TRABALHO INFANTIL

Agora por ocasião do carnaval, vi no noticiário da TV, uma reportagem onde os repórteres exibiam o emprego de crianças trabalhando com ou sem os seus pais, no recolhimento de garrafas plásticas e latas de cerveja, ou vendendo alguma coisa nos locais de desfile, em algumas capitais onde a folia é mais evidenciada.

Ora, todos sabem que, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente o trabalho infantil é proibido. É lei, não se discute e todos devem cumprir, disso ninguém tem dúvida. Entretanto essa mesma lei não pode proibir ninguém de se manifestar e externar o que pensa e aqui declaro o meu ponto de vista a respeito do assunto.

Com essa prerrogativa, a criança ou o adolescente não pode trabalhar, mas se quiser, pode delinqüir. Pode comprar ou alugar armas, traficar, roubar e até matar, pois, se por um acaso for preso vai para um abrigo para menores delinqüentes, cumpre uma parte da pena, - quando cumpre - e em pouco tempo estará solto, livre qual um pássaro, ave de rapina com suas garras afiadas pronta a se precipitar sobre a primeira vítima que encontrar. Ademais, conta com o amparo da lei que os acoberta com suas longas asas, e com diversas entidades e organismos em seu favor.

Por que não separar o delinqüente do infante normal? Um artigo dessa mesma lei poderia fazer a distinção entre um e outro os quais seriam vistos sob duas ou mais óticas distintas. Não é justo que menores infratores tenham o mesmo tratamento que outros bem comportados.

Por não poderem trabalhar ficam expostos aos riscos de serem aliciadas por quadrilhas, que os assediam para a prática de pequenas infrações que crescem à medida que o garoto se adapta ao regime da bandidagem. No princípio, são bem tratados com agrados diversos até que, num segundo estágio, se viciem, para em seguida começar a “trabalhar” para sustentar o próprio vício. As conseqüências disso todos nós sabemos e por isso dispenso comentários.

Sem querer ser retrógrado, mas ao mesmo tempo fazendo apologia ao passado, tempo em que as crianças podiam aprender o ofício do pai ou que podiam trabalhar para ajudar nas despesas de casa, para comprar seus brinquedos, suas balas e pirulitos, suas guloseimas e até mesmo suas roupas. Quantas não fizeram uma boa poupança! Aliás, esse é um dever natural dos pais, além da educação normal ensiná-los a trabalhar, pois, mantê-los na ociosidade pode ser a causa de muitas situações indesejáveis.

Evidentemente que não estou contra os ditames da lei, mas, fazendo uma crítica que muitos gostariam de fazer e não a fazem por falta de oportunidade, porque as nossas leis, apesar de serem tidas como boas, ainda carecem e muito de aperfeiçoamentos porque os homens que as fizeram, não foram argutos o suficiente para descobrir tais brechas.

A verdade é que, ninguém se importa com a situação do menor abandonado, com o órfão, com aqueles realmente carentes. Fala-se muito, porém pouca ou coisa nenhuma se tem feito em seu favor e a imprensa, quando explora esse filão é por falta de matéria mais importante para divulgar ou por imperícia mesmo.

Não quero, com o que afirmo, negar a existência de abusos, da verdadeira exploração do menor que há em nosso País, porque essa prática é bastante conhecida. Mas, jornalista, imprensa, TV, governo, igrejas, outras entidades, etc., só tem falácia, conversa fiada mesmo, nada mais!

Postar um comentário