OS DONOS DA RUA
Algumas pessoas pensam que podem fazer o que querem sem ter que dar satisfação a ninguém. Um caso típico é o da proliferação de vendedores ambulantes nas calçadas que são a via preferencial do pedestre, que muitas vezes se sente obrigado a tomar atalhos pela pista de rolamento, correndo o risco de ser atropelado.
No mercado público, por exemplo, existem dezenas de boxes desocupados nos dois prédios, mas, as calçadas estão tomadas pelos vendedores que disputam os melhores locais, sem contar os que pululam entre os transeuntes oferecendo os seus produtos.
Proprietários de estabelecimentos comerciais também colocam mercadorias nas calçadas, carrinhos de mão, caixas, bicicletas, etc. Outros vão mais além e tentam priorizar as vagas de estacionamento em frente aos seus comércios, pintando os meio-fios da calçada e a própria pista ou delimitando-as com cones, cadeiras e outros trambolhos quaisquer. Tem deles que até acorrenta um carrinho de transporte manual numa argola fixada no solo (asfalto). Alguns acorrentam reboques aos postes, talvez para evitar que sejam roubados.
Outro inconveniente são as mesas de alguns bares postas sobre a calçada ou mesmo na rua, ainda que não exista um festejo que justifique essa prática.
Não tenho nada contra a nenhuma dessas pessoas, até porque eles também têm o direito de ganhar o pão de cada dia, mas, sem que prejudiquem aos demais transeuntes, pois, a rua deve ser comum a todos, posto que é pública.
As nossas ruas são também dominadas por mecânicos, borracheiros e outros profissionais em sua labuta diária. Nada de censurável nestes profissionais a não ser o fato de se utilizarem da via pública ou das calçadas.
Quando se trata de um fato isolado, de um caso fortuito ou de emergência, tudo bem, mas existem ruas onde há a sua predominância e isso não bom porque causa embaraços no trânsito de veículos e de pessoas.
Como o nosso transito não é um dos mais disciplinados do Estado, há ainda os excessos de alguns condutores e proprietários de veículos folgados, que não se lixam para os queixumes de quem quer que seja e estacionam de modo a não dar saída ou não deixar espaços que possam ser utilizados por outros. Param paralelamente, fechando a rua, ou no meio desta, muitas vezes para dar recado ou simplesmente bater papo. Além desses, ainda tem os motoristas de topics (vans) e microônibus que circulam pelo centro a cata de passageiros, no grito, sem se importarem de parar até mesmo no cruzamento para descer ou recolher seus usuários.
Há de se pensar num modo de controlar esses excessos e a prefeitura tem tudo a ver com isso e se não toma as medidas indispensáveis é por porque não quer, por não dar a atenção merecida.
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