Curso de Fotografia Digital - 7ª (e última) lição
7. COMPRESSÃO E FORMATOS DE ARQUIVOS
CONTEÚDO
O que é compressão
Formatos de Arquivos
Escolhendo um Formato
Ao fotografar, existem várias escolhas a serem feitas, quanto á resolução, compressão e formatos de imagem. A suas escolhas influenciam na qualidade das suas fotos, e determinam a o tamanho dos arquivos - e das impressões que podem ser feitas.
Ao fotografar, as imagens em geral são grandes, já que precisa-se de 24 (ou 30) bits para cada pixel para gravar a cor do mesmo. Conforme aumenta a resolução, aumenta o tamanho do arquivo. Uma imagem de 1 megapixel, baixa resoluçõ, cria um arquivo de 3 megabytes. 3 megapixels já são 9MB, e 6MP chega a 18MB. Os arquivos rápidamente chegam a um tamanho que dificulta a sua armazenagem transmissão e manipulação. Devido a isso, as câmaras digitais oferecem compressão. Comprimindo a imagem não só permite salvar mais fotos na memória inserida, mas permite baixar, exibir, manipular e transmiti-las de maneira mais rápida.
O porém é que, em geral, perdem-se certos detalhes da imagem que não podem ser recuperados posteriormente.
O que é a compressão?
Durante a compressão, informações duplicadas ou "sem valor" são descartadas, ou salvas de maneira mais compacta. Como se a imagem estivesse dizendo "de aqui até aqui, simplesmente é branco." Se uma grande área da foto tem ceu azul, essa área será agrupada, e definida com aquele "azul".
Existem dois tipos de compressão: "lossless" e "lossy." Lossless não descarta informação alguma, permitindo que o arquivo fique menor que o original, mas retendo todas as informações. Este padrão existe para arquivos TIFF.
Pelo contrário, o "lossy" descarta informações que ele vê como "desnecessárias," informações que não podem ser recuperadas.
Lossless - A compressão Lossless permite manter a qualidade original da imagem. Porém, não consegue reduzir o tamanho do arquivo tanto como o lossy, sendo que os arquivos continuam grandes. Devido a isso, o lossless (tiff) geralmente é usado quando a qualidade da imagem é importante, por exemplo, quando é para fazer impressões grandes.
Lossy - Já que o lossless não é prático em muitos casos, todas as câmaras oferecem compressão "lossy." Essa compressão reduz a qualidade das imagens e, quanto mais comprimidas, mais sofre a qualidade. Em muitas situações, como por exemplo, exibir as fotos em uma página da web, essá redução de qualidade não é visível. porém, se for imprimir ou ampliar a imagem, a redução de qualidade pode ficar aparente.
Formatos de Arquivos de imagens
Você tem várias opções quanto a formatos de arquivo de imagem. Todas as câmaras oferecem JPEG (lossy), mas as mais avançadas oferecem também TIFF ou RAW. Vamos analisar estes formatos.
JPEG, nomeado pelo grupo "Joint Photographic Experts Group" é o mais popular de todos os formatos. A maioria das câmaras salvam as imagens neste formato, a não ser que você específicamente a programa para salvar em outro formato.
Uma imagem JPEG é "lossy", ou seja, perde detalhes, e você pode escolher o grau de compressão. Isso permite escolher entre imagens melhores, de tamanho maior, ou imagens de tamanho menor, mas com sua qualidade reduzida. A única vantágem de usar alta compressão é para reduzir o tamanho das imagens, assim permitindo facilmente envia-las por e-mail, ou coloca-las num site, etc. Independente da compressão, JPEG sempre perde algo de qualidade.
Pouca compressão... ...alta compressão.
A compressão JPEG é feita por blocos de oito pixels por lado. O effeito fica óbvio ao ampliar a imagem.
Aqui, uma pequena seção de uma imagem foi ampliada, para poder visualizar o efeito da compressão mínima. | |
Aqui, com compressão máxima.. |
Uma nova versão, até hoje pouco usada, é o JPEG 2000. Essa não é uma revisão pequena, mas sim um esquema totalmente novo para comprimir as imagens, usando o algoritmo "wavelet" ao invés do "Discrete Cosine Transformation" (DCT) do JPEG básico, permitindo reduzir o tamanho do arquivo 20% mais que o JPEG, com melhor qualidade e menos "artefatos", ou vestígios visíveis da compressão. A tecnologia também permite "streaming", sendo que, principalmente pela internet, a imagem pode ser apresentada em baixa resolução de inicio, e preenchida com boa qualidade assim que os dados forem baixados.
Você, como usuário, decide a qualidade que vai precisar. Isso é chamado de "interesse de nível de acesso."
O JPEG200 também oferece compressão "lossless", sem ter que partir par o TIFF. O JPEG2000 também permite gerenciamento de cores, ajudando a evitar que as imagens variam em apresentação de um monitor para outro, ou do monitor para o impresso.
TIFF, para "Tagged Image File Format" é amplamente suportado como formato de arquivo fotográfico. É um formato que não descarta informação alguma da imagem, e permite a melhor qualidade de fácil apresentação e impressão.
RAW, "cru" em ingles, refere-se à imagem da forma que ela foi capturada. Esse arquivo contém tudo que a câmara "viu" no momento de tirar a foto. Devido a isso, é o formato preferido por profissionais, podendo capturar detalhes tanto nas sombras como nos realces que seriam perdidos em qualquer outro formato.
O RAW não é processado pela câmara; ela simplesmente grava todos o detalhes, pixel por pixel, que foram capturados. Porém, essas imagens precisam ser corrigidas e manipuladas posteriormente no computador, trabalho feito dentro da câmara para os outros formatos. Mesmo assim, os resultados podem valer a pena, pois a qualidade é imbatível.
Além disso, o RAW oferece outras vatágens. Os arquivos RAW são uns 60% menor que arquivos TIFF, e o tempo entre poder bater uma foto e a próxima é reduzido, já que a câmara não precisa processar as imagens.
PNG (Portable Network Graphics) é um formato "lossless" inicialmente projetado para substituir o GIF. É um formato universal, reconhecido pelo consórcio da World Wide Web, e suportado por todos os browsers atuais.
O PNG difere-se dos outros pelos seguintes motivos:
O TIFF é popular e lossless mas, do formato existem tanta iterações que hoje existem uns 50 sub-formatos, nem todos r3econhecidos por todos os programas.
JPEG é lossy, então a imagem perde qualidade não só quando foi criada, mas cada vez que o arquivo é manipulado e salvo. Ou seja, abre um JPEG, gire-o para que a imagem esteja corretamente orientada, e salve-a; já perdeu qualidade de novo. Por outro lado, as imagens, em geral, são menores que PNG.
Escolhendo um Formato
Se a sua câmara permite escolher o formato ou grau de compressão, escolha a mlhor qualidade. Se posteriormente a imagem for usada em qualidade reduzida, pode ser fácilemente feito no computador, mas melhorar uma imagem tirada em baixa qualidade é praticamente impossível.
Ao abrir uma imagem para manipula-la no computador, salve-a primeiro, pra que esteja nunca trabalhando a sua original. Trabalhe em TIFF ou outro formato lossless. E, o mais importante de tudo, não salve repetidamente arquivos JPEG, pois cada operação dessas reduz a qualidade da imagem. A redução de qualidade não ficará aparente na tela, até que o arquivo seja fechado e reaberto.
Como muitas imagens digitais acabam sendo vistos apenas por meios eletrônicos como e-mail ou web, arquivos pequenos e comprimidos são os preferidos. Salve uma cópia da imágem de tamanho reduzido em jpeg para essa finalidade, guardando sempre o seu "original" para manter a qualidade, caso deseje voltar a usar a imagem novamente para outra finalidade. Se for destinada a ser impressa, é recomendado trabalhar em tiff. Note que muitos laboratórios pedem que transforme as suas fotos em jpeg; cuidado... Pode ser por motivo de simples agilidade (quem perde a qualidade é você!), ou por falta deles entenderem a importância (e desvantágens) de compressão.
Copyright © 2011 Studio So Aqui. Todos os direitos reservados.
Joomla! é um Software Livre com licença GNU/GPL v2.0.
----------------------------
Leitura complementar
Equipamentos
Câmera
Ver artigo principal: Câmera
A fotografia se estabiliza como processo industrial no século XX articulando uma câmera ou câmara escura, como dispositivo formador da imagem e um modo de gravação da imagem luminosa – uma superfície fotossensível, que pode ser filme fotográfico, o papel fotográfico ou, no caso da fotografia digital, um sensor digital CCD/CMOS que transforma a luz em um mapa de impulsos elétricos, que serão armazenados como informação em um cartão digital de armazenamento. Nesse processo fica evidente a relação entre a fotografia e seus processos análogos. Por exemplo, a fotocópia ou máquina xerográfica, forma imagens permanentes, mas usa a transferência de cargas elétricas estáticas no lugar do filme fotográfico. Disso provém o termo eletrofotografia. Na raiografia, divulgada por Man Ray em 1922, imagens são produzidas pelas sombras de objetos no papel fotográfico, sem o uso de câmera. E podem-se colocar objetos diretamente do digitalizador (scanner) para produzir figuras electronicamente.
Fotógrafos controlam a câmera ao expor o material fotosensível à luz, o que se altera qualitativa e quantitativamente segundo as possibilidades de cada aparelho. Os controles são geralmente inter-relacionados. Por exemplo, a exposição varia segundo a abertura (que determina a quantidade de luz) multiplicado pela velocidade do obturador (que determina um tempo de exposição), o que varia o tom da foto, a profundidade de campo fotográfico e o grau de corte temporal do modelo fotografado. Diferentes distâncias focais das lentes permitem variar a conformação da profundidade da imagem, bem como seu ângulo.
Os controles das câmeras podem incluir:
- Tempo de exposição (ou velocidade de abertura do obturador)
- Distância focal das objetivas fixas: (teleobjetiva, normal ou grande-angular), ou variáveis (zoom)
Objetiva
Ver artigo principal: Objectiva (fotografia)
Para entender um pouco de objetivas, uma de 24mm equivale a um campo de visão de 75 graus, e uma objetiva de 300mm equivale a um campo de visão de 12 graus. Com a lente olho de peixe de 6mm, 8mm ou 12mm, o fotógrafo inclui um campo de visão de mais de 190 graus. Uma 500mm (aquelas que se vêem em jogos de futebol, por exemplo) consegue fotografar só o guarda-redes do outro lado do campo de futebol. Ou seja, as lentes com valores inferiores a 50mm são consideradas grandes angulares, e com valores acima de 150mm são consideradas teleobjetivas.
A relação que se tem para se considerar uma objetiva como grande angular ou teleobjetivas, vem da comparação do tamanho da objetiva com a diagonal do filme utilizado. As objetivas em torno de 43 mm são consideradas normais, por possibilitarem na área do filme uma imagem com as características e um campo de visão semelhante ao olho humano.
Superfície fotossensível
Ver artigos principais: Filme fotográfico e Sensor de imagem
Entre 2006 e 2007, as vendas de câmeras fotográficas digitais cresceram 5% nos EUA, enquanto as de câmeras com filme caíram em mesma quantidade.[15] A despeito do irreversível e crescente domínio da imagem digital no mundo da fotografia, o filme fotográfico ainda ocupa, por variados motivos, um espaço cativo no trabalho de muitos profissionais e aficcionados que promete a essa mídia uma sobrevida assegurada de vários anos.[18]
Controle da imagem
Velocidade do obturador
O tempo durante o qual o obturador permanece aberto determina a quantidade de luz que chega ao filme. Ao selecionar uma velocidade do obturador, verifica-se se a câmara está suficientemente firme. Quanto mais firme estiver, mais baixa poderá ser a velocidade do obturador utilizada. Mesmo um movimento minúsculo durante a exposição poderá fazer com que toda a imagem fique tremida. Usar um tripé é a única maneira de garantir o êxito de uma fotografia que exija um tempo de exposição longo. Com uma teleobjetiva, a instabilidade da câmara é mais notável do que com uma grande-angular, por isso, quanto maior for a objetiva, maior será a velocidade de obturador necessária. Além de "congelar" a acção, a velocidade do obturador permite criar efeitos que sugerem movimentos, ou efeitos especiais com o zoom.
Efeito de Panning
Nem sempre é necessário usar uma velocidade do obturador tão alta. Muitas vezes pode acompanhar-se o movimento enquanto se dispara, para o compensar, usa-se uma técnica chamada "panning".
Congelamento
A velocidade do obturador desempenha um papel importante na transformação de motivos em movimento em uma imagem estática. Quanto menos tempo o obturador permanecer aberto, menos o motivo se moverá dentro do enquadramento e mais nítido ficará. Por isso utiliza-se uma maior velocidade ao fotografar um motivo em movimento, como um cavalo a correr. Há ainda outros fatores a considerar. Primeiro, a velocidade real do motivo não indica necessariamente a rapidez com que a imagem irá mudar no visor. Se um motivo se dirigir directamente para a câmara ou se se afastar dela, a imagem mudará mais lentamente do que se ele passar perpendicularmente, e será necessária menos velocidade do obturador para "congelar" o movimento. Um movimento em diagonal no enquadramento necessitará de uma velocidade de obturador intermédia. O tamanho da imagem também é importante: um comboio visto como um ponto no horizonte não parecerá mover-se tão depressa como uma papoila oscilando em uma brisa suave em frente da objectiva. Quanto maior a distância focal e mais próximo do motivo, maior a velocidade do obturador.
Usos da fotografia
A fotografia pode ser classificada como tecnologia de confecção de imagens e atrai o interesse de cientistas e artistas desde o seu começo. Os cientistas usaram sua capacidade para fazer gravações precisas, como Eadweard Muybridge em seu estudo da locomoção humana e animal (1887). Artistas igualmente se interessaram por este aspecto, e também tentaram explorar outros caminhos além da representação fotomecânica da realidade, como o movimento pictural. As forças armadas, a polícia e forças de segurança usam a fotografia para vigilância, identificação e armazenamento de dados.
Fotografias aéreas eram utilizadas para levantamento do uso da terra e planejamento de uma determinada região.
A Fotografia no cotidiano e na vida
A fotografia pode ser utilizada no processo de investigação do cotidiano de nossos estudantes, a fim de que mediante as imagens obtidas da escola, da família, da vizinhança, da cidade e das coisas que os cercam, eles sejam orientados, através de uma metodologia específica, para análise e estudo desses "momentos documentados" e suas correlações históricas, sociais, geográficas, étnicas e econômicas; na educação, a simples disponibilidade do aparato tecnológico não significa facilitar o processo ensino-aprendizagem. É preciso que o professor alie os recursos tecnológicos com os seus conhecimentos e estratégias de ensino, visando alcançar um objetivo: o conhecimento real da imagem fornecida através da fotografia
Fotojornalismo
Ver artigo principal: Fotojornalismo
Um exemplo de fotografia jornalística: Migrant Mother, de Dorothea Lange (1936).
O fotojornalismo preenche uma função bem determinada e tem características próprias. O impacto é elemento fundamental. A informação é imprescindível.
É na fotografia de imprensa, um braço da fotografia documental, que se dá um grande papel da fotografia de informação, o fotojornalismo. É no fotojornalismo que a fotografia pode exibir toda a sua capacidade de transmitir informações. E essas informações podem ser passadas, com beleza, pelo simples enquadramento que o fotógrafo tem a possibilidade de fazer. Nada acontece hoje nas comunicações impressas sem o endosso da fotografia.
Existem, basicamente, quatro gêneros de fotografia jornalistica:
- As fotografias de esporte: Nessa categoria, a quantidade de informações é o mais importante e o que influi na sua publicação.
- As fotografias culturais: Esse tipo de fotografia, tem como função chamar a atenção para a notícia antes de ela ser lida e nisso a fotografia é única. Neste item podemos colocar um grande segundo grupo, a esportiva, pois no fotojornalismo o que mais vende após a polícia é o esporte.
- As fotografias policiais: muitos, quase todos os jornais exploram do sensacionalismo para mostrar acidentes com morte, marginais em flagrante, para vender mais jornais e fazer uma média com os assinantes. Pode-se dizer que há uma rivalidade entre os jornais para ver qual aquele que mostra a cena mais chocante num assalto, morte, acidente de grande vulto.
Postar um comentário