Alguns medicamentos contra colesterol aumentam risco de diabetes

25/05/2013

Com informações da BBC

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Alguns tipos de estatinas, substâncias usadas para evitar doenças do coração, aumentam o risco de diabetes tipo 2 em idosos.

Pesquisadores canadenses divulgaram suas conclusões na última edição da revista científica British Medical Journal.

Segundo eles, as estatinas mais poderosas - como a atorvastatina - podem aumentar o risco de diabetes em 22% em comparação com os tipos mais fracos.

De acordo com os pesquisadores, a atorvastatina, vendida no Brasil com o nome de Lipitor, teve ligação com um caso extra de diabetes para cada um dos 160 pacientes que a utilizaram.

As estatinas são um grupo de medicamentos indicados para baixar os níveis do "colesterol ruim" (LDL) no sangue. Isso reduz as chances de um ataque cardíaco ou de um derrame.

Especialistas que comentaram as novas conclusões, no entanto, dizem que, de um modo geral, os benefícios da substância ainda são maiores do que os riscos.

Todas as drogas têm efeitos colaterais, mas a equipe de pesquisadores canadenses afirma que ainda não há clareza sobre os riscos oferecidos pelas diferentes estatinas, o que os fez pesquisar o assunto.

Eles examinaram os registros médicos de 1,5 milhão de pessoas acima de 66 anos e compararam a incidência de diabetes entre pessoas tratadas com diversos tipos de estatinas.

"Descobrimos que pacientes tratados com atorvastatina, rosuvastatina ou sinvastatina tinham mais riscos de aparição da diabetes comparados aos tratados com pravastatina," diz o estudo.

"Clínicos devem levar em conta esse risco quando estiverem considerando um tratamento com estatina para pacientes. O uso preferencial da pravastatina (...) pode ser indicado," recomendam eles.

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A luz no fim do túnel vem dos transistores de molibdenita

Eletrônica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/05/2013

A luz no fim do túnel vem dos transistores de molibdenita

Transístor de molibdenita emissor de luz - esquema (esquerda) e componente real (direita).[Imagem: M. Steiner]

Transístor emissor de luz

Em um mundo cada vez mais dominado por "materiais-maravilha" e metamateriais, um mineral natural bem conhecido está deixando constrangidos os materiais artificiais de última geração.

Tudo começou quando a molibdenita superou o silício e o grafeno na eletrônica.

A molibdenita é um dissulfeto de molibdênio (MoS2), um mineral com características muito similares ao grafite, incluindo um efeito lubrificante muito forte - ela é usada também em ligas de aço.

Mas tudo mudou quando pesquisadores isolaram camadas bidimensionais do material, que apresentaram propriedades semicondutoras inusitadas.

Assim que foi construído, há pouco mais de um ano, o primeiro chip de molibdenita foi logo apontado como o sucessor do silício.

Agora, um transístor de molibdenita emitiu luz pela primeira vez, graças ao trabalho de uma equipe internacional que reúne pesquisadores de universidades alemães e britânicas, e da IBM.

Para se ter uma ideia da importância desse feito, o primeiro transístor emissor de luz de silício foi criado em 2004.

Isso sugere que é possível construir fontes de luz e outros componentes fotônicos usando semicondutores em camadas 2D para uso em optoeletrônica.

Estruturalmente, as camadas 2D de molibdenita lembram muito as monocamadas de grafeno.

Mas, ao contrário do grafeno, a molibdenita é um semicondutor de bandgap direta - a diferença entre a camada de condução e a camada de valência -, o que significa que ela é muito eficiente na conversão da energia elétrica em luz, e vice-versa.

Ou seja, parece ser uma questão de tempo até que comecem a surgir LEDs, células solares e fotodetectores de molibdenita.

A luz no fim do túnel vem dos transistores de molibdenita

A molibdenita saiu na frente, tornando-se um candidato promissor na corrida para uma era pós-silício. [Imagem: Birck Nanotechnology Center/Purdue University]

Miniaturização extrema

Para não deixar dúvidas de que a molibdenita é promissora para aplicações na eletrônica tradicional, Saptarshi Das e Joerg Appenzelle, da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, foram além.

Em um trabalho separado, a equipe usou monocamadas do material para construir transistores normais - não emissores de luz - com uma espessura de meros 0,7 nanômetro.

Isso significa que cada transístor tem apenas entre três e quatro átomos de espessura.

Apesar desse recorde, os testes mostraram que o melhor desempenho surge quando são empilhadas 15 camadas de molibdenita, elevando a espessura total para cerca de 10 nanômetros.

Mas empilhar camadas monoatômicas é bem diferente de desgastar blocos de silício para construir os transistores

"Nosso modelo é genérico e, assim, acreditamos que ele seja aplicável para qualquer material bidimensional em camadas," disse Das.

Usando a atual tecnologia do silício, a indústria espera chegar aos 6 nanômetros por volta de 2020. Entretanto, os especialistas afirmam que não é possível vislumbrar formas de ir além disso usando silício.

Ou seja, não há mais dúvidas de que a molibdenita saiu na frente, tornando-se um candidato promissor nessa corrida para uma era pós-silício.

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Bibliografia:
Electroluminescence in Single Layer MoS2
R. S. Sundaram, M. Engel, A. Lombardo, R. Krupke, A. C. Ferrari, Ph. Avouris, M. Steiner
Nano Letters
Vol.: 13 (4), pp 1416-1421
DOI: 10.1021/nl400516a
Screening and interlayer coupling in multilayer MoS2
Saptarshi Das, Joerg Appenzeller
Rapid Research Letters
Vol.: 7, Issue 4, pages 268-273
DOI: 10.1002/pssr.201307015

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Meditação produz mudanças genéticas que melhoram a saúde

08/05/2013

http://diariodasaude.com.br/

Com informações da New Scientist

Meditação gera mudanças genéticas que melhoram a saúde

Há muito tempo os cientistas se perguntam por que a meditação tem tantos efeitos positivos.[Imagem: MIT]

Depois de vencerem muitos preconceitos de seus colegas, cientistas já demonstraram que, entre os benefícios da meditação, estão a redução do risco de ataques cardíacos, derrames e da morte por todas as causas.

Uma equipe norte-americana afirmou recentemente que, se a ioga fosse remédio, ela seria o melhor remédio do mundo - a ioga é uma dentre várias técnicas de meditação.

A novidade agora é que se descobriu que a meditação altera a expressão de genes envolvidos com vários processos benéficos à saúde.

E os resultados podem aparecer em minutos, dispensando anos de isolamentos em mosteiros nas montanhas do Tibete.

Estudos anteriores já documentaram mudanças no cérebro quando as pessoas praticam meditação, mas esta é a primeira vez que se demonstra mudanças na expressão dos genes.

Segundos os pesquisadores, esse pode ser o mecanismo principal que poderia explicar os efeitos benéficos relatados da meditação, da ioga e da oração.

Efeitos genéticos da meditação

Herbert Benson e seus colegas do Hospital Geral de Massachusetts (EUA) analisaram os perfis genéticos de 26 voluntários - nenhum dos quais meditava regularmente - antes de ensinar-lhes uma rotina de relaxamento com duração de 10 a 20 minutos.

As práticas incluíam recitar palavras, fazer exercícios de respiração e tentativas de interromper o fluxo automático de pensamentos.

Depois de oito semanas de meditação diária, o perfil genético dos voluntários foi analisado novamente.

Os genes reforçados têm três principais efeitos benéficos: melhorar a eficiência das mitocôndrias, a usina de força das células, aumentar a produção de insulina, o que melhora o controle de açúcar no sangue, e evitar o esgotamento dos telômeros, as tampas dos cromossomos que ajudam a manter estável o DNA e evitam que as células se desgastem - em duas palavras, retardam o envelhecimento.

Os genes que se tornaram menos ativos foram aqueles governados por um gene mestre chamado NF-kappaB, que desencadeia uma inflamação crônica que leva a doenças como a hipertensão arterial, doenças cardíacas, doença inflamatória intestinal e alguns cânceres.

Resultados em minutos

Os cientistas queriam testar a meditação ao extremo, e então decidiram analisar os genes antes e depois de uma única sessão de meditação.

Os resultados foram conclusivos: as alterações genéticas benéficas induzidas pela meditação ocorreram em poucos minutos.

"Parece fazer sentido que você veja essas respostas depois de apenas 15 a 20 minutos, assim como, inversamente, curtos períodos de estresse elevam os hormônios do estresse e geram outros efeitos fisiológicos que são prejudiciais a longo prazo," comentou Julie Brefczynski-Lewis, da Universidade Oeste da Virgínia em Morgantown, que estuda os efeitos fisiológicos das técnicas de meditação.

E você, já meditou hoje?

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DEBATES LINKEDIN – RECÉM FORMADOS

clip_image002Seguir Emanuele

PORQUE AS EMPRESAS NÃO PROCURAM RECÉM-FORMADOS?

Estou em busca de oportunidade profissional, mas só encontro dezenas de vagas diárias, solicitando experiência em tal assunto.

Como pode um recém-formado ter tais experiências se nem ao menos conseguimos uma colocação profissional?

As empresas só procuram profissionais com anos de experiência, para trabalharem como maquinas programadas.

Apostem em novos profissionais, quem sabem podem ser tão bons ou melhores dos que já estão na vida profissional....

 

clip_image004Clovis Dutra • Bom dia,

É Emanuele e ainda por cima somos obrigado a ler "quase que diariamente" que esta faltando mão de obra qualificada. E deste jeito irá faltar mesmo, o mercado de hj não consegue evidenciar características de pró atividade, disciplina e dedicação, deste forma não absorve os novos profissionais do mercado e os que estão adquirem tanta experiência que seus salários ficam cada vez maior e o mercado cada vez mais fechado. É uma conta simples de se pensar: Quem esta no mercado tem os salários altos e experiência no c.v, já quem esta fora não tem nenhum dos dois e ainda por cima tem que ouvir de um RH despreparado e ocioso que "tal candidato" não possui isso ou aquilo.

É UMA COVARDIA O QUE OS RH's ESTÃO FAZENDO COM O MERCADO DE TRABALHADO, ELES NÃO SE ATUALIZAM E AINDA POR CIMA COLOCAM A CULPA NA FALTA DE PREPARO. É MUITO MAIS FÁCIL APONTAR O DEDO PARA OUTRO, DO QUE OLHAR NA RAIZ DO PROBLEMA....

Tenha fé e muita mais muita calma mesmo, porque o que é nosso .... será entregue no momento certo na hora certa...Precisamos somente em tentar caminhar sempre ao caminho do estudos e atualizações do mercado.

Abraços e fique com DEUS.

 

clip_image005RAFAEL SOTTRATI • Em parte concordo com amigo Clóvis, eu também sou formado a pouco e estou procurando meu lugar ao Sol, distribui muitos curriculo, acredito também que como candidatos devemos oferecer diferênciais como ser Bombeiro, ter cursos de NR 35, NR33 e NR 10, ser pró ativo e muito curioso com tudo, O principal é NUNCA DESISTIR, não desista LUTE, SONHE e CONQUISTE, temos hábito de desanimar não desanime ACREDITE, sabe aquela empresa que vc pensa há aqui deve ter um TST de 20 anos ganhando um dinheirão pois é ali mesmo que voce deve entregar, nunca SUBSTIME um lugar pode ser sua chance ali, estou contigo nessa.............................grande abraço

 

clip_image006Matheus Ferreira • COncordo com vcs pessoal a luta é ardua pois estou procurando trabalho de novo fui recem demitido de uma construtora, essa profissão agente tenque garimpa mesmo.
Abraço..

 

clip_image001Emanuele Bonfanti Bezerra • O que mais me revolta é ter notícias informando que: O MERCADO DE TRABALHO NÃO TEM MÃO DE OBRA QUALIFICADA!!!

PORQUE AS EMPRESAS NÃO PROCURAM ENTIDADE DE ENSINO PARA CONTRATAR OS FORMANDOS?

 

clip_image007Romão Silva • Caros companheiros

Mão de obra qualificada tem e muita. Falta boa vontade daqueles que exigem muito e pouco ou quase nada dão em troca. Essas mesmas empresas que cobram experiência nunca se dispõem a oferecer estágios ou treinamentos específicos para suas áreas de atuação a estudantes ou graduados; nunca dão uma oportunidade a quem busca experiência, mesmo sendo num período probatório, onde o candidato à vaga pudesse mostrar todo o seu potencial.

Acredito sim, que o mercado seja, como nos demais ofícios, composto de profissionais de toda estirpe, ou seja, existem os bons, os aceitáveis e os descartáveis e isso é perfeitamente normal e ai cabia a escolha deste ou daquele.

Falta-nos, portanto, o apoio necessário por parte do governo e dos empresários pois, ATÉ AGORA NÃO HÁ EM NENHUMA PARTE DO MUNDO QUE HABITAMOS UMA FACULDADE QUE ENTREGUE AO MERCADO UM PROFISSIONAL COM UM, DOIS OU MAIS ANOS DE EXPERIÊNCIA.

Antromsil

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Plasmônica: em busca da computação à velocidade da luz

Eletrônica

ICT Results - 23/11/2009

Plasmônica: em busca da computação à velocidade da luz

Circuitos eletrônicos utilizam sinais transmitidos por elétrons, enquanto os circuitos ópticos transmitem os sinais por meio de fótons. A plasmônica utiliza quase-partículas chamadas polaritons para transmitir sinais eletrônicos e ópticos simultaneamente.[Imagem: ICT]

O que é plasmônica?

Um grupo de pesquisadores europeus demonstrou alguns dos primeiros dispositivos plasmônicos que podem se tornar viáveis comercialmente, marcando o início de uma nova era na computação e nas comunicações de alta velocidade, quando os sinais eletrônicos e ópticos poderão ser manipulados simultaneamente.

Circuitos eletrônicos utilizam sinais transmitidos por elétrons, enquanto os circuitos ópticos transmitem os sinais por meio de fótons. Já os dispositivos plasmônicos utilizam a oscilação conjunta dos elétrons para transmitir sinais eletrônicos e ópticos ao longo dos mesmos condutores metálicos, por meio de ondas de quase-partículas chamadas polaritons.

Plásmons são pacotes de energia que flutuam sobre a superfície de um metal e que dão nome a esse campo emergente de pesquisas. Quando os plásmons de superfície passam por uma interface entre um material condutor e outro não-condutor, formam-se as quase-partículas chamadas polaritons.

Desta forma, a plasmônica  - um campo emergente da tecnologia em nanoescala frequentemente chamada de "luz por meio de fios" - junta as vantagens das fibras ópticas, incluindo a alta velocidade na transferência de informações, com os benefícios dos componentes eletrônicos, particularmente suas minúsculas dimensões.

Processadores ópticos

É com base na plasmônica que os cientistas esperam construir, num futuro agora mais próximo, processadores de computador totalmente ópticos, capazes de operar em altíssimas velocidades, além de linhas de transmissão de dados de banda ultra larga e uma multiplicidade de novos sensores, capazes de levar a automação a um novo patamar.

"Nesses últimos cinco anos tornou-se possível construir um processador de computador totalmente óptico, mas com todos os componentes inteiramente ópticos ele teria que ocupar uma área de 0,5 metro por 0,5 metro e consumiria muita energia. Com a plasmônica, nós poderemos construir os circuitos com a miniaturização suficiente para que esse processador caiba em um PC comum e mantenha a velocidade óptica," explica o Dr. Anatoly Zayats, da Queen's University, em Belfaste, na Irlanda do Norte.

Os dispositivos plasmônicos, contudo, vinham sendo limitados pelas curtas distâncias ao longo das quais os plásmons de superfície conseguem transmitir dados.

Guias de onda de polaritons

Agora a equipe do Dr. Zayats resolveu este problema.

A transmissão de dados por meio da plasmônica funciona com base nas oscilações na densidade dos elétrons na fronteira entre dois materiais: um plasma dielétrico (não-condutor), ou um polímero, e uma superfície metálica.

Excitando os elétrons com luz é possível propagar ondas de plásmons de alta frequência ao longo da superfície de um fio metálico ou de um guia de ondas, transmitindo desta forma os dados. Entretanto, em muitos casos o sinal dissipa depois de percorrer alguns poucos micrômetros ao longo do fio - uma distância muito curta para permitir, por exemplo, a conexão de dois chips no interior de um computador.

O Dr. Zayats e seus colegas adotaram em enfoque alternativo, desenvolvendo o que eles chamaram de guias de onda de polaritons carregados por dielétrico. Modelando uma camada de polímeros dielétricos (polimetilmetacrilato) sobre um filme de ouro depositado em um substrato de vidro, eles construíram guias de onda de apenas 500 nanômetros de comprimento, aumentando a propagação do sinal.

Usando seus nano-guias de onda, os pesquisadores puderam fabricar todos os elementos necessários para construir os multiplexadores add-drop (ADM: add-drop multiplexers), uma parte crucial das redes ópticas que combinam e separam vários feixes de dados em um único sinal e vice-versa.

Enquanto um ressonador em anel óptico - um dos elementos do ADM - disponível atualmente tem um raio de 300 micrômetros, o ressonador plasmônico mede apenas cinco micrômetros.

Comunicação inter-chips à velocidade da luz

Os dispositivos plasmônicos foram criados utilizando a tecnologia de fotolitografia disponível comercialmente, garantindo que eles possam ser fabricados em escala industrial.

"Outros grupos de pesquisadores já alcançaram níveis de propagação iguais ou até melhores em dispositivos ainda menores, mas os processos que eles usaram são extremamente complexos e dificilmente poderiam ser replicados em escala industrial," diz Zayats. "Nossa tecnologia pode não ser a menor, mas é a mais próxima do mercado."

De fato, o fabricante de semicondutores francês Silios interessou-se pelo projeto e já está desenvolvendo um plano de comercialização da tecnologia, que envolverá tanto a fabricação direta dos componentes plasmônicos quanto o seu licenciamento para outros grandes players do mercado.

"Eu acredito que nós começaremos a ver esta tecnologia no mercado nos próximos cinco ou dez anos," prevê Zayats. "Um avanço chave será o uso da plasmônica para efetuar a comunicação inter-chips, tornando possível transmitir dados entre um ou mais chips na velocidade da luz, eliminando o velho gargalo dos barramentos e permitindo a fabricação de computadores muito mais rápidos."

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Pontos de cirurgias são substituídos por solda a laser

Materiais Avançados

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/05/2013

Solda a laser promete cirurgias sem pontos

A biossolda promete o desenvolvimento de um método cirúrgico sem costuras - sem pontos ou grampos. [Imagem: Huang-Chiao Huang et al./ACS Nano]

Biossolda

A solda a laser é largamente utilizada - na indústria automobilística, por exemplo - para soldar múltiplas peças de metal com rapidez e precisão.

Uma precisão que agora parece ter superado todos os limites, e operando em materiais que em nada lembram as duras chapas metálicas.

Uma nova técnica de soldagem a laser permite nada menos do que soldar tecidos humanos, substituindo os pontos dados após as cirurgias, que, além de incômodos e doloridos, apresentam alto risco de infecção.

O segredo da técnica está em um "eletrodo" especial, compatível com tecidos biológicos.

O eletrodo é o material que é "fundido" para juntar as peças metálicas por meio da solda - ele pode ser derretido, entre outras possibilidades, pela chama de um gás, por um arco voltaico ou por pulsos de um laser de alta potência.

O desafio dos pesquisadores foi criar um "bioeletrodo" que fundisse as partes separadas do tecido sob a ação do calor do laser, mas sem deixar que o calor causasse danos ao tecido.

Cirurgia sem costura

Huang-Chiao Huang e seus colegas da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, criaram o que eles chamam de um nanocompósito plasmônico, um material formado por nanopartículas de ouro encapsuladas em peptídeos, formando um material de alta elasticidade.

As nanopartículas de ouro possuem propriedades ópticas - as mesmas usadas pela plasmônica - que transformam a luz emitida por uma laser na faixa do infravermelho próximo em calor.

Quando o material é ativado pela luz do laser, as proteínas desnaturam, formando um selo forte e muito resistente, com uma consistência pastosa, mas totalmente inerte, fechando a incisão feita para a cirurgia.

Essa biossolda promete o desenvolvimento de um método cirúrgico sem costuras - sem pontos ou grampos - que permite conectar ou fechar vasos sanguíneos, cartilagens em juntas, intestinos e até o fígado.

Os pesquisadores testaram a técnica de "soldagem de tecidos a laser" em animais de laboratório.

Segundo eles, novas avaliações serão necessárias antes que o método de cirurgia sem pontos possa ser testado em humanos.

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Bibliografia:
Laser Welding of Ruptured Intestinal Tissue Using Plasmonic Polypeptide Nanocomposite Solders
Huang-Chiao Huang, Candace Rae Walker, Alisha Nanda, Kaushal Rege
ACS Nano
Vol.: 7 (4), pp 2988-2998
DOI: 10.1021/nn303202k

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Em teste inédito, computador quântico deixa PC na poeira

Informática

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/05/2013

Computador quântico deixa PC na poeira

Este é o primeiro computador quântico comercial do mundo, que agora foi posto para competir com um PC estado da arte. [Imagem: D-Wave]

Computação quântica adiabática

Pela primeira vez, um computador quântico foi posto para competir com um PC comum - e o computador quântico deixou o computador clássico na poeira.

Sempre que se fala em computadores quânticos, os termos mais usados são "no futuro", "quando se tornarem realidade", "se puderem ser construídos" e coisas do tipo.

Mas uma empresa canadense, a D-Wave, apresentou em 2007 um computador que ela afirmava fazer cálculos com base na mecânica quântica.

Foi só em 2011 que a comunidade científica pôde pôr a mão na máquina e finalmente atestar que o processador quântico da D-Wave é realmente quântico.

Agora, Catherine McGeoch, da Universidade Amherst, nos Estados Unidos, foi contratada pela D-Wave para fazer um comparativo entre sua "computação quântica adiabática" e um PC comum.

Segundo a pesquisadora, este é o primeiro estudo a fazer uma comparação direta entre as duas plataformas de computação: "Eu não estou dizendo que esta é a última palavra, mas é a primeira palavra, um começo na tentativa de descobrir o que [este processador quântico] pode e não pode fazer."

Matemática pesada

O processador quântico, formado por 439 qubits de bobinas de nióbio, foi 3.600 vezes mais rápido do que o PC comum na execução de cálculos envolvendo um problema de otimização combinatorial - minimizar a solução de uma equação escolhendo os valores de determinadas variáveis.

Esses cálculos são muito usados nos algoritmos dos programas que fazem reconhecimento de imagens, visão de máquina e inteligência artificial.

O D-Wave encontrou a melhor solução em cerca de meio segundo, enquanto o melhor desempenho do computador clássico rodou por meio hora para chegar ao mesmo resultado.

A pesquisadora reconhece que não se tratou de um jogo totalmente limpo, já que os computadores genéricos geralmente não se saem tão bem contra processadores dedicados a resolver um tipo específico de problema.

Por isso, segundo ela, o próximo passo do tira-teima será fazer a disputa entre o processador quântico adiabático e um processador clássico otimizado para esse tipo de cálculo - eventualmente uma GPU usada em placas gráficas.

Computador quântico deixa PC na poeira

O processador quântico contém 439 qubits de bobinas de nióbio - ele funciona a 0,02 Kelvin. [Imagem: D-Wave]

Para que serve um computador quântico

A pesquisadora também destacou o caráter especializado do computador quântico, que é bom para qualquer tipo de cálculo.

"Este tipo de computador não se destina a navegar na internet, mas ele resolve este tipo específico, mas importante, de problema muito, muito rápido,", disse McGeoch.

"Há graus de o que ele pode fazer. Se você quer resolver um problema exato, ele foi construído para isso, na dimensão dos problemas que eu testei ele é milhares de vezes mais rápido do que qualquer coisa que eu conheça.

"Se você quer resolver problemas deste tamanho mais gerais, eu diria que ele compete - ele faz isso tão bem quanto algumas das melhores máquinas que eu já analisei. Neste ponto, ele está apenas acima da média, mas mostra uma trajetória de escalonamento promissora," concluiu a pesquisadora.

Para ver mais detalhes sobre como o computador quântico da D-Wave funciona, veja a reportagem:

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Bibliografia:
Experimental Evaluation of an Adiabiatic Quantum System for Combinatorial Optimization
Catherine McGeoch, Cong Wang
Vol.: To be published

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Água da torneira pode ser mais limpa que água mineral em garrafão

07/05/2013

Com informações da Revista Unesp Ciência

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Em dois terços dos 60 galões de água mineral analisados a contagem de microrganismos ficou acima do limite aceitável para a água da torneira. Em certos casos, o valor obtido era 1.000 vezes maior que esse padrão.[Imagem: Unesp]

Pesquisadores da UNESP de Araraquara (SP) avaliaram a qualidade de três "modelos" de água mineral e detectaram níveis preocupantes de contaminação em galões de 20 litros.

Todos os garrafões analisados estavam dentro do período de validade.

Nunca se vendeu tanta água mineral no mundo, o que em parte é resultado de uma bem-sucedida promoção do produto engarrafado como alternativa mais limpa, mais pura e mais segura àquela que nos chega pelas torneiras.

Mas o estudo realizado por Maria Fernanda Falcone Dias e seus colegas, e publicado na revista Food Control, sugere que não é bem assim.

Na verdade, em alguns casos, pode ser o contrário.

1.000 vezes pior

Em várias amostras analisadas foram encontrados níveis preocupantes de bactérias nos garrafões de água mineral antes do vencimento do prazo de validade indicado no rótulo das garrafas.

Em alguns casos, isso ocorreu já nos primeiros dias após o envase.

Em dois terços dos 60 galões a contagem de microrganismos ficou acima do limite aceitável para a água da torneira.

Em certos casos, o valor obtido era 1.000 vezes maior que esse padrão. Uma bactéria oportunista foi encontrada em pelo menos duas amostras.

Proveniente de fontes naturais, a água mineral não passa por nenhum tipo de tratamento. Ela deve ser livre de contaminação na origem e preservar suas características originais, o que inclui a presença de diversos sais e de uma fauna microbiana considerada benéfica à saúde humana.

Geralmente em posse da iniciativa privada, as fontes de água mineral devem ter sua qualidade certificada pelo Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM).

Já a água de abastecimento público (vulgarmente conhecida como "torneiral"), além de passar por tratamento químico e físico, tem sua qualidade obrigatoriamente verificada por análises microbiológicas antes de ser distribuída nas cidades.

A principal análise é chamada CHP, sigla para Contagem de [microrganismos] Heterotróficos em Placa. Embora esse teste seja feito também na água engarrafada, antes do envase, a legislação só estabelece um valor máximo aceitável - de 500 UFC/ml (unidades formadoras de colônia por mililitro de água) - para o líquido que vai para as torneiras.

"Esse é o padrão internacional, que é seguido pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]", explica Maria Fernanda.

Mas já existe uma tendência mundial de adotar o mesmo limite máximo também para a água de garrafa, acrescenta ela.

Contaminação na água mineral

Maria Fernanda analisou o conteúdo de garrafas de meio litro e de 1,5 litro em 11 ocasiões ao longo de um ano, que é o prazo recomendado para seu consumo. Já os garrafões de 20 litros passaram por cinco testes, realizados ao longo dos 60 dias de validade do produto. Ao todo foram 324 amostras de seis marcas diferentes.

Além da CHP, outras análises procuraram detectar a presença de coliformes fecais e totais e de bactérias como a Escherichia coli e a Pseudômonas aeruginosa, que podem causar diarreia e infecções, principalmente em crianças, gestantes e idosos.

Os resultados mostraram que, dos três tipos de garrafa d'água, o garrafão de 20 litros foi o que apresentou mais problemas de contaminação.

Em dois terços dos 60 garrafões analisados foi encontrada contagem superior a 500 UFC/ml - às vezes chegando a incríveis 560.000 UFC/ml, mais de mil vezes acima do padrão aceitável para a água de abastecimento.

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Pense num país desmantelado"! O que se come e se bebe de porcaria por esse Brasil afora não está no gibi. Fiscalização que é bom, pra quê. Dá muita despesa, os governos (federal, municipal e estadual) não dispõem de verba para tais despesas. Porém, se for para esporte, festa ou para se mostrar, fazer bonito, não falta dinheiro, tem para esbanjar. Pode? Antromsil.

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Batons e brilhos labiais têm níveis elevados de metais pesados

04/05/2013

Redação do Diário da Saúde

Uma nova análise do conteúdo de batons e brilhos labiais (gloss) revelou níveis alarmantes de metais pesados e elementos cancerígenos.

Pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Berkeley (EUA) analisaram 32 marcas de batom e brilho labial comumente encontrados em farmácias e lojas de departamentos.

Eles detectaram chumbo, cádmio, cromo, alumínio e outros cinco metais, alguns dos quais em níveis preocupantes. (Grifo nosso).

Quantidade é o que importa

Estudos anteriores já haviam relatado a presença de metais pesados em produtos cosméticos, mas os pesquisadores agora estimaram o risco de contaminação analisando a concentração dos metais detectados e a eventual ingestão diária desses elementos pelos consumidores, e compararam estes dados com a ingestão máxima recomendada.

"Apenas encontrar esses metais não é a questão, é o nível que importa," disse Katharine Hammond, principal autora do estudo. "Alguns dos metais tóxicos estão presentes em níveis que podem ter um efeito a longo prazo."

Batons e brilhos labiais estão entre os cosméticos com maior nível de preocupação porque, quando não estão deixando marcas nas roupas ou sendo repassados como marcas de beijo, eles são ingeridos ou absorvidos lentamente pela pessoa que os utiliza, afirmam os autores do estudo.

Metais pesados nos cosméticos

A utilização média desses cosméticos foi definida como a ingestão diária de 24 miligramas de maquiagem labial por dia.

Mas mulheres que passam muito produto, reaplicando-o várias vezes por dia, podem cair na categoria de alto uso, com até 87 miligramas ingeridos por dia.

Mesmo usando doses diárias aceitáveis, o uso médio de alguns batons e brilhos labiais resulta em exposição excessiva ao cromo, uma substância cancerígena, relacionada sobretudo a tumores de estômago.

O uso elevado pode resultar em exposição excessiva ao alumínio, cádmio e manganês - a exposição a concentrações elevadas de manganês tem sido associada com toxicidade no sistema nervoso.

O chumbo foi detectado em 24 produtos, mas em uma concentração geralmente menor do que o nível de ingestão diária aceitável para um adulto. No entanto, os níveis de chumbo levantam preocupações em relação às crianças, que muitas vezes brincam com maquiagem - para crianças, nenhum nível de exposição ao chumbo é considerado seguro.

Os autores do estudo afirmam que, para a maioria das pessoas adultas, não há razão para jogar batons e brilhos labiais no lixo, mas a quantidade de metais encontrada sinaliza a necessidade de mais fiscalização pelos órgãos reguladores de saúde.

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Brasileiros confirmam eficácia e segurança de 20 plantas medicinais

09/05/2013

Com informações da Agência Fapesp

Uma pesquisa em andamento na Universidade Estadual Paulista (Unesp) está avaliando a segurança e a eficácia de extratos de 20 plantas medicinais no tratamento de doenças como úlcera, colite, doença inflamatória intestinal, dores crônicas, inflamação, câncer e diabetes.

Em uma primeira fase do trabalho, a equipe do professor Wagner Vilegas extraiu os princípios ativos presentes nas espécies.

As moléculas foram isoladas e tiveram sua estrutura caracterizada. Em seguida, foram feitos experimentos in vitro e em cobaias para avaliar a ação terapêutica e possíveis efeitos adversos.

Com base nos experimentos, o grupo de pesquisadores selecionou extratos das seis espécies mais promissoras para uma investigação aprofundada.

A Serjania marginata e a Machaerium hirtum demonstraram ação gastroprotetora, analgésica e anti-inflamatória, sem efeito mutagênico ou tóxico.

Já a Rhizophora mangle e a Hymenaea stigonocarpa mostraram potencial terapêutico para o tratamento de doença inflamatória intestinal.

As espécies Myrcia bella e a Bauhinia holophylla apresentaram resultados experimentais promissores para tratamento do diabetes.

"Pretendemos investigar melhor os mecanismos de ação dos princípios ativos presentes nessas espécies. O interessante seria descobrir um mecanismo de ação diferente daqueles existentes nos medicamentos já comercializados," explicou Vilegas.

Plantas medicinais com efeitos comprovados

Um dos objetivos do projeto, conforme o pesquisador, é estudar o efeito de plantas similares às existentes na listagem de fitoterápicos do SUS, como é o caso da pata-de-vaca (Bauhinia forficata).

"A B. forficata já é muito usada contra o diabetes. Nós estamos estudando uma espécie irmã, a B. holophylla, que apresentou resultados muito bons contra o diabetes em testes feitos in vitro e in vivo. Ela também é rica em flavonoides, que são substâncias antioxidantes", contou Vilegas.

Outra planta famosa na medicina popular que mostrou bom desempenho no laboratório foi a jurubeba (Solanum paniculatum). Rica em alcaloides esteroidais, a espécie revelou nos experimentos efeito importante contra úlcera e outros tipos de inflamação.

Já a Terminalia catappa, popularmente conhecida como chapéu-de-sol, apresentou intensa atividade antimicrobiana e antiulcerativa - interessante para tratar doenças estomacais associadas à bactéria Helicobacter pylori. Os testes de segurança, no entanto, revelaram que as substâncias ativas presentes na planta podem induzir mutações nas células.

"Serão necessários mais estudos para descobrir se há meios de retirar as moléculas tóxicas do extrato e reduzir possíveis efeitos colaterais", avaliou Vilegas.

Esse também é o caso da crotalária (Crotalaria pallida), que, apesar da potente ação imunomoduladora, apresentou alta toxicidade. "Essa espécie contém alcaloides pirrolizidínicos, tóxicos para o fígado. Foi por esse motivo, por exemplo, que o confrei (Symphytum officinale) passou a ser contraindicado", afirmou Vilegas.

Falta de plantas medicinais

O grande objetivo do grupo de pesquisadores brasileiros é ampliar as opções de plantas medicinais disponíveis na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (Renisus). Divulgada em 2009 pelo Ministério da Saúde, essa listagem traz 71 plantas com potencial para gerar produtos de interesse para a rede pública de saúde.

A finalidade da Renisus é orientar estudos e pesquisas que subsidiem a relação de fitoterápicos disponíveis para uso da população.

Atualmente, já são oferecidos derivados de espinheira-santa, para gastrites e úlceras, e de guaco, para tosses e gripes.

"O problema é que algumas das espécies listadas pela Renisus ocorrem apenas em determinadas regiões do país e não há quantidade suficiente da planta para atender toda a população. É preciso incorporar novas opções terapêuticas a essa listagem, mas antes são necessários estudos para comprovar a eficácia e a seguranças dos fitoterápicos", disse Vilegas.

"Estamos fazendo o cultivo em campo dessas espécies, pois, para produzir extratos padronizados, é importante avaliar se a planta fornece matéria-prima para a produção dos fitoterápicos em quantidade suficiente ao longo de todo o ano. Se não for possível manter a regularidade do fornecimento, não será viável transformá-las em produtos fitoterápicos", disse Vilegas.

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Bolsa Crack para usuário de drogas em S. Paulo

Fonte: http://www.novasdodia.com/bolsa-crack-para-usuario-de-drogas/

8 de maio de 2013 – 18:47

imageBenefício de R$ 1.350 por mês afeta tratamento humanizado e é visto como uso do desespero das famílias para política duvidosa que pode resultar em manipulação e transformar dependência em mercado, segundo especialistas.

O benefício será concedido por um período de seis meses e deverá estar disponível em 60 dias. Não será possível sacar o benefício e o cartão será aceito apenas em entidades cadastradas. A proposta inicial é atender 3 mil dependentes químicos maiores de 18 anos, que não conseguem atendimento devido à falta de leitos e equipamentos ocorrida após o início dos trabalhos do Centro de Referência em Álcool e Drogas (Cratod), em janeiro deste ano.

Segundo a Secretaria de Assistência Social, as entidades serão escolhidas por capacidade técnica e regularidade de funcionamento, cujos parâmetros serão definidos em edital que será lançado nos próximos dias.

O presidente do Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo, Rogério Gianini, avalia que a proposta é mais um passo atrás em um trajeto iniciado com as internações compulsórias. “É uma prática manicomial. No geral, essas comunidades não contam com atenção clínica ou grupos multidisciplinares, que é um princípio básico de atendimento estabelecido no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). É simplesmente o isolamento e a abstinência forçados”, afirma. Segundo Gianini, existem muitas denúncias sobre trabalho forçado, práticas de esgotamento, como ocupação contínua e horários extasiantes, relacionadas a tais comunidades.

Gianini defende o fortalecimento de ações preconizadas no SUS, como atendimento multidisciplinar, Centros de Atenção Psicossocial (Caps), hospitais-dia, entre outros.

Além disso, explica que o isolamento não deveria ser estimulado, pois “questões psíquicas e de drogadição são sociais e não individuais”. E faz um alerta: “Instituir a bolsa pode incentivar as famílias a buscar a internação, como se fosse a única solução, fazendo com que o tratamento se torne um mercado, desestimulando ainda mais o desenvolvimento de políticas públicas”, avalia.

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Diamantes ajudam a curar câncer de mama

19/04/2013

Redação do Diário da Saúde

Diamantes ajudam a curar câncer de mama

Os nanodiamantes têm entre 4 e 6 nanômetros de diâmetro e têm a forma de pequenas bolas de futebol.[Imagem: UCLA]

Recentemente, os médicos começaram a categorizar o câncer de mama em quatro grupos principais, de acordo com a composição genética das células cancerosas.

A categoria do câncer em geral determina o melhor método de tratamento.

Mas o câncer de um dos quatro grupos - o chamado "tipo basal" ou câncer de mama "triplo negativo" (CMTN) - tem sido particularmente difícil de tratar porque geralmente não responde aos medicamentos que são muitas vezes eficazes no tratamento de outros tipos de câncer de mama.

Felizmente, uma terapia pode estar a caminho, uma terapia baseada em uma substância que parece ter pouco ou nada a ver com medicamentos.

Dean Ho e seus colegas da Universidade da Califórnia (EUA) desenvolveram um tratamento potencialmente mais eficaz para o CMTN que usa diamantes.

São diamantes minúsculos, em escala nanométrica, tão pequenos que são conhecidos como nanodiamantes.

Os nanodiamantes têm entre 4 e 6 nanômetros de diâmetro e têm a forma de pequenas bolas de futebol.

Subprodutos da mineração convencional que procura diamantes para joias e uso industrial, os nanodiamantes formam aglomerados quando são associados com as drogas da quimioterapia, levando o medicamento diretamente às células a serem tratadas.

Isto melhora significativamente o efeito das drogas.

"Este estudo demonstra a versatilidade dos nanodiamantes como agentes de entrega de medicamentos diretamente no tumor," disse Ho. "O agente que nós desenvolvemos reduz os efeitos colaterais tóxicos associados com o tratamento e leva a reduções significativas no tamanho do tumor."

A equipe combinou várias fármacos que combatem o câncer na superfície dos nanodiamantes, incluindo a epirubicina, uma droga de quimioterapia altamente tóxica, mas amplamente utilizada, que é frequentemente administrada em combinação com outros medicamentos contra o câncer.

O novo composto mostrou-se capaz de se ligar a um material da membrana celular revestido com anticorpos que ocorre em grande quantidade na superfície das células tumorais.

Quando testado em camundongos, o agente à base de nanodiamantes diminuiu notavelmente o crescimento do tumor e eliminou os efeitos colaterais devastadores do tratamento convencional do câncer de mama.

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Bomba! - "Montadoras manipulam testes de emissão e consumo de carros"

Meio ambiente

Da BBC - 20/03/2013

imageNotas do Blog:

1 - Que nós brasileiros somos à prova de todo tipo de patifaria não constitui mais novidade porque somos que nem cachimbo, só levando fumo! Porém, se lá na Europa a coisa é do jeito que é, onde as montadoras estão à vontade para manipular seus dados, imaginem aqui, então, que é terra sem dono e sem lei.

O povo e o meio ambiente que se dane, porque eles não estão se lixando pra o prejuízo de ninguém! E o que é mais condenável ainda, com a vista grossa ou mesmo anuência dos governos. Pode?

2 – Os trechos em negrito são observações nossa.

 

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Em termos de consumo de combustível e emissão de poluentes, os carros atuais estão no nível que os números oficiais diziam que eles estavam em 2001, mesmo com todos os avanços tecnológicos da última década.[Imagem: Transport & Environment]

Acredite se quiser

Pneus lisos (slick) são cheios muito além da calibração normal para reduzir a resistência ao rolamento.

Os freios são ajustados, ou, às vezes, até mesmo desligados, para reduzir o atrito.

Fendas na lataria são tapadas com fita adesiva para reduzir a resistência do ar.

Algumas vezes, até os espelhos retrovisores são removidos.

Estes são alguns dos truques usados pelas montadoras antes de submeter seus carros aos testes de eficiência no consumo de combustível e emissão de gases poluentes.

"São vários e vários pequenos ajustes," explica Greg Archer, especialista em transporte limpo da ONG Transport & Environment, responsável pela publicação de um relatório que faz as denúncias sobre as práticas questionáveis da indústria automobilística.

Todos os carros vendidos na União Europeia passam por testes oficiais que medem o consumo de combustível e as emissões de gases nocivos, como o dióxido de carbono (CO2) e os óxidos de nitrogênio (NOx).

Esses dados são usados pelos governos - para fundamentar suas políticas de controle ambiental e para determinar o nível de impostos cobrados de cada carro - e pelos consumidores, interessados em comprar carros mais econômicos e menos poluentes.

Na realidade, porém, segundo a entidade, os dados são cada vez mais enganosos, em grande parte porque as montadoras estão melhorando sua capacidade de manipulação dos testes.

"Consequentemente, há um fosso crescente entre o que os motoristas conseguem de fato com seus carros e o que os testes relatam sobre a economia de combustível e as emissões," disse Archer.

Diferença entre oficial e real

De acordo com os números oficiais, as emissões médias de CO2 dos automóveis na União Europeia caíram de cerca de 180g/km, em 2001, para menos de 150g/km, em 2011.

Em comparação, no mundo real, as emissões caíram de mais de 190g/km para 180g/km no mesmo período, de acordo com dados de um estudo realizado na Alemanha pelo Conselho Internacional de Transporte Limpo, citado pelo relatório da Transport & Environment.

Ou seja, os carros atuais estão no nível que os números oficiais diziam que estavam os carros fabricados em 2001, mesmo com todos os avanços tecnológicos da última década.

"A diferença entre os números do mundo real e os números oficiais está crescendo ano a ano," disse Archer, apontando como a diferença entre as duas cifras, de 7% em 2001, aumentou para 23% em 2011.

"As montadoras estão enganando seus clientes, promovendo valores de eficiência de combustível que elas sabem que não serão alcançados," complementa Archer.

Truques legais

Segundo o relatório, para chegar aos níveis inatingíveis pelos carros reais rodando nas estradas, os fabricantes de automóveis contam com um arsenal de truques para usar durante os testes que incluem:

  • desconectar o alternador, para que o motor não gaste potência para recarregar a bateria durante o teste;
  • usar lubrificantes especiais que não são usados em veículos de série, a fim de reduzir o atrito;
  • desligar todos os aparelhos elétricos, incluindo ar condicionado e rádio;

Segundo o relatório, contudo, não há qualquer evidência de que as montadoras estejam quebrando regras formais.

"Mas elas não precisam. Os procedimentos dos testes atuais são tão frouxos que há amplas oportunidades para massagear os resultados do teste," diz a publicação.

De fato, sob o sistema New European Driving Cycle, os fabricantes são livres para declarar resultados dos testes de CO2 4% abaixo dos resultados medidos.

"Nós vamos ter de fechar essas brechas", diz Archer.

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Bibliografia:
Mind the Gap! Why official car fuel economy figures don’t match up to reality
T&E Report
Transport & Environment
http://www.transportenvironment.org/publications/mind-gap-why-official-car-fuel-economy-figures-don%E2%80%99t-match-reality

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Holandeses planejam estradas do futuro

Mecânica

Com informações da BBC - 03/05/2013

Holandeses planejam estradas do futuro

Estradas com faixas para recarregar os veículos elétricos enquanto rodam estão na agenda de diversas projetistas, engenheiros e até montadoras.[Imagem: Studio Roosegaarde]

Tecnologia nas estradas

Há décadas montadoras se esforçam para melhorar a tecnologia de seus carros. As condições das estradas, porém, parecem não ter evoluído no mesmo ritmo.

Agora, dois holandeses prometem mudar essa realidade com inovações como placas luminosas com alertas para condições meteorológicas adversas e uma pista que recarrega carros elétricos conforme eles andam.

Daan Roosegaarde, um artista conhecido por seus projetos excêntricos, e Hans Goris, diretor de um escritório de engenharia, já se envolveram em outros projetos ousados no passado - particularmente Roosegaarde, que chegou a desenvolver uma pista de dança com luzes ativadas pelos pés dos baladeiros e um vestido que fica transparente quando a mulher fica excitada.

A nova aposta da dupla, porém, são tecnologias que, segundo eles, podem revolucionar a construção e uso de estradas - eles não estão desenvolvendo as tecnologias, apenas tentando trazer tecnologias já desenvolvidas, ou em desenvolvimento, para o mundo real.

O projeto foi batizado de "Rota 66 do futuro" - uma alusão à icônica estrada norte-americana que até os anos 80 ligava Chicago a Los Angeles.

"Sempre me impressionou o fato de que gastamos bilhões em projetos de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para os carros, mas as estradas ficaram completamente imunes a esse processo", diz Roosegaarde. "Nessa área, ainda estamos presos na Idade Média."

Iluminação nas estradas

Uma das inovações vislumbradas por Roosegaarde é uma pintura de estrada que emitiria uma luz forte no escuro, dispensando a instalação de postes de luz nas estradas - em vários países europeus, as estradas são iluminadas como as ruas.

"Quando começamos este projeto, Heijmans estava tentando criar uma luz de rua que funcionasse por meio de painéis solares.

"Fiz com que ele considerasse outras opções. Como é que uma água-viva emite luz, por exemplo? Elas não têm painéis solares, nem conta de energia.

"Voltamos à prancheta de projetos e saímos com a ideia dessas tintas que 'se carregam' durante o dia e emitem luz à noite," explicou Roosegaarde.

Mas ter a ideia é uma coisa - e transformá-la em realidade, é outra. E é nesse desafio, que a experiência de Goris pode fazer a diferença.

Segundo o engenheiro, uma das opções para criar as tais placas luminosas, por exemplo, seria misturar na sua tinta grandes quantidades de um cristal especial, que contém aditivos como o európio.

Outra tecnologia que já está sendo testada diz respeito ao uso de uma mistura de tinta termossensível para criar grandes placas de sinalização em formato de flocos de neve que avisariam aos motoristas sobre a presença de gelo na pista.

Holandeses planejam estradas do futuro

Tintas que brilham para indicar condições da estrada estão entre as ideias que os dois holandeses pretendem divulgar e, se possível, implementar. [Imagem: Studio Roosegaarde]

Estrada que recarrega energia

Também há um grande entusiasmo dos dois holandeses em relação ao projeto das estradas magnéticas, com uma pista exclusiva para carros elétricos com bobinas que carregariam as baterias dos veículos conforme eles rodam.

A ideia de recarregar os carros elétricos em movimento, usando eletricidade sem fios, não é nova - a Coreia está testando trens elétricos sem fios e pesquisadores japoneses recentemente mostraram que os carros elétricos podem receber energia pelos pneus.

"Não acho que cada autoestrada holandesa terá uma pista como essa, mas poderíamos pensar em ter isso em alguns lugares específicos", diz Goris.

Uma quarta ideia que a equipe holandesa pretende desenvolver até 2015 diz respeito a implantação de pequenas turbinas em locais estratégicos das estradas para usar o vento gerado pela passagem dos veículos para acender lâmpadas de sinalização.

"Descobrimos que, principalmente na frente e no fim de túneis, há muito vento e poderíamos usar esse movimento de ar (para gerar energia)", acredita Roosegaarde.

Ainda é cedo para saber quanto dessas ideias sairão do papel. "Mas, a menos que alguém esteja disposto a assumir o risco de ter ideias que à primeira vista parecem impossíveis, nunca progrediremos", opina Bill Thompson, especialista em tecnologia da BBC.

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Brasileiros criam anestesia odontológica sem injeção

02/05/2013

Com informações da Agência Fapesp

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A anestesia bucal indolor e sem agulha é um desejo antigo dos profissionais de odontologia e considerada por muitos o "Santo Graal" da profissão.

Afinal, há quase cem anos os anestésicos são aplicados na mucosa da boca da mesma maneira, por meio de dolorosas injeções.

Será que existiriam alternativas menos invasivas?

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) acreditam que sim.

A equipe coordenada pela bioquímica Eneida de Paula desenvolveu de um gel ou creme anestésico para ser usado pelos dentistas.

Eneida explica que a proposta não foi produzir novas moléculas anestésicas, pois isso exigiria pelo menos dez anos de desenvolvimento e testes clínicos.

O propósito foi ampliar a eficácia dos sais anestésicos disponíveis no mercado ao encapsulá-los dentro de carreadores ou nanopartículas capazes de levar os princípios ativos ao lugar desejado e liberá-los de forma controlada.

A associação entre carreadores e anestésicos poderia, teoricamente, aumentar o tempo de anestesia, exigir uma concentração menor de princípio ativo e diminuir o risco de o composto entrar na corrente sanguínea e se espalhar pelo corpo de forma nociva.

Lipossomas

A pesquisa teve início em 2007 com a escolha do carreador ideal para cada anestésico. "Ele não poderia causar reações adversas no organismo, teria de ser quimicamente estável e precisaria manter o anestésico no local aplicado pelo maior tempo possível", disse Eneida.

Os lipossomas, partículas feitas de lipídios e semelhantes a membranas biológicas, foram os primeiros carreadores testados pelo grupo.

Segundo Eneida, os lipossomas são capazes de levar os anestésicos sem gerar reações adversas e já são empregados pela indústria farmacêutica em antivirais, antifúngicos e no desenvolvimento de vacinas e medicamentos anticâncer.

Mas nem tudo saiu como esperado.

Testes em animais e humanos mostraram que o uso dos lipossomas como carreadores prolonga o tempo de ação dos anestésicos mepivacaína e prilocaína em três a quatro vezes, comparados aos medicamentos comerciais, que agem por duas a quatro horas.

Tal eficácia, entretanto, ainda dependia do uso de seringas na aplicação do medicamento.

É que, para eliminar a dor, o sal anestésico precisa ultrapassar a mucosa e o osso compacto da boca para bloquear a condução do impulso nervoso que transporta as informações de sensibilidade da região dental ao cérebro.

Ciclodextrinas

Os cientistas decidiram então estudar carreadores alternativos.

A solução foi encontrada nas ciclodextrinas, moléculas produzidas a partir da quebra do amido.

"Umas das principais vantagens das ciclodextrinas é que elas aumentam a solubilidade aquosa dos anestésicos, fazendo com que maior quantidade do composto chegue ao nervo que precisa ser anestesiado. Grandes porções de anestésicos são necessárias para banhar a região do nervo e impedir a propagação do impulso doloroso", explicou a pesquisadora.

Testes em animais mostraram que anestésicos como a bupivacaína e a ropivacaína, complexados com hidroxipropil-beta-ciclodextrina, aumentaram o tempo de duração e a intensidade da anestesia para além de 6 horas após uma aplicação única.

Estudos também apontaram que anestésicos associados a carreadores necessitam de quantidades menores de princípio ativo para cumprir a sua função. Em animais, a mepivacaína a 2% encapsulada em lipossomas exerceu uma atividade anestésica semelhante à mepivacaína a 3% sem carreador.

Gel anestesiante

Os pesquisadores aperfeiçoaram a composição na forma de um gel que, em alguns casos, é aplicado sobre a mucosa da boca para diminuir a dor da injeção anestésica.

Lipossomas foram associados aos anestésicos de uso local benzocaína e mepivacaína. No caso da benzocaína, foi possível manter a eficácia do gel com a concentração do princípio ativo diminuída pela metade, de 20% para 10%.

"O gel preparado também apresentou propriedades reológicas interessantes que possibilitaram ao medicamento permanecer no local aplicado por mais tempo que o produto disponível no mercado, sem derreter e perder a atividade", disse Eneida. Empresas interessadas em comercializar essa tecnologia podem entrar em contato com a Inova Unicamp.

A pesquisa liderada por Eneida gerou uma patente que despertou o interesse de algumas indústrias farmacêuticas.

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