SOBRAL – O BELO E O FEIO
Não restam dúvidas de que nossa urbe melhorou muito nesta virada e início de século, graças aos esforços dos dois últimos prefeitos municipais. Quiséramos que daqui para frente o governante fosse tão atuante quantos estes para que não houvesse uma descontinuidade no avanço conseguido, pois, se nossa cidade cair em mãos erradas poderemos entrar num estado de estagnação ou retrocesso e lá se vão mais alguns anos ou, quiçá, décadas de atraso.
O BELO - Hoje, de belo nós temos ruas aceitavelmente pavimentadas, belas praças e parques, novas vias para o escoamento do tráfego e nota-se uma maior preocupação não só com a parte física da cidade, mas também com educação, com o social e porque não dizer, com a cidade como um todo.
Os Distritos estão, pelo que se pode colher dos noticiários da imprensa e por informações de terceiros, muito bem assistidos em comparação às administrações arcaicas do passado. Alguns têm as ruas e acessos asfaltados, água tratada e esgoto, dentre muitas melhorias.
Evidentemente que ainda falta muito e estamos assaz distante do ideal, mas, já demos alguns passos importantes para atingirmos um grau de perfeição mais elevado.
O progresso é patente e só não vê quem não quer; e olhe que não estou fazendo loa a ninguém, até porque esse não faz o meu gênero. É apenas o reconhecimento de um cidadão comum aos melhores gestores que a cidade já teve em sua história.
Entretanto, os governantes pelos compromissos que têm não podem estar em toda parte e nem tomam conhecimento de tudo que acontece nas ruas, a não ser que tenha uma ajudazinha do cidadão e do pessoal da imprensa. Por isso mesmo é que surgem alguns desmantelos que estragam a beleza da cidade e complicam a vida do cidadão.
O FEIO – Existe uma quantidade imensa de coisa feia, muita coisa errada, porém, com soluções possíveis. Citemos alguns exemplos:
É o caso das bancas, tendas, tabuleiros e carrinhos de vendedores ambulantes e camelôs.
A solução seria padronizar, no caso de vendas permitidas, tais instrumentos de trabalho, pois, o que se vê na rua deixa muito a desejar em matéria de estética, porque, excluindo alguns carrinhos de picolé, pipoca e água de coco, que já são fabricados em série com uma apresentação muito boa, o resto é, além de feio, repugnante.
No entanto, é este o ganha pão do trabalhador desempregado ou sem profissão definida. Mas, entre estes, existem pessoas que mesmo sendo pobres podem dispor de alguns trocados para, pelo menos, aprimorar o aspecto da banca, carrinho ou tabuleiro para uma melhor apresentação dos seus produtos de venda.
Outro recurso, para o episódio, - e creio ser esta a melhor opção, - seria a criação de protótipos por iniciativa da prefeitura a qual, além projetar e mandar fabricar, ainda facilitaria a sua aquisição através de financiamento, a fim de não comprometer os parcos rendimentos do vendedor, dando-lhe um prazo razoável para quitação da dívida, se fosse o caso.
Veja-se o exemplo do Beco do Cotovelo que é o cartão postal da cidade com seus tabuleiros disformes, desmazelados e com toldos improvisados, vendendo bugigangas, velharias, e tudo mais que se possa imaginar. Na rua, encontramos outros tantos com cobertura de papelão ou plástico reutilizado. Se o produto vendido é fruta, verdura ou afins, a sujeira é ainda mais manifesta e até parece que higiene é palavra desconhecida de alguns vendedores.
Não quero com isso ofender e nem desdenhar nenhuma dessas pessoas que labutam em nossas ruas em busca do pão de cada dia e o leitor sensato sabe bem do que estou falando. Quero apenas chamar a atenção para um problema que se arrasta desde tempos imemoriais e que se agrava a cada dia que passa, faltando apenas a iniciativa do Poder Público para reorganizar o que está bagunçado.
Há também os problemas da poluição sonora de umas poucas lojas; de carros de som, notadamente agora, por ocasião das eleições; motos e carros sem silenciadores (escapamento) ou com estes alterados, que extrapolam os decibéis humanamente suportáveis; a sujeira generalizada por descuido de transeuntes, lojistas e vendedores ambulantes e assim por diante. São, como já demonstrei, coisas simples, mas que falta serem percebidas e corrigidas, bastando para isso um pouco de boa vontade.
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