Curso de Fotografia digital - 2ª Lição
2. PORQUE OPTAR POR DIGITAL?
CONTEÚDO
Fotografia grátis, liberdade fotográfica
Os três passos da fotografia digital
Uma vez que captadas, as fotografias digitais já se encontram em um formato que as deixa extremamente fácil de distribuir e usar. Por exemplo, você pode introduzir fotografias digitais em documentos de texto, envia-las por E-mail aos amigos, ou inclui-las em um Website onde qualquer pessoa no mundo as pode ver. Com muitas câmaras digitais você pode imediatamente ver suas imagens em uma tela LCD embutida na câmaras, ou você pode conectar sua câmara a uma TV para mostrar suas fotos. Algumas câmaras podem até ser acopladas a um microscópio para apresentar imagens dramaticamente ampliadas num telão. A fotografia digital é fotografia imediata sem os custos de filme.
Uma câmara digital pequena é fácil de carregar, permitindo que você sempre ande com ela, podendo fotografar as cenas e surpresas que aparecem no cotidiano.
Se você ainda estiver considerando partir para digital, aqui estão alguns motivos para estudar a idéia seriamente:
- Partindo para fotografia digital, você economiza dinheiro ao longo prazo por não comprar mais filmes.
- Com câmara digital você vê imediatamente como sua foto ficou, não tendo que esperar ver a revelação para saber se prestou ou não.
- Você pode ver suas imagens antes de imprimir, e se não gostar do que vê, você pode editar, corrigir e aperfeiçoar suas fotos.
- Uma vez que você capturou uma imagem no formato digital, você pode facilmente distribuir, organizar, armazenar, e editar.
- Não é necessário acabar o filme (ou cortar o mesmo) para vêr seus resultados.
As câmaras digitais estão transformando-se em mais do que apenas câmaras. Algumas câmaras digitais são capazes de capturar não somente fotografias, mas também som e vídeo. Agora, junto com o a foto da aniversariante assoprando as velas do bolo, você pode grava a lembrança em plena ação.
Além das fotografias serem fáceis de distribuir e armazenar, você pode também usar um programa de manipulação (como Photoshop) para alterar e melhorar suas fotos. Por exemplo, você pode remover “olhos vermelhos”, corrigir a cor e contraste ou até mesmo adicionar um ou mais de milhares de filtros ou efeitos, fazendo das suas fotos obras de arte.
Fotografia grátis, Liberdade fotográfica
Embora que a fotografia digital seja imediata e flexível, um aspecto raramente mencionado é a liberdade que ele dá para explorar fotografia criativa. Nos anos 1870 quando William Henry Jackson estava carregando negativos de vidro no tamanho 50x60cm pelo oeste dos Estados Unidos em uma mula, você pode ter certeza que ele pensou duas vezes antes de fazer qualquer fotografia. Apesar de que, com as câmaras convencionais de hoje não estamos mais carregando enormes negativos frágeis de vidro mas mesmo assim, antes de bater qualquer fotografia a gente sempre pensa: “será que vale a pena?” Tem que pensar no custo do negativo, da revelação, e ainda mais, sempre existe a dúvida se a foto vai sair. Durante esse momento indeciso, muitas oportunidades fotográficas são perdidas, ou não tentamos por medo de só queimar uma chapa. Interessante que Jackson teve uma grande vantagem, perdida no último século e hoje retomada pela fotografia digital: se uma fotografia não prestava, era só necessário lavar o negativo para tirar a emulsão, aplicar outra, e usar o filme de novo. O “filme” digital, sendo uma memória, permite fazer a mesma coisa. Acabou-se a preocupação de decidir, antes de fotografar, “será que vale a pena?”
Uma mula carrega o equipamento fotografico de William Henry Jackson - Courtesia: U.S. Library of Congress.
As três etapas na fotografia digital
As câmaras digitais é apenas um dos elementos que compõe o processo de fotografia digital, tanto que, na realidade nem é preciso ter câmara digital. O fundamental da fotografia digital é que a imagem é composta eletronicamente de pixeis. Apesar de que uma boa parte da fotografia digital é criada com câmaras digitais, também é possível escanear negativos, cromos ou até outras fotografias convencionais para converter essas ao formato digital.
Para entender onde a câmara se encaixa no fluxo de fotografia digital, é bom saber os três passos básicos envolvidos na fotografia digital, sendo entrada, processamento/manipulação e saída.
Etapa 1. Dando entrada
Os dispositivos de entrada fazem com que as fotografias ou outros dados entrem em um computador. O dispositivo que de entrada mais conhecido é o teclado. Entretanto, há centenas de outros dispositivos de entrada, como mouse, sistemas do reconhecimento de voz, scanners e assim por diante. Aqui estão alguns dispositivos que de entrada você pode usar para criar fotografias digitais:
- As câmaras digitais capturam fotografias em formato digital.
- Scanner para converter fotografias, negativos ou cromos em formato digital
- Câmara de vídeo (filmadora) captura imagens em um formato vídeo. Você pode então usar um software para captar imagens isoladas do vídeo e salva-las como imagens.
- As filmadoras digitais podem às vezes capturar imagens digitais.
Etapa 2. Processando fotografias
Uma vez que uma fotografia está no formato digital, você pode armazená-la em seu sistema e então editar ou manipular a mesma com um programa de edição tal como Photoshop. As coisas que você pode fazer a uma imagem digital são quase infinitas. Em alguns casos você melhora uma imagem eliminando ou reduzindo suas falhas. Em outros casos, você ajusta uma imagem para outras finalidades, talvez reduzindo-a para enviar por e-mail ou inserir num Website. Finalmente, você pôde alterar a imagem, fazendo dela algo que nunca era. Aqui são apenas algumas das maneiras que você pode processar imagens:
- “Cortar” a imagem para enfatizar a parte chave ou tirar detalhes supérfluos.
- Reduza o número dos pixeis numa imagem para que ela fique menor, podendo assim afixa-la num e-mail ou website (como Orkut).
- Use filtros para aumentar a nitidez, ou desfocar, ou até mesmo dar a aparência de uma images/pintura aquarella ou óleo...
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Com apenas alguns comandos do teclado ou clics do mouse, uma fotografia normal se torna uma criação artística.
- Junte varias fotos para criar panoramas.
- Sobrepõe duas imagens para criar um efeito tridimensional, ou cria uma imagem animada para a exposição na Internet.
- Mude o brilho e o contraste para melhorar a imagem.
- Corte e cole parte de uma imagem em outra para criar uma montagem da foto.
- Converte a foto em Preto e Branco, ou deixa só algumas partes coloridas.
Etapa 3. Dando saída
Uma vez que uma imagem está da maneira que você a quer, você pode dar saída para compartilha-la com outros. Há muitas maneiras em que você pode distribuir ou apresentar fotos digitais. Aqui seguem alguns meios comuns:
- Imprima a imagem numa impressora colorida.
- Leve a imagem ao Laboratório fotográfico para que ela seja impressa em papel fotográfico.
- Insira a fotografia em um documento eletrônico (tipo Word).
- Insira a imagem em uma apresentação eletrônica (tipo Powerpoint).
- Insira a imagem em seu website ou espaço virtual
- Envie a imagem para parentes e amigos por e-mail.
- Leve sua imagem ao Laboratório fotográfico para imprimir em camiseta, broche (botton), chaveiro ou até para enfeitar um bolo.
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Leitura complementar
(Continuação)
História
A fotografia não é a obra final de um único criador.[4][5] Ao longo da história, diversas pessoas foram agregando conceitos e processos que deram origem à fotografia como a conhecemos. O mais antigo destes conceitos foi o da câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e conhecida por Leonardo da Vinci[6] que a usava, como outros artistas no século XVI para esboçar pinturas.
O cientista italiano Angelo Sala, em 1604, percebeu que um composto de prata escurecia ao Sol, supondo que esse efeito fosse produzido pelo calor. Foi então que, Johann Heinrich Schulze fazendo experiências com ácido nítrico, prata e gesso em 1724, determinou que era a prata halógena, convertida em prata metálica, e não o calor, que provocava o escurecimento.
A primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida em 1826 pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo fotossensível chamado Betume da Judéia. A imagem foi produzida com uma câmera, sendo exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar. Nièpce chamou o processo de "heliografia", gravura com a luz do Sol. Paralelamente, outro francês, Daguerre, produzia com uma câmera escura efeitos visuais em um espetáculo denominado "Diorama". Daguerre e Niépce trocaram correspondência durante alguns anos, vindo finalmente a firmarem sociedade.
Após a morte de Nièpce, Daguerre desenvolveu um processo com vapor de mercúrio que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos. O processo foi denominado daguerreotipia. Daguerre descreveu seu processo à Academia de Ciências e Belas Artes, na França e logo depois requereu a patente do seu invento na Inglaterra. A popularização dos daguerreótipos, deu origem às especulações sobre o "fim da pintura", inspirando o Impressionismo.[7]
Imagem da primeira fotografia permanente do mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1825.
O britânico William Fox Talbot,[8] que já efetuava pesquisas com papéis fotossensíveis, ao tomar conhecimento dos avanços de Daguerre, em 1839, decidiu apressar a apresentação de seus trabalhos à Royal Institution e à Royal Society, procurando garantir os direitos sobre suas invenções. Talbot desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata, que posteriormente eram colocadas em contato com outro papel, produzindo a imagem positiva. Este processo é muito parecido com o processo fotográfico em uso hoje, pois também produz um negativo que pode ser reutilizado para produzir várias imagens positivas. À época, Hippolyte Bayard também desenvolveu um método de fotografia. Porém, por demorar a anunciá-lo, não pôde mais ser reconhecido como seu inventor.[9]
Imagem da primeira fotografia colorida da história, tirada por James Clerk Maxwell em 1861.
No Brasil, o Francês radicado em Campinas, São Paulo, Hércules Florence conseguiu resultados superiores aos de Daguerre, pois desenvolveu negativos.[10] Contudo, apesar das tentativas de disseminação do seu invento, ao qual denominou "Photographie" - foi o legítimo inventor da palavra - não obteve reconhecimento à época.[11] Sua vida e obra só foram devidamente resgatadas em 1976 por Boris Kossoy.[12]
A fotografia então popularizou-se como produto de consumo a partir de 1888. A empresa Kodak abriu as portas com um discurso de marketing onde todos podiam tirar suas fotos, sem necessitar de fotografos profissionais com a introdução da câmera tipo "caixão" e pelo filme em rolos substituíveis criados por George Eastman.[13]
Desde então, o mercado fotográfico tem experimentado uma crescente evolução tecnológica, como o estabelecimento do filme colorido como padrão e o foco automático, ou exposição automática. Essas inovações indubitavelmente facilitam a captação da imagem, melhoram a qualidade de reprodução ou a rapidez do processamento, mas muito pouco foi alterado nos princípios básicos da fotografia.[14]
A grande mudança recente, produzida a partir do final do século XX, foi a digitalização dos sistemas fotográficos. A fotografia digital mudou paradigmas no mundo da fotografia, minimizando custos, reduzindo etapas, acelerando processos e facilitando a produção, manipulação, armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo. O aperfeiçoamento da tecnologia de reprodução de imagens digitais tem quebrado barreiras de restrição em relação a este sistema por setores que ainda prestigiam o tradicional filme, e assim, irreversivelmente ampliando o domínio da fotografia digital.[15]
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