Tecnologia brasileira de purificação de água chega ao mercado
Meio ambiente
Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/11/2012
O equipamento é compacto e agrupa tudo em uma única caixa pesando apenas 13 Kg, o que facilita seu transporte para locais remotos. [Imagem: Fernanda Farias]
Sucesso
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) conseguiu um feito raro no Brasil: colocar no mercado um produto baseado em uma tecnologia desenvolvida na instituição.
O pesquisador Roland Ernest Vetter desenvolveu o Água Box, um sistema de desinfecção de água alimentado por energia solar.
Testado na prática em várias comunidades da região amazônica, o aparelho mostrou-se um prático e barato para proteger a população contra bactérias e outros micro-organismos perigosos.
O aparelho foi demonstrado em vários eventos de ciência e tecnologia nos últimos anos, como o lema "Água Solar: Nós lavamos água".
Agora a tecnologia foi licenciada para a empresa Hightech Componentes da Amazônia, que tem até dois anos para colocar o produto no mercado.
Desinfecção com luz ultravioleta
O protótipo da tecnologia foi testado dentro das instalações do INPA e, desde 2008, está instalado em cinco comunidades indígenas próximo ao rio Juruá, no Amazonas.
"Nós desenvolvemos esse equipamento e vimos durante a pesquisa que ele é de suma importância, principalmente para o interior do estado, ajudando a manter a saúde da população", ressaltou Roland Vetter.
O aparelho desinfeta a água por meio de radiação ultravioleta tipo C.
Ele é capaz de tornar potável as águas sujas de rios e lagos, retirando não apenas os particulados, mas também os germes.
O equipamento é compacto e agrupa tudo em uma única caixa pesando apenas 13 Kg, o que facilita seu transporte para locais remotos.
Alimentado por energia solar, o aparelho purifica 400 litros de água por hora. A vida útil da lâmpada ultravioleta é estimada em 10.000 horas.
Mais tecnologias
O Água Box não é a primeira tecnologia desenvolvida pelo INPA.
A instituição tem atualmente, 71 produtos e 52 pedidos de patentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Já estão em andamento mais quatro processos de transferência de tecnologia para empresas: a fabricação de farinha de pupunha integral; um processo de obtenção de Zerumbona isolada dos óleos essenciais das raízes de zingiber l. Smith; e uma composição farmacêutica do extrato de zingiber zerumbet.
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