COMO É QUE UM BANCO QUEBRA?

Olhem, meus amigos, francamente não dá para acreditar em quebra de banco, pelo menos cá entre nós. Lá fora, no estrangeiro, não estamos cientes das regras praticadas, da relação banco/público/governo, mas, mesmo assim, continuo firme em minha posição de ceticismo em relação ao caso. É provável que haja algum tipo de deficiência localizada aqui e ali, mas quebra propriamente dita, eu não acredito mesmo!

Entretanto, não podemos negar que há uma crise generalizada. E mesmo lá, nos EUA, como em qualquer outra economia importante algures desse nosso mundo, as coisas não devem ser tão perfeitas ao ponto de somente ter gente honesta tanto entre banqueiros como entre funcionários e políticos.

Como entender a aceitar sem contestação tudo que os economistas e políticos afirmam, a não ser que também sejamos um deles, porque quando houve uma virtual quebra de bancos no Brasil, oportunidade em que o Governo Fernando Henrique “teve” de intervir injetando dinheiro de um PROER que, diga-se de passagem, se já existia não era conhecido pelo povo brasileiro, salvando-os da banca rota.

Vejamos alguns aspectos do que afirmo a respeito dos nossos bancos:

- Os bancos brasileiros cobram tudo - todo trabalho prestado ou não e mais alguma coisa - dos seus correntistas e de todos que procuram os seus serviços;

- os juros do cheque especial são, como todos sabem, escorchantes e chegam até 170% ao ano;

- os cartões de crédito, idem. Se você atrasar um pagamento qualquer, por menor que seja o valor, ‘tá ferrado! Pode correr o risco de nunca mais quitar a dívida que a partir desse ponto será uma bola de neve, isto é, sempre crescente.

- não emprestam nada sem ganhar praticamente o dobro ou triplo, dependendo da operação;

- pagam uma merreca aos seus funcionários que até bem poucos dias estavam em greve, por melhores salários e condições de trabalho;

- os bancos mostram sem cerimônias os seus balancetes sempre em crescentes e divulgam seus lucros os mais fantásticos presumíveis.

- contam com a ajuda do Governo Federal como no afrouxamento do compulsório, por exemplo, e que agora há pouco liberou mais 6 bilhões fora o que já foi injetado na irrigação do mercado, etc., etc.

Para corroborar o que afirmo, pode-se recorrer a quem é cliente de um banco qualquer e que dele tem ou já obteve algum tipo de empréstimo e veja se não bate com o que estou escrevendo, pois, no meu caso, o Banco do Brasil empurra goela abaixo um seguro que nunca solicitei e que portanto, nunca contratei, mas que é descontado de minha conta correte, queira eu ou não e que ainda na apólice do seguro, nas suas recomendações manda, talvez por ironia, observar o seguinte: “verifique se os dados contidos em seu Certificado Individual estão de acordo com as informações prestadas quando você preencheu a proposta de adesão”! Só que eu nunca preenchi proposta de adesão coisa nenhuma, até porque detesto seguro de vida que só beneficia à própria seguradora!

E o que é pior, no caso do seguro, você somente recebe, quer dizer, seus beneficiários, nas piores situações: morte ou invalidez permanente, e, fazendo uma comparação grosseira, é como fosse uma arma que quando a utilizamos saímos de qualquer modo prejudicados.

Outra coisa: nunca ouvi falar de um banqueiro liso, desempregado ou mendigando, todos que quebram ficam podres de ricos! Isso sim! E por aí vai!

Postar um comentário