Teorias das origens do Universo

Os Grandes Mistérios - continuação

O proto-sol

Galáxia De Andromeda  As mais recentes observações astronômicas nos informam que o tipo de matéria mais difundido no Cosmos é o elemento químico mais simples que é conhecido em estado natural: o hidrogênio. E nada nos impede de supor que, desde que este começou a ser assim, as coisas não variaram. E junto com as imensas quantidades de hidrogênio que supõe a infinidade do Cosmos, desde sempre tem havido, da mesma forma, imensas nuvens de partículas, denominadas de poeira cósmica.

Estas partículas, por efeito da gravitação, começaram a aglomerar-se até que, no centro da nuvem, foi produzida uma certa densidade, com a qual aumentaram as forças de atração da zona central, de forma que a aglomeração central foi crescendo cada vez mais. A um certo ponto, na parte mais interna do aglomerado, que poderíamos denominar de "proto-sol", por efeito das pressões progressivamente mais elevadas que iam sendo produzidas, alcançaram temperaturas tão extraordinárias, que atuaram como detonador das conseqüentes reações termo-nucleares, isto é, de fusão dos núcleos de hidrogênio.

O nascimento das galáxias

Quando o proto-sol originário estalou, a infinitude do espaço recebeu em seu seio, antes somente povoado de hidrogênio e poeira cósmica, bilhões e bilhões de massas, que em suas correspondentes regiões (o que chamamos Universos, como nossa Via Láctea e a Messier 31) formaram galáxias.

Foi possível estabelecer que o núcleo da galáxia da qual falamos, e a de Andrômeda, são quase gêmeas, têm dimensões análogas e um diâmetro de 50 anos luz, porque ambas têm a forma de um disco volumoso em seu centro. Cada galáxia não é mais que um imenso torvelinho, uma grande fábrica de estrelas, segundo o esquema primordial; no centro, isto é, no que é chamado núcleo da galáxia, existem estrelas concentradas dois milhões de vezes mais densamente que na periferia.

Nessa zona central as estrelas não possuem sistemas planetários, estes são possíveis somente em certas zonas periféricas.

No centro da galáxia imprime, rodando sobre si mesmo no sentido das esferas do relógio, um movimento centrífugo à espiral, que se comporta ao contrário de um vértice, isto é, vai como enovelando. Do centro brotam violentíssimos jorros de hidrogênio, para a direita e para a esquerda, e estes jorros são os que movem a espiral.

A zona dos sistemas planetários

A parte da espiral denominado fértil para a formação de sistemas planetários ao redor das estrelas se encontra aproximadamente à mesma distância do centro da circunferência máxima exterior da mesma espiral. Nosso sistema solar é encontrado nessa parte.

O Sol, projeção de um fragmento mínimo da explosão da massa original, começou por sua conta a funcionar como núcleo central de uma mini aglomeração de hidrogênio e poeira cósmica, até que aumentou sua densidade ao ponto de desencadear a reação termonuclear explosiva, e os "planetas" são os fragmentos da explosão do Sol. Esta foi a explosão que se verificou há 6 bilhões de anos, não a cósmica primordial de cuja antiguidade logo falaremos. As massas projetadas tentaram por sua vez comportar-se como proto-sóis, mas não o conseguiram, e graças a isso se converteram em planetas, distribuídos em anéis orbitais ao redor de seu centro, o Sol, que não gerou uma espiral. Por que não conseguiram as massas planetárias as condições necessárias para transformar-se em estrelas? Simplesmente por esta razão: tratando-se de massas menores, não foram alcançadas as temperaturas suficientes para desencadear a reação nuclear. Unicamente tiveram lugar reações secundárias que provocaram a formação dos diversos elementos químicos. Em seguida a superfície externa dessas massas primitivamente gasosas, foi solidificando-se, enquanto que sua parte interna permanecia em estado fluído.

Postar um comentário