Brasil e Ucrânia decidem intensificar cooperação

Plantão

Com informações do MCT - 28/11/2011 (Site Inovação Tecnológica)

Ciclone com data marcada

Brasil e Ucrânia decidiram aprofundar a parceria estratégica e intensificar a cooperação nas esferas espacial, científica e militar.

Os termos das parcerias foram discutidos na reunião do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Aloizio Mercadante, com o primeiro-ministro da Ucrânia, Mykola Azarov.

Mercadante destacou a cooperação estratégica na área espacial entre os países e manifestou interesse em assinar contratos por períodos de 20 a 30 anos, com a possibilidade de envolvimento do setor privado.

Em particular, ele notou as perspectivas de cooperação bilateral no projeto Cyclone-4.

"O foguete tem que voar em 15 de novembro de 2013. Vai ser um feriado nacional da nossa República. Nesse momento, também haverá um congresso mundial de cientistas no Brasil. E assim, o bom padrão de parceria estratégica com a Ucrânia seria criado," disse o ministro brasileiro.

Formação de pessoal

O Brasil está interessado também na formação profissional em áreas de alta tecnologia e engenharia, em particular no âmbito do Programa Ciência sem Fronteiras.

O primeiro-ministro da Ucrânia enfatizou que o desenvolvimento da indústria espacial requer um grande número de especialistas, por meio da possibilidade de brasileiros estudarem nas universidades ucranianas.

Azarov também comentou a fala de seu interlocutor sobre a oportunidade de brasileiros adquirirem conhecimento na Ucrânia na esfera de tecnologias da informação.

"Este é o nível elevado de formação de especialistas. Prova disso é que nosso pessoal está trabalhando em empresas líderes do mundo", ele observou, acrescentando que a Ucrânia e o Brasil podem interagir em várias áreas da ciência e tecnologia.

Parceria séria

Mykola Azarov afirmou estar convencido da importância da cooperação bilateral entre a Ucrânia e do Brasil em diferentes direções. "Vemos o Brasil como um parceiro muito sério. O nosso trabalho vai contribuir para o desenvolvimento ambas as nações. E nós, líderes políticos, devemos fazer tudo para essa finalidade", observou.

O chefe do governo sublinhou grandes possibilidades de cooperação na indústria espacial. Afirmou que a Ucrânia é um parceiro promissor na área, por somar desenvolvimentos científicos e tecnologias a resultados práticos.

De acordo com Mykola Azarov, a implementação do projeto Cyclone-4 confirma isso. "Atribuímos grande importância ao projeto. É um dos poucos projetos que levarão à criação de um local de lançamento em seu país", disse Mykola Azarov.

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Tecnologia brasileira elimina poluentes industriais com energia solar

Meio ambiente

Com informações do escritório de inovação da Unicamp - 28/11/2011

Imagem ilustrativa

Sol e titânio

Pesquisadores da Unicamp criaram uma alternativa sustentável, viável economicamente, e altamente eficiente, para eliminar poluentes orgânicos da água.

A tecnologia usa energia solar para destruir os poluentes presentes na água, representando uma solução adequada para as áreas mais carentes não apenas do país, mas de todo o mundo.

A equipe da professora Cláudia Longo utilizou energia solar e nanopartículas de dióxido de titânio (TiO2), em uma tecnologia que está sendo patenteada para então ser desenvolvida em escala industrial para chegar ao mercado.

De acordo com a pesquisadora, os resultados obtidos nos experimentos realizados em escala laboratorial são promissores e indicam que o sistema pode ser aperfeiçoado e utilizado tanto para combater a poluição industrial quanto para dar melhores condições de vida para a população.

A tecnologia é adequada para a etapa final do tratamento de efluentes industriais, mas "também poderá ser utilizada para a purificação da água consumida por pessoas que vivem em regiões sem acesso a saneamento básico", aponta.

Energia solar contra poluentes orgânicos

Os pesquisadores desenvolveram um sistema que consiste na conexão de um eletrodo de TiO2 a células solares, resultando na combinação de duas aplicações da conversão da energia solar por meio de semicondutores.

Conforme explica Cláudia, a primeira aplicação resultante, e já bastante conhecida, é a conversão em energia elétrica. A outra se refere à purificação da água. O diferencial do trabalho é a combinação das duas, tornando o processo mais eficiente em relação às alternativas existentes.

Em relação ao tratamento de efluentes disponíveis atualmente, ela aponta algumas limitações, como custos elevados e o longo período necessário para a descontaminação.

Outro fator relevante inclui a baixa eficácia para eliminar diversos poluentes orgânicos solúveis, tais como fenol, pesticidas, corantes e medicamentos. Estes poluentes persistentes permanecem no ambiente por longos períodos, já que não são biodegradáveis.

Os testes em escala laboratorial mostraram resultados animadores em relação à eliminação justamente desse tipo de substância da água, com a degradação de 78% do fenol após três horas sob irradiação solar; após seis horas, mais de 90% do poluente foi mineralizado.

As substâncias investigadas pelo projeto incluem, além do fenol, o corante Rodamina 6G (utilizado na indústria têxtil) e os fármacos paracetamol e estradiol.

Saneamento sustentável

O sistema também tem grande potencial para desinfecção de água contaminada por bactérias.

Com a possibilidade de ampliação dos testes e aperfeiçoamento do sistema, o trabalho pode ter aplicação na etapa final do tratamento de efluentes, tendo como alvo estações de tratamento de efluentes de indústrias têxteis, de papel e celulose, petroquímicas e de agrotóxicos, por exemplo, bem como companhias de água e esgoto e estações de tratamento de efluentes em shopping centers, entre outros.

Cláudia ressalta ainda que o sistema aperfeiçoado também pode ser utilizado para purificação de água em comunidades afastadas, não atendidas pelo serviço básico de saneamento, eliminando contaminantes resistentes a tratamentos convencionais.

Outra vantagem do sistema é o fato de ser autossuficiente do ponto de vista energético, devido à utilização de radiação solar. Baixo custo e o fato de ser sustentável (não é poluente, não exige adição de insumos e não gera resíduos) completam a relação.

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Material mais leve do mundo: metal com 99,99% de ar

Materiais Avançados

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/11/2011

 

 

Material mais leve do mundo é metálico e 99,99% ar

A estrutura metálica é feita de vigas ocas, tão leve que não consegue amassar um delicado dente-de-leão. [Imagem: Dan Little/HRL Laboratories]

Fumaça metálica

Cientistas conseguiram o que parecia impossível.

Eles construíram uma espuma metálica que é ainda menos densa do que o aerogel, a até agora substância sólida mais leve do mundo.

Já existem aerogéis de silício, de nanotubos de carbono e até de diamante.

Sua densidade é tão baixa que ele é comumente chamado de "fumaça sólida".

Mas Tobias Schaedler e seus colegas dos Laboratórios HRL, nos Estados Unidos, construíram seu aerogel usando metais.

Ou seja, eles construíram uma "fumaça metálica sólida".

Material mais leve do mundo

A agora nova estrutura mais leve do mundo foi construída com uma liga de níquel e, ainda assim, pesa menos do que uma pena.

Com 0,9 miligrama por centímetro cúbico, ela é 10% menos densa do que o menos denso dos aerogéis.

"A estrutura é tão delicada que ela consiste em 99,99% de ar," afirma Schedler.

Outro resultado surpreendente é que esse aerogel metálico mantém a rigidez, resistência, capacidade de absorção de energia e condutividade da liga metálica maciça.

E tudo isto com a vantagem de não ser quebradiço como a liga original: ele pode ser comprimido a até 50% do seu volume e retornar ao seu estado original sem perda de suas características.

Rede de tubos ocos

Já existem espumas metálicas de diversos tipos, além dos emergentes materiais celulares, mas todos são feitos com arquiteturas aleatórias, além de apresentarem uma relação direta entre a densidade e a resistência.

A nova técnica de fabricação começa com um fotopolímero líquido - uma molécula que altera suas propriedades quando exposta à luz - que é exposto à luz ultravioleta através de uma máscara.

Quando o material curado é retirado, produz-se uma rede tridimensional, que é então recoberta com uma fina película da liga de níquel-fósforo.

O último passo é dissolver o fotopolímero, deixando a estrutura metálica de vigas ocas que compõe o aerogel metálico.

Aplicações dos aerogéis

Os aerogéis têm inúmeras aplicações, tendo sido usados na sonda espacial StarDust para capturar partículas da cauda de um cometa, para remover metais pesada da água contaminada e até para revestir oleodutos.

Os pesquisadores afirmam que o isolamento térmico, a eliminação de vibrações acústicas e a absorção de choques estão entre outras possibilidades de uso.

Como o novo aerogel é metálico, ele tem ainda a possibilidade de ajudar no desenvolvimento de eletrodos mais leves para baterias e catalisadores mais eficientes.

Bibliografia:
Ultralight Metallic Microlattices
T. A. Schaedler, A. J. Jacobsen, A. Torrents, A. E. Sorensen, J. Lian, J. R. Greer, L. Valdevit, W. B. Carter
Science
18 November 2011
Vol.: 334 pp 962-965
DOI: 10.1126/science.1211649

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Aço superforte surpreende indústria e cientistas

Mecânica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/11/2011

 

Aço superforte surpreende indústria e cientistas

O novo super-aço permite que a indústria automobilística construa chassis, carrocerias e monoblocos 30% mais leves sem qualquer perda de segurança para os carros.[Imagem: Bainite Steel]

Melhor que titânio

Um empreendedor norte-americano surpreendeu a indústria e a comunidade científica ao inventar um novo tratamento térmico que cria um aço superforte em poucos segundos.

O novo tratamento térmico deixa o aço mais forte do que as ligas de titânio usadas pela indústria - e em menos de 10 segundos.

Além de ser mais forte do que qualquer aço conhecido, o novo processo resulta em um aço com maior capacidade de absorção de choques.

Maturidade questionada

O processo básico de tratamento térmico do aço mudou muito pouco na era moderna. Isso explica porque tão poucos pesquisadores se dedicam ao assunto hoje: ninguém acreditaria ser possível um incremento tão grande.

Um grupo de engenheiros da Universidade de Ohio, está agora trabalhando juntamente com Gary Cola, o inventor do super-aço, para entender o aparente "milagre".

"O aço é o que podemos chamar de uma tecnologia 'madura'. Nós gostamos de pensar que já sabemos tudo a respeito dele," afirmou o professor Suresh Babu, que está tentando desvendar o mistério.

"Se alguém inventa uma forma de tornar o mais forte dos aços ainda mais forte um mínimo que seja, isso já seria um grande feito. Mas [o que foi obtido por Gary] é astronômico," estranha Babu.

Carros mais leves

Embora varie de uma indústria para outra, o tratamento térmico do aço é feito aquecendo-o a cerca de 900 graus Celsius e depois deixando-o esfriar por algumas horas.

Gary Cola elevou a temperatura do aço comum até 1.100 graus Celsius, e depois esfriou-o rapidamente em água - tudo em cerca de 10 segundos.

O pesquisador confessa que não acreditou no inventor: "Esse processo não deveria funcionar. Eu não acreditei nele," afirma.

O novo aço pode ser laminado e estirado 30% mais do que os aços martensíticos tradicionais e ainda preservar suas qualidades superiores.

Isto significa que o novo super-aço pode permitir que a indústria automobilística construa chassis, carrocerias e monoblocos 30% mais leves sem qualquer perda de segurança para os carros.

Martensita, austenita, bainita e carbetos

Uma análise preliminar mostrou que, além da martensita, o aço possui uma microestrutura chamada bainita, salpicada de compostos ricos em carbono, chamados carbetos.

Nos tratamentos térmicos tradicionais, mais lentos, as microestruturas iniciais do aço sempre se dissolvem em uma fase homogênea, chamada austenítica. Mas um choque rápido de temperatura normalmente transforma toda a austenita em martensita.

"Nós acreditamos que, como o processo é tão rápido, os carbetos não têm chance de se dissolver completamente no interior da austenita, permanecendo no aço e formando essa microestrutura única contendo bainita, martensita e carbetos," propõe Babu.

Bibliografia:

Development of rapid heating and cooling (flash processing) process to produce advanced high strength steel microstructures
Lolla, T., Cola, G., Narayanan, B., Alexandrov, B., Babu, S. S.
Materials Science and Technology
Vol.: 27, Number 5, pp. 863-875(13)
DOI: 10.1179/174328409X433813

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Sobra de biodiesel gera eletricidade em célula a combustível

Energia

Com informações da Agência USP - 15/11/2011

 

 

Sobra de biodiesel gera eletricidade em célula a combustível

Suportes de acrílico para montagem das células a combustível microbianas. [Imagem: Adriano S O Gomes]

Glicerol

Se cada dia tem o seu mal, cada solução tem o seu próprio problema.

É o que está acontecendo com o biodiesel, que veio diminuir o nível de poluentes emitidos pelos caminhões e reduzir o consumo de petróleo.

O problema é que a produção do biodiesel gera uma quantidade enorme de glicerol, um subproduto praticamente sem valor comercial.

Felizmente, cada problema acaba achando sua solução.

Adriano Soares Gomes, pesquisador do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP, acredita que um bom uso do glicerol pode estar nas biocélulas a combustível, ou células a combustível bacterianas.

Célula a combustível bacteriana

Adriano utilizou meios de cultura enriquecidos com glicerol para desenvolver a bactéria Pseudomonas aeruginosa.

Colocada em uma célula a combustível, as bactérias têm a capacidade de transferir elétrons para eletrodos, o que permite a produção de eletricidade.

Adriano explica que as células a combustível biológicas, ou seja, aquelas que utilizam enzimas ou microorganismos para a conversão de substratos em energia, podem utilizar diversos tipos de combustíveis.

"Por isso a pesquisa nesta área tem ganhado cada vez mais espaço no meio acadêmico. O glicerol, devido ao crescimento da produção de biodiesel no Brasil, vem se acumulando como um subproduto indesejável, o que motiva o estudo," explica o pesquisador.

Produção ininterrupta de energia

As células a combustível possuem catalisadores implantados sobre a superfície de eletrodos, onde ocorrem reações de oxidação e redução dos combustíveis, gerando eletricidade.

O combustível é alimentado de forma contínua na célula, o que permite a produção ininterrupta de energia. "Nas células convencionais, a energia elétrica é obtida por meio da quebra eletroquímica dos combustíveis", conta Gomes. "Nos modelos microbianos, a eletricidade é conseguida quando as bactérias são capazes de transferir os elétrons produzidos durante seu metabolismo para os eletrodos".

A maior parte das pesquisas com células a combustível microbianas tem utilizado matéria orgânica de águas residuais, aponta o pesquisador.

"Optamos pelo glicerol por ser o principal subproduto da elaboração de biodiesel e porque o microorganismo utilizado, a Pseudomonas aeruginosa, produz piocianina, composto responsável pelo transporte de elétrons das células bacterianas para o eletrodo, na presença do glicerol," conta ele.

Geradores auxiliares

Em relação às células convencionais, o desempenho da célula microbiana é considerado baixo, diz Gomes.

"Mas nosso resultado é comparável com o obtido nas células deste tipo que vêm sendo desenvolvidas em grupos de pesquisa de outros países", conta, "o que é um fator importante para a continuidade dos estudos".

De acordo com o pesquisador, a baixa densidade de potência e o tempo de vida indeterminado ainda limitam o desenvolvimento de aplicações práticas para as células a combustível.

"No entanto, existem várias possibilidades de utilização, como em geradores auxiliares de eletricidade nas próprias indústrias de biodiesel, que permitiriam uma pequena economia de energia elétrica", ressalta.

Para outras alternativas de aproveitamento do glicerol, veja as reportagens:

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O que é qubit, o bit quântico?

 

TecMundo»Processador » O que é qubit, o bit quântico?

Entender seu funcionamento é fundamental para compreender a revolução que o computador quântico irá proporcionar.

Comentários

 

Talvez você já tenha ouvido falar algo sobre o computador quântico e da revolução que a chegada destes equipamentos realizará na computação como conhecemos, mas você saberia dizer qual a sua origem? Nada disso seria possível sem o qubit, a unidade de informação com qualidades quânticas. Ao invés de tratar as informações de maneira isolada, o qubit integra as informações de todos os dados criando novas dimensões para o processamento. Aprenda um pouco mais sobre a informação quântica e suas aplicações.

Através da alocação de elétrons, um bit convencional é capaz de assumir uma única informação como positiva ou negativa, ou ainda 0 ou 1. Toda a computação moderna é construída em cima desta base binária na qual, em essência, toda informação assume apenas duas possibilidades diferentes e de maneira independente das demais.

Integração de dados

Também conhecido como qubit ou simplesmente qbit, o bit quântico também assume valores 0 e 1, mas ao contrário do bit comum, suas informações podem ser sobrepostas umas às outras. Enquanto a base binária soma a informação de cada bit, uma sobreposição de qubits resulta na multiplicação de suas possibilidades.

Comparação de bits x qubits

Logo, 1 bit equivale a 1 qubit e armazena uma única informação. Mas enquanto 2 bits juntos armazenam apenas duas informações, 2 qubits armazenam 4 informações diferentes, do mesmo modo que 3 bits armazenam 3 informações contra 8 informações armazenadas por 3 qubits. Enquanto a informação total armazenadas pelos bits é igual à soma direta deles (1 + 1 + 1 + ... = n), a informação armazenada por um conjunto de qubits cresce exponencialmente (2 x 2 x 2 ... = 2^n). Cada bit adiciona uma única informação ao conjunto, já um único qubit dobra a capacidade de informações do mesmo.


Pense em uma rosa-dos-ventos e no trabalho para localizar uma determinada posição em suas 8 direções básicas verificando apenas se cada uma corresponde à alternativa correta ou não, algo similar ao modelo binário.
Exemplo: norte = falso; nordeste = verdadeiro; leste = falso e assim por diante em todas as demais 5 posições. Para cada uma das afirmações é necessário 1 bit e são necessários 8 ciclos do processador para averiguar se cada posição é verdadeira ou não.

Exemplo de processo binário

Já em um modelo quântico, cada qubit descreve uma determinada porção da esfera para cercar a posição almejada. Como a informação contida em cada um dos bits quânticos tem a capacidade de se integrar às demais, criar dados complexos e lidar com eles se torna muito mais eficiente.

Exemplo: 1 qubit para descrever se a direção encontra-se na porção norte ou sul, outro para localizar se ela está no quadrante leste ou oeste e um terceiro para indicar se o ponto está na parte superior ou inferior do quadrante.

Exemplo de processo quântico

Ao invés de 8 bits para processar a informação, apenas 3 foram necessários para lidar com a mesma informação. Neste exemplo o ganho de eficiência não é tão notável, mas acompanhe a tabela acima para destacar as vantagens do qubit em relação ao bit tradicional em outras proporções.


Para descrever uma determinada posição em uma rosa dos ventos com 8 possibilidades diferentes, a informação dos 3 bits quânticos foram sobrepostos sobre o spin de um único átomo. Por sua vez, sabemos que todo ângulo pode ser dividido ao meio e não existem limites para tais divisões. Pense nisso como continuar subdividindo a rosa dos ventos com a informação de outros qubits. Contando com a devida precisão de medida, não existe qualquer limite físico para o número de divisões e para a integração de novas informações.

É possível subdividir o spin de um átomo infinitas vezes

O mesmo acontece com o spin de um átomo, em teoria ele pode assumir infinitos ângulos diferentes entre as posições 1 e 0. Se em um exemplo simples com apenas 3 qubits foi capaz de realizar o processo de maneira muito mais eficiente, qual seria a capacidade máxima de um computador quântico?


É exatamente este o ponto que mais desperta o fascínio da ciência, um computador quântico não possui qualquer limite teórico para sua capacidade, um único átomo pode abrigar informações infinitamente mais complexas em seu nível quântico do que um bit comum. Desde que a manipulação dos qubits se torne suficientemente eficaz, computadores dezenas, centenas ou até mesmo milhares de vezes mais rápidos que a mais robusta das máquinas de hoje não é uma realidade improvável.

Computadores muito mais rápidos estão por vir

Imagine um equipamento das dimensões de um palm top ou mesmo um celular sendo capaz de superar o mais avançado dos supercomputadores que existe. Um computador quântico seria capaz de quebrar qualquer criptografia que hoje exige anos em questão de minutos e então estabelecer novos padrões de segurança que jamais poderão ser violados. Agora imagine a sua aplicação em cálculos gráficos ou aprimoramento de tarefas, o resultado seria simplesmente estupendo.


Mas se a tecnologia dos qubits e dos computadores quânticos é tão superior ao sistema binário empregado atualmente, porque é que eles não podem ser vistos em ação? Ainda é muito cedo para tal, na verdade, computadores como este existem apenas no prodigioso cérebro dos estudiosos que desenvolvem esta tecnologia.
Já existem equipamentos que manipulam informações quânticas em laboratórios de pesquisa, mas que não são capazes de lidar com mais do que alguns poucos qubits simultaneamente. Além do evidente aumento de precisão, sob o ponto de vista quântico, outro grande desafio a ser superado é a redução das gigantescas dimensões para que o equipamento possa se tornar doméstico.
Ao menos algo já está certo, o Vale do Silício não precisará mudar de nome. Após estudar o comportamento de materiais muito mais caros em pequena escala, o silício demonstrou se comportar muito bem a natureza exigida para a manipulação quântica e provavelmente continuará sendo o material empregado na nova geração de computadores.

O exemplo ilustrado neste artigo deriva de modelos mais complexos, na prática, a lógica de programação e mesmo a representação do spin não se comportam exatamente assim. Ambos foram simplificados para facilitar a compreensão pelo público leigo ao assunto.

Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/2627-o-que-e-qubit-o-bit-quantico-.htm#ixzz1exrvpG6a

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Bits quânticos são encontrados em primo pobre do silício

Eletrônica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/11/2011

 

 

 

Bits quânticos são encontrados em semicondutor carbeto de silício

Elétrons presos na "imperfeições corretas" comportam-se de tal forma que seus estados quânticos podem ser controlados com  precisão, funcionando como qubits.[Imagem: Kohel et al./Nature]

Qubits cristalinos

 

Nuvens de átomos superfrios não são a única abordagem rumo à construção de computadores quânticos.

David Awschalom e seus colegas da Universidade de Santa Bárbara, nos Estados Unidos, preferem usar como qubits pequenos defeitos na estrutura de cristais.

Eles vinham se concentrando até agora em defeitos no diamante, chamados de vacâncias de nitrogênio.

Eles usam o diamante não por alguma predileção pessoal, mas porque, até agora, o diamante era o único cristal onde essas imperfeições tão promissoras haviam sido encontradas.

Seu trabalho mais recente, contudo, demonstrou que um semicondutor usado pela indústria eletrônica também possui imperfeições cristalinas que podem ser controladas em nível quântico.

Primo pobre do silício

O carbeto de silício é uma espécie de primo pobre do silício: embora venha sendo explorado em algumas aplicações eletrônicas, ele é largamente utilizado pela indústria para fazer lixas e abrasivos.

O que os cientistas descobriram agora é que ele possui imperfeições que não estão diretamente associadas com a estrutura atômica do material como um todo, o que dá características eletrônicas próprias a esses locais.

Até agora, o único cristal que se sabia possuir essas características era o diamante, com suas vacâncias de nitrogênio.

Na eletrônica tradicional, defeitos são coisas indesejadas, que devem ser evitadas devido à sua tendência de aprisionar elétrons em pontos específicos do cristal.

Mas os pesquisadores descobriram que elétrons presos na "imperfeições corretas" comportam-se de tal forma que seus estados quânticos podem ser controlados com precisão.

Qubit no defeito cristalino

Os elétrons que ficam presos nesses defeitos especiais podem ser inicializados, manipulados e medidos usando uma combinação de luz e micro-ondas.

Isto significa que cada um dos defeitos tem todos os atributos necessários para funcionar como um qubit - e um qubit estável, que funciona a temperatura ambiente.

Embora tudo isto já tivesse sido verificado no diamante, fabricar diamantes não é exatamente algo fácil, sobretudo com as "imperfeições corretas". Mais difícil ainda é crescer cristais de diamante no interior de circuitos integrados, preservando todos os demais componentes.

Já os cristais de carbeto de silício são fabricados industrialmente em grandes quantidades, podendo ser facilmente incorporados em circuitos eletrônicos, optoeletrônicos e eletromecânicos.

Os cientistas afirmam que essa descoberta pode significar que os defeitos de muitos outros semicondutores podem ser úteis para a computação quântica: tudo o que é necessário é procurá-los nos semicondutores mais promissores.

Bibliografia:
Room temperature coherent control of defect spin qubits in silicon carbide
William F. Koehl, Bob B. Buckley, F. Joseph Heremans, Greg Calusine, David D. Awschalom
Nature
Vol.: 479, 84-87
DOI: 10.1038/nature10562

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Manto da invisibilidade para ondas do mar

Meio ambiente

Adeus tsunamis: Manto da invisibilidade para ondas do mar

Com informações da New Scientist - 12/11/2011

Adeus tsunamis: Manto da invisibilidade para ondas do mar

Como o sistema não absorve a energia das ondas, apenas as redireciona, ele pode ser usado como uma usina para extrair energia das ondas do mar. [Imagem: NewScientist]

Proteção contra ondas

Levante a mão quem acha que os mantos de invisibilidade" criados até agora ainda carecem de uma certa praticidade.

Pode abaixar a mão, mas prepare-se para uma notícia que pode começar a produzir efeitos muito práticos.

Pesquisadores chineses demonstraram na teoria e na prática que as ideias originalmente aplicadas para criar os mantos da invisibilidade podem ser usadas para blindar áreas litorâneas contra grandes ondas, incluindo tsunamis.

Segundo eles, pode ser possível criar uma zona de proteção em zonas costeiras vulneráveis onde as ondas de determinadas frequências não conseguirão chegar.

E o sistema ainda pode funcionar como uma usina para geração de eletricidade.

Metamaterial para ondas de água

Xinhua Hu e seus colegas da Universidade Fudan, em Xangai idealizaram um sistema composto por uma matriz retangular de cilindros estacionários, fixos no fundo do mar, próximo à costa ou praia que se quer proteger.

"A matriz de ressonância dos cilindros pode ser vista como uma espécie de metamaterial para ondas de água," afirma Hu.

Cada cilindro oco é dividido verticalmente em quatro seções, com fendas para o exterior, que permitem que eles se encham de água ou se esvaziem, dependendo do nível da água ao seu redor.

Embora os cilindros sejam completamente imóveis, este enchimento e descarregamento constantes é uma forma de oscilação, o que os torna análogos aos osciladores eletromagnéticos que interferem com as ondas de luz em um metamaterial tradicional.

Ajustando a largura das fendas verticais, o tamanho dos cilindros e seu espaçamento, Hu e sua equipe demonstraram que a matriz pode ser configurada para ondas de água de uma determinada frequência.

Desta forma, a estrutura vai drenar os picos, as ondas mais altas, e se esvaziar para preencher as depressões das ondas - efetivamente "desmanchando" as ondas.

Usando diversas matrizes com espaçamentos diferentes e vários tamanhos de cilindros pode ser possível bloquear ondas de diversas frequências diferentes - e eventualmente até tsunamis, afirma Hu.

Energia das ondas

É importante observar que o amortecimento criado pelo destruidor de ondas na verdade não absorve a energia das ondas - a energia é transformada em ondas de reflexão, produzidas na direção oposta.

Os pesquisadores propõem então que essa energia seja aproveitada e transformada em energia elétrica.

Para isso, tudo o que é necessário fazer é efetivamente absorver a energia das ondas usando geradores apropriados, instalados dentro dos cilindros.

Com base em um cenário ideal, no qual todas as ondas têm a mesma frequência, Hu calcula que 90 por cento da energia das ondas poderia ser refletida ou absorvida pela matriz.

A equipe demonstrou sua ideia usando simulações de computador e uma maquete experimental em escala reduzida, do tamanho de uma mesa.

Bibliografia:
Negative Effective Gravity in Water Waves by Periodic Resonator Arrays
Xinhua Hu, C. T. Chan, Kai-Ming Ho, Jian Zi
Physical Review Letters
Vol.: 106, 174501
DOI: 10.1103/PhysRevLett.106.174501

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Tecnologia de resfriamento usa calor desperdiçado pelas CPUs

Informática

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/11/2011

Tecnologia de resfriamento usa calor desperdiçado pelas CPUs

O material recebe a água quente vinda do processador e a vaporiza, tirando proveito da perda de calor durante essa vaporização - essa perda de calor resfria a água do circuito paralelo.[Imagem: Fujitsu]

Reciclagem de energia

Usar calor para produzir frio pode parecer um contra-senso.

Mas esta é justamente a inovação que acaba de ser desenvolvida pela empresa japonesa Fujitsu, inaugurando uma área emergente já conhecida como reciclagem de energia.

A tecnologia coleta o calor gerado pelos processadores de computador e usa essa energia para produzir água gelada, que pode então ser revertida para resfriar não apenas os próprios computadores, mas também o prédio inteiro.

A ideia de aproveitar o calor desperdiçado pelas CPUs - e por motores de automóveis, caldeiras e fornos industriais e até a energia térmica do Sol - está por trás do desenvolvimento dos materiais termoelétricos, capazes de converter diretamente calor em eletricidade.

Mas a inovação da Fujitsu surpreendeu por seguir uma linha diferente e mais simples, transformando diretamente a água quente em água fria, sem passar pela geração de eletricidade.

Isto torna o processo mais eficiente, evitando as perdas de conversão em cada etapa.

Reciclagem de energia

Segundo a empresa, o sistema gera água gelada com uma capacidade termal equivalente a 60% do calor desperdiçado que entra no sistema.

Este é um rendimento impressionante quando se considera que um motor de automóvel não aproveita mais do que 30% da energia contida na gasolina ou que as células solares aproveitam entre 20 e 30% da energia luminosa que incide sobre elas.

Ainda pelos cálculos da Fujitsu, a tecnologia pode reduzir o consumo de um datacenter em 20%.

O projeto da empresa é usar a água fria para alimentar o sistema de ar condicionado, e não revertê-la para resfriar os próprios computadores. Mas outros usos já estão sendo planejados.

Material termo-absorvente

O grande segredo da inovação é um novo material capaz de extrair calor da água em temperaturas muito baixas, ao redor de 55°C.

É essa capacidade de captação do calor a baixa temperatura que viabilizou a tecnologia, uma vez que ela é menor do que a temperatura da água que pode ser coletada dos sistemas de resfriamento a água de processadores, temperatura esta que pode variar dependendo da carga de trabalho do processador.

O material recebe a água quente vinda do processador e a vaporiza, tirando proveito da perda de calor durante essa vaporização - essa perda de calor resfria a água do circuito paralelo.

Partindo de um suprimento de água com temperatura entre 40°C e 55°C, que é a temperatura de operação do novo material, é possível produzir um fluxo contínuo de água no circuito secundário com temperatura entre 15°C e 18°C, dentro dos padrões de funcionamento dos sistemas de ar condicionado.

Escala industrial

Tendo comprovado o funcionamento da tecnologia em padrões reais de operação, a empresa afirma que agora vai começar a trabalhar na produção dos sistemas em escala industrial, que deverão chegar ao mercado em 2014.

O sistema será voltado não apenas para datacenters, como também para fábricas, prédios de escritórios e usinas de energia solar.

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Luz é gerada pelo vácuo

Energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/11/2011

Confirmado: o vácuo produz luz

Os fótons virtuais que pululam do vácuo quântico são capturados em duplas por um "espelho" que vibra a uma velocidade próxima à velocidade da luz.[Imagem: Philip Krantz/Chalmers]

Luz do vácuo

Cientistas conseguiram transformar escuridão em luz: eles produziram luz a partir do vácuo.

A realização do experimento, previsto há mais de 40 anos, coube a Christopher Wilson e seus colegas da Universidade Chalmers, na Suécia.

O grupo conseguiu capturar fótons que pululam do vácuo quântico, aparecendo e desaparecendo continuamente.

Vácuo não é vazio

O experimento é baseado em um dos mais estranhos, mas mais importantes, princípios da mecânica quântica: o princípio de que o vácuo pode ser tudo, menos um vazio "repleto de nada".

Na verdade, o vácuo está repleto de partículas que estão flutuando continuamente entre a existência e a inexistência: elas surgem do nada - ou melhor, do vácuo quântico - têm uma vida efêmera e desaparecem novamente.

Seu tempo de vida é tão curto que esses fótons são mais comumente conhecidos como partículas virtuais.

O que os pesquisadores fizeram foi pescar alguns desses fótons e dar-lhes a eternidade em termos quânticos, ou seja, transformá-los em fótons reais, luz que pode ser detectada por um sensor e medida.

Simulando um espelho

Para capturar os fótons virtuais, os pesquisadores simularam um espelho movendo-se a uma fração significativa da velocidade da luz. O fenômeno, conhecido como efeito de Casimir dinâmico, foi observado experimentalmente pela primeira vez.

"Como não é possível fazer um espelho mover-se rápido o suficiente, nós desenvolvemos outra técnica para obter o mesmo efeito," explica o professor Per Delsing, coordenador da equipe. "Em vez de variar a distância física até um espelho, nós variamos a distância elétrica de um circuito elétrico que funciona como um espelho para micro-ondas".

O "espelho" consiste em um sensor quântico conhecido como SQUID (Superconducting Quantum Interference Device), que é extremamente sensível a campos magnéticos.

Alterando a direção do campo magnético vários bilhões de vezes por segundo, os cientistas fizeram o "espelho" vibrar a uma velocidade equivalente a 25% a velocidade da luz.

Isto é cinco vezes mais do que a tentativa anterior, quando os cientistas afirmaram pela primeira vez ter produzido luz a partir do nada - aquele artigo, contudo, ainda não havia sido aceito para publicação em uma revista científica, o que significa que outros cientistas não haviam avaliado o experimento.

"O resultado foi que os fótons apareceram em pares do vácuo, e nós pudemos medi-los na forma de radiação de micro-ondas," disse Delsing, ou seja, exatamente como a teoria previa.

Materialização dos fótons

O que acontece durante o experimento é que o "espelho" transfere uma parte de sua energia cinética para os fótons virtuais, o que os ajuda a se "materializarem".

Segundo a mecânica quântica, vários tipos de partículas pululam no vácuo quântico. Os cientistas acreditam que foram capazes de detectar os fótons porque eles não têm massa.

"É necessário relativamente pouca energia para excitá-los e tirá-los do estado virtual. Em princípio, pode-se criar outras partículas do vácuo, como elétrons e prótons, mas isso vai exigir um bocado mais de energia," disse Delsing.

Agora os cientistas querem estudar em detalhes esses fótons emergentes: como eles surgem aos pares, os cientistas acreditam que eles possam ser úteis para o desenvolvimento de computadores quânticos, com seus qubits de partículas entrelaçadas.

Bibliografia:
Observation of the dynamical Casimir effect in a superconducting circuit
C. M. Wilson, G. Johansson, A. Pourkabirian, M. Simoen, J. R. Johansson, T. Duty, F. Nori, P. Delsing
Nature
17 November 2011
Vol.: 479, 376-379
DOI: 10.1038/nature10561

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Vilipêndio ao trabalhador brasileiro

Caros Leitores

Recebi o e-mail abaixo transcrito e estou repassando, via postagem, do jeito que recebi, pois, achei um verdadeiro disparate o que a nossa legislação está fazendo com o trabalhador brasileiro. Segundo o que se pode deduzir, hoje vale a pena cometer um crime qualquer, ir para a prisão e deixar que os outros trabalhem para sustentar a sua família (dele, o detento), a qual estará bem melhor do que a família da vítima que, dependendo da situação, pode não ter ficado nem com o que sobreviver.

Na prisão, por pior que seja a situação do condenado aos olhos da sociedade, ou da própria situação inerente ao sistema, ele estará ao abrigo das intempéries, da nudez e da fome; terá tratamento médico e disporá de transporte gratuito e com direito à segurança particular, coisa que muita gente importante por aí não pode desfrutar. Contará ainda com o amparo da Justiça e da Lei que o resguardarão, com a Comissão dos Direitos Humanos da OAB, da Pastoral Carcerária da Igreja Católica e sabe-se lá mais o que. Entretanto, o que mais machuca é saber que nenhum representante desses organismos se dá ao trabalho de visitar as famílias vitimadas que estarão entregues à própria sorte, dificilmente sobrevivendo incólume.

Não falo aqui não do preso comum, aliás, incomum, daquele oriundo da sociedade que cometeu um deslize qualquer numa contenda, no trânsito, em sua própria defesa ou de outrem, um pequeno furto, etc., um crime não tipificado ou qualificado como hediondo, destes que se tornaram banais hoje em dia.

Também não tenho nada contra uma ajuda que se possa dar aos familiares de qualquer detento, seja quem for e pouco importando o tipo de crime a ele imputado. O que chama a atenção pela discrepância é justamente o tratamento diferenciado. A quem trabalha, um salário humilhante; ao bandido, um ordenado de quase o dobro do que aquele percebe, e que é pago por cada dependente, dando a entender que delinquir hoje em dia pode ser um bom negocio, de fazer inveja a qualquer um.

Sobral, 16/11/11

Antromsil.

“Assunto: Portaria do INSS

DIVULGUEM AO MÁXIMOimage

As Centrais Sindicais chiaram com o "aumento" do salário mínimo p/ R$ 545,00, porém não estão discordando do aumento do "´salário presidiário" para R$ 810,00 !Será que os sindicalistas e os governantes do Brasil acreditam que um criminoso merece uma remuneração superior a de um trabalhador ????

A REFERIDA PORTARIA JÁ FOI REVOGADA PELA DE Nº 333, DE 1º/06/2010 NA QUAL O VALOR DO SALARIO FAMILIA PRESIDIARIO PASSOU A SER DE R$810,18! ! ! E TEM MAIS. . .NO CASO DE MORTE DO"POBRE PRESIDIÁRIO",A REFERIDA QUANTIA DO AUXÍLIO- RECLUSÃO PASSA A SER "PENSÃO POR MORTE".O GRANDE LANCE É ROUBAR OU MATAR PARA SER PRESO E ASSIM SUSTENTAR CONDIGNAMENTE A SUA PROLE.ISTO É INADMISSÍVEL ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !
INCENTIVO À CRIMINALIDADE ! !
Você sabe o que é oAUXÍLIO RECLUSÃO?

Todo presidiário com filhos tem direito a uma bolsa que, a partir de 1/1/2010 é de R$798,30 por filho para sustentar a família, já que ocoitadinhonão pode trabalhar para sustentar os filhos por estar preso. Mais que um salário mínimo que muita gente por aí rala pra conseguir e manter uma família inteira.
Ou seja, (falando agora no popular pra ser entendido)

imageBandido com 5 filhos, além de comandar o crime de dentro das prisões, comer e beber nas costas de quem trabalha e/ou paga impostos, ainda tem direito a receber auxílio reclusão de R$3.991,50 da Previdência Social.
Qual pai de família com 5 filhos recebe um salário suado igual ou mesmo um aposentado que trabalhou e contribuiu a vida inteira e ainda tem que se submeter ao fator previdenciário?

Mesmo que seja um auxílio temporário, prisão não é colônia de férias.Isto é um incentivo a criminalidade. Que politicos e que governo é esse?????

Não acredita?

Confira no site da Previdência Social.

Portaria nº 48, de 12/2/2009, do INSS
http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=22

Pergunto-lhes:

1. Vale a pena estudar e ter uma profissão?
2. Trabalhar 30 dias para receber salário mínimo de R$545,00, fazer malabarismo com orçamento pra manter a família?
3. Viver endividado com prestações da TV, do celular ou do carro que você não pode ostentar pra não ser assaltado?
4. Viver recluso atrás das grades de sua casa?
5. Por acaso os filhos do sujeito que foi morto pelo coitadinho que está preso, recebe uma bolsa de R$798,30 para seu sustento?
6. Já viu algum defensor dos direitos humanos defendendo esta bolsa para os filhos das vítimas?

MOSTRE A TODOS O QUE OCORRE NESSE PAÍS!!!”

 

Auxílio-reclusão

O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semi-aberto. Não cabe concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que estiver em livramento condicional ou cumprindo pena em regime aberto.
Para a concessão do benefício, é necessário o cumprimento dos seguintes requisitos:
- o segurado que tiver sido preso não poderá estar recebendo salário da empresa na qual trabalhava, nem estar em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço;
- a reclusão deverá ter ocorrido no prazo de manutenção da
qualidade de segurado;
- o último salário-de-contribuição do segurado (vigente na data do recolhimento à prisão ou na data do afastamento do trabalho ou cessação das contribuições), tomado em seu valor mensal, deverá ser igual ou inferior aos seguintes valores, independentemente da quantidade de contratos e de atividades exercidas, considerando-se o mês a que se refere:

PERÍODO

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO TOMADO EM SEU VALOR MENSAL

A partir de 15/7/2011

R$ 862,60Portaria nº 407, de 14/07/2011

A partir de 1º/1/2011

R$ 862,11Portaria nº 568, de 31/12/2010

A partir de 1º/1/2010

R$ 810,18Portaria nº 333, de 29/6/2010

A partir de 1º/1/2010

R$ 798,30 – Portaria nº 350, de 30/12/2009

De 1º/2/2009 a 31/12/2009

R$ 752,12 – Portaria nº 48, de 12/2/2009

De 1º/3/2008 a 31/1/2009

R$ 710,08 – Portaria nº 77, de 11/3/2008

De 1º/4/2007 a 29/2/2008

R$ 676,27 - Portaria nº 142, de 11/4/2007

De 1º/4/2006 a 31/3/2007

R$ 654,61 - Portaria nº 119, de 18/4/2006

De 1º/5/2005 a 31/3/2006

R$ 623,44 - Portaria nº 822, de 11/5/2005

De 1º/5/2004 a 30/4/2005

R$ 586,19 - Portaria nº 479, de 7/5/2004

De 1º/6/2003 a 31/4/2004

R$ 560,81 - Portaria nº 727, de 30/5/2003

Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do segurado com idade entre 16 e  18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude.

Após a concessão do benefício, os dependentes devem apresentar à Previdência Social, de três em três meses, atestado de que o trabalhador continua preso, emitido por autoridade competente, sob pena de suspensão do benefício. Esse documento será o atestado de recolhimento do segurado à prisão .

O auxílio reclusão deixará de ser pago, dentre outros motivos:


- com a morte do segurado e, nesse caso, o auxílio-reclusão será convertido em pensão por morte;
- em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão albergue ou cumprimento da pena em regime aberto;
- se o segurado passar a receber aposentadoria ou auxílio-doença (os dependentes e o segurado poderão optar pelo benefício mais vantajoso, mediante declaração escrita de ambas as partes);
- ao dependente que perder a qualidade (ex: filho ou irmão que se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se inválido; cessação da invalidez, no caso de dependente inválido, etc);
- com o fim da invalidez ou morte do dependente.

Caso o segurado recluso exerça atividade remunerada como contribuinte individual ou facultativo, tal fato não impedirá o recebimento de auxílio-reclusão por seus dependentes.

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Sedimentação

http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/sed.htm

Sedimentos

 

Sedimentos

Os SEDIMENTOS são materiais sólidos e semi-flúidos depositados no leito dos lagos e reservatórios graças ao carreamento pelas enxurradas (de areia, silte e argila) da bacia de contribuição; pela deposição de matéria orgânica em decomposição (originada na bacia ou na própria água); ou por outro meio.

A dinâmica dos sedimentos compreende 3 fases em sequência:

a) o arraste de partículas ou decomposição de seres vivos;
b) a sedimentação desses materiais ou a precipitação de elementos; e
c) o acúmulo, deposição ou armazenagem dos mesmos no leito dos lagos e reservatórios.

As principais ligações ou interfaces dos sedimentos com os lagos e reservatórios são as seguintes:

  • 1 - Assoreamento
  • 2 - Turbidez
  • 3 - Fonte de alimentos e habitat para a fauna
  • 4 - Retenção de produtos tóxicos

Segundo o Guia de Avaliação de Assoreamento de Reservatórios da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL (Newton O. Carvalho, Brasília, 132 p., 2000), em relação ao aspecto sedimentológico, as barragens geram uma redução das velocidades da corrente provocando a deposição gradual dos sedimentos carreados pelo curso d´água, ocasionando o assoreamento, diminuindo gradativamente a capacidade de armazenamento do reservatório e podendo vir a inviabilizar a operação do aproveitamento, além de ocasionar problemas ambientais de diversas naturezas.

Segundo a mesma fonte, valores de produção de sedimento altos, como 200 t/km2.ano, são muito prejudiciais, podendo afetar o reservatório com depósitos indesejáveis. Segundo critérios internacionais, pode-se considerar os valores da Tabela abaixo como indicação para estudos.

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A TURBIDEZ da água é uma consequência direta do arraste e deposição dos sedimentos no leito dos lagos e reservatórios e apresenta danos ecológicos (alguns temporários), tais como: a) impedimento à penetração da luz solar e, portanto, dificultando a fotossíntese; b) recobrimento dos ovos de peixes e outros animais aquáticos e dos seus habitats; e c) outros inconvenientes.

Os sedimentos como ALIMENTO E HABITAT cumprem uma função ecológica muito importante nos lagos e reservatórios. Existe toda uma comunidade bentônica que se alimenta dos detritos (ou sedimentos) aí depositados: peixes (como o bagre da foto), invertebrados aquáticos, e outros.

A RETENÇÃO DE PRODUTOS TÓXICOS pelos sedimentos é, possivelmente, o maior dano ecológico, depois da eutrofização . Os sedimentos podem ser considerados a memória de um lago. São neles que a poluição já ocorrida fica acumulada e armazenada. São medidos em mg/kg de peso seco de Fe, Zn, Mn, Cu, Pb, Cr, Ni, Cd, Hg, etc.

O Sedimento como indicador do Estado Trófico

Considerando o sedimento como o compartimento que reflete todos os processos que ocorrem em um ecossistema aquático, a sua composição também deve dar indicação do seu estado trófico. Segundo Naumann (1930), em lagos oligotróficos de regiões temperadas, o sedimento caracteriza-se pelo baixo teor de matéria orgânica (que lhe confere cor clara) e baixa concentração de nutrientes. Por outro lado, em lagos Mesotróficos e, especialmente em lagos Eutróficos, o teor de matéria orgânica e a concentração de nutrientes aumenta consideravelmente.

Estudos Ecotoxicológicos de Sedimentos

A capacidade do sedimento acumular compostos faz deste compartimento um dos mais importantes na avaliação do nível de contaminação dos ecossistemas aquáticos continentais. De acordo com Adams (1995), as abordagens integradas, envolvendo análises químicas, físicas e biológicas dos sedimentos, parecem ser as mais adequadas nos estudos toxicológicos.

Os organismos utilizados para avaliação da toxicidade de sedimentos podem ser de diferentes níveis tróficos e/ou funcionais. O uso de várias espécies é importante porque a sensibilidade das espécies varia conforme o agente tóxico e as condições ambientais. Contudo, os macroinvertebrados bentônicos (organismos do leito que são retidos em redes com malha de 200 a 500 um, incluindo larvas de insetos, moluscos, oligoquetos, hirudíneos e crustáceos) são os mais indicados, pois vivem em contato direto com o sedimento.

Alguns Macroinvertebrados Bentônicos

 

 

Chironomidae - - - - - -Trichoptera

 

 

Oligochaeta - - - - - Ephemeroptera

 

 

Bivalvia - - - - - - - - - Gastropoda

 

Técnicas de Coleta de Sedimentos

Várias são as técnicas de coleta do sedimento do fundo de lagos e reservatórios. Destacam-se as seguintes:

  • Manual (cilindros ou corers);
  • Com guincho; e
  • Com draga. 

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Quando o lago é raso, pode-se coletar o sedimento manualmente, com um tubo de PVC ou acrílico chamado core, como pode ser visto na figura da esquerda.

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Quando é mais profundo, ou a quantidade a coletar é maior, pode-se utilizar uma caçamba metálica, suportada por um guincho, manejado a partir do barco, como na ilustração à direita.

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Os dispositivos chamados de pegadores ou busca-fundos, como o de Petersen, mostrado ao lado, coletam material de uma área do substrato por meio da sua penetração no fundo em função do seu peso. O fechamento é feito por mecanismo ativado por braço em alavanca ou cordas.

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Os paraísos perdidos

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Os Paraísos Perdidos

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A existência em um remotíssimo passado de uma terra maravilhosa, na qual moravam seres privilegiados, aparece em tradições muito antigas e em religiões ancestrais. Talvez não se trate de uma simples crença transmitida de geração em geração e estendida com ligeiras variantes por todo o globo. Indícios existem que obrigam a serem delineadas com toda a seriedade a realidade do que a nós parece somente míticos paraísos.

A relação dos deuses e os homens

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Desde o começo da história real ou mítica, a humanidade vem transferindo de povo em povo, de região em região, um de seus mais anciosos sonhos: a existência material em um determinado lugar e tempo da legião escolhida, o Paraíso, atrás de cujos limites nossos longínquos antecessores levavam uma existência idílica.

Não são, na verdade, escassas as referências às quais podemos aludir para chegar ao conhecimento das possíveis motivações que impulsionaram o aparecimento de tais crenças, e se, em alguma medida, estas tiveram um fundo de realidade. O homem manteve dentro de si a dúvida constante de que sua essência não obedece a uma finalidade específica, mas que somente acontece como produto cego das forças naturais. Esta permanente dúvida, que é associada à arbitrariedade de sua existência no mundo, produz a impressão de que "algo" foi perdido em um instante específico de nossa protohistória. Essa razão, que por um lado permitiria compreender nossa atual situação e, por outro, daria acesso a um estado diferente, sem dor nem mudanças.

É curioso descobrir que praticamente em todas as mitologias, conteúdos explicativos da humanidade e seu ambiente, mencionam que em um tempo os deuses mantinham urna relação muito próxima com o homem e inclusive o haviam preservado de qualquer contigência criando para ele urna região privilegiada na qual devia morar, mas sem transgredir determinados preceitos.

Das tradições mitológicas foi produzido um translado às religiões mais importantes, sendo urna linha comum a crença em um lugar não temporário, destinado para os justos que é encontrado à margem de qualquer infelicidade.

Tanto o budismo como a religião cristã, e inclusive a fé de Mahoma, fazem clara distinção do paraíso, contraposição do "Céu" ou "Inferno", no qual tudo é sofrimento constante.

E colocado, pois, de manifesto que primeiramente foram as mitologias que concretizaram as frustrações humanas quanto à busca de respostas específicas a nosso estado atual e depois as crenças religiosas indicaram o caminho para redescobrir o estado original.

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Em uma terceira via subsistiram as tradições sobre a permanência de certos paraísos ocultos em nosso mundo; foram estes Agarthi, Thule, Eldorado, Shamballah, etc... dos quais nos iremos ocupando sucessivamente.

O Eldorado

O Eldorado é uma antiga lenda narrada pelos índios aos espanhóis na época da colonização das Américas. Falava de uma cidade cujas construções seriam todas feitas de ouro maciço e cujos tesouros existiriam em quantidades inimagináveis.

Acreditou-se que o Eldorado fosse em várias regiões do Novo Mundo: uns diziam estar onde atualmente é o Deserto de Sonora no México. Outros acreditavam ser na região das nascentes do Rio Amazonas, ou ainda em algum ponto da América Central ou do Planalto das Guianas, região entre a Venezuela, a Guiana e o Brasil (no atual estado de Roraima).

O fato é que essas são algumas - entre as várias - suposições da possível localização do Eldorado, alimentadas durante a colonização do continente americano.

Apesar da lenda, muito ouro e prata foram descobertos nas Américas, em territórios como o Alto Peru, Sudeste do Brasil (Minas Gerais) e nas tegiões onde viviam as civilizações aztecas, incas e maias.

O termo Eldorado significa O [homem] dourado em espanhol; segundo a lenda, tamanha era a riqueza da cidadela, que o imperador tinha o hábito de se espojar no ouro em pó, para ficar com a pele dourada.

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