“[...] O ESPÍRITA BEM INSTRUÍDO NA SUA DOUTRINA – Parte 4

20) Nega as ressurreições e os outros milagres operados por Cristo.

O Espiritismo não nega e nem rejeita as ressurreições e milagres de Jesus; apenas explica de um modo racional, à luz da lógica e da razão, não pelo lado místico, o que é diferente. Se alguém quer continuar acreditando em milagres e ressurreições que o faça ao seu gosto. Não nos importamos com isso. Entretanto, façam como nós, não nos ataquem, espicaçando-nos desnecessariamente, porque não queremos ofender a ninguém. Sigamos os bons exemplos das almas piedosas, respeitando-nos e ajudando-nos mutuamente, como ensinou o Cristo.

21) Grande parte dos espíritas dogmatiza que Cristo tinha apenas um corpo aparente ou fluídico.

Jesus Cristo foi a maior expressão espiritual que já encarnou neste planeta. Encarnou como qualquer um ser mortal para cumprir a sua missão salvadora e, se o verbo se fez carne, não tinha um corpo aparente. Como sempre, tais afirmações são, em sua grande maioria, inventivas e até certo ponto, ofensivas. Se algum espírita por acaso afirmou o que foi alegado, não estava em gozo de seu pleno juízo.

22) Nega e ridiculariza todos os privilégios da excelsa Mãe de Jesus.

Mais uma vez ele pegou pesado.

Os chamados privilégios de Maria, mãe do Salvador, foram outorgados pela Santa Madre Igreja e não estão inseridas nos Evangelhos ou no restante das Escrituras, senão vejamos:

A igreja prega ser Nossa Senhora a Mãe de Deus. Mas como pode a criatura ser mãe do Criador? Que Maria ascendeu ao Céu em corpo e alma. Não há nenhuma confirmação bíblica de tais asseverações. Há, sim um decreto, um documento canônico resultado de um concílio, o de Éfeso. Que Maria é e será Sempre Virgem. Mas como uma senhora casada, que gerou outros filhos depois de Jesus pode ser virgem? Naquele tempo já se fazia cesariana? Tinha, por acaso, experiências Laboratoriais de fertilização in vitro, o bebê de proveta? Já era possível a clonagem ou experimentos nesse sentido? Como explicar tudo isso sem ir contra os próprios escritos evangélicos e contra o nosso bom senso? Confira o texto que se segue:

O CONCÍLIO DE ÉFESO I

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O I Concílio de Éfeso foi uma reunião de líderes cristãos que se desenrolou, em cinco sessões, entre 22 de Junho e 31 de Julho de 431 na cidade de Éfeso. Foi convocado por Teodósio II e dividiu os que defendiam que Maria tinha permitido a encarnação de Cristo e aqueles que argumentavam que ela havia sido apenas um veículo para a mesma.

Teve como resultado a vitória dos primeiros, com a condenação da heresia cristológica e mariológica de Nestório e a proclamação de Maria, mãe de Jesus, como mãe de Deus ("Theotokos"). Foi proclamado o "dogma da Maternidade Divina de Maria", uma tentativa de pôr fim às heresias da época, como o arianismo e o sabelianismo, e proporcionar o reconhecimento pelos cristão de que a mãe de Jesus Cristo havia gerado no ventre não apenas o Cristo como homem, mas também o Cristo como Deus.

História

Certo domingo em Constantinopla, Proclo, um sacerdote célebre pelos sermões, foi convidado por Nestório, patriarca daquela capital, para pregar. Proclo falou de Maria como a mãe de Deus, o que desagradou a Nestório. Enfurecido, o patriarca levantou-se do trono episcopal e esmurrou o sacerdote, explicando aos fiéis estarrecidos que Proclo falara de Maria como um pagão falava das deusas. Nestório sustentava que Maria fosse considerada apenas e tão somente como a mãe de Jesus, tendo sido apenas um veículo para a encarnação de Cristo. Proclo, e o mentor Cirilo, bispo de Alexandria, por outro lado, defendiam que Maria tinha tido um papel fundamental para a encarnação por que a tinha permitido, constituindo-se, por esse motivo, numa ponte entre Deus e a humanidade.

Por meses, Nestório e Cirilo mantiveram uma correspondência azeda, acusando-se mutuamente de heresia e levando a que, por todo o território do Império Romano, bispos e monges tomassem partido. Cansado da situação, o Imperador Teodósio II convocou um concílio para solucionar a questão.

Em julho de 431, em Éfeso (atual Turquia), Cirilo, em desvantagem uma vez que o Imperador apoiava Nestório, enviou agentes a Constantinopla e distribuiu presentes e subornos entre os bispos. Com sorte, conseguiu chegar em primeiro lugar a Éfeso, e, sem esperar pela chegada dos bispos partidários de Nestório, mesmo sem a autorização do Imperador, abriu o concílio. Recorrendo a todos os antigos textos, mesmo os não-reconhecidos pela igreja, narrou a história de Maria e acrescentou novidades, apresentando-a como virgem perpétua e garantindo aos presentes que, após a morte, ela fora elevada aos céus ali mesmo, em Éfeso.”

Nestório protestou e boicotou o concílio, mas perdeu a votação. Maria foi louvada como "mãe de Deus e coroa da virgindade", Nestório foi excomungado e Proclo tomou o lugar como patriarca de Constantinopla.

23) Dogmatiza que Jesus não é nosso redentor, mas apenas veio para ensinar algumas verdades e isso mesmo ainda de um modo obscuro e incerto e que cada um precisa remir-se a si mesmo.

A lei brasileira diz que “cabe a quem acusa o ônus da prova”. Entretanto, aqui nos sentimos forçados contrariar a lei assumindo o papel inverso.

O que o autor insinua é completamente diferente do que ensina a Doutrina Espírita. Nós não negamos a missão redentora de Nosso Senhor Jesus Cristo, todavia não interpretamos o que está escrito nos livros evangélicos e em nenhuma parte da Bíblia ao pé da letra e os motivos estão mais do que explicados, pois, para um bom entendedor, meia palavra basta.

Quanto a afirmar que Jesus disse apenas algumas verdades, não é bem assim como o irmão entendeu. Se Cristo não nos disse toda a verdade, - o que pode ser comprovado por ter sido ele mesmo quem disse, - é porque o povo ao qual ensinava não estava preparado para entender a mensagem, como até hoje ainda não estamos e as razões já foram explanadas nas respostas anteriores. E ao falar sobre obscurantismo e incerteza, mais uma vez o autor não se expressou como devia e para aclarar o que afianço, peço aos leitores que confirmem nos Evangelhos, pois Jesus muitas vezes falava por parábolas. Agora, que cada um tem que fazer a sua parte, ah!, isso sim, porque nada cai do céu simplesmente porque pedimos. “Ajuda-te e o Céu te ajudará!”.

Não é justo que se pratique o mal durante uma vida inteirinha e, simplesmente porque arrependeu-se, deva ficar impune, sem pagar seus pecados enquanto que um outro, por exemplo, leva uma vida fiel aos mandamentos, mas, num deslize qualquer comete um erro e bota tudo a perder, inclusive a salvação, indo queimar no fogo do Inferno. Deus perdoa, mas o espírito culpado tem que cumprir a sua expiação e pagar tudo, ceitil por ceitil como está escrito. O arrependimento é um primeiro passo para a redenção.

(continua…)

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