AS GRANDES RELIGIÕES - 2
2a, PARTE
3. O HINDUÍSMO
Os hindus se intitulam adeptos do Sanâtana Dharma, isto é "lei cósmica universal sem origem".
Uma religião com base em textos sânscritos considerados como "a revelação"(sruti), compreendendo os livros dos Vedas e os Upanishads, escritos e compilados entre 2000 e 600 a. C.
Esses textos descrevem uma ordem cósmica representada no equilíbrio entre o mal e o bem, entre deuses e demônios. Os ritos e sacrifícios têm a finalidade de manter esse equilíbrio. Desta forma, os ritos definem uma ordem social e política.
Entre 600 e 300 a. C., essa doutrina foi reinterpretada, acrescentado-a a metafísica da transmigração, isto é, a situação atual tem suas causas nos méritos e erros das vidas anteriores. Contudo pode ser mudada, isto é, a libertação e salvação pode ser alcançada nos ciclos de renascimentos, desde que as dividas fossem pagas aos deuses. Nesta época o hiduismo recebeu influências do budismo.
O hinduismo é a religião dominante na Índia.
Quem não ouviu falar de Mahatma Gandhi (1869 – 1948), indiano, hinduísta, pregador da não violência?
4. O JUDAÍSMO
As origens do judaísmo são atribuídas a Abraão, escolhido por Deus (Javé) para deixar sua terra natal, Ur, e partir em direção à terra prometida, a Palestina, para ser o pai de um grande povo. Como sinal da bênção de Deus, Sara, a esposa de Abraão, estéril, teria um filho, Isaac. A descendência de Abraão continuaria com Jacó, filho de Isaac. Esses fatos ocorreram entre 1800 e 1600 a. C.
A região da Palestina foi assolada por uma grande seca, por volta de 1500 a. C.
Nessa época, um dos filhos de Jacó, José, era o administrador do faraó no Egito, que se encontrava em fartura. A seca levou muitos povos ao Egito, em busca de comida. Entre eles, estava o povo de Deus, os descendentes de Abraão.
Alguns anos mais tarde, esses povos foram escravizados por faraós, até que, por volta de 1300 a. C., surgiu Moisés, escolhido por Deus para libertar o povo da escravidão do Egito.
Chegaram à Terra Prometida, por volta de 1200 a.C., depois de caminharem 40 anos pelo deserto da península do Sinai, onde por várias vezes Javé se manifestou ao povo, como por exemplo, na passagem do mar Vermelho e, sobretudo na entrega da Lei no monte Sinai (10 mandamentos) a Moisés.
Entre os governantes que mais se destacaram encontramos os reis Davi, pela sua bravura, mas conquistas, e Salomão, pela sua sabedoria.
Historicamente o povo judeu esteve a maior parte de sua história sob o domínio, entre outros, dos persas, gregos e romanos.
A Bíblia é o livro sagrado onde encontramos as revelações históricas de Deus ao povo, ora pela Lei, pelos fatos, pela pregação dos profetas e pelas poesias, orações e cânticos.
Neste livro Deus é único, criador de tudo. Tudo o que existe foi criado por Ele, para manifestar seu poder, sua sabedoria, perfeição e seu imenso amor. A criação é perfeita, mas o desejo do homem em ser mais do é, o leva a destruir a ordem primitiva da criação. Para o restabelecimento desta ordem Deus escolhe um povo e envia mensageiros para reconduzir a humanidade à ordem original. Como esse objetivo não é atingido, Javé promete a vinda de um Salvador, o Messias, descendente de Davi, para libertar o povo de todo sofrimento e escravidão.
5. O CRISTIANISMO
O Cristianismo é a continuação do judaísmo, isto é, acredita em um único Deus, criador, onipotente, perfeito; crê que esse Deus se revelou através da história dos patriarcas (Abraão, Isaac e Jacó), de Moisés, de Davi, Salomão, dos profetas, nos fatos cotidianos da vida do povo e até mesmo na história de outros povos; crê que Deus criou, com amor, um mundo perfeito destruído pela inveja (Caim e Abel), pelo desejo do homem ser mais do que ele é, isto é criatura, (como vemos na narração do pecado original e da torre de Babel); crê que Deus procurou restabelecer a ordem primitiva em primeiro lugar com uma atitude radical (a inundação do mundo salvando apenas a família de Noé e de animais), depois enviando mensageiros (profetas), e por fim enviou seu próprio Filho, o Messias prometido e esperado. Aqui reside a diferença entre o judaísmo e o cristianismo: Cristo, o Filho de Deus, prometido e esperado para salvar, libertar a humanidade, não simplesmente de sua escravidão política, religiosa, ideológica, mas de tudo que perturba e traz infelicidade ao ser humano no aspecto pessoal e social.
A grande novidade na mensagem de Jesus é a substituição da lei do "dente por dente" pela Lei do "Amai-vos uns aos outros". O Amor é o caminho para o fim das injustiças sociais, políticas, religiosas e ideológicas; é o meio e o fim no restabelecimento da ordem primitiva da criação.
Esta revelação chega até nós pelos livros sagrados do Antigo Testamento e do Novo Testamento, a Bíblia.
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José Luiz Duarte
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