ELOGIOS E CRÍTICAS

Eu que tanto tenho criticado recebi criticas por não fazer elogios e realmente é o que acontece com maior freqüência, reconheço. Entretanto, para que eu me disponha a fazer um elogio é necessário que o elogiado, pessoa, entidade, partido, etc., faça por merecer, porque, infelizmente não gosto fazer apologias espúrias meramente por lisonja.


Existem pessoas e entidades sérias preocupadas com o bem-estar dos menos favorecidos sim, mas, para que se faça um juízo correto, há de se conhecer a fundo a pessoa ou a entidade para não ser pego de surpresa com falsas informações e repassá-las ao público inadvertidamente sem que esta passe pelo crivo da razão e da lógica.

Estive até pensando em louvaminhar a Diocese sobralense, verbi gratia, pela iniciativa da criação da Fazenda São Bento, cuja idealização não deixa de ter seus méritos e a intenção ajudar os viciados em drogas a se libertarem de seus laços daninhos, uma bela expressão de abnegação e solidariedade.

Todavia, assim seria se não fosse o fato de que, nessa fazenda, para que o paciente seja internado e iniciar o tratamento, ele ou os seus familiares tem que desembolsar, logo de entrada, a quantia de três salários mínimos e a sua permanência, com mais dois salários mínimos mensais, segundo fui informado.

É importante salientar que, para a construção do referido complexo, foram feitas doações de terreno, material de construção, de insumos, etc., etc., pois, a Diocese somente participou com a idéia. Além do mais, faz reclames constantes conclamando o povo a associar-se à fazenda, evidentemente que como mero contribuinte porque eu tenho a convicção de que estes não receberão nenhum dividendo.

A Santa Madre Igreja como sempre, exorta seus fiéis à prática da caridade, mas ela mesma não dá o exemplo de desprendimento porque não pode gastar do seu, e assim, continua fazendo mesuras com o chapéu alheio e pregando o faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.

Por motivos assim como este é que a gente deixa de prestar uma homenagem lhana, a qual se transforma em análise de censura. Não porque tenha o prazer de apontar os erros dos outros como o dedo sujo, mas porque estou incumbido da missão informar com a lisura exigida pela ética e pelos meus leitores.

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