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Carro voador: conheça o projeto da Volkswagen

09 de março de 2014

Fonte: http://novoemelhor.com/carro-voador-conheca-o-projeto-da-volkswagen/

imageImagem: Wikipédia

Volkswagen sai na frente, quer dizer sai voando, enquanto algumas montadoras estão se preocupando em desenvolver carros que dirigem sozinhos, a Volkswagen foi além e exibiu, durante People’s Car Project, que acontece na China, o projeto de um carro voador.

De acordo com o site The Huffington Post, o Hover Car é resultado de um conceito surgido entre as mais de 120 mil propostas enviadas para o People’s Car Project, que tem como objetivo conhecer as ambições do mercado automobilístico.

O carro, que acomoda duas pessoas, utiliza tecnologia de levitação eletromagnética para flutuar, é construído em fibra de carbono e conta com sensores de distância, para evitar colisões. Além disso, o veículo é controlado por uma espécie de joystick, que permite mover o Hover Car para frente, para trás e para os lados. Confira a imagem:

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Olhando através das paredes

Informática

Wi-Fi vira Wi-Vi para espionar pessoas além das paredes

Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/07/2013

Wi-Fi vira Wi-Vi para espionar pessoas além das paredes

O "Wi-Vi" baseia-se em um conceito semelhante ao do sonar e do radar de imagem, com a diferença de que ele usa a reflexão de ondas Wi-Fi de baixa potência. [Imagem: Christine Daniloff/MIT]

Espiar os outros parece ser uma das atividades humanas mais antigas, e muitos psicólogos sugerem que isto explica o gosto das multidões pelas novelas, que seriam uma maneira politicamente correta de espionar a vida alheia.

Os cientistas também formam multidões, e há muito tempo tentam usar a tecnologia para ver através das paredes, usando ondas de rádio, técnicas de radar e até a emergente tecnologia das ondas terahertz.

No experimento mais recente, cientistas holandeses haviam demonstrado que é possível fotografar um objeto atrás de uma barreira totalmente opaca.

Então, você não vai se surpreender com o trabalho de Fadel Adib and Dina Katabi, do MIT, nos Estados Unidos.

Eles usaram a tradicional técnica de transmissão de dados sem fio, a Wi-Fi, para criar o "Wi-Vi", um trocadilho para descrever uma tecnologia que usa ondas de rádio de baixa potência para enxergar através das paredes.

Além de evitar os riscos à saúde de uma eventual "visão de raios X", no melhor estilo Super Homem, a nova técnica pode ser incorporada em um aparelho portátil, ou mesmo incorporada em celulares e tablets.

Wi-Vi

O "Wi-Vi" baseia-se em um conceito semelhante ao do sonar e do radar de imagem, com a diferença de que ele usa a reflexão de ondas Wi-Fi de baixa potência.

Os pesquisadores mostraram que é possível rastrear um ser humano mesmo se a pessoa estiver em um quarto fechado ou se escondendo atrás de uma parede.

Wi-Fi vira Wi-Vi para espionar pessoas além das paredes

O sistema possui uma precisão suficiente para indicar o sentido do movimento e movimentos menores, que não envolvem andar. [Imagem: Fadel Adib/Dina Katabi]

Quando um sinal de Wi-Fi atinge uma parede, uma parte dele passa através da parede, refletindo-se nas pessoas do outro lado e retornando. Outra parte do sinal reflete-se na própria parede, e retorna imediatamente.

"Então, o que tivemos que fazer foi desenvolver uma tecnologia que possa cancelar todas essas reflexões, e manter apenas aquelas do ser humano em movimento," disse Katabi.

Para isso, são usadas duas antenas de transmissão e um único receptor.

As duas antenas transmitem sinais idênticos, mas invertidos, o que faz com que os dois sinais interfiram um com o outro, cancelando-se. Se os sinais se refletirem em qualquer objeto parado, a reflexão é idêntica, e os sinais também se anulam.

A única exceção ocorre nas reflexões que se alteram entre os dois sinais, como aquelas geradas por um objeto em movimento.

"Assim, se a pessoa se move atrás da parede, todas as reflexões dos objetos estáticos são canceladas, e a única coisa registrada pelo dispositivo é o movimento humano," explica Adib.

Conforme a pessoa se move através da sala, sua distância em relação ao receptor se altera, ou seja, o tempo que leva para que sinal refletido faça seu caminho de volta para receptor também muda. O sistema utiliza esta informação para calcular onde a pessoa está a cada momento.

Isso torna muito simples o rastreamento de uma pessoa se movimentando detrás de uma parede, dispensando as múltiplas antenas usadas nos esquemas anteriores.

Apesar do sucesso do experimento, os cientistas não souberam indicar nenhuma utilidade prática para sua criação, à exceção de espionar os outros.

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Novas Tecnologias em Pneus

1 - Bridgestone apresenta pneu que não utiliza ar

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

clip_image002Fonte: www.carpointnews.com.br
Por Alfapress Comunicações

Apresentada durante a 42ª edição do Tokyo Motor Show, salão do automóvel japonês, a novidade vem ao encontro da Missão Ambiental da Bridgestone, que visa contribuir com uma sociedade mais sustentável, com ênfase em três pilares principais: a preservação do meio-ambiente, a conservação dos recursos naturais e a redução de emissões de carbono. Para apoiar sua missão, a Bridgestone trabalha em vários projetos como o do pneu sem ar, com o objetivo de colaborar com um meio ambiente mais saudável para as presentes e futuras gerações.

Os pneus sem ar geram um menor impacto para o meio ambiente em relação aos tradicionais, mas os protótipos deste tipo desenvolvidos anteriormente eram inviáveis para a produção em larga escala. Por isso, a Bridgestone desenvolveu esta tecnologia com o objetivo de implementá-la na prática.


Características especiais da tecnologia do pneu sem ar

clip_image004Com uma estrutura flexível única que se estende ao longo do interior dos pneus e que suporta todo o peso do veículo, não há necessidade de calibrá-los periodicamente, o que significa que exigem menos manutenção. Ao mesmo tempo, a preocupação com perfurações é eliminada. Além disso, a estrutura interna é produzida a partir de resinas termoplásticas reutilizáveis[i], e assim como a borracha da banda de rodagem, estes são materiais 100 por cento recicláveis. Como resultado, os pneus estabelecem um novo padrão em termos de compatibilidade ambiental, segurança e conforto.

A Bridgestone busca este desenvolvimento tecnológico com o objetivo de alcançar um processo que maximiza o uso cíclico de recursos, transformando os pneus usados em pneus novos por meio de materiais recicláveis.

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2 – Bridgestone anuncia nova tecnologia para pneus

Nova tecnologia da Bridgestone

Bridgestone cria nova tecnologia de impressão em cores nas paredes laterais dos pneus

30/1/2012 - Da redação

A Bridgestone anunciou o desenvolvimento de uma tecnologia inovadora para a indústria. A fabricante japonesa criou um novo clip_image006sistema de impressão em cores nas paredes laterais dos pneus.

Pneu com nova tecnologia da Bridgestone

Tecnologia - Segundo a Bridgestone, sua tecnologia avançada de impressão em pneus consiste em uma camada para proteger da descoloração como base, as tintas recém-desenvolvidas para esta tecnologia, e uma camada para proteger a superfície de danos externos. Até então, a borracha branca tem sido usada nas paredes laterais de pneus para produzir a faixa e as letras brancas, processo este, de acordo com a companhia, que requer o uso de grandes quantidades do material (borracha branca) para evitar a descoloração e também para manter a durabilidade, além de poder tornar o pneu mais pesado.

clip_image010clip_image008A companhia destaca que essa sua nova tecnologia é diferente de qualquer impressão ou processo de coloração existente hoje no segmento, através da qual pode oferecer uma linha de pneus mais criativa, considerando também as preocupações ambientais, tais como a eficiência do combustível, sem qualquer peso adicional para o pneu. Entre as muitas oportunidades associadas a serem exploradas com o novo sistema, segundo a Bridgestone, estão desenhos originais dos consumidores ou fotografias, que podem ser impressos nas paredes laterais do pneu e, posteriormente, removidas ou trocadas pelo cliente.

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3 - Outras tecnologias

http://www.vacuumefibra.com.br/michelin-desenvolve-o-pneu-sem-ar/

12 de abril, 2012

Michelin desenvolve o pneu sem ar

clip_image012Achou estranho? Olhando a foto do pneu perece meio esquisito mesmo, mas a invenção, chamada de Michelin Tweel, é revolucionária e dispensa mesmo o uso de ar.

Com tecnologia superinovadora, a invenção se dá por meio de raios de borracha flexíveis altamente resistentes. Eles têm uma grande capacidade de carga e absorvem impactos muito facilmente. Além disso, proporcionam conforto e agilidade em curvas.

A combinação, que integra roda e pneu, já está sendo fabricada e a Michelin já tem até projetos para uso do Tweel em máquinas empilhadeiras e veículos militares. Porém, a aplicação mais intrigante mesmo é em veículos de passeio, idéia inicial dos criadores e que tende a ser o pontapé para projetos ainda mais audaciosos.

O pneu sem ar se mostra definitivamente como um conceito e com forte futuro potencial, porém a Michelin sabe que isso acontecerá no longo prazo, assim como foi com outros modelos de pneus, como a tecnologia radial. No curto prazo a ideia é usar as lições aprendidas com essa tecnologia para aperfeiçoamento de pneus convencionais.

“Um novo século chegou e o Tweel mostra seu potencial para transformar a mobilidade dos carros. Ele permite alcançar níveis de performance que simplesmente não eram possíveis com pneus os convencionais de hoje”, disse Terry Gettys, presidente do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Michelin da América.

O mais surpreendente de tudo isso é pensar que essa nova tecnologia pode reinventar o modo como os veículos se movem. Já parou para pensar que calibragem ou estouro de pneus, uso de estepes e balanceamentos poderão ser coisas que farão parte apenas da nossa memória?

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http://moa-moacomissariodepista.blogspot.com.br/2011/04/nova-tecnologia-o-fim-dos-pneus.html

taturanas forever

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nova tecnologia - O fim dos pneus convencionais - O pneu ventilado

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A nova tecnologia em desenvolvimento pela Michelan em teste na pista da Carolina do Sul.

Brevemente estarão disponíveis no mercado, representando assim o fim das válvulas de ar, o fim dos compressores nas áreas de serviço, o fim dos furos.

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Tecnologia brasileira de purificação de água chega ao mercado

Meio ambiente

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/11/2012

Purificação de água com energia solar

O equipamento é compacto e agrupa tudo em uma única caixa pesando apenas 13 Kg, o que facilita seu transporte para locais remotos. [Imagem: Fernanda Farias]

Sucesso

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) conseguiu um feito raro no Brasil: colocar no mercado um produto baseado em uma tecnologia desenvolvida na instituição.

O pesquisador Roland Ernest Vetter desenvolveu o Água Box, um sistema de desinfecção de água alimentado por energia solar.

Testado na prática em várias comunidades da região amazônica, o aparelho mostrou-se um prático e barato para proteger a população contra bactérias e outros micro-organismos perigosos.

O aparelho foi demonstrado em vários eventos de ciência e tecnologia nos últimos anos, como o lema "Água Solar: Nós lavamos água".

Agora a tecnologia foi licenciada para a empresa Hightech Componentes da Amazônia, que tem até dois anos para colocar o produto no mercado.

Desinfecção com luz ultravioleta

O protótipo da tecnologia foi testado dentro das instalações do INPA e, desde 2008, está instalado em cinco comunidades indígenas próximo ao rio Juruá, no Amazonas.

"Nós desenvolvemos esse equipamento e vimos durante a pesquisa que ele é de suma importância, principalmente para o interior do estado, ajudando a manter a saúde da população", ressaltou Roland Vetter.

O aparelho desinfeta a água por meio de radiação ultravioleta tipo C.

Ele é capaz de tornar potável as águas sujas de rios e lagos, retirando não apenas os particulados, mas também os germes.

O equipamento é compacto e agrupa tudo em uma única caixa pesando apenas 13 Kg, o que facilita seu transporte para locais remotos.

Alimentado por energia solar, o aparelho purifica 400 litros de água por hora. A vida útil da lâmpada ultravioleta é estimada em 10.000 horas.

Mais tecnologias

O Água Box não é a primeira tecnologia desenvolvida pelo INPA.

A instituição tem atualmente, 71 produtos e 52 pedidos de patentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

Já estão em andamento mais quatro processos de transferência de tecnologia para empresas: a fabricação de farinha de pupunha integral; um processo de obtenção de Zerumbona isolada dos óleos essenciais das raízes de zingiber l. Smith; e uma composição farmacêutica do extrato de zingiber zerumbet.

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Máquinas microscópicas são feitas em série com vidro metálico

Nanotecnologia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/05/2012

Máquinas microscópicas são feitas em série com vidro metálico

Os micro moldes (esquerda), no interior dos quais as peças são feitas, e o mapa da uniformidade de sua superfície (direita), com precisão de poucos nanômetros.. [Imagem: Byrne et al.]

Moldes

Miniaturizar componentes eletrônicos exigiu o desenvolvimento de fábricas que custam alguns bilhões de dólares para serem montadas.

E isso para construir componentes absolutamente padronizados.

O desafio está-se mostrando maior para a construção de micro e nano-máquinas e micro e nano-robôs.

Para se construir, digamos, o motor de um carro, as peças individuais são projetadas e depois fabricadas em série.

Isso é possível graças aos moldes, invólucros metálicos no interior dos quais há um espaço correspondente ao formato da peça a ser construída. Metais ou plásticos derretidos são despejados, sendo retirados depois que endurecem - existem outras técnicas, mas este é o princípio geral.

Micro moldes

Só que isto não é possível com peças abaixo de certas dimensões porque os metais não podem ser trabalhados com uma precisão abaixo de alguns micrômetros - tente fazer um molde de aço e você verá que não dá para alcançar uma precisão menor do que 10 micrômetros.

Mas, muitas vezes, 10 micrômetros é mais do que o tamanho da micropeça inteira que se deseja fabricar para montar micro laboratórios e micro robôs, ou coisas mais simples, como um filtro micro mecânico para anular ruídos de celulares ou uma micro chave acionada por luz, ou ainda coisas mais complicadas, como uma memória eletromecânica para computadores.

Essa "baixa resolução" dos metais deve-se à sua própria estrutura cristalina, ao arranjo de seus átomos, que formam cristais muito regulares. Ao se desbastar o metal, esses cristais ficarão salientes, impedindo o aumento da precisão abaixo de um determinado nível.

É claro que existem técnicas que podem gerar peças muito pequenas com altíssima precisão, como os feixes de elétrons, mas estas são apenas para uso em laboratório, não se adequando para um ritmo fabril em grande escala.

Máquinas microscópicas são feitas em série com vidro metálico

Comparação entre o melhor que se pode obter de um molde em aço (esquerda) e a nova técnica de molde com vidros metálicos (direita). [Imagem: Byrne et al.]

Moldes de vidros metálicos

Agora, Michael Gilchrist e David Browne, da Universidade de Dublin, na Irlanda, resolveram deixar os metais de lado, e partiram para usar um outro tipo de material, os vidros metálicos.

Vidros metálicos não são transparentes, e nem metálicos no sentido estrito do termo: eles são metais com uma estrutura cristalina amorfa, como a do vidro.

Ou seja, eles não possuem a estrutura cristalina ordenada e repetitiva dos metais.

Isso lhes dá propriedades mecânicas muito diferentes dos metais convencionais: eles podem, por exemplo, ser aquecidos e moldados como se fossem um plástico, ainda que retenham a resistência e a durabilidade dos metais - já existem vidros metálicos mais fortes do que o aço.

Mas, mais importante para a micro e a nanotecnologia, os vidros metálicos podem ser trabalhados com uma precisão muito maior do que o tamanho dos grânulos dos metais convencionais.

Máquinas microscópicas são feitas em série com vidro metálico

Os moldes e as peças fabricadas em seu interior, com uma precisão superior à dos transistores dos processadores mais modernos. [Imagem: Byrne et al.]

Micro fábrica de peças mecânicas

Foi justamente o que os pesquisadores fizeram agora: eles desenvolveram uma técnica que permite criar moldes para peças com dimensões na faixa dos nanômetros.

"Nossa tecnologia é um novo processo para a produção em massa de componentes de alto valor agregado, na escala dos micrômetros e dos nanômetros," disse Gilchrist.

Segundo os pesquisadores, as peças construídas pela nova técnica são 100 vezes mais precisas, com "custos que são pelo menos 10 vezes menores do que é atualmente possível".

Uma vez pronto o molde, o processo de fabricação se dá não por fundição, mas por injeção, uma técnica em que o material de que a peça será feita é inserido no molde por alta pressão.

Os pesquisadores demonstraram o potencial da nova técnica fabricando "peças" para biochips que permitem a passagem precisa de partículas do tamanho de glóbulos vermelhos e vírus, ou maiores, como moléculas de DNA e proteínas.

"Essas peças de precisão são componentes de alto valor para dispositivos micro fluídicos, biochips, micro implantes médicos e sensores MEMS," disse o pesquisador.

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Bibliografia:
Towards nano-injection molding - Current research article
Nan Zhang, Cormac J. Byrne, David J. Browne, Michael D. Gilchrist
Materials Today
Vol.: 15(5), 216-221

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Ir à Lua com 0,1 litro de combustível?

Espaço

Motor suíço irá à Lua com 0,1 litro de combustível

Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/04/2012

Motor iônico irá à Lua com 0,1 litro de combustível

O motor iônico é minúsculo: o módulo apontado pelo engenheiro já contém o combustível necessário para levar um nanossatélite até a Lua. [Imagem: Empa]

Motor econômico

Que tal enviar uma sonda espacial da Terra à Lua gastando um décimo de litro de combustível?

É o que prometem engenheiros da Escola Politécnica de Lausanne, na Suíça.

Eles apresentaram o primeiro protótipo de um motor-foguete ultracompacto cujo objetivo declarado é "reduzir drasticamente o custo da exploração espacial".

O motor inteiro, incluindo combustível e controle eletrônico, pesa 200 gramas e foi projetado especificamente para impulsionar satélites e sondas espaciais de pequeno porte.

O motor é a primeira peça de um satélite-gari para limpar o lixo espacial, cuja construção foi proposta há cerca de um mês.

Ele também será usado em uma constelação de nanossatélites que a Alemanha está construindo para gravar sinais de rádio de frequência ultrabaixa no lado oculto da Lua.

Liberdade para os satélites

Com a miniaturização dos equipamentos, os nanossatélites caíram no gosto dos cientistas porque seu custo de fabricação e de lançamento é muito mais baixo do que um satélite convencional.

Seu grande inconveniente é justamente a falta de propulsão, o que limita sua capacidade de coleta de dados científicos de elevada precisão.

"Até agora, os nanossatélites ficam travados em suas órbitas. Nosso objetivo é torná-los livres," disse Herbert Shea, coordenador do projeto.

Motor iônico

Em vez de um combustível inflamável, o novo minimotor espacial usa um líquido iônico, um composto químico chamado EMI-BF4, que funciona tanto como solvente quanto como eletrólito.

Ele é composto de moléculas eletricamente carregadas, ou íons - como o sal de cozinha, com a diferença que o combustível do foguete é líquido a temperatura ambiente.

Para que o motor funcione e empurre o satélite, os íons são arrancados do líquido e ejetados por um campo elétrico.

Esse é o princípio básico do motor iônico: o combustível não é queimado, ele é expelido.

A saída do motor iônico também não é feita por aquele bocal tradicional dos motores foguetes: são mais de 1.000 furos por centímetro quadrado em uma placa de silício.

Funcionamento do motor iônico

Primeiramente o combustível é levado por capilaridade até um reservatório na extremidade dos microbocais.

Lá os íons são extraídos por um eletrodo mantido a uma tensão de 1.000 volts, acelerados, e finalmente emitidos da traseira do satélite, produzindo o empuxo.

A polaridade do campo elétrico é revertida a cada segundo, permitindo que tanto os íons negativos quanto os positivos sejam ejetados.

Ao contrário de um motor foguete comum, que queima o combustível, o motor iônico acelera lentamente, mas continua acelerando por muito mais tempo - sua aceleração é de um décimo de milímetro por segundo ao quadrado, o que significa que ele faz de 0 a 100 km/h em 77 horas.

Tirando a limpo

Os testes mostraram que, depois de seis meses de funcionamento, a velocidade do micromotor iônico passou de 24.000 km/h - típica de um objeto em órbita da Terra - para 42.000 km/h.

"Nós calculamos que, para alcançar a órbita lunar, um nanossatélite de 1 quilograma impulsionado por nosso motor vai levar seis meses e consumir 100 mililitros de combustível," explicou Muriel Richard, membro da equipe de desenvolvimento.

Depois de ter levantado suspeitas e recebido críticas quando da apresentação do projeto do satélite-gari, o CleanSpace, os engenheiros suíços agora afirmam que pretendem finalizar o protótipo do seu limpador de lixo espacial em um ano.

O protótipo será testado com o nanossatélite SwissCube, que já está fora de operação, mas ainda em órbita.

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Átomo gigante simula asteroides troianos de Júpiter

Nanotecnologia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/02/2012

Átomo gigante simula asteroides troianos de Júpiter

À esquerda, o Sistema Solar, com Júpiter e seus dois grupos de asteroides troianos. À direita, o elétron-onda, mantido concentrado pela influência de um campo eletromagnético.[Imagem: TU Vienna]

Modelo de Bohr

Físicos construíram um modelo preciso de uma parte do Sistema Solar no interior de um único átomo de potássio.

Eles fizeram com que um elétron orbitasse o núcleo do átomo exatamente da mesma forma que os asteroides troianos de Júpiter orbitam o Sol.

Os átomos são comumente representados como sistemas planetários, graças ao modelo criado por Niels Bohr em 1913.

Contudo, apesar de o modelo de Bohr ser bem ilustrativo, a mecânica quântica estabelece que o elétron pode ser encontrado em muitos lugares, o que transforma sua órbita em um espaço grande, difuso e incerto.

Na física quântica, o elétron é definido como uma onda, ou uma "nuvem de probabilidades". Simplesmente não faz sentido perguntar qual é a "posição real" de um elétron, porque ele está situado em todas as direções possíveis ao redor do núcleo ao mesmo tempo.

Átomo planetário

Mas, curiosamente, os cientistas da Áustria e dos Estados Unidos descobriram que, afinal de conta, os átomos têm algo em comum não apenas com os sistemas planetários, mas com o nosso Sistema Solar em particular.

Mais especificamente, eles descobriram que um tipo especial de átomo pode simular os asteroides troianos de Júpiter, asteroides que viajam à frente e atrás do planeta, em pontos de equilíbrio gravitacional conhecidos como pontos de Lagrange.

Da mesma forma que Júpiter estabiliza a órbita dos seus asteroides troianos, a órbita dos elétrons ao redor do núcleo atômico pode ser estabilizada usando um campo eletromagnético.

No experimento, a influência estabilizadora da gravidade de Júpiter foi substituída por um campo magnético precisamente ajustado. O campo oscila precisamente com a frequência correspondente ao período orbital do elétron ao redor do núcleo.

Isso estabelece um ritmo para o elétron, de forma que o elétron-onda é mantido em um ponto específico por um longo tempo.

Com isto, o elétron pode até mesmo ser empurrado para outra órbita - mais ou menos como se os asteroides troianos de Júpiter fossem subitamente forçados a orbitar Saturno.

Maior átomo do mundo

Para fazer isto, o grupo usou um raio laser para excitar o elétron mais externo do átomo de potássio para números quânticos - descritivos da "órbita" do elétron - entre 300 e 600, criando um assim chamado átomo de Rydberg.

Isto significa que eles construíram um átomo gigante, eventualmente o maior átomo do mundo - o elétron orbita o núcleo a uma distância tão grande que o átomo inteiro ficou do tamanho do pingo desta letra "i".

Os cientistas se entusiasmaram com o feito, e agora planejam preparar átomos com vários elétrons se movendo em órbitas planetárias ao mesmo tempo.

Isto permitirá que eles estudem como o mundo quântico dos objetos em escala atômica correspondem ao mundo clássico, como nós o percebemos com nossos sentidos.

"A zona de transição entre a mecânica quântica e a física clássica é a mais fascinante e menos compreendida fronteira da física," afirmou Joseph Eberly, membro da equipe.

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Bibliografia:

Creating and Transporting Trojan Wave Packets
B. Wyker, S. Ye, F. B. Dunning, S. Yoshida, C. O. Reinhold, J. Burgdörfer
Physical Review Letters
Vol.: 108, 043001
DOI: 10.1103/PhysRevLett.108.043001

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Grafeno é invisível para a água e opaco para a luz

Nanotecnologia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/01/2012

Grafeno é invisível para a água e opaco para a luz

O esquema do experimento e a membrana de óxido de grafeno, com 1 micrômetro de espessura.[Imagem: Nair et al./Science]

Grafeno funcionalizado

O grafeno continua a mostrar suas estranhas e promissoras propriedades.

Depois de se mostrar invisível para a água quando posto sobre uma superfície, ele demonstrou ser impermeável para todos os gases e líquidos quando posto sobre um furo, ou seja, quando transformado em uma membrana.

De forma surpreendente, a equipe que ganhou o Prêmio Nobel de Física pela sua descoberta demonstrou também que a água se evapora através do grafeno praticamente como se ele não estivesse lá.

Está certo que não era exatamente grafeno puro, mas óxido de grafeno, ou grafeno funcionalizado - uma folha de grafeno coberta com moléculas do grupo hidroxila (OH-).

O óxido de grafeno forma laminados com várias camadas de espessura, mas ainda na categoria dos chamados filmes finos.

Invisível para a água

Quando um recipiente é selado com esse filme, nem mesmo o mais sensível equipamento existente consegue detectar a saída de ar ou de qualquer outro gás, incluindo o hélio.

O gás hélio consegue escapar lentamente mesmo quando é coberto por uma lâmina de vidro de 1 milímetro de espessura, mas não passa pelo filme de grafeno funcionalizado.

Mas coloque a incrível água lá dentro - e os cientistas estão longe de entender todas as propriedades da água - e ela evapora como se o filme de grafeno não estivesse lá.

Na verdade, a água se evapora exatamente na mesma velocidade, esteja a membrana lá ou não.

"Essa propriedade única pode ser usada em situações onde é necessário remover a água de uma mistura ou recipiente, mas deixando lá dentro todos os outros ingredientes," propõe a Dra. Irina Grigorieva, membro da equipe na Universidade de Manchester, no Reino Unido.

Grafeno é invisível para a água e opaco para a luz

Nanodiscos de grafeno absorvem completamente a luz. [Imagem: PhysicsWorld]

Opaco para a luz

Uma outra equipe, em um trabalho independente, descobriu que o grafeno pode ser usado para criar um absorvedor perfeito de luz.

Ou seja, se ele é transparente para a água, o grafeno não deixa nenhuma luz passar quando é cortado em círculos e montado em uma estrutura periódica.

Isto pode levar ao desenvolvimento de novos aparelhos detectores de luz, particularmente na região do infravermelho, justamente onde as tecnologias atuais não se dão bem.

O que surpreendeu nesta descoberta é que os materiais convencionais precisam ter uma espessura de milhares de átomos para absorver completamente a luz. O grafeno faz isto com uma camada de um único átomo.

"A camada em questão é feita com grafeno disposto em uma estrutura periódica de nanodiscos," explica o Dr. García de Abajo, do Instituto de Pesquisas Fotônicas, na Espanha, coordenador da equipe.

A estrutura confina a luz em regiões que são centenas de vezes menores do que o comprimento de onda da luz, o que ocorre graças aos plásmons de superfície, oscilações coletivas quantizadas de elétrons no interior do nanodisco.

Para que o mecanismo funcione, o grafeno deve estar eletricamente carregado. E o comprimento de onda - a cor da luz - que o grafeno retém depende da intensidade dessa carga elétrica.

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Bibliografia:
Unimpeded Permeation of Water Through Helium-Leak-Tight Graphene-Based Membranes
R. R. Nair, H. A. Wu, P. N. Jayaram, I. V. Grigorieva, A. K. Geim
Science
Vol.: 335 no. 6067 pp. 442-444
DOI: 10.1126/science.1211694
Complete Optical Absorption in Periodically Patterned Graphene
Sukosin Thongrattanasiri, Frank H. L. Koppens, F. Javier García de Abajo
Physical Review Letters
Vol.: 108, 047401
DOI: 10.1103/PhysRevLett.108.047401

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Menor circuito eletrônico do mundo revela poderes quânticos

Eletrônica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/12/2011

 

 

Menor circuito eletrônico do mundo revela poderes quânticos

O circuito é formado por dois fios separados por 15 nanômetros - o equivalente a cerca de 150 átomos. [Imagem: Laroche et al./Nature]

Além da miniaturização

Engenheiros criaram aquele que pode ser o menor circuito eletrônico já fabricado.

O circuito é formado por dois fios separados por 15 nanômetros - o equivalente a cerca de 150 átomos.

A demonstração de uma funcionalidade eletrônica nessas dimensões tem um impacto direto sobre a velocidade e o consumo de energia dos circuitos eletrônicos como um todo, seja um processador de computador, uma TV ou um telefone celular.

Embora já existam diversos experimentos com circuitos moleculares e até com transistores atômicos, Guillaume Gervais e seus colegas fizeram uma ponte entre o mundo molecular e o mundo da eletrônica tradicional.

E o resultado foi muito além do que seria esperado de uma simples miniaturização.

Poderes quânticos

Os pesquisadores se surpreenderam ao descobrir que, colocados em tal proximidade, um dos nanofios exerce uma influência sobre o outro, fazendo-o assumir uma carga que pode ser positiva ou negativa.

Isto significa que a corrente elétrica que circula em um dos fios pode produzir uma corrente no outro fio que pode ter o mesmo sentido ou o sentido oposto - ou 0 ou um 1.

Esses "fios quânticos unidimensionais" funcionam em acordo com as leis da física quântica, mas alteram completamente o que se sabia sobre o funcionamento dos componentes eletrônicos conforme eles são miniaturizados.

Uma possível decorrência da descoberta é que o calor gerado no interior de um chip poderia ser capturado por nanofios colocados nas proximidades dos transistores, e usado para alimentar componentes adicionais ativos.

Ou seja, o calor dissipado por alguns componentes seria usado como alimentação de uma outra camada de componentes adicionais, que se somariam para otimizar o funcionamento do chip como um todo.

Ou, mais no futuro, chips nanoeletrônicos poderiam basear seu funcionamento integralmente nesses componentes quânticos.

Bibliografia:
Positive and negative Coulomb drag in vertically integrated one-dimensional quantum wires
D. Laroche, G. Gervais, M. P. Lilly, J. L. Reno
Nature Nanotechnology
Vol.: 6, Pages: 793-797
DOI: 10.1038/nnano.2011.182

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Laser de raios X é o laser mais puro do mundo

Energia

Com informações da Physical Review Focus - 07/10/2011

Laser de raios X é o laser mais puro do mundo

O SLAC é a fonte de raios X mais puro já medida, o que ajudará a desvendar a estrutura atômica dos materiais. [Imagem: SLAC]

O primeiro laser de raios X do mundo não é só mais um laser, é o melhor de todos.

De remédios à arqueologia

Pesquisadores analisaram os primeiros resultados do LCLS (Linac Coherent Light Source), uma fonte de raios X recém-inaugurada na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Eles mediram a coerência do laser - o grau em que as ondas de luz são sincronizadas - e descobriram que o LCLS produz a mais coerente radiação de raios X já medida.

Com um feixe de tão alta qualidade, a máquina é capaz de determinar a estrutura atômica de materiais com um nível de precisão sem precedentes.

Isto será útil em campos tão diversos quanto a descoberta de novos medicamentos, a engenharia de materiais e até a arqueologia.

Laser de raios X

Desde a invenção do maser, em 1957 - o antecessor de micro-ondas do raio laser de luz visível - cientistas têm desenvolvido lasers com comprimentos de onda cada vez mais curtos, aplicando-os a uma crescente variedade de propósitos.

Mas fazer lasers com comprimentos de onda muito curtos é um desafio.

Para que uma fonte de luz seja declarada um laser, a maioria dos seus fótons deve ser coerente - eles devem oscilar em sincronia.

Uma alta coerência significa que a luz vai difratar mais precisamente, o que, para um feixe de raios X, significa imagens mais nítidas da estrutura atômica que está sendo estudada.

Laser de raios X é o laser mais puro do mundo

Um laser tão puro é capaz de gerar uma fotografia da amostra com um grande campo de visão, da largura de milhares de átomos. [Imagem: SLAC]

Feixes de laser também têm vários padrões - ou modos - de oscilação, assim como instrumentos de cordas e tambores, e o feixe ideal tem todos os seus fótons contribuindo para um único modo.

Quando o LCLS começou a operar, a evidência para uma luz verdadeiramente laser foi a presença de pulsos de raios X brilhantes, monocromáticos e altamente focados.

No entanto, até agora, as estimativas da coerência da luz eram baseadas unicamente em simulações.

Melhor laser do mundo

Agora, os cientistas mediram na prática um tempo de coerência de 0,55 femtossegundo, o que significa que o pulso tem efetivamente a mesma cor e intensidade durante esse intervalo de tempo, equivalente a uma distância de cerca de 150 nanômetros ao longo da direção do feixe.

Assim, uma amostra de 150 nanômetros de profundidade pode ser iluminada com luz coerente de uma única vez, gerando uma fotografia da amostra com um grande campo de visão, da largura de milhares de átomos.

Ter este nível de coerência significa que a maioria dos fótons está confinada a um único modo espacial.

Cerca de 78% dos fótons do laser de raios X estavam no modo dominante, em comparação com menos de 1% em uma fonte de luz síncrotron de raios X típica.

Bibliografia:

Coherence Properties of Individual Femtosecond Pulses of an X-Ray Free-Electron Laser
I. A. Vartanyants et al.
Physical Review Letters
Vol.: 107, 144801 (2011)
DOI: 10.1103/PhysRevLett.107.144801

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Material mais leve do mundo: metal com 99,99% de ar

Materiais Avançados

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/11/2011

 

 

Material mais leve do mundo é metálico e 99,99% ar

A estrutura metálica é feita de vigas ocas, tão leve que não consegue amassar um delicado dente-de-leão. [Imagem: Dan Little/HRL Laboratories]

Fumaça metálica

Cientistas conseguiram o que parecia impossível.

Eles construíram uma espuma metálica que é ainda menos densa do que o aerogel, a até agora substância sólida mais leve do mundo.

Já existem aerogéis de silício, de nanotubos de carbono e até de diamante.

Sua densidade é tão baixa que ele é comumente chamado de "fumaça sólida".

Mas Tobias Schaedler e seus colegas dos Laboratórios HRL, nos Estados Unidos, construíram seu aerogel usando metais.

Ou seja, eles construíram uma "fumaça metálica sólida".

Material mais leve do mundo

A agora nova estrutura mais leve do mundo foi construída com uma liga de níquel e, ainda assim, pesa menos do que uma pena.

Com 0,9 miligrama por centímetro cúbico, ela é 10% menos densa do que o menos denso dos aerogéis.

"A estrutura é tão delicada que ela consiste em 99,99% de ar," afirma Schedler.

Outro resultado surpreendente é que esse aerogel metálico mantém a rigidez, resistência, capacidade de absorção de energia e condutividade da liga metálica maciça.

E tudo isto com a vantagem de não ser quebradiço como a liga original: ele pode ser comprimido a até 50% do seu volume e retornar ao seu estado original sem perda de suas características.

Rede de tubos ocos

Já existem espumas metálicas de diversos tipos, além dos emergentes materiais celulares, mas todos são feitos com arquiteturas aleatórias, além de apresentarem uma relação direta entre a densidade e a resistência.

A nova técnica de fabricação começa com um fotopolímero líquido - uma molécula que altera suas propriedades quando exposta à luz - que é exposto à luz ultravioleta através de uma máscara.

Quando o material curado é retirado, produz-se uma rede tridimensional, que é então recoberta com uma fina película da liga de níquel-fósforo.

O último passo é dissolver o fotopolímero, deixando a estrutura metálica de vigas ocas que compõe o aerogel metálico.

Aplicações dos aerogéis

Os aerogéis têm inúmeras aplicações, tendo sido usados na sonda espacial StarDust para capturar partículas da cauda de um cometa, para remover metais pesada da água contaminada e até para revestir oleodutos.

Os pesquisadores afirmam que o isolamento térmico, a eliminação de vibrações acústicas e a absorção de choques estão entre outras possibilidades de uso.

Como o novo aerogel é metálico, ele tem ainda a possibilidade de ajudar no desenvolvimento de eletrodos mais leves para baterias e catalisadores mais eficientes.

Bibliografia:
Ultralight Metallic Microlattices
T. A. Schaedler, A. J. Jacobsen, A. Torrents, A. E. Sorensen, J. Lian, J. R. Greer, L. Valdevit, W. B. Carter
Science
18 November 2011
Vol.: 334 pp 962-965
DOI: 10.1126/science.1211649

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Bits quânticos são encontrados em primo pobre do silício

Eletrônica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/11/2011

 

 

 

Bits quânticos são encontrados em semicondutor carbeto de silício

Elétrons presos na "imperfeições corretas" comportam-se de tal forma que seus estados quânticos podem ser controlados com  precisão, funcionando como qubits.[Imagem: Kohel et al./Nature]

Qubits cristalinos

 

Nuvens de átomos superfrios não são a única abordagem rumo à construção de computadores quânticos.

David Awschalom e seus colegas da Universidade de Santa Bárbara, nos Estados Unidos, preferem usar como qubits pequenos defeitos na estrutura de cristais.

Eles vinham se concentrando até agora em defeitos no diamante, chamados de vacâncias de nitrogênio.

Eles usam o diamante não por alguma predileção pessoal, mas porque, até agora, o diamante era o único cristal onde essas imperfeições tão promissoras haviam sido encontradas.

Seu trabalho mais recente, contudo, demonstrou que um semicondutor usado pela indústria eletrônica também possui imperfeições cristalinas que podem ser controladas em nível quântico.

Primo pobre do silício

O carbeto de silício é uma espécie de primo pobre do silício: embora venha sendo explorado em algumas aplicações eletrônicas, ele é largamente utilizado pela indústria para fazer lixas e abrasivos.

O que os cientistas descobriram agora é que ele possui imperfeições que não estão diretamente associadas com a estrutura atômica do material como um todo, o que dá características eletrônicas próprias a esses locais.

Até agora, o único cristal que se sabia possuir essas características era o diamante, com suas vacâncias de nitrogênio.

Na eletrônica tradicional, defeitos são coisas indesejadas, que devem ser evitadas devido à sua tendência de aprisionar elétrons em pontos específicos do cristal.

Mas os pesquisadores descobriram que elétrons presos na "imperfeições corretas" comportam-se de tal forma que seus estados quânticos podem ser controlados com precisão.

Qubit no defeito cristalino

Os elétrons que ficam presos nesses defeitos especiais podem ser inicializados, manipulados e medidos usando uma combinação de luz e micro-ondas.

Isto significa que cada um dos defeitos tem todos os atributos necessários para funcionar como um qubit - e um qubit estável, que funciona a temperatura ambiente.

Embora tudo isto já tivesse sido verificado no diamante, fabricar diamantes não é exatamente algo fácil, sobretudo com as "imperfeições corretas". Mais difícil ainda é crescer cristais de diamante no interior de circuitos integrados, preservando todos os demais componentes.

Já os cristais de carbeto de silício são fabricados industrialmente em grandes quantidades, podendo ser facilmente incorporados em circuitos eletrônicos, optoeletrônicos e eletromecânicos.

Os cientistas afirmam que essa descoberta pode significar que os defeitos de muitos outros semicondutores podem ser úteis para a computação quântica: tudo o que é necessário é procurá-los nos semicondutores mais promissores.

Bibliografia:
Room temperature coherent control of defect spin qubits in silicon carbide
William F. Koehl, Bob B. Buckley, F. Joseph Heremans, Greg Calusine, David D. Awschalom
Nature
Vol.: 479, 84-87
DOI: 10.1038/nature10562

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Tecnologia de resfriamento usa calor desperdiçado pelas CPUs

Informática

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/11/2011

Tecnologia de resfriamento usa calor desperdiçado pelas CPUs

O material recebe a água quente vinda do processador e a vaporiza, tirando proveito da perda de calor durante essa vaporização - essa perda de calor resfria a água do circuito paralelo.[Imagem: Fujitsu]

Reciclagem de energia

Usar calor para produzir frio pode parecer um contra-senso.

Mas esta é justamente a inovação que acaba de ser desenvolvida pela empresa japonesa Fujitsu, inaugurando uma área emergente já conhecida como reciclagem de energia.

A tecnologia coleta o calor gerado pelos processadores de computador e usa essa energia para produzir água gelada, que pode então ser revertida para resfriar não apenas os próprios computadores, mas também o prédio inteiro.

A ideia de aproveitar o calor desperdiçado pelas CPUs - e por motores de automóveis, caldeiras e fornos industriais e até a energia térmica do Sol - está por trás do desenvolvimento dos materiais termoelétricos, capazes de converter diretamente calor em eletricidade.

Mas a inovação da Fujitsu surpreendeu por seguir uma linha diferente e mais simples, transformando diretamente a água quente em água fria, sem passar pela geração de eletricidade.

Isto torna o processo mais eficiente, evitando as perdas de conversão em cada etapa.

Reciclagem de energia

Segundo a empresa, o sistema gera água gelada com uma capacidade termal equivalente a 60% do calor desperdiçado que entra no sistema.

Este é um rendimento impressionante quando se considera que um motor de automóvel não aproveita mais do que 30% da energia contida na gasolina ou que as células solares aproveitam entre 20 e 30% da energia luminosa que incide sobre elas.

Ainda pelos cálculos da Fujitsu, a tecnologia pode reduzir o consumo de um datacenter em 20%.

O projeto da empresa é usar a água fria para alimentar o sistema de ar condicionado, e não revertê-la para resfriar os próprios computadores. Mas outros usos já estão sendo planejados.

Material termo-absorvente

O grande segredo da inovação é um novo material capaz de extrair calor da água em temperaturas muito baixas, ao redor de 55°C.

É essa capacidade de captação do calor a baixa temperatura que viabilizou a tecnologia, uma vez que ela é menor do que a temperatura da água que pode ser coletada dos sistemas de resfriamento a água de processadores, temperatura esta que pode variar dependendo da carga de trabalho do processador.

O material recebe a água quente vinda do processador e a vaporiza, tirando proveito da perda de calor durante essa vaporização - essa perda de calor resfria a água do circuito paralelo.

Partindo de um suprimento de água com temperatura entre 40°C e 55°C, que é a temperatura de operação do novo material, é possível produzir um fluxo contínuo de água no circuito secundário com temperatura entre 15°C e 18°C, dentro dos padrões de funcionamento dos sistemas de ar condicionado.

Escala industrial

Tendo comprovado o funcionamento da tecnologia em padrões reais de operação, a empresa afirma que agora vai começar a trabalhar na produção dos sistemas em escala industrial, que deverão chegar ao mercado em 2014.

O sistema será voltado não apenas para datacenters, como também para fábricas, prédios de escritórios e usinas de energia solar.

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Luz é gerada pelo vácuo

Energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/11/2011

Confirmado: o vácuo produz luz

Os fótons virtuais que pululam do vácuo quântico são capturados em duplas por um "espelho" que vibra a uma velocidade próxima à velocidade da luz.[Imagem: Philip Krantz/Chalmers]

Luz do vácuo

Cientistas conseguiram transformar escuridão em luz: eles produziram luz a partir do vácuo.

A realização do experimento, previsto há mais de 40 anos, coube a Christopher Wilson e seus colegas da Universidade Chalmers, na Suécia.

O grupo conseguiu capturar fótons que pululam do vácuo quântico, aparecendo e desaparecendo continuamente.

Vácuo não é vazio

O experimento é baseado em um dos mais estranhos, mas mais importantes, princípios da mecânica quântica: o princípio de que o vácuo pode ser tudo, menos um vazio "repleto de nada".

Na verdade, o vácuo está repleto de partículas que estão flutuando continuamente entre a existência e a inexistência: elas surgem do nada - ou melhor, do vácuo quântico - têm uma vida efêmera e desaparecem novamente.

Seu tempo de vida é tão curto que esses fótons são mais comumente conhecidos como partículas virtuais.

O que os pesquisadores fizeram foi pescar alguns desses fótons e dar-lhes a eternidade em termos quânticos, ou seja, transformá-los em fótons reais, luz que pode ser detectada por um sensor e medida.

Simulando um espelho

Para capturar os fótons virtuais, os pesquisadores simularam um espelho movendo-se a uma fração significativa da velocidade da luz. O fenômeno, conhecido como efeito de Casimir dinâmico, foi observado experimentalmente pela primeira vez.

"Como não é possível fazer um espelho mover-se rápido o suficiente, nós desenvolvemos outra técnica para obter o mesmo efeito," explica o professor Per Delsing, coordenador da equipe. "Em vez de variar a distância física até um espelho, nós variamos a distância elétrica de um circuito elétrico que funciona como um espelho para micro-ondas".

O "espelho" consiste em um sensor quântico conhecido como SQUID (Superconducting Quantum Interference Device), que é extremamente sensível a campos magnéticos.

Alterando a direção do campo magnético vários bilhões de vezes por segundo, os cientistas fizeram o "espelho" vibrar a uma velocidade equivalente a 25% a velocidade da luz.

Isto é cinco vezes mais do que a tentativa anterior, quando os cientistas afirmaram pela primeira vez ter produzido luz a partir do nada - aquele artigo, contudo, ainda não havia sido aceito para publicação em uma revista científica, o que significa que outros cientistas não haviam avaliado o experimento.

"O resultado foi que os fótons apareceram em pares do vácuo, e nós pudemos medi-los na forma de radiação de micro-ondas," disse Delsing, ou seja, exatamente como a teoria previa.

Materialização dos fótons

O que acontece durante o experimento é que o "espelho" transfere uma parte de sua energia cinética para os fótons virtuais, o que os ajuda a se "materializarem".

Segundo a mecânica quântica, vários tipos de partículas pululam no vácuo quântico. Os cientistas acreditam que foram capazes de detectar os fótons porque eles não têm massa.

"É necessário relativamente pouca energia para excitá-los e tirá-los do estado virtual. Em princípio, pode-se criar outras partículas do vácuo, como elétrons e prótons, mas isso vai exigir um bocado mais de energia," disse Delsing.

Agora os cientistas querem estudar em detalhes esses fótons emergentes: como eles surgem aos pares, os cientistas acreditam que eles possam ser úteis para o desenvolvimento de computadores quânticos, com seus qubits de partículas entrelaçadas.

Bibliografia:
Observation of the dynamical Casimir effect in a superconducting circuit
C. M. Wilson, G. Johansson, A. Pourkabirian, M. Simoen, J. R. Johansson, T. Duty, F. Nori, P. Delsing
Nature
17 November 2011
Vol.: 479, 376-379
DOI: 10.1038/nature10561

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Como o grafeno está acelerando a era digital

Eletrônica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/11/2011

Como o grafeno está acelerando a era digital

O grafeno é uma espécie de tela de galinheiro formado por uma única camada de átomos de carbono.[Imagem: Jannik Meyer]

Grafeno-maravilha

O grafeno tem sido apontado como uma espécie de material-maravilha, útil para quase tudo.

Na eletrônica, contudo, sua utilidade não é óbvia porque ele tropeça logo na entrada.

Ocorre que o grafeno não tem bandgap, uma propriedade fundamental para que um transístor possa passar de um estado ligado para desligado - representar um 0 ou um 1 digitais.

Isto seria suficiente para que qualquer outro material fosse deixado de lado logo de início.

Mas não o grafeno: as muitas outras vantagens do material têm levado inúmeros grupos de pesquisas a trabalhar na superação dessa deficiência e, mais importante, na descoberta de outras qualidades dos materiais bidimensionais.

E os sucessos começam a se acumular. Aqui estão os exemplos mais recentes.

Como o grafeno está acelerando a era digital

Inversor de grafeno, um elemento fundamental dos transistores digitais, que pode permitir o uso amplo dos transistores de grafeno. [Imagem: Hong-Yan Chen]

Inversor de grafeno

Hong-Yan Chen e Joerg Appenzeller, da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, criaram um inversor de grafeno que funciona a temperatura ambiente.

Um inversor é um elemento fundamental para que os transistores possam amplificar os sinais e controlar seu chaveamento entre 0 e 1.

Na eletrônica convencional, o silício é dopado com quantidades minúsculas de outros elementos. Mas dopar o grafeno - um material com uma única camada de átomos - é um desafio nada desprezível.

Chen e seus colegas desenvolveram uma técnica chamada dopagem eletrostática, que usa um campo elétrico gerado por dois eletrodos, colocados a apenas 40 nanômetros da camada de grafeno.

Os transistores de grafeno já são uma realidade - já foi criado até mesmo um circuito integrado de grafeno - mas eles têm-se mostrado práticos apenas para aplicações especializadas.

Os novos inversores representam um passo importante rumo ao uso dos transistores de grafeno em uma gama maior de aplicações digitais - o que inclui computadores e eletrônicos de consumo.

Como o grafeno está acelerando a era digital

Esquema de um transístor de grafeno, com a ilustração superior mostrando as vacâncias, que geram magnetismo em um material de carbono puro. [Imagem: Jianhao Chen/Michael S. Fuhrer]

Magnetismo em carbono puro

Outra descoberta mais impressionante criou uma forma de controlar as propriedades magnéticas do grafeno, o que permite seu uso tanto como memória de acesso aleatório (RAM), quanto para o armazenamento magnético de dados - em discos rígidos ou em memórias tipo flash, por exemplo.

Jianhao Chen e Michael S. Fuhrer, da Universidade de Maryland, descobriram que as ausências de alguns átomos na rede atômica do grafeno - chamadas vacâncias - funcionam como minúsculos ímãs - as vacâncias possuem "momento magnético".

Mais do que isso, esses momentos magnéticos interagem fortemente com os elétrons que conduzem eletricidade através do grafeno, gerando uma forte resistência elétrica, conhecida como efeito Kondo.

E o efeito Kondo surge no grafeno sem qualquer impureza, ou seja, sem a necessidade de dopagem do material.

Fuhrer afirma que, se as vacâncias no grafeno forem organizadas da maneira correta, isto poderá gerar o ferromagnetismo no material de carbono puro - cada "núcleo" Kondo pode se transformar em um bit magnético controlável.

"Momentos magnéticos individuais poderão ser acoplados juntos por meio do efeito Kondo, forçando-os a se alinharem na mesma direção," afirma ele. "Quando acoplado com as impressionantes propriedades elétricas do grafeno, o magnetismo poderá ter interessantes aplicações na spintrônica."

Assim, ao contrário da eletrônica do silício, que depende da colocação precisa de átomos no silício - a chamada dopagem - a eletrônica do grafeno poderá se basear na retirada de átomos em locais precisos da rede atômica do grafeno.

Como o grafeno está acelerando a era digital

À esquerda, os transistores de grafeno hidrogenada, construído com portas de vários tamanhos (à direita). [Imagem: Joshua Robinson/Penn State EOC]

Grafeno flutuante

Mesmo já detendo o recorde de transístor mais rápido do mundo, um transístor de grafeno pode ter sua velocidade multiplicada por três com a adição de hidrogênio.

Joshua Robinson e David Snyder, da Universidade da Pensilvânia, conseguiram triplicar não apenas a velocidade de chaveamento (clock) do transístor, como também o desempenho em radiofrequência de um transístor de grafeno construído sobre uma pastilha de carbeto de silício.

A técnica de hidrogenação consistir em transformar a camada de interface entre o carbeto de silício e o grafeno em uma segunda camada de grafeno que passa a "flutuar" livremente, usando o hidrogênio para sustentar as ligações de carbono.

O que seria a camada original de grafeno passa a ser uma segunda camada, perfeitamente ajustada sobre a camada intermediária flutuante.

Com esta esta técnica de hidrogenação, o chamado grafeno epitaxial apresentou um aumento entre 200 e 300% na mobilidade de cargas, alcançando 2.050 cm2/(V/s).

Como o grafeno está acelerando a era digital

Esquema do modulador óptico de grafeno, que controla os pulsos de luz usando variações na tensão elétrica. [Imagem: Ming Liu/Berkeley]

Controle da luz

A equipe do professor Xiang Zhang, da Universidade de Berkeley, construiu um minúsculo dispositivo óptico de grafeno com potencial para romper todos os limites nas comunicações digitais.

O componente demonstrou uma capacidade sem precedentes para o chaveamento, isto é, para a passagem de um estado ligado para um estado desligado.

Esta capacidade de chaveamento é uma característica fundamental de um modulador de rede, que controla a velocidade com que os pacotes de dados são transmitidos.

O grupo ajustou eletricamente o grafeno para absorver luz com o comprimento de onda usado nas telecomunicações por fibras ópticas.

Eles descobriram que a energia dos elétrons - o seu nível de Fermi - pode ser facilmente alterada dependendo da tensão aplicada ao material. O nível de Fermi do grafeno, por sua vez, determina se a luz será absorvida ou não.

Quando uma tensão negativa suficiente é aplicada, os elétrons são despejados do grafeno, não ficando mais disponíveis para absorver os fótons - a luz é "ligada" porque o grafeno se torna totalmente transparente, permitindo que os fótons o atravessem.

O grafeno também é transparente a determinadas tensões positivas, porque, nessa situação, os elétrons são tão densamente empacotados que eles não conseguem absorver os fótons.

Os pesquisadores encontraram um meio-termo, onde uma tensão positiva é dosada precisamente para que os elétrons consigam impedir a passagem dos fótons - efetivamente "ligando" a luz.

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