MODELO ELEITORAL BRASILEIRO

Opinião

A gente tenta entender certas coisas e não consegue, por mais convincente que sejam os argumentos.

O TSE decidiu de última hora, na reta final do pleito eleitoral a questão do modo de identificação do eleitor quando se apresentasse para votar, se deveria apresentar um ou dois documentos, sendo um deles o Título de Eleitor.

Um embate desnecessário, a meu ver, se tomadas as necessárias medidas antes ou durante a votação da lei eleitoral, eliminando-se arestas como esta que complicam a comodidade do eleitor que, num País que se intitula democrático, o voto ainda é obrigatório.

Aliás, não se concebe como um país como nosso, aspirante ao seleto grupo de Países Desenvidos e cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, não ter uma legislação eleitoral permanente, pois, a cada legislatura é criada uma nova lei, como novas regras e também muitas imperfeições.

Para que se tenha uma idéia de que alguma coisa tem que ser mudada, dos 135.804.433 leitores aptos a votar em todo território brasileiro, foram apurados até o fechamento desse artigo, 99,99% (135.804.043), com uma abstenção de 24.610.296 eleitores, equivalente a 18,12% do total deste, 3.479.340 (3,13%) de votos em branco e 6.124.254 (5,51%) em votos nulos. Pelos dados aí mostrados, dá para perceber quão insatisfeito se encontra o eleitor brasileiro.

O documento de identidade eleitoral passou a ser um peso morto, coisa praticamente sem serventia que deveria ser usado por ocasião do voto e nem para isto serve mais. Acredito que já esteja mais do que na hora de se revisar por completo o modelo eleitoral brasileiro, adequando-o ao momento atual.

A cédula eleitoral, agora obsoleta, por assim dizer, deveria constar num espaço da Carteira de Identidade, aí inserindo todos os dados relativos ao eleitor, como e. g., Zona Eleitoral, Seção, número de identificação do eleitor e etc. Com isso, evitar-se-ia o desperdício de papel, tinta e trabalhos de edição e impressão desnecessários com vantagem de ainda economizar um bom dinheiro do Erário Público.

Por Antromsil