos da Quinta Força Fundamental da natureza

Espaço

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/02/2013

Quinta Força Fundamental da natureza

As interações spin-spin de longo alcance (linhas azuis) permitem que os elétrons na superfície "sintam" seus parentes no interior da Terra, a milhares de quilômetros de profundidade.[Imagem: Marc Airhart (UTexas-Austin)/Steve Jacobsen (Northwestern University)]

Quinta Força da natureza

Cientistas estão usando a própria Terra como laboratório para detectar partículas elusivas que podem comprovar a existência de uma quinta força fundamental no Universo.

O Modelo Padrão da Física é baseado em quatro forças fundamentais - gravidade, eletromagnetismo, força fraca e força forte, estas duas últimas atuando em escala atômica.

Mas teorias sugerem que pode haver uma quinta força, que permitiria que partículas subatômicas "sintam" umas às outras em distâncias extremamente grandes.

São as chamadas interações spin-spin de longo alcance, que seriam uma propriedade fundamental dessas partículas - partículas virtuais que seriam tão estranhas que os próprios físicos costumam chamá-las de "não-partículas" (unparticles).

Se elas de fato existirem, essa exótica quinta força da natureza conectaria a matéria na superfície da Terra com a matéria a centenas, ou mesmo milhares, de quilômetros abaixo da superfície.

Isso significaria que as partículas fundamentais constituintes dos átomos - elétrons, prótons e nêutrons - poderiam "sentir" umas às outras mesmo separadas por distâncias muito grandes.

Além de uma nova peça no quebra-cabeças da física, essa nova partícula traria uma ferramenta totalmente nova para estudar o inacessível interior da Terra, dando informações sobre as características e a composição do manto.

Não-partícula

O momento angular intrínseco, ou spin, uma propriedade dos elétrons, é normalmente explicada por uma analogia com a interação magnética entre dois ímãs.

Dependendo de como você posiciona os pólos magnéticos de um ímã, as interações dipolo podem criar uma atração ou uma repulsão entre os ímãs.

Os físicos interpretam a interação magnética entre os spins de duas partículas como sendo uma consequência da troca de "fótons virtuais".

Alguns deles têm sugerido que pode haver outros tipos de partículas, além dos fótons, que podem ser trocadas virtualmente entre dois spins.

Embora um pico detectado no acelerador Tevratron, nos EUA, em 2010, tenha deixado os pesquisadores entusiasmados com a identificação dessa não-partícula, os resultados até agora não têm sido conclusivos.

Quinta Força Fundamental da natureza

O estudo resultou em um mapa da magnitude e direção dos spins dos elétrons através da Terra, criado a partir de um modelo do interior da Terra e de medições precisas das linhas do campo geomagnético. [Imagem: Daniel Ang/Larry Hunter (Amherst College)]

Interações spin-spin de longo alcance

Larry Hunter e seus colegas, da Universidade Amherst, deram um impulso totalmente novo à busca pela não-partícula.

Eles projetaram um equipamento para tentar detectar interações entre os "geoelétrons" no manto e partículas subatômicas na superfície da Terra.

Eles essencialmente estudaram se os spins de elétrons, nêutrons e prótons medidos em vários laboratórios ao redor da Terra podem ter uma energia diferente dependendo de sua orientação em relação à Terra - com uma analogia muito próxima ao mecanismo de funcionamento de uma bússola.

Os spins polarizados se originam principalmente de elétrons de minerais ricos em ferro no manto da Terra, que se alinham com o campo magnético do planeta.

"Nossos experimentos eliminaram [a possibilidade] dessa interação magnética, então procuramos por alguma outra interação em nossos spins experimentais. Uma das interpretações dessa 'outra interação' é que pode ser uma interação de longo alcance entre os spins em nosso equipamento e os spins dos elétrons no interior da Terra, que estão alinhados pelo campo geomagnético," disse Hunter.

Encantoando a quinta força

Embora os dados não tenham sido conclusivos, eles serviram para estipular limites muito mais precisos para a faixa de valores que a quinta força pode ter.

Graças ao grande número de elétrons polarizados, a equipe foi capaz de limitar a magnitude da interação spin-spin entre dois elétrons muito distantes um do outro para um valor cerca de um milhão de vezes menor do que a sua atração gravitacional.

O estudo resultou em um mapa da magnitude e direção dos spins dos elétrons através da Terra, criado a partir de um modelo do interior da Terra e de medições precisas das linhas do campo geomagnético.

Os resultados deverão ajudar na elaboração de novos experimentos mais precisos, que possam finalmente detectar a quinta força fundamental - se ela de fato existir.

Segundo os físicos, os resultados poderão ser positivos mudando a posição geográfica e a orientação de dois aparelhos de medição, que possam detectar diferenças entre os valores dos spins com maior precisão.

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Bibliografia:
Using the Earth as a Polarized Electron Source to Search for Long-Range Spin-Spin Interactions
Larry Hunter, Joel Gordon, Stephen Peck, Daniel Ang, Jung-Fu Lin
Science
Vol.: 339 - 6122
DOI: 10.1126/science.1227460

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