MATERIAL ESCOLAR
Logo no princípio do ano, ocasião em que temos a maior leva de compromissos a cumprir e quando as nossas escassas reservas estão exauridas por conta das festas de fins de ano como Natal e Reveillon, temos que nos dispor a enfrentar uma maratona à cata do material escolar dos nossos rebentos se não quisermos incorrer no erro de criá-los ignaros.
É um corre-corre frenético de pais e mães de família na estafante busca por melhores preços e melhores condições de pagamento na seleção do material escolar de seus filhos, visto que os preços praticados pelo setor são sempre reajustados nesta passagem do ano.
Mas não é tarefa fácil encontrar preços que se encaixilhem nos seus parcos orçamentos, pois, sempre encontra óbices que lhe tolhem a escolha de todo o material necessário, tendo às vezes que abrir mão de alguns itens constantes da lista, não pelo fato de serem dispensáveis, mas por falta de dinheiro mesmo.
A coisa fica mais complicada quando a criança é impertinente e acompanha os pais na escolha do material, exigindo aquilo que está do seu gosto, mas que custa mais caro, azucrinando a paciência destes a ponto de os deixarem com os nervos em pandarecos.
Se pelo menos tivéssemos reajustes condizentes com a realidade em que vivemos, que fosse capaz de satisfazer todas as nossas reais necessidades, aquelas indispensáveis e que não podem ser consideradas supérfluas, seria muito bom.
Então eu conjeturo, quando será que as autoridades em educação tomarão medidas decisivas no sentido de dar melhores condições ao ensino público, com escolas de qualidade, onde o aluno tenha um aproveitamento ideal e o corpo docente seja honrosamente remunerado, escolas que sejam confiáveis, que não deixem margem para especulações? Quando irão disciplinar o funcionamento das escolas particulares que ditam as suas próprias regras em detrimento de todo um contingente de usuários que querem dar um ensino melhor a seus filhos; que reajustam abusivamente suas mensalidades e exigem coisas absurdas com cláusulas leoninas nas entrelinhas de seus contratos?
O que é solicitado hoje pelas escolas particulares é um disparate porque querem se eximir de suas próprias responsabilidades chegando a incluir na lista coisas que não tem nada a ver com o aprendizado do aluno, como por exemplo, lápis, borracha e caderno para crianças do maternal, papel higiênico, palitos para churrasco, copos descartáveis, álcool, material de limpeza a até prendedores de roupa dentre outros.
Alguns itens da lista nunca chegam a ser usados em sala de aula ou em qualquer situação, como já pude constatar e, como se não bastasse, durante o ano letivo todo mês tem festa ou data comemorativa para as quais os pais são obrigados contribuir. Pode? Não, mas acontece.
Pelo andar da carruagem ainda vai demorar um bom tempo para que minhas elucubrações se tornem realidade.
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