Brasil avançou na inovação tecnológica em 2011

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Guilherme Gorgulho - Inovação Unicamp - 26/12/2011

Acelerar a inovação

Há um sentido de urgência que permeia o discurso do presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), Carlos Calmanovici.

Representante de mais de 200 empresas e entidades orientadas a P&D no segmento produtivo - a maioria delas de grande porte e de capital nacional -, a Anpei considera que 2011 foi um ano positivo, de conquistas, mas há uma grande necessidade de se acelerar a implementação de políticas e ações de fomento para que o Brasil não perca a disputa pela competitividade.

"O principal ponto de destaque para mim é a questão da velocidade, nós temos que fazer tudo isso que estamos fazendo de uma forma mais rápida, porque os outros estão fazendo mais rápido do que nós", considerou o engenheiro químico Calmanovici, que também é diretor de Inovação e Tecnologia da ETH Bioenergia.

Em um ano em que o Ministério da Ciência e Tecnologia incorporou a Inovação ao nome e às prioridades da pasta, em que foi anunciada a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), em que foi lançado o programa Ciência sem Fronteiras para qualificar recursos humanos e em que a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) iniciou um estudo para crescer e se transformar em uma instituição financeira, a bússola parece estar apontando para o lado certo, mas o acelerador precisa ir mais a fundo para que o Brasil realmente concorra em condições de igualdade na corrida da inovação, de acordo com a Anpei.

"Nós temos nossas dificuldades [para inovar], temos todas as justificativas que são razoáveis, que temos que entender, mas se nós não fizermos alguém vai fazer; e se nós fizermos alguém pode fazer também, mas nós podemos brigar e temos como fazer isso", afirma Calmanovici.

Banco da inovação

No dia 9 de dezembro, a Anpei realizou a última reunião do ano de seu Conselho Superior, que contou com as presenças do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aloizio Mercadante, e do secretário-executivo da pasta, Luiz Antonio Rodrigues Elias, para fazer um balanço das atividades e abordar os planos para 2012.

Para a entidade que representa as empresas inovadoras, um dos avanços principais foi a mudança de foco da Finep, que passou a apoiar mais as iniciativas empresariais. O tamanho da carteira de pedidos de crédito para a inovação da Finep aumentou em quase cinco vezes desde o início do ano, alcançando no final de 2011 a marca de R$ 9,13 bilhões. Além disso, o total de recursos liberados cresceu 56% em relação a 2010, chegando a R$ 1,87 bilhão.

Nesta entrevista, o presidente da Anpei avalia as mudanças na agência ligada ao MCTI, faz um balanço sobre como foi o ano e aponta quais temas requerem uma atenção especial para o ano que se inicia.

Como foi o ano de 2011 para a inovação no Brasil sob o ponto de vista da Anpei?

A Anpei vê 2011 efetivamente como um ano de avanços, houve avanços significativos. Do ponto de vista de recursos, o orçamento da inovação cresceu. Nós percebemos que houve um comprometimento maior entre todos os atores, inclusive de atores políticos. Por parte do governo isso foi refletivo, por exemplo, no plano Brasil Maior, mas também em outras iniciativas. São pontos que trazem impactos de grande significado e que têm desdobramentos. Mais do que isso, acho que foi emblemática a postura.

No posicionamento houve uma evolução, por exemplo, da Finep. É um processo que obviamente não terminou e já vinha em um crescimento, com uma mudança de foco de "academia" para "academia mais empresa", não apenas da geração de conhecimento, pegando o processo todo de inovação.

De um modo geral, 2011 confirmou essa tendência que já estava acontecendo de uma mudança de eixo, de foco, não no sentido de uma mudança realmente, mas no sentido de complementar.

A geração do conhecimento, que continua sendo apoiada, continua sendo fundamental para todos, mas agora há essa ressonância na transformação desse conhecimento em produtos, em valor. Em 2011, nós estabelecemos um grupo de trabalho conjunto, Finep e Anpei, que se reuniu algumas vezes durante o ano e que foi extremamente produtivo.

Sobre pontos negativos para o cenário da inovação, o que a Anpei destaca?

Há um aspecto que eu considero negativo em 2011, que atrapalha bastante e é um assunto que teremos que trabalhar nos próximos meses, que foi a Instrução Normativa nº 1.187 da Receita Federal.

Essa IN era uma demanda nossa. A Anpei, juntamente com a Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo], montou um grupo de trabalho de discussão com a Receita e o MCTI. Nesse sentido foi bom, porque nós pudemos discutir com a Receita e trazer os pontos de vista desses atores, das empresas.

Ocorre que a Lei do Bem representa uma renúncia fiscal por parte do governo que segue alguns procedimentos. E essa lógica está representada na lei e na regulamentação. A IN é o entendimento da Receita com relação a esse marco legal.

Um exemplo é que, pelo seu investimento em inovação, a empresa pode descontar uma parte do lucro bruto e com isso ter uma redução do imposto pago. Se a empresa tem um investimento em uma equipe de 100 pessoas, que representa "x" milhões de reais de investimento por ano, esse investimento pode ser abatido anualmente e haverá uma redução do imposto devido.

Mas a dúvida é se a área de apoio administrativo está dentro da área de P&D ou não, e a legislação não vai nesse detalhe. A equipe de P&D pode ser considerada nesse mecanismo, mas a Receita disse que o pessoal administrativo não é considerado - como secretária, pessoal da área de patentes, entre outras.

Nessa questão, o tratamento ainda tem um viés um pouco acadêmico, porque na academia a parte administrativa já está considerada automaticamente. Mas no caso da empresa é realmente um ônus, que penaliza a atividade de inovação. O entendimento da Receita é que essas atividades não fazem parte das atividades estimuláveis e com isso nós temos uma redução importante.

De que maneira isso influencia as estratégias de interação comuns dentro do processo de inovação?

Nós operamos muito hoje em um sistema de "inovação aberta", é bonito, todos falam, incentivam, estimulam, encorajam, e está no discurso de todos - academia, governo e empresas. É outra forma de fazer pesquisa.

Hoje não se faz mais pesquisa como se fazia há 10, 20 ou 30 anos. Não há equipe de P&D que faça toda a pesquisa internamente. Ninguém mais tem isso, mesmo os grandes. As operações, as transações, as negociações de tecnologia e de desenvolvimento conjunto ficaram mais complicadas, mais difíceis.

Se eu contrato um P&D com alguém, eu não posso ter o benefício nessa contratação, pois esse não é um dos itens que eu possa ter o benefício fiscal; só em alguns casos, como de universidades, uma pequena empresa, uma ICT ou afins.

Nossa sugestão era de que isso fosse generalizado, pois quem está correndo o risco pela atividade de P&D e está investindo efetivamente sou eu, e não a outra empresa; então, é razoável que eu também tenha o benefício. Há uma lógica obviamente, pois a Receita não quer que haja duplicidade do benefício, mas há formas de evitar que isso aconteça.

E obviamente a nossa proposta não era a de que houvesse duplo benefício, mas que quem efetivamente fosse o motor, o agente da inovação, deveria ter o acesso ao benefício, e não quem realiza necessariamente o trabalho de P&D.

A meta do governo federal de que os investimentos em inovação cheguem a 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2015, sendo metade do setor público e metade do setor privado, é uma meta realista? Esse número é compartilhado pelos planos das empresas representadas pela Anpei?

A meta é oportuna, razoável, mas que precisa ser contextualizada; não é só o número em si do investimento, mas como nós recheamos esse investimento.

Uma coisa boa é que, com esse ritmo novo de evolução da Finep e com a resposta das empresas, que tem sido até além das expectativas em alguns casos, existe um apetite muito grande das empresas. Elas percebem que a inovação não é um dos elementos da competitividade, mas é "o" elemento da competitividade.

Depois daquele período de substituição das importações e tudo mais que nós vivemos, hoje a competição - que é muito mais intensa, com países como Índia, Rússia, África do Sul e China - só pode se dar por meio da diferenciação, e diferenciação é inovação. Se não tivermos um foco muito grande em inovação, não vamos conseguir manter competitividade de modo perene, estrutural.

A competitividade estrutural vem somente por meio da inovação. Um ponto fundamental é que o Brasil tem que ter competitividade para inovar. Hoje, a inovação não é competitiva no Brasil. Nós temos problemas, e falando dessa forma é um pouco forte, mas temos que fazer as provocações que tenham ressonância.

O Brasil tem limitações hoje para que a atividade de inovação seja competitiva. O Brasil não tem competitividade para investir, pela taxa de câmbio, pelos juros e por todos os fatores macroeconômicos que dificultam o investimento no País.

Inovação é investimento, e tudo que se fala de investimento, se aplica também à inovação, como custo Brasil, questão trabalhista, etc., com algumas questões adicionais, como a mão-de-obra. Nós temos uma deficiência de recursos humanos de alto nível, com alta qualificação ou altíssima qualificação, que façam P&D e inovação de alto nível. O Brasil tem até bons pesquisadores em alguns casos, mas não necessariamente empreendedores e inovadores. Na academia e nas empresas, nós acabamos formando pesquisadores e esse aspecto da inovação efetivamente muitas vezes é deficiente.

Há algumas oportunidades e o governo está trabalhando nelas, como essa iniciativa do programa Ciência sem Fronteiras. É uma iniciativa extremamente bem-vinda que acho que será muito interessante para nós.

Há uma cobrança grande para que as empresas brasileiras invistam mais em inovação, a exemplo do que acontece na maioria dos países desenvolvidos. Mas há um ambiente favorável para que isso ocorra atualmente?

Falta um ambiente mais favorável e uma condição mais favorável. A briga da Anpei é justamente essa de trazer o maior número possível de empresas, porque uma isoladamente não consegue inovar. Isoladamente ela inova por algum tempo, mas é fogo de palha, não decola.

Nós precisamos estruturar a inovação nas cadeias produtivas; o discurso e a prática da Anpei são de estimular a inovação cada vez mais nas cadeias e ter um número maior de empresas inovando ajuda e alavanca a inovação das empresas que hoje já fazem inovação.

São poucas as empresas que efetivamente inovam no Brasil e nós temos que trabalhar para que cada vez mais haja mais empresas, mas não é um passe de mágica.

Eu cito o exemplo de São Paulo. Porque nós em São Paulo temos um nível de investimento em P&D num patamar da OCDE [Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico], e a participação das empresas é de mais de 60%. Porque aqui temos um ambiente mais favorável, tanto do ponto de vista da inovação em si, quanto da demanda, ou seja, o mercado pede, ele é competitivo e demanda essa inovação. As empresas ou fazem essa inovação ou estão fora. Temos que brigar para criar essa mesma condição.

Não estou citando como exemplo São Paulo dizendo que temos que fazer o que se faz aqui nos outros Estados, mas é considerar que é um processo, e que temos que criar esse ambiente favorável efetivamente, para que as empresas incorporem esse conhecimento e consigam transformar em inovação.

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ÓLEO DIESEL

DIESEL

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

 

imageO óleo diesel (em Portugal e no Brasil) ou gasóleo (só em Portugal) é um derivado da destilação do petróleo bruto usado como combustível nos motores Diesel, constituído basicamente por hidrocarbonetos. O óleo diesel é um composto formado principalmente por átomos de carbono, hidrogênio e em baixas concentrações por enxofre, nitrogênio e oxigênio.

O diesel é selecionado de acordo com suas características de ignição e de escoamento, adequadas ao funcionamento dos motores ciclo diesel. É um produto pouco inflamável, medianamente tóxico, pouco volátil, límpido, isento de material em suspensão e com odor forte e característico. Recebeu este nome em homenagem ao engenheiro alemão Rudolf Diesel que inventou um meio mecânico para explorar a reação química originada da mistura de óleo e do oxigênio presente no ar.

 

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Figura 1: Aspecto do diesel (sintético e convencional tipo 2 estadounidense).

Utilização

Pelo fato de uma mistura de diesel com o ar produzir uma forte explosão quando comprimida, tal reação passou a ser utilizada para gerar energia e movimentar máquinas e motores de grande porte. Esses motores são conhecidos como motores do ciclo diesel. Tais motores são empregados nas mais diversas aplicações, tais como: automóveis de passeio, furgões, ônibus, camiões, pequenas embarcações marítimas, máquinas de grande porte, locomotivas, navios e aplicações estacionárias (geradores elétricos, por exemplo). Em função dos tipos de aplicações, o óleo diesel apresenta características e cuidados diferenciados para conservar sempre o mesmo ponto de fulgor e não fugir dos padrões de ignição pré-estabelecidos por essa tecnologia. Porém, em alguns países, essa regra vem sendo descumprida e já é costume os governos permitirem a mistura de outras substâncias ao óleo diesel.

Apesar de nos veículos motorizados a utilização de gasóleo (óleo diesel) ser mais poluente para o meio ambiente devido à sua composição química, este oferece mais segurança na prevenção de incêndios e/ou casos de perigo de fogo. Isto porque este combustível apenas é inflamável pelo fogo se submetido altíssimas temperaturas ou altíssimas pressões.

Características

A densidade do diesel de petróleo é de cerca de 0,832 kg/L, que é mais pesado que a gasolina em 12%. Cada litro quando queimado oferece um valor de energético de 35,86 MJ (que também é mais que a gasolina que é de 32,18 MJ/L) e liberta 2,6 Kg de CO2. (Também convenientemente expresso na forma de 1 litro/100 km = 26.5 g/km CO2 usado para calcular as emissões dos veículos a diesel). Em 2011 motores turbo a diesel conseguem eficiências da ordem 45% entre energia química em energia mecânica (Valor superior aos motores a gasolina que são 30%) [1].

Óleo diesel no Brasil

No Brasil há predominância do transporte rodoviário, tanto de passageiros quanto de carga. Por esta razão, o óleo diesel é o derivado de petróleo mais consumido no país. O volume de óleo diesel vendido em 2009 representou 41% do volume total de derivados[2]. O crescimento econômico nos últimos anos tem elevado substancialmente as vendas (figura 2). Ainda assim, com a elevação da produção interna recente, houve uma redução percentual da importação deste derivado (figura 3).

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Figura 2: Vendas de diesel no Brasil.[2]

Figura 3: Origem do óleo diesel movimentado no Brasil.[2]

 

O óleo diesel, de acordo com sua aplicação, é comercializado como:

· Rodoviário;

· Marítimo;

A ANP autoriza a utilização do óleo diesel para outras aplicações, denominado off road, e prevê sua futura regulamentação [3]:

"Art. 16. O uso de óleo diesel para fins ferroviários, agropecuários, industrial e geração de energia elétrica está autorizado até que se estabeleça especificação para uso não rodoviário (off road)."

Óleo diesel rodoviário

O óleo diesel rodoviário é classificado como do tipo A (sem adição de biodiesel) ou do tipo B (com adição de biodiesel). A Resolução da ANP nº 42[3] apresenta a seguinte nomenclatura para o óleo diesel rodoviário:

"Art. 3º Fica estabelecido, para feitos desta Resolução, que os óleos diesel A e B deverão apresentar as seguintes nomenclaturas, conforme o teor máximo de enxofre:

a) Óleo diesel A S50 e B S50: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 50 mg/kg.

b) Óleo diesel A S500 e B S500: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 500 mg/kg.

c) Óleo diesel A S1800 e B S1800: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 1800 mg/kg."

O chamado óleo diesel de referência é produzido especialmente para as companhias montadoras de veículos a diesel, que o utilizam como padrão para a homologação, ensaios de consumo, desempenho e teste de emissão.

No Brasil, devido à segunda fase da crise do petróleo, em 1976 foram criadas leis proibindo a venda de veículos menores movidos a diesel, apesar de haver a fabricação dos mesmos em solo nacional para a venda em outros países.

Óleo diesel marítimo

Também ocorrem subdivisões no caso do óleo diesel marítimo de forma a se dispor da qualidade requerida pelo usuário. São encontrados os seguintes tipos, comercializados no país ou destinados à exportação. Todos os tipos de diesel utilizados em embarcações devem conservar como especificação um alto ponto de fulgor (no mínimo 60°C), a fim de prevenir explosões nos porões das embarcações.

Marítimo comercial

Destinado a motores diesel utilizado em embarcações marítimas. Difere do óleo diesel automotivo comercial principalmente pela necessidade de se especificar a característica de ponto de fulgor relacionada à maior segurança deste produto em embarcações marítimas.

Especial para a Marinha/Ártico

São produzidos para atender necessidades militares, e apresentam maior rigidez quanto às características de ignição, de volatilidade, de escoamento a baixas temperaturas e de teor de enxofre. Sendo, portanto, vantajoso em condições adversas na utilização em embarcações militares, ou outras, nas baixas temperaturas do Oceano Ártico.

Mudança de padrão do óleo diesel utilizado no Brasil

A Resolução 315 [4] do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), assinada em 2002, dispõe sobre a nova etapa do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores – PROCONVE, mas, ao contrário do que se tem divulgado na imprensa brasileira, não cita o total de partes por milhão (ppm) de enxofre para o diesel. A especificação da qualidade do combustível somente ocorre com a publicação da Resolução 32[5] da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em outubro de 2007.

“O possível descumprimento da Resolução Conama 315 por parte das indústrias será resolvido no âmbito do Ministério Público ou do Poder Judiciário”, informou o Ministério do Meio Ambiente em nota técnica.

Em outubro de 2009 foi publicada a resolução 6, de 16 de setembro de 2009, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabelecendo o mínimo de 5% de adição de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor final[6]. O B5, que estava previsto em lei para começar a vigorar em 2013, será obrigatório em todo o território brasileiro a partir de 1º de janeiro de 2010.

Produção

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Figura 4: Esquema de refinação para produção de óleo diesel.[7]

Na figura 4 é mostrado um desenho esquemático genérico do processo de produção do óleo diesel. A partir do refino do petróleo obtém-se, pelos processos de destilação atmosférica, craqueamento catalítico fluido e coqueamento retardado as frações denominadas de gasóleos, básicas para a produção de óleo diesel [7].

Para eliminação de contaminantes (compostos de enxofre e nitrogênio, principalmente) parte dos gasóleos são tratados quimicamente com hidrogênio no processo denominado hidrotratamento. Aos gasóleos podem ser agregadas outras frações como a nafta e o querosene, resultando no produto conhecido como óleo diesel. A incorporação destas frações e de outras obtidas por outros processos de refinação dependerá da demanda global de derivados de petróleo pelo mercado consumidor.

Estão em desenvolvimento outros processos para a produção de óleo diesel tais como os de produção de biodiesel e de diesel sintético. O diesel sintético é produzido através do Processo de Fischer-Tropsch (F-T)[8]. Aplicações a partir de uma diversidade de matérias primas estão em curso para a produção do gás de síntese tais como: gás natural, biomassa e carvão[9].

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Bioinseticida contra mosquito da dengue chega em 2012

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=bioinseticida-contra-mosquito-dengue&id=7268

24/12/2011

Com informações da Agência Brasil

Bioinseticida

imageO Brasil contará com um importante aliado para combater a dengue no próximo ano: um bioinseticida desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

 

 

Há poucos dias, a instituição emitiu um alerta contra o uso de inseticidas comuns no combate à dengue.

O novo bioinseticida é resultado de quase dez anos de pesquisas coordenadas pela cientista Elizabeth Sanches, que trabalha na Farmanguinhos, unidade da Fiocruz responsável pela produção de medicamentos.

Comprimido contra mosquito da dengue

Criado a partir do Bacillus thuringiensis e do Bacillus sphaericus, ele será produzido na forma de comprimidos, para dissolução em caixas d'água, ou em apresentações maiores, para utilização em açudes e reservatórios.

"No caso da dengue domiciliar, é recomendável a utilização do comprimido hidrossolúvel. O produto tem duas ações concomitantes: paralisa os músculos da boca e do intestino da larva e causa infecção generalizada nela", explicou Elizabeth.

A pesquisadora garantiu que o bioinseticida não apresenta qualquer risco para o meio ambiente.

"Nós fizemos todos os testes referentes a impacto ambiental e toxicologia da formulação em animais de sangue quente, inclusive. Temos a segurança dos produtos que desenvolvemos, justamente por serem aplicados em ambientes domiciliares," afirmou.

Malária e elefantíase

A Farmanguinhos concluiu o treinamento dos funcionários da empresa BR3, vencedora da licitação e que poderá iniciar a produção dentro de alguns meses, segundo Elizabeth.

"A empresa acabou de ser treinada e está bem adiantada na implantação do projeto. Eu penso que no meio do ano que vem nós já tenhamos produtos dessa parceria tecnológica".

Além do produto contra a dengue, a Farmanguinhos licenciou mais dois bioinseticidas: contra a malária e contra a elefantíase.

A pesquisadora disse que produtos com ações semelhantes já são utilizados em outros países, como a China, mas não podem ser simplesmente importados para aplicação no Brasil:

"O produto tem que ser desenvolvido com especificidade para o local de aplicação. Justamente para podermos ajustar a formulação para aquele ambiente," explicou.

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Descoberto novo tipo de açúcar que evita doenças do coração

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=novo-tipo-acucar-evita-doencas-coracao&id=7240&nl=sit

15/12/2011

Redação do Diário da Saúde

 

 

Descoberto novo tipo de açúcar que evita doenças do coração

"Embora esse composto não seja o tipo de açúcar que as pessoas vão encontrar na caixa de bombons que ganham no Dia dos Namorados, nós estamos muito entusiasmados pelo seu potencial para a manutenção de um coração saudável." [Imagem: Wikimedia Commons/Chrys Omori]

Açúcar com selênio

Cientistas australianos descobriram um novo tipo de açúcar que pode ajudar a evitar doenças cardíacas.

O novo tipo de açúcar, que inclui o elemento selênio, atua desativando ácidos que causam danos aos tecidos.

"Embora esse composto não seja o tipo de açúcar que as pessoas vão encontrar na caixa de bombons que ganham no Dia dos Namorados, nós estamos muito entusiasmados pelo seu potencial para a manutenção de um coração saudável," diz a Dra. Corin Storkey, da Universidade de Melbourne.

Açúcar para o coração

"Nossos compostos de açúcar-selênio eliminam um grupo de ácidos (hypohalous) altamente reativos que podem danificar os tecidos quando produzidos no lugar errado, ou na hora errada, ou em quantidades excessivas," disse Carl Schiesser, coautor da pesquisa.

A elevação dos níveis da enzima que produz esses ácidos é um indicador usado para prever o risco de futuras doenças cardíacas em pacientes.

Os cientistas descobriram que os compostos de açúcar-selênio são capazes de evitar que esses ácidos danifiquem aminoácidos importantes no plasma humano, o que é um passo fundamental para interromper o desenvolvimento de doenças.

Corações mais doces

O grupo agora está trabalhando para otimizar a técnica de fabricação do novo açúcar para que ele possa ter uso farmacêutico.

"Nós esperamos que, num futuro próximo, nossos açúcares ajudem a manter os corações mais doces," brinca a Dra. Storkey. "Ou, pelo menos, mais saudáveis."

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Explosão de supernova é vista com detalhamento inédito

Plantão

Com informações da BBC - 15/12/2011

 

 

Explosão de supernova é vista com detalhamento inédito

A supernova é vista claramente como uma grande estrela azulada, na parte direita da imagem. [Imagem: T.A. Rector/H. Schweiker/S. Pakzad]

Flagrante de supernova

A explosão de uma estrela supernova em uma galáxia a 21 milhões de anos-luz deu a cientistas um raro vislumbre de como a explosão de estrelas pode "alimenta" o universo.

Astrônomos capturaram as imagens da explosão da supernova SN2011fe, na galáxia Cata-vento na constelação de Ursa Maior, apenas 11 horas depois do evento.

Três telescópios terrestres, além do telescópio espacial Swift, foram usados para estudar a explosão.

Produção de matéria

Os resultados da observação mostraram com detalhes nunca vistos como elementos mais pesados - como oxigênio e ferro - foram atirados para fora da bola de fogo em expansão, que resulta da explosão.

Com o tempo, estes elementos vão se transformar nos blocos de construção de novos sistemas solares e, possivelmente, de seus habitantes vivos.

"A compreensão de como estas explosões gigantes criam e misturam materiais é importante, pois é das supernovas que pegamos a maioria dos elementos que formam a Terra e até nossos corpos - por exemplo, estas supernovas são uma grande fonte de ferro", explicou Mark Sullivan, da Universidade de Oxford, que participou da pesquisa.

"Então somos todos feitos de pedaços de estrelas que explodiram", acrescentou.

Supernova tipo 1

A SN2011fe é uma supernova do tipo 1 e a observação da explosão deu aos cientistas informações valiosas sobre como as explosões ocorrem nesta classe de estrelas.

As supernovas do tipo 1 são importantes, pois sempre produzem a mesma quantidade de luz e isto permite que os astrônomos as usem como "faróis cósmicos" para determinar o tamanho e a taxa de expansão do universo.

Mas a forma precisa como estas explosões ocorriam era um mistério.

"O que causa estas explosões dividia profundamente a comunidade astronômica. A SN2011fe é como uma Pedra de Rosetta das supernovas do tipo 1", disse o professor Shri Kulkarni, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, um dos autores da pesquisa sobre a explosão.

Os cientistas conseguiram calcular o momento da explosão com uma diferença de 20 minutos.

Peter Nugent, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos, localizou o sinal da supernova pela primeira vez em agosto, enquanto analisava dados coletados pelo telescópio no Monte Palomar, Califórnia.

"Nossas primeiras observações confirmaram algumas suposições a respeito das supernovas do tipo 1 (...). Mas este olhar mais aproximado também nos fez descobrir coisas que ninguém tinha sonhado antes", disse.

Bibliografia:

Supernova SN 2011fe from an exploding carbon-oxygen white dwarf star
Peter E. Nugent et al.
Nature
14 December 2011
Vol.: 480, 344-347
DOI: 10.1038/nature10644

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Ouvir música faz o cérebro inteiro se iluminar


16/12/2011

Redação do Diário da Saúde

 

 

Ouvir música faz o cérebro inteiro se iluminar

O cérebro se ilumina praticamente por inteiro quando a pessoa está ouvindo música, um fenômeno até agora sem equivalente em termos de atividade humana. [Imagem: Vinoo Alluri]

Poder ativador da música

Cientistas da Finlândia descobriram uma nova técnica inovadora que permite estudar como o cérebro processa diferentes aspectos da música.

Em uma situação realística de "curtir a música predileta", a técnica analisa a percepção do ritmo, tonalidade e do timbre, que os pesquisadores chamam de "cor dos sons".

O estudo é inovador porque ele revelou pela primeira vez como grandes áreas do cérebro, incluindo as redes neurais responsáveis pelas ações motoras, emoções e criatividade, são ativadas quando se ouve música.

Cérebro iluminado

Os efeitos da música sobre as pessoas sempre foram mais assunto de poetas e filósofos do que de fisiologistas e neurologistas.

Mas os exames de ressonância magnética permitem gerar filmes que mostram como os neurônios "disparam", literalmente iluminando cada área do cérebro nas imagens produzidas na tela do computador.

Para estudar os efeitos de cada elemento musical sobre o cérebro, o Dr. Vinoo Alluri e seus colegas da Universidade de Jyvaskyla escolheram um tango argentino.

A seguir, usando sofisticados algoritmos de computador, eles analisaram a relação das variações rítmicas, tonais e timbrais do tango com as "luzes" produzidas no cérebro.

Emoção na música

A comparação revelou algumas coisas muito interessantes, mostrando que a música ativa muito mais áreas do que aquelas relacionadas à audição.

Por exemplo, o processamento dos pulsos musicais aciona também áreas do cérebro responsáveis pelo movimento, o que dá suporte à ideia de que música e movimento estão intimamente relacionados.

As áreas límbicas do cérebro, associadas às emoções, estão também envolvidas no processamento do ritmo e da tonalidade.

Já o processamento do timbre depende de ativações da chamada rede de modo padrão, associada com a criatividade e com a imaginação.

Além do interesse científico, estas informações são valiosas para compositores, que poderão "mexer" em suas melodias dependendo da emoção que querem transmitir com suas músicas.

Veja outras pesquisas recentes sobre música:

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Nuvem espacial será engolida por buraco negro

Espaço

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/12/2011

 

Nuvem espacial será engolida por buraco negro

Simulação de como a nuvem de gás e poeira poderá se esfacelar ao longo dos próximos anos, conforme se aproxima do buraco negro no centro da Via Láctea.[Imagem: ESO/MPE/Marc Schartmann]

Algodão-doce de buraco negro

Astrônomos descobriram uma nuvem de gás, com várias vezes a massa da Terra, aproximando-se rapidamente do seu destino final: ser engolida pelo buraco negro situado no centro da Via Láctea.

Esta é a primeira vez que uma nuvem "condenada" é observada aproximando-se para ser engolida por um buraco negro supermassivo.

Segundo a equipe do Reinhard Genzel, do Instituto Max Planck, na Alemanha, a velocidade deste objeto praticamente dobrou nos últimos sete anos, atingindo mais de 8 milhões de km/hora.

Seu grupo tem um programa de pesquisas que planeja observar o buraco negro massivo no centro da nossa galáxia durante 20 anos, usando os telescópios do ESO (Observatório Europeu do Sul).

Nuvem passageira

A nuvem condenada está em uma órbita muito alongada.

Em meados de 2013, ela passará a uma distância de apenas 40 bilhões de quilômetros do horizonte de eventos do buraco negro.

Isto corresponde a cerca de 36 horas-luz, um pouco mais do que a distância entre o Sol e Júpiter, um "raspão" em termos astronômicos.

A nuvem é muito mais fria do que as estrelas à sua volta e é essencialmente composta de hidrogênio e hélio. Ela é formada por poeira e gás ionizado, com uma massa de cerca de três vezes a da Terra.

A nuvem brilha sob a intensa radiação ultravioleta emitida por estrelas quentes, que se encontram em seu redor no coração superlotado da Via Láctea.

A atual densidade da nuvem é muito maior do que a densidade do gás quente que rodeia o buraco negro. No entanto, à medida que ela se aproxima do "monstro esfomeado", a pressão externa vai aumentando, comprimindo a nuvem.

Ao mesmo tempo, a grande força gravitacional do buraco negro, que tem uma massa quatro milhões de vezes maior que a do Sol, continuará a sugá-la, esticando-a ao longo da sua órbita.

"A imagem de um astronauta, próximo de um buraco negro, sendo esticado até ficar parecido com um espaguete, é bastante comum na ficção científica. Mas agora podemos efetivamente ver isso acontecendo à nova nuvem, que não vai sobreviver à experiência," explica Stefan Gillesseen, autor principal do artigo científico que descreve os resultados e que será publicado no mês de Janeiro na revista Nature.

Refeição de buraco negro

As bordas da nuvem já começaram a rasgar-se e espera-se que a nuvem se desfaça completamente em pedaços nos próximos anos. Os astrônomos detectaram sinais claros do aumento da perturbação no período de 2008 a 2011.

Espera-se também que o material se torne muito mais quente à medida que se aproximar do buraco negro, em 2013, e comece a emitir raios X. Atualmente existe pouco material próximo do buraco negro, por isso a refeição recém-chegada será o combustível dominante do buraco negro durante os próximos anos.

Uma explicação para a formação da nuvem é que o material que a compõe possa ter vindo de estrelas jovens de grande massa que se encontram nas proximidades e que perdem massa muito rapidamente devido a ventos estelares. Estrelas deste tipo sopram literalmente o seu gás para o exterior.

A colisão de ventos estelares de uma estrela dupla conhecida que orbita em torno do buraco negro central pode ter levado à formação da nuvem.

"Os próximos dois anos serão muito interessantes e deverão trazer-nos informação extremamente valiosa sobre o comportamento da matéria em torno destes objetos massivos tão extraordinários," conclui Reinhard Genzel.

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Substância tóxica é encontrada em mais de 100 medicamentos

9/12/2011

Redação do Diário da Saúde

Ftalatos em remédiosimage

O último lugar que você esperaria encontrar uma substância reconhecidamente danosa à saúde seria em um medicamento, certo?

Infelizmente, cientistas das universidades de Harvard e Boston (EUA) descobriram que vários medicamentos e suplementos aprovados pelas autoridades de saúde contêm substâncias que não apenas não ajudam, como podem atrapalhar seriamente a saúde.

As substâncias pertencem a um grupo de compostos químicos conhecidos como ftalatos, que são adicionados aos medicamentos como compostos inativos.

“P. O que são os ftalatos e como eles são utilizados ?

R. O ftalato é uma classe de substâncias químicas agregadas a uma série de produtos comuns de consumo. Em 1994, perto de 87% de todo o ftalato produzido nos USA foi utilizado como aditivo, na forma de plastificantes ou como agentes amaciadores de produtos de vinil ou PVC. Plastificantes são materiais viscosos como melado que saturam a matriz tridinensional da resina plástica, como uma esponja rija. Ela torna-se flexível mas com o tempo estes materiais viscosos, os aditivos, gradualmente vão saindo, fazendo a esponja ficar novamente ressequida. Os produtos de consumo de PVC, ou vinil, amaciados podem conter mais de 40% de seu peso em ftalato. A sociedade está largamente exposta aos ftalatos porque o PVC é um plástico amplamente disseminado na fabricação de acessórios domésticos (por exemplo, piso, papel de parede e outros), utensílios médicos (como cateteres, bolsas de sangue e soro), itens infantis (mamadeiras, brinquedos para apertar, colchonetes para troca de fraldas, mordedores) e para embalagens (filme transparente, garrafas descartáveis).”

Riscos dos ftalatos

Alguns ftalatos causam danos ao desenvolvimento, sobretudo do sistema reprodutivo.

Estudos em seres humanos ainda são esparsos, mas os primeiros indicaram que os ftalatos podem causar danos ao sistema reprodutor masculino.

Mas os cientistas argumentam que quase nada se sabe sobre os efeitos dessas substâncias, e algumas delas nunca foram realmente testadas para seus efeitos tóxicos sobre o ser humano, sobretudo quando são usadas de forma combinada.

imageRevestimento de remédios

Ftalatos como o DBP (dibutil ftalato) e o DEP (dietil ftalato) são usados em medicamentos para cumprir várias funções.

Geralmente eles são usados no revestimento de comprimidos e cápsulas para garantir que o medicamento atinja uma determinada área do trato gastrointestinal, ou libere o princípio ativo aos poucos.

Os cientistas identificaram mais de 100 medicamentos e suplementos alimentares que contêm ftalatos.

Além disso, um grande número de outros produtos possui polímeros de ftalatos que apresentam pequena toxicidade, ou de toxicidade desconhecida - mas eles frequentemente são usados em combinação com outros ftalatos.

Segundo os cientistas, os possíveis efeitos à saúde desses elementos, contidos em medicamentos ou em outros produtos, ainda não são adequadamente conhecidos, o que exige pesquisas a respeito.

Eles acreditam que seu trabalho é um primeiro passo nesse sentido, uma vez que, até agora, nem mesmo há uma lista completa e exaustiva de produtos que utilizam a substância - começar a resolver o problema pelos medicamentos seria um caminho natural.

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Vidro metálico é processado como se fosse plástico

Mecânica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/12/2011

Vidro metálico é processado como se fosse plástico

O bastão de vidro metálico antes do processamento (esquerda); uma peça de vidro metálico moldada (centro); e a peça final, depois de retiradas as rebarbas (direita).[Imagem: Marios D. Demetriou]

Melhor que titânio

Fortes, resistentes e, agora, também mais baratos.

Engenheiros do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova forma para processar os incríveis vidros metálicos.

Esses materiais são mais fortes do que o aço ou o titânio, o que os torna adequados para um grande número de aplicações, de telefones celulares a peças de aviões.

O problema é que, como geralmente acontece com materiais de alta tecnologia, os vidros metálicos ainda são caros.

O que os engenheiros descobriram foi como processar os vidros metálicos usando os mesmos processos usados para processar plásticos.

Paradigma da metalurgia

A nova técnica permite aquecer um pedaço de vidro metálico a uma velocidade extremamente elevada, e então moldá-lo no formato desejado - tudo em alguns milissegundos.

"Nós redefinimos a forma como se pode processar metais," afirmou William Johnson, coordenador do trabalho. "Esta é uma mudança de paradigma em metalurgia."

De fato, os engenheiros pegaram a técnica de processamento de plástico e a utilizaram em um material que é 20 vezes mais forte do que o plástico.

Para fazer as peças de vidro metálico é necessário aquecer o material até que ele atinja sua fase de transição vítrea, a cerca de 500 a 600 º C. O material amolece e torna-se um líquido espesso, que pode ser moldado e perfilado.

Neste estado líquido, os átomos tendem a organizar-se espontaneamente para formar cristais. Assim, é necessário resfriar o material rapidamente, para que ele endureça novamente antes de seus átomos terem tempo suficiente para formar cristais.

Ao evitar a cristalização, o material mantém a sua estrutura amorfa, como um vidro, que é o que o torna forte.

O problema é que a recristalização dos vidros metálicos ocorre muito rapidamente, ao contrário dos plásticos e dos vidros comuns, que podem levar horas.

Aquecimento ôhmico

Os pesquisadores descobriram que, sendo rápidos o suficiente, eles podem aquecer o vidro metálico até um estado fluido o suficiente para injetá-lo em um molde, onde ele se resfria sem se cristalizar.

Isso foi feito por uma técnica chamada aquecimento ôhmico, em que um pulso elétrico dispara uma energia superior a 1.000 joules em cerca de 1 milissegundo - algo como um 1 megawatt de potência.

A peça fica pronta em 10 milissegundos.

A técnica foi testada em escala de laboratório e, por enquanto, produz apenas peças pequenas.

Agora que demonstraram que o conceito funciona, os engenheiros planejam desenvolver equipamentos para fabricar peças maiores.

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Avião da Embraer testará novo tipo de biocombustível

Plantão

Carlos Orsi - Inovação Unicamp - 06/12/2011

imageBiocombustível de levedura

Uma nova modalidade de bioquerosene de aviação, produzido a partir de leveduras geneticamente modificadas, será testado no voo de um jato da Embraer no primeiro semestre do próximo ano, possivelmente durante a conferência ambiental Rio+20.

A informação foi dada por representantes da própria Embraer e da Amyris, detentora da tecnologia de produção do combustível, durante o seminário Combustíveis Alternativos para Aviação, realizado em São José dos Campos (SP).

"A levedura é a mesma usada na fermentação do pão ou da cerveja", disse Luciana Di Ciero, diretora da Amyris, empresa de origem americana que mantém instalações no Techno Park de Campinas. "Só que, modificada geneticamente, ela produz um produto, o farneseno, que além de ser um combustível em si, também pode ser modificado quimicamente para dar origem a vários produtos, como bioquerosene de aviação".

O insumo consumido pela levedura é o açúcar, que pode ter qualquer origem - desde o açúcar de cana ao que poderá, eventualmente, ser produzido a partir de celulose, como esperam os pesquisadores que desenvolvem os chamados biocombustíveis de segunda geração.

image

Bioquerosene de aviação

Em sua apresentação durante o evento, Alexandre Tonelli Filogonio, engenheiro de Desenvolvimento de Combustíveis Alternativos da Embraer, lembrou que a ênfase atual nas pesquisas de biocombustíveis para aviação envolve a busca pelos chamados drop-in, produtos de origem renovável que sejam o mais parecidos possível, em suas propriedades químicas e físicas, com o querosene de aviação de origem fóssil, de modo que possam ser usados nos aviões já existentes, sem a necessidade de adaptações na mecânica ou na performance dos aparelhos.

Ao menos por enquanto, desenvolvimentos como o Ipanema, avião da Embraer construído especialmente para consumir etanol, devem continuar a ser exceções restritas a nichos específicos. O Ipanema, por exemplo, vem sendo adotado na pulverização de plantações.

Já existem duas tecnologias, aprovadas por órgãos reguladores internacionais, para a produção de bioquerosene de aviação, usada numa mistura com pelo menos 50% de querosene de aviação de origem fóssil. Se aprovada, a versão da Amyris será a terceira. "O mais complicado é a certificação", disse Luciana. "Estamos prevendo o final do processo para 2015 ou 2016".

imageFilogonio lembrou que o setor da aviação está sob forte pressão para reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa. Já a partir de 2012, todas as emissões de voos com origem ou destino em países da União Europeia passarão a fazer parte do ETS, o sistema europeu de comércio de permissões para lançar gases do efeito estufa na atmosfera.

"A aviação é responsável por 2% a 3% das emissões mundiais", disse Filogonio. "Mas, à medida que outros setores vão adotando estratégias renováveis, como a energia solar, eólica, o etanol, a participação proporcional do setor aéreo tende a crescer, e a aviação torna-se vidraça nessa questão".

O uso de biocombustível tem o potencial de reduzir as emissões líquidas e CO2 do setor quando se leva em conta o ciclo completo do produto, considerando-se o dióxido de carbono retirado da atmosfera pelas plantações que servem de matéria-prima. Participantes do seminário lembraram que é preciso um acompanhamento cuidadoso para garantir que realmente haja captura de carbono no ciclo completo.

Alfred Szwarc, representante da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), depois de destacar o crescimento do mercado de aviação no Brasil, chamou atenção para a necessidade de políticas de incentivos. "Em 30 anos envolvido no setor de energias alternativas", disse ele, "nunca vi um projeto avançar sem algum tipo de incentivo".

Plataforma Brasileira

Também durante o evento, o diretor técnico da Curcas Diesel Brasil, Claudio Eberling, apresentou a Plataforma Brasileira de Bioquerosene de Aviação, uma iniciativa que reúne, além da Curcas, a Embrapa Bioenergia e a Associação Brasileira de Produtores de Pinhão-Manso (ABPPM).

O grupo pretende ter, até 2014, uma unidade de produção de biocombustíveis, incluindo biodiesel e bioquerosene de aviação, já implantada e em operação no Sudeste brasileiro. O Estado de São Paulo consome cerca de 60% do querosene de aviação usado no Brasil.

Eberling citou, além das restrições que entrarão em vigor na Europa, a meta da IATA, a organização internacional das empresas de transporte aéreo. Em 2009, a IATA assumiu o compromisso de congelar as emissões de CO2 do setor até 2020. Nota emitida pela associação, na época, prometia que, mesmo com o crescimento da demanda por viagens aéreas, "as emissões da aviação não aumentarão".

"Em parte isso virá de tecnologias novas, melhoria na infraestrutura dos aeroportos e, também, com o uso de energias renováveis", disse Eberling. A IATA espera que, a partir de 2015, 1% do querosene de aviação originário de petróleo seja substituído por bioquerosene, chegando a 6% em 2020.

A Plataforma Brasileira contempla a pesquisa para o aprimoramento das plantas que poderão servir de matéria-prima - com ênfase no pinhão-manso (Jatropha curcas) -, o processamento, o refino, a logística e a chegada ao consumidor final.

"Hoje, para suprir a necessidade de produção de bioquerosene, será necessário o uso de várias matérias-primas", disse Eberling em sua apresentação, reconhecendo que, ao menos por enquanto, a produção de pinhão-manso não dá conta da demanda esperada. Segundo ele, hoje o Brasil consome 5 milhões de toneladas anuais de querosene de aviação. Com a meta de substituição de 1% desse total por bioquerosene até 2015, a massa necessária de combustível renovável, apenas no Brasil, seria de 50.000 toneladas.

Além de outras fontes vegetais, o executivo citou o possível uso de gordura animal e a reciclagem de óleo de fritura de grandes restaurantes e lanchonetes.

Eberling destacou ainda a realização, no fim de novembro e início de dezembro, do 2º Congresso Brasileiro de Pesquisa em Pinhão-Manso e do Workshop Pan-Americano de Sustentabilidade nos plantios de Pinhão-Manso. "O objetivo é promover, na jatropha, a escalabilidade com sustentabilidade", disse ele, mencionando estudos que vêm sendo realizados em países como Estados Unidos, México, Colômbia e Brasil.

O seminário Combustíveis Alternativos para a Aviação foi realizado pela Organização Brasileira para o Desenvolvimento da Certificação Aeronáutica (DCA-BR).

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Veículo aéreo não tripulado fiscalizará fronteira brasileira

Plantão

Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/11/2011

 

 

Veículo aéreo não tripulado fiscalizará fronteira brasileira

O avião não-tripulado tem autonomia de voo de 37 horas ininterruptas, cobrindo uma área superior a mil quilômetros quadrados.[Imagem: PF]

Avião sem piloto

A Polícia Federal apresentou sua mais nova ferramenta contra o crime e o contrabando: um veículo aéreo não-tripulado (VANT).

O avião não-tripulado será utilizado para fiscalizar a região da Tríplice Fronteira, entre o Brasil, a Argentina e o Paraguai.

A aeronave foi testada em setembro e os voos operacionais começaram em outubro.

Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, um segundo VANT já foi adquirido e chegara à base paranaense de São Miguel do Iguaçu nos próximos dias.

Autonomia e custo

O avião não-tripulado tem autonomia de voo de 37 horas ininterruptas, cobrindo uma área superior a mil quilômetros quadrados.

O custo de hora-voo do VANT é US$ 400 - cerca de 8% do custo de uma aeronave comum para executar o mesmo serviço.

O aparelho pode fotografar e filmar pessoas ou objetos com câmeras de alta resolução e captar imagens em infravermelho, permitindo detectar pessoas no escuro ou escondidas sob árvores.

De acordo com o ministro, o Brasil está se apropriando da tecnologia para fabricar seus próprios VANTs - o objetivo é ter 14 aviões não-tripulados até 2014.

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Super avião será usado para lançar foguete ao espaço

Espaço

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/12/2011

 

 

Super avião será usado para lançar foguete ao espaço

O super-avião, com seis turbinas, será capaz de elevar um foguete de grandes proporções até mais de 10 km de altitude, de onde ele será lançado.[Imagem: Stratolaunch Systems]

Avião espacial

A era da exploração espacial privada está-se mostrando mais vibrante do que se esperava - pelo menos nos projetos.

Paul Allen e Burt Rutan, os homens por trás da Virgin Galactic e da Scaled Composites - e das simpáticas naves SpaceShipOne e SpaceShipTwo - acabam de anunciar seu mais novo empreendimento espacial.

A Stratolaunch Systems foi anunciada com o projeto de construir uma versão peso-pesado das suas irmãs menores, que já serviram para demonstrar a viabilidade do conceito, embora ainda não tenham cumprido as promessas de turismo espacial em larga escala.

A ideia é construir um super avião, com seis turbinas, capaz de elevar um foguete de grandes proporções até mais de 10 km de altitude, de onde ele será lançado.

Conceito

O conceito é diferente do adotado por todas as agências espaciais governamentais, e pelo menos um congressista norte-americano veio a público perguntar por que a NASA não pensou nisso antes.

Mas será preciso esperar pelo menos 10 anos para que o Stratolaunch faça seu primeiro voo e comprove na prática sua viabilidade técnica e sua capacidade real de carga.

Os dois investidores aproveitaram para reafirmar que a Virgin Galactic, cujas naves só conseguem atingir a órbita baixa, fará seus primeiros voos espaciais comerciais em 2013.

 

Super avião será usado para lançar foguete ao espaço

Embora seja difícil imaginar as dimensões, basta dizer que o super avião lançador de foguetes será maior avião do mundo. [Imagem: Stratolaunch Systems]

Super avião

O Stratolaunch, afirmaram, entrará no mercado para competir com os lançadores de satélites artificiais e com o abastecimento da Estação Espacial Internacional, se ela ainda estiver operacional quando o avião-foguete ficar pronto.

O avião gigantesco terá uma envergadura de asas de 117 metros, quase o dobro do já esguio avião solar Solar Impulse.

Ele e sua carga de até 550 toneladas - peso total de decolagem - serão levados o mais alto possível na atmosfera por seis turbinas similares às que equipam os aviões 747.

Mas a empresa está de olho também nos transportes aéreos - não-espaciais - já que o super avião terá uma flexibilidade de carga maior do que os aviões cargueiros comuns, podendo levar peças de formatos que não entram dentro de um avião.

 

Super avião será usado para lançar foguete ao espaço

A empresa está de olho também nos transportes aéreos, já que o superavião terá uma flexibilidade de carga maior do que os aviões cargueiros comuns, podendo levar peças de formatos que não entram dentro de um avião. [Imagem: Stratolaunch Systems]

Foguete privado

O foguete será construído pela também privada SpaceX, que saiu na frente e já tem agendado um voo até a Estação Espacial Internacional.

O lançamento da nave Dragon será feito por um foguete da própria empresa, o Falcon 9.

Já o foguete com lançamento aéreo deverá ser capaz de levar ao espaço cargas úteis de até 6 toneladas.

Mas a SpaceX já tinha planos de fazer voos mais altos, e já está construindo o Falcon Heavy, que deverá ser o foguete mais potente do mundo.

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Reator feito com sucata destrói solvente tóxico

Meio ambiente

Com informações da Agência USP - 08/12/2011

 

 

 

Reator feito com sucata destrói solvente tóxico

Embora a reação de destruição da acetonitrila seja simples, a otimização das condições de reação é complicada. [Imagem: Ag.USP]

Acetonitrila

Pesquisadores da USP demonstraram que reciclagem combina com limpeza do meio ambiente também de uma forma muito ativa.

Usando sucata da própria universidade, o grupo desenvolveu um equipamento que pode converter grande quantidade de acetonitrila, um solvente altamente tóxico, em subprodutos de menor impacto ao meio ambiente.

A acetonitrila, um subproduto da indústria automobilística, é utilizada usualmente como solvente nas análises em 60% dos cerca de 400 laboratórios de pesquisa da USP em Ribeirão Preto, os quais geram cerca de 100 litros de resíduos dessa substância por mês.

Anteriormente, a acetonitrila era armazenada nos laboratórios, sem ter um destino ambientalmente adequado.

Sucata de autoclave

Usando como modelo um equipamento criado no Laboratório de Resíduos Químicos da USP de São Carlos, o grupo de Ribeirão Preto adaptou uma sucata de autoclave - um aparelho de pressão para esterilização - e mais alguns instrumentos também reutilizados, criando o novo reator.

"A ideia de usar o autoclave de aço inoxidável facilita e torna seguro o trabalho com o equipamento,", afirma Odair Batistão, um dos construtores do equipamento.

Testes preliminares com plástico indicaram que esse material não seria capaz de suportar as condições necessárias à destruição do composto químico.

Outros desafios encontrados por Batistão e seus colegas foram adaptar um sistema de agitação com controle de velocidade e acoplar um controlador de temperatura.

Reator de destruição de acetonitrila

Embora a reação de destruição da acetonitrila seja simples, a otimização das condições de reação é complicada.

Diversos fatores influenciam no processo: porcentagem de acetonitrila no resíduo, volume tratado, temperatura, agitação da solução, pressão, etc.

O equipamento tem capacidade para destruir, de uma única vez, todo o volume do solvente gerado mensalmente no campus de Ribeirão Preto.

O resultado consiste basicamente em dois subprodutos: o ácido acético, um dos componentes do vinagre, e a amônia, um dos componentes do amoníaco doméstico.

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Pneus velhos viram proteção anti-ruído para estradas

Meio ambiente

Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/12/2011

 

 

Pneus velhos viram painéis acústicos para estradas

Além de uma maior absorção dos ruídos, as barreiras feitas com pneus reciclados são mais leves, minimizando os custos de engenharia durante a construção.[Imagem: Tecnalia]

Painéis de pneus

Pesquisadores espanhóis desenvolveram uma técnica de reprocessamento que permite construir barreiras anti-ruído para estradas usando pneus velhos.

Quem roda pelas estradas que passam próximo aos grandes centros urbanos observa enormes muros de concreto, ao lado da estrada ou entre as pistas.

Essas construções servem tanto para minimizar o ruído da estrada que chega às áreas residenciais, quanto para isolar as pistas.

Os engenheiros desenvolveram uma técnica que usa o material dos pneus, com um gasto mínimo de energia, para a confecção de painéis.

Estes painéis podem ser montados como se fossem segmentos de um muro pré-moldado.

Barreira acústica eficiente

Depois de resolver os problemas estruturais, a boa surpresa veio quando os pesquisadores verificaram que o material poroso dos pneus velhos produz uma barreira acústica mais eficiente.

Além de uma maior absorção dos ruídos, as barreiras feitas com pneus reciclados são mais leves, minimizando os custos de engenharia durante a construção.

Embora o objetivo primário seja a construção de proteções acústicas para rodovias, o material poderá ser usado em outras aplicações similares.

Mercado

O projeto é parte de um esforço de pesquisa e desenvolvimento, financiado pela União Europeia, para dar novas destinações aos pneus reciclados.

O projeto, chamado EKOPAN, pretende agora preencher o hiato existente entre a demonstração de que os painéis de isolamento acústico funcionam e a sua chegada ao mercado.

Para isso, os engenheiros do Instituto Tecnalia estão testando a conversão dos pneus velhos em painéis acústicos em escala industrial, para que a solução possa chegar às estradas.

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Menor circuito eletrônico do mundo revela poderes quânticos

Eletrônica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/12/2011

 

 

Menor circuito eletrônico do mundo revela poderes quânticos

O circuito é formado por dois fios separados por 15 nanômetros - o equivalente a cerca de 150 átomos. [Imagem: Laroche et al./Nature]

Além da miniaturização

Engenheiros criaram aquele que pode ser o menor circuito eletrônico já fabricado.

O circuito é formado por dois fios separados por 15 nanômetros - o equivalente a cerca de 150 átomos.

A demonstração de uma funcionalidade eletrônica nessas dimensões tem um impacto direto sobre a velocidade e o consumo de energia dos circuitos eletrônicos como um todo, seja um processador de computador, uma TV ou um telefone celular.

Embora já existam diversos experimentos com circuitos moleculares e até com transistores atômicos, Guillaume Gervais e seus colegas fizeram uma ponte entre o mundo molecular e o mundo da eletrônica tradicional.

E o resultado foi muito além do que seria esperado de uma simples miniaturização.

Poderes quânticos

Os pesquisadores se surpreenderam ao descobrir que, colocados em tal proximidade, um dos nanofios exerce uma influência sobre o outro, fazendo-o assumir uma carga que pode ser positiva ou negativa.

Isto significa que a corrente elétrica que circula em um dos fios pode produzir uma corrente no outro fio que pode ter o mesmo sentido ou o sentido oposto - ou 0 ou um 1.

Esses "fios quânticos unidimensionais" funcionam em acordo com as leis da física quântica, mas alteram completamente o que se sabia sobre o funcionamento dos componentes eletrônicos conforme eles são miniaturizados.

Uma possível decorrência da descoberta é que o calor gerado no interior de um chip poderia ser capturado por nanofios colocados nas proximidades dos transistores, e usado para alimentar componentes adicionais ativos.

Ou seja, o calor dissipado por alguns componentes seria usado como alimentação de uma outra camada de componentes adicionais, que se somariam para otimizar o funcionamento do chip como um todo.

Ou, mais no futuro, chips nanoeletrônicos poderiam basear seu funcionamento integralmente nesses componentes quânticos.

Bibliografia:
Positive and negative Coulomb drag in vertically integrated one-dimensional quantum wires
D. Laroche, G. Gervais, M. P. Lilly, J. L. Reno
Nature Nanotechnology
Vol.: 6, Pages: 793-797
DOI: 10.1038/nnano.2011.182

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Laser de raios X é o laser mais puro do mundo

Energia

Com informações da Physical Review Focus - 07/10/2011

Laser de raios X é o laser mais puro do mundo

O SLAC é a fonte de raios X mais puro já medida, o que ajudará a desvendar a estrutura atômica dos materiais. [Imagem: SLAC]

O primeiro laser de raios X do mundo não é só mais um laser, é o melhor de todos.

De remédios à arqueologia

Pesquisadores analisaram os primeiros resultados do LCLS (Linac Coherent Light Source), uma fonte de raios X recém-inaugurada na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Eles mediram a coerência do laser - o grau em que as ondas de luz são sincronizadas - e descobriram que o LCLS produz a mais coerente radiação de raios X já medida.

Com um feixe de tão alta qualidade, a máquina é capaz de determinar a estrutura atômica de materiais com um nível de precisão sem precedentes.

Isto será útil em campos tão diversos quanto a descoberta de novos medicamentos, a engenharia de materiais e até a arqueologia.

Laser de raios X

Desde a invenção do maser, em 1957 - o antecessor de micro-ondas do raio laser de luz visível - cientistas têm desenvolvido lasers com comprimentos de onda cada vez mais curtos, aplicando-os a uma crescente variedade de propósitos.

Mas fazer lasers com comprimentos de onda muito curtos é um desafio.

Para que uma fonte de luz seja declarada um laser, a maioria dos seus fótons deve ser coerente - eles devem oscilar em sincronia.

Uma alta coerência significa que a luz vai difratar mais precisamente, o que, para um feixe de raios X, significa imagens mais nítidas da estrutura atômica que está sendo estudada.

Laser de raios X é o laser mais puro do mundo

Um laser tão puro é capaz de gerar uma fotografia da amostra com um grande campo de visão, da largura de milhares de átomos. [Imagem: SLAC]

Feixes de laser também têm vários padrões - ou modos - de oscilação, assim como instrumentos de cordas e tambores, e o feixe ideal tem todos os seus fótons contribuindo para um único modo.

Quando o LCLS começou a operar, a evidência para uma luz verdadeiramente laser foi a presença de pulsos de raios X brilhantes, monocromáticos e altamente focados.

No entanto, até agora, as estimativas da coerência da luz eram baseadas unicamente em simulações.

Melhor laser do mundo

Agora, os cientistas mediram na prática um tempo de coerência de 0,55 femtossegundo, o que significa que o pulso tem efetivamente a mesma cor e intensidade durante esse intervalo de tempo, equivalente a uma distância de cerca de 150 nanômetros ao longo da direção do feixe.

Assim, uma amostra de 150 nanômetros de profundidade pode ser iluminada com luz coerente de uma única vez, gerando uma fotografia da amostra com um grande campo de visão, da largura de milhares de átomos.

Ter este nível de coerência significa que a maioria dos fótons está confinada a um único modo espacial.

Cerca de 78% dos fótons do laser de raios X estavam no modo dominante, em comparação com menos de 1% em uma fonte de luz síncrotron de raios X típica.

Bibliografia:

Coherence Properties of Individual Femtosecond Pulses of an X-Ray Free-Electron Laser
I. A. Vartanyants et al.
Physical Review Letters
Vol.: 107, 144801 (2011)
DOI: 10.1103/PhysRevLett.107.144801

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