Vacina de nova geração: oral, spray ou sob a língua

29/10/2012

Redação do Diário da Saúde

Vacina de nova geração será inalada ou ingerida

Polegar para cimaEsta pode ser uma cena cada vez mais rara, à medida que os cientistas aprimoram uma nova geração de vacinas que poderá ser inalada, ingerida ou colocada debaixo da língua. [Imagem: RHUL]

Vacinas sem injeção

Esporos de uma bactéria que podem durar milhões de anos e depois germinar estão inspirando cientistas a criar uma vacina que dispensa de vez as injeções.

Inúmeras equipes ao redor do mundo estão tentando desenvolver vacinas que possam ser tomadas por via oral ou inaladas, devido às grandes vantagens de se eliminar as picadas.

A dor da picada não é o maior inconveniente da vacina injetável.

Vacinas não injetáveis são mais baratas de fabricar e aplicar, são menos exigentes quanto às condições de armazenamento e têm menos efeitos colaterais.

Esporos de bactérias

A nova vacina promete melhorar a imunidade contra a gripe, tuberculose e outras doenças, e ainda oferecer proteção contra um microrganismo responsável por infecções intestinais para o qual não existe proteção hoje.

Simon Cutting e sua equipe da Universidade de Londres usaram o que eles chamam de "esporos probióticos", retirados da bactéria Bacillus subtilis.

Os esporos dessa bactéria podem ficar inertes por milhões de anos, "germinando" novamente quando as condições ambientais ficam adequadas.

"Os mecanismos que permitem esse processo têm fascinado os microbiologistas há décadas, tornando-a uma das bactérias mais intensivamente estudadas. Seu ciclo de vida simples e facilidade de manipulação torna-a um objeto de estudos ideal," disse o Dr. Cutting.

Vacinas duráveis

Os pesquisadores desenvolveram uma forma de usar os esporos do Bacillus subtilis como um veículo para levar os antígenos para o interior do corpo, promovendo uma resposta imunológica.

A vacina pode ser tanto ingerida oralmente quanto inalada por um spray.

"Alternativamente, ela pode ser administrada por um pequeno filme solúvel posto sob a língua, como os produtos para refrescar o hálito," diz o pesquisador.

Como os esporos são excepcionalmente estáveis, as vacinas são extremamente duráveis, dispensando as condições especiais de armazenamento que são um problema para as regiões menos desenvolvidas.

Infecção intestinal

O professor Cutting e sua equipe fizeram testes pré-clínicos com as vacinas à base de esporos para várias doenças, incluindo tuberculose, gripe e tétano.

Mais recentemente, eles estão investigando o uso potencial da técnica conta uma doença gastrointestinal, causada pelo Clostridium difficile, que atinge principalmente pacientes debilitados mesmo nos países desenvolvidos.

Apesar das várias tentativas, nenhum medicamento demonstrou proteção completa contra a doença até hoje.

A nova vacina está dependendo de investidores para que possa ser fabricada em escala comercial.

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Nota: Sempre a mesma conversa: falta investimentos para a fabricação  comercial. Se essas pesquisas forem aqui no Brasil e se depender do governo, sem querer ser pessimista, é nunca que elas saem!  Antromsil.

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