O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS

Há bem poucos anos atrás o governo brasileiro tinha duas desculpas para manter em alta o preço dos combustíveis: não ter o País reservas petrolíferas suficientes e o preço do Dolar ameri-cano, sempre num patamar elevado devido à corrosiva inflação gerada pelo próprio Governo que, de modo sucessivo estava constantemente majorando suas tarifas de serviços e, vez por outra, um aumento de imposto porque ele nunca foi de ferro.
Hoje, a realidade é outra. Somos auto-suficientes em petróleo e detentores de duas das maiores reservas do mundo e uma terceira ainda por confirmar, temos tecnologia de prospecção e extração própria e de ponta, uma das maiores companhias petrolíferas do mundo, produzimos etanol a partir da cana-de-açúcar, uma nova tecnologia em motores à combustão, criamos também o biodi-esel, temos condições de fazer muito mais ainda nesta área dependendo somente dos investimentos necessários.
Entretanto, temos um dos mais elevados preços do setor e ainda por cima, uma tal de CIDE, imposto criado pelos nossos broncos administradores, obcecados no afã de arrecadar pelo simples prazer de aumentar o bolo do fisco e propalar aos quatro ventos que o País está sendo con-duzido por mãos hábeis.
Há bem poço tempo tivemos aumento no diesel e, em conseqüência, podemos ter tam-bém na gasolina; no final de mês de maio, próximo passado foi a vez do GNV (gás natural veicular).
Por que tantos aumentos sucessivos? Qual a justificação alegada agora? Nenhuma! Cri-em eles o argumento que quiserem e ninguém de sã consciência acreditará. Podem nos impor os preços que quiserem que pagamos, já que não podemos fazer outra coisa.

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