A GRANDE EMBRULHADA
Há bem pouco tempo, o bônus pago por uma seguradora norte-americana a seus executivos, (cujo montante chegou ao disparate de US$ 6 milhões para somente um deles), depois de ter recebido uma grandiosa ajuda financeira governamental, causou uma onda de protestos nos Estados Unidos, desde a população até os congressistas incluindo o presidente do país. Antes, o presidente Barak Obama já tinha se decepcionado por haver feito uma primeira injeção de dólares na tentativa de controlar a crise e salvar as empresas supostamente quebradas, as quais suscitaram os problemas que se alastraram mundo afora.
Estas empregaram o dinheiro em coisas que não tinham nada a ver com a crise como a reforma de banheiros, compra de veículos novos, etc., o que no meu modo de entender não tinham nenhum problema de caixa e sim de esperteza, de safadeza mesmo.
Não se pode entender que uma empresa bem sucedida com ramificações espalhadas em todo país e, quem sabe, no restante do mundo, venha de uma hora pra outra e sem mais nem menos arruinar-se financeiramente. É perfeitamente aceitável que tenha havido uma queda em seus lucros, no seu apurado, mas quebra geral, não se pode conceber.
Aliás, sobre este assunto, me segredava um amigo melhor informado que as empresas que anunciam “prejuízos” tiveram ou poderão ter uma queda nos lucros e não propriamente perdas expressivas como entendemos. Em outras palavras, podem deixar de auferir um lucro significativo ou ao fazerem investimentos cujo retorno terá efeito a longo prazo, estes são computados como prejuízo.
Se nos Estados Unidos da América que se pressupõe um país sério, onde as leis são mais respeitadas as coisas aconteceram desse jeito, eu fico a imaginar o que não foram capazes de fazer as empresas sortudas brasileiras com o dinheiro que não pediram ao governo federal. É esperar pra ver, pois o brasileiro nós conhecemos de perto e sabemos que não tem nada de besta.
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