A NOITE DO BECO

Foto do Programa do Ivan Frota no Beco do Cotovelo

Dá pena ver tanto dinheiro jogado fora, sem nenhuma serventia como sói acontecer aqui em nossa urbe, empregado em instalações e equipamentos como o da suntuosa iluminação do Beco do Cotovelo que utiliza lâmpadas e refletores de última geração e ainda um sistema automático de controle, coisa de Primeiro Mundo, mas que não aparece porque o Beco não tem vida noturna.

O Beco de anos atrás era bem freqüentado à noite quando ali funcionava a Beth Lanches, cujo proprietário Sr. Cícero, animava aquele logradouro com música ao vivo nos finais de semana e outras atrações esporádicas por iniciativa da Prefeitura.

Hoje, o abandono é total e à noite, não se vê vivalma vagando, não somente lá, mas também em várias praças e ruas do centro, porque o cidadão corre o risco de ser assaltado ou agredido. Não há quem ande por ali a não ser de passagem e ninguém se deleita somente olhando aquela iluminação feérica.

Dar vida noturna ao principal cartão postal sobralense não custa muito, basta querer. Como sugestão, o funcionamento de uma feira artesanal às terças e quartas-feiras; quinta-feira, apresentação de grupos folclóricos e às sextas e sábados, música ao vivo com diversidade de estilos musicais, para não saturar. E de ordinário sendo feito com artistas da terra, para lhes gerar renda e fazer a divulgação de seus trabalhos.

Entretanto, há um programa de rádio, O Bate Papo no Beco, transmitido ao vivo, aos sábados pela manhã, pelo amigo Ivan Frota e só, assim mesmo sob os protestos de alguns que se sentem prejudicados com o barulho do equipamento sonoro.

Dava até para se fazer um desses programas também nas quintas ou sextas-feiras à noite e um outro aos domingos pela manhã, se assim a prefeitura se interessasse. Pelo menos ninguém reclamaria do som, já que o comércio é fechado à noite.

Por ironia do destino, talvez, existe um local aqui em Sobral nada atraente, nada elegante e nem mesmo salutar posto que não cheira muito bem, mas que é o único em que se pode merendar ou tomar uma gelada a qualquer hora da noite, o qual está sempre bem movimentado, sem nenhum exagero. Trata-se dos estabelecimentos em frente ao cemitério do centro, o São José, próximo ao mercado público. Pode-se até pensar que se trata de mau gosto das pessoas que se dirigem pra lá, porém, não existe outra alternativa.

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