“[...] O ESPÍRITA BEM INSTRUÍDO NA SUA DOUTRINA – Parte 2

180px-Bible_malmesbury_arp 4) Declara que os apóstolos e seus sucessores, o Papa e os Bispos, não entenderam os ensinamentos de Cristo e que tudo o que eles nos transmitiram, está errado e falsificado.

O Espiritismo não declara as alegações acima do jeito que estão. Porém, nem tudo que os Papas e os Bispos ensinaram ou ensinam estão conforme as próprias escrituras que adotam e posso provar. As elucidações subseqüentes (e a contestação da razão de nª 8 é uma delas), solucionarão o problema.

5) Proclama que os Papas só espalharam o erro e a incredulidade.

Nunca vi uma declaração mais estapafúrdia! Eis aí um pecado que Igreja condena, mas que um de seus prepostos não observou. O Espiritismo não vive de acusar ninguém disso ou daquilo. Se algumas vezes em seus ensinamentos se fala de padre, pastor ou qualquer outro religioso é para citar exemplos e não para acoimar. Quem prega a humildade e a caridade, o amor e a justiça, não pode se ocupar desse tipo de expediente.

6) Declara que até a vinda de Allan Kardec a obra de Cristo estava perdida e inutilizada.

Afirmação incompleta. A obra de Cristo estava mal interpretada, erroneamente ensinada e em certos aspectos, desvirtuada.

7) Proclama que o espiritismo é a terceira revelação, destinada a retificar e mesmo a substituir o Evangelho de Cristo.

Mais uma afirmação incompleta. Ratificar, sim, substituir jamais. Aqui o reverendo confundiu alhos com bugalhos, asseverando coisas imprecisas, mais uma informação distorcida.

Para quem não sabe e se interessa pela instrução correta, digo que, a Primeira Revelação foi feita por Moisés aos israelitas; a Segunda, por Jesus Cristo que prometeu um Consolador que mais tarde viria a ser o Espiritismo, a Terceira Revelação, doutrina divulgada por Espíritos de alta elevação moral.

8) Nega este augusto e fundamental mistério da Santíssima Trindade.

O augusto fundamento da Santíssima Trindade, que não é nenhum mistério, é fruto de um consenso entre as igrejas primitivas com o apoio do Papa que o sancionou como dogma da Igreja, no Concílio de Constantinopla I, levado a efeito de maio a junho de 381, sob o Papa Dâmaso I (366 - 384), cujas decisões principais foram:

“A confissão da divindade do Espírito Santo, e a condenação do Macedonismo de Macedônio, patriarca de Constantinopla. ‘ Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, que é adorado e glorificado com o Pai e o Filho e que falou pelos profetas´. ´Com o Pai e o Filho ele recebe a mesma adoração e a mesma glória´(DS 150). A condenação de todos os defensores do arianismo (de Ário) sob quaisquer das suas modalidades. A sede de Constantinopla ou Bizâncio (´segunda Roma´), recebeu uma preeminência sobre as sedes de Jerusalém, Alexandria e Antioquia.” (CIC)

Antes, outro concílio, o de Nicéia I, determinou a deificação de Jesus Cristo.

Concílio de NICEIA I - Data: 20/05 a 25/07 de 325 Papa: Silvestre I (314´335) Decisões principais: ´ A confissão de fé contra Ario: igualdade de natureza do Filho com o Pai. Jesus é ´Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai´.´ Fixação da data da Páscoa a ser celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera (hemisfério norte).´ Estabelecimento da ordem de dignidade dos Patriarcados: Roma, Alexandria, Antioquia, Jerusalém.” (CIC)

“OS 21 CONCÍLIOS ECUMÊNICOS

[...] Disse certa vez o Papa Paulo VI que ´quem não ama a Igreja, não ama Jesus Cristo´; uma vez que a Igreja é o Seu próprio Corpo místico. Falando a respeito dos Concílios da Igreja, disse o Papa João Paulo II, em 7/7/96: ´Como se sabe, um papel particularmente significativo foi desempenhado pelos primeiros quatro Concílios, celebrados entre os anos 325 e 451 em Nicéia, Constantinopla, Éfeso e Calcedônia. Para além dos acontecimentos históricos, em que cada um deles se coloca e apesar de algumas dificuldades terminológicas, eles foram momentos de graça, através dos quais o Espírito de Deus concedeu luz abundante sobre os mistérios fundamentais da fé cristã. E como se poderia minimizar a sua importância? Neles estava em questão o fundamento, diria o centro mesmo do Cristianismo. Em Nicéia e Constantinopla, determinou´se com clareza a fé da Igreja no mistério da Trindade, com a afirmação da divindade do Verbo e do Espírito Santo. Em Éfeso e Calcedônia discutiu´se a respeito da identidade divino´humana de Cristo. Diante de quem era tentado a exaltar uma dimensão em desvantagem da outra ou de as dividir em prejuízo da unidade pessoal, foi claramente afirmado que a natureza divina e a natureza humana de Cristo permanecem íntegras e inconfundíveis, indivisas e inseparáveis, na unidade da pessoa divina do Verbo. Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem... Não faltaram certamente, tensões na celebração daquelas assembléias conciliares. Mas o sentido vivo da fé, corroborado pela graça divina, no final prevaleceu também nos momentos mais críticos. Emergiu, então, com toda a evidência a fecundidade daquela autêntica ´sinergia´ eclesial, que o ministério do Sucessor de Pedro é chamado a assegurar, não certamente a mortificar...” (cic)

Editora Cléofas - http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=IGREJA&id=igr0502 - site católico.

Em nenhum livro da Bíblia, do Antigo ou do Novo Testamento, encontramos referencia a uma Santíssima Trindade. Nunca Cristo afirmou ser ele o Próprio Deus e geralmente se dirigia a Ele como “O Pai”.

Achei bastante interessante, num site adventista, o prefácio de um livro intitulado:

“Eu e o Pai Somos Um”. E o Espírito Santo? Não Faz Parte da Trindade?, - Nicotra Ricardo, -(nicotra@uol.com.br) - Ministério Bíblico Cristão - 1ª Edição - Maio/2004.

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” - João 17:3.

Ao longo de séculos muitas teorias sobre a divindade têm surgido. Muitos debates têm sido travados e todos afirmam ter base bíblica para defender suas idéias. Uns entendem que a divindade é composta por três Deuses (o Deus Pai, o Deus Filho e o Deus Espírito Santo) que são autônomos mas que agem em cooperação. Outros afirmam que há apenas um Deus que se manifesta de três formas diferentes, mas é o mesmo ser, uma única pessoa. Há ainda quem defenda que há um só Deus composto por três pessoas divinas, co-iguais, co-eternas, co-substanciais, a Santíssima Trindade. Esta última forma de crença, a mais comum, é adotada pela Igreja Católica e pela maioria das igrejas protestantes. Para eles, Deus não é um ser pessoal, ou seja, Deus não é uma pessoa, mas três pessoas. Não são três deuses, nem uma só pessoa, mas um Deus Composto, um Deus-Tríplice, ou Deus-Triúno. Complicado? Sim... Na interpretação dos trinitarianos (assim chamamos quem crê na teoria da Santíssima Trindade) este ensino é um mistério! Por que um mistério?

Como tais ensinos carecem de uma base mais sólida e contêm contradições internas de difícil conciliação, seus defensores também ensinam que há um grande mistério por trás destes fatos e que ao ser humano não é dado compreender os mistérios de Deus. “A Santíssima Trindade é um Mistério para ser aceito, não para ser compreendido”, foi a voz de muitos sacerdotes ao longo da Idade Média e que continua ressoando no século 21.”

O trecho que se segue, foi extraído de um site católico, o Salvatorianos (http://www.salvatorianos.org.br/textos_quepaiedeus.htm)

“DEUS NO NOVO TESTAMENTO

Jesus chama Deus de "Abbá" (Papaizinho), demonstrando sua intimidade com Ele: "O Pai e eu somos um", "o Pai é maior que eu" (Jo 14, 28). No "Pai Nosso" Jesus expressa a relação de dependência da criatura com o criador, a qual se estabelece entre o filho e o Pai, para incluir o povo nesta nova aliança com Deus.”

Ora, se Jesus disse que o Pai era maior do que Ele, é porque Jesus não é igual a Ele; com outras palavras, não é Deus. Ainda querem mais?

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