LEITURA
São raros os que gostam de ler demoradamente; poucos se adaptam há horas de leitura por deleite e outros tantos por necessidade, por imposição do ofício. É bem verdade que existem algumas leituras enfadonhas, de cunho repetitivo e nem sempre claras, exigindo maior esforço do leitor no sentido de captar a idéia de quem as escreveu. Nem todos têm o dom da boa escrita como também não os há na oratória, na poesia, nas artes, enfim. Nem todos se expressam com a desenvoltura esperada por inabilidade ou desconhecimento e isso é perfeitamente normal visto que somos humanos e, por esse modo, imperfeitos. Entretanto, a exemplo destes, existem aqueles leitores de meia página que, por aversão à leitura e à erudição, eximem-se de mergulhar no âmago do texto com a alegação de ser este muito extenso. Desculpa esfarrapada de quem tem preguiça de ler, pois, se a leitura não agrada ou não tem conteúdo, descarte-a. Cabe aqui se notar que alguns assuntos exigem um maior detalhamento no seu conteúdo porque os assuntos às vezes assim os requerem. Não dá para se escrever um romance, uma novela ou um tratado qualquer em apenas uma página. É como se quisesse colocasse o volume de um litro num simples copo. Você pode escrever o que quiser, sobre o assunto que bem lhe aprouver. Porém, para que esse texto seja qualificado e identificado são necessários alguns elementos característicos que lhes dê corpo e forma. Sem isso, sem os conhecimentos necessários você pode até se arriscar e grafar algumas linhas sem nexo e sem sentido, pode até tentar imitar, porém, dificilmente obterá o sucesso anelado.
TRATAMENTO IGUALITÁRIO
Países como Estados Unidos da América e agora os da União Européia, como a Espanha, e Irlanda se acham no direito de espezinhar os nossos concidadãos quando estes aportam em seus territórios. Ora, exigir o que suas leis de imigração determinam é um direito natural de qualquer nação soberana. Entretanto, o tratamento dado às pessoas que, supostamente não preenchem os requisitos de entrada naquele país, em hipótese alguma deve ser desumano, notadamente em se tratando de nações tradicionalmente amigas. Sem querer ser tido como jacobino, advogo aqui o direito de retaliação sim, e por que não? Por acaso não agem assim as demais nações do globo? E outra, quem começou toda esta confusão, não foram eles? Por acaso não é sabido que grande parte de viajantes estrangeiros e espanhóis, em particular, vêm aqui para delinqüir? Devemos, entretanto nos abster de atuar como eles, que humilharam os nossos patrícios. Pratiquemos, portanto, a política do tratamento igualitário, cordial e sincero, dever de todo homem civilizado. No entanto, quando formos mal tratados lá fora, façamos valer as nossas leis e tratados; e façamos um pouco mais, verifiquemos, a pente fino, toda nave e aeronave oriunda do país ofensor até porque o Brasil não é mais uma colônia portuguesa, mas uma nação soberana e como tal deve ser respeitada e, por nossa parte, temos o dever de nos impor.
MÃO-DE-OBRA ESPECIALIZADA
O crescimento do País reclama com urgência a implementação de mão-de-obra especializada, pois assim exigem setores da indústria, da construção, do comércio e prestação de serviços. Não podemos crescer sem tecnologia e em todos os seguimentos da sociedade há carência de conhecimentos e técnicas especiais. É incontável o número de vagas ociosas nas empresas que trabalham com técnicas avançadas porque o mercado não dispõe dessa mão-de-obra e nem a está arranjando. Existe o descaso dos órgãos governamentais que não dão a importância que o caso requer e os mecanismos empenhados neste ideal são poucos e dispendiosos para quem se propõe a se preparar para o porvir. Por outro lado, os cursos ofertados nos centros de formação e escolas preparatórias estão longe de atender às legítimas necessidades do mercado tecnológico e somente estão à disposição dos habitantes das cidades de maior porte. Entretanto, mesmo na cidade grande, profissional competente e que tenha conhecimento teórico e pratico do ofício que exerce, é coisa rara, - afirmo com sem medo de claudicar. Isso acontece porque quem deveria ter essa preocupação negligenciou dos seus deveres. Se não temos nos currículos escolares matérias destinadas com exclusividade a determinados ofícios como mecânica, eletricidade, química, eletrônica, etc., direcionados a esta ou aquela atividade, se as escolas profissionais existentes não cumprem o seu papel se torna evidente pressupor que alguma coisa não se encaixa bem. Temos, como resultado dessa desídia, o surgimento de pseudo profissionais que aprendem na prática com outros trabalhadores menos instruídos ainda e, em conseqüência, serviços prestados de péssima qualidade, posto que feitos sem técnica e sem esmero. Aqui mesmo em nossa urbe temos os exemplos requeridos pela exigente curiosidade de alguns mais céticos. Conheço vários que cobram caro pelo labor de poucos minutos e que não ostentam nenhum certificado de competência, que nunca freqüentou um curso regular e que muitos são até analfabetos, sem querer desmerecê-los.
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