COISAS INEXPLICÁVEIS - 1

HOMENS DO CAMPO E DA CIDADE - Existem alguns fatos que nos deixam intrigados a procura de explicação presumível para que ocorra tal evento e não conseguimos atinar nem mesmo uma suposição aproximada.

Como explicar, e.g., o acontece com algumas pessoas da cidade que engordam feito animal para o abate, mesmo sem se alimentar demasiadamente, pessoas de baixa renda, que muitas vezes tem uma dura faina, enquanto que outros, habitantes do interior, trabalhadores da roça, comem feito um padre, alimentos grosseiros, gordurosos em sua maioria e não tem um pingo de gordura, problemas de colesterol, além de não ter fragilidade física e nem propensão às doenças comuns aos habitantes da cidade?

Evidentemente que são dois locais completamente diversos situados um em oposição ao outro. Um, completamente agitado, estressante pelo seu próprio modo de ser, cheio de violência, de ruídos exacerbados e não muito salutar.

Entretanto, aí estão as melhores condições de vida porque tudo se encontra facilmente, ao contrário da roça onde tudo é difícil de achar, como: posto de saúde, supermercado, farmácia, transporte, telefone, internet, etc.

Mas então, por que o homem do campo é mais saudável e vive mais que o homem da cidade, se o seu trabalho não é menos insalubre que o deste outro?

Poder-se-ia argumentar que a alimentação do homem campesino é toda ela natural. Isso em tese, porque este também consome mantimentos vendidos na cidade os quais são manipulados, como alguns transgênicos, frutas e verduras contaminadas com agrotóxicos, produtos industrializados que contêm corantes e outros ingredientes, cujo emprego nem sempre está de acordo com as normas de higiene e saúde.

Os animais abatidos para consumo são criados com ração, com hormônios, às vezes confinados, sem os cuidados higiênicos necessários, etc., não obstante a atenção e exigências da Vigilância Sanitária e dos demais órgãos de fiscalização do governo.

No sertão somente existe os ruídos da natureza, mas tem poeira e um sol abrasador. Este mesmo sol que castiga, não mata e nem faz adoecer; arde qual pimenta, mas não mancha e nem queima a pele. O ente da cidade não pode tomar sol sem os cuidados exigidos porque este exposto aos raios ultravioleta que não afetam o camponês. E isso acontece na labuta do ano todo, quase que diariamente.

Diferente do homem citadino este nunca é acometido de câncer de pele, não faz exame de próstata, não morre de enfarto do miocárdio e nem precisa de academia, posto que está sempre em forma, sem barriga e sem banha. Pode se alimentar do que quiser, sem dietas e nem regras que disciplinem o seu modo de vida, que dá tudo certo.

O que ele tem a mais em seu favor são: pouca ou quase nada de poluição do ar ou da água; ruídos bem abaixo dos níveis toleráveis; menos agitação e portanto, menos frenesi. Mas, em contrapartida, não tem água encanada e nem tratada, que pode não ser poluída, mas é barrenta, salobra e de qualidade duvidosa, coada somente, porque nem todos têm filtro. Há ainda, em alguns casos, o problema da escassez Ademais, nem sempre dispõem de fogão a gás, cozinhando em trempes, fogareiros ou fogões rudimentares, usando lenha ou carvão, cuja fumaça não é nada saudável.

Pestilência, verminose, fungos e bactérias existem em ambos os habitats, porque se aqui tem moscas, lá também e até mais, se incluirmos a mosca do chifre que acomete o gado; o barbeiro, a muriçoca que está em toda parte e assim por diante.

Muitas famílias do interior ainda usam lamparina, apesar dos governos terem coberto o Estado quase que totalmente com redes elétricas.

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