Tá dureza? Use um durômetro portátil

Mecânica

Com informações da Unesp Ciência - 28/02/2014

Tá dureza? Use um durômetro portátil

Além de ser pequeno e leve, a expectativa é que o novo produto chegue ao mercado custando algo entre R$ 500 e R$ 700. [Imagem: Unesp]

Durômetro portátil

Você sabe o que é um durômetro?

É um equipamento destinado a medir a dureza das coisas.

A propósito, dureza é a capacidade que um sólido tem de resistir à perfuração.

Imagine, por exemplo, um dormente de uma estrada de ferro: se a madeira não for dura o suficiente, a manutenção da estrada de ferro terá que ser feita em períodos menores, sem contar os riscos de acidentes.

"Mais de 20 mil quilômetros de ferrovias brasileiras usam dormentes de madeira, e são utilizados 1.400 dormentes por quilômetro. As empresas compram um volume enorme de madeira, e precisam avaliar sua qualidade em campo," explica o professor Adriano Ballarin, da Unesp de Botucatu.

O problema é que um durômetro pesa mais de 200 kg e pode custar mais de R$ 15 mil.

Esta, pelo menos, era a realidade, até que o professor Ballarin colocasse a mão na massa e inventasse um durômetro portátil.

Além de ser pequeno e leve, a expectativa é que o novo produto chegue ao mercado custando algo entre R$ 500 e R$ 700.

Isso permitirá que o durômetro portátil seja empregado em outros usos. "É muito importante conhecer a dureza dos materiais usados para fazer móveis e pisos, por exemplo, pois eles costumam sofrer muitos impactos. Os pisos principalmente, pois são constantemente danificados por saltos e calçados", diz Ballarin.

Dureza Brinnel

Os durômetros tradicionais são grandes porque medem a dureza usando um método chamado Janka. Esse tipo de ensaio usa uma esfera para causar determinada penetração superficial na madeira, e mede quanta força foi necessária para causar a deformação total.

"O problema é que essa técnica exige forças de grande magnitude e um controle muito grande da profundidade da penetração - o que torna impraticável seu uso em campo," explica Ballarin.

Seu durômetro portátil, por outro lado, foi desenvolvido para analisar um tipo de dureza chamada Brinnel.

Nesta medição, em vez de causar uma deformação fixa e medir a força aplicada, a força é fixa, e mede-se a profundidade da deformação causada na madeira.

No caso do equipamento de Ballarin, a força usada é sempre o peso de uma haste em queda livre no interior do cilindro do durômetro. Como a intensidade do impacto é sempre igual, pode-se concluir a dureza da madeira a partir do tamanho do furo provocado.

Na primeira versão do durômetro, o pesquisador precisava usar uma lupa para medir a deformação causada na madeira. Hoje, na terceira versão, um sensor de deslocamento instalado no equipamento mede todo o movimento da haste. O sensor começa a fazer medições logo depois de a haste entrar em queda livre, e continua mesmo depois da colisão. O processo dura menos de 200 milissegundos e os resultados ficam gravados no equipamento.

Para levar a inovação ao mercado, o pesquisador pretende facilitar ainda mais as coisas, tornando a leitura direta.

"A ideia é que o operador nem analise os dados. Ele poderia realizar dez medições em um lote de madeira, por exemplo. Feitos os testes, o aparelho poderia acender uma luz vermelha ou verde, para sinalizar se o lote foi aprovado ou não," conclui Ballarin.

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Um novo laser para uma internet mais rápida

Informática

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/02/2014

Um novo laser para uma internet mais rápida

Nas novas técnicas de comunicação, os dados são registrados em pequenos retardos no tempo de chegada das ondas, e não mais em pulsos que exigiam ligar e desligar a luz. [Imagem: Caltech]

Um novo tipo de laser promete multiplicar várias vezes a velocidade de transmissão de dados nas redes de fibras ópticas que formam a espinha dorsal da internet.

Christos Santis e seus colegas do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, conseguiram otimizar um equipamento já usado hoje, chamado laser semicondutor com retroação distribuída, ou S-DFB (distributed-feedback semiconductor).

Laser S-DFB

A luz pode transportar grandes quantidades de informação, com uma largura de banda cerca de 10.000 vezes maior do que as micro-ondas, que antes eram usadas nas comunicações de longa distância.

Mas, para tirar proveito de todo esse potencial, a luz do laser precisa ser tão espectralmente pura quanto possível - o mais próximo possível de uma cor única, ou de uma única frequência.

Quanto mais pura a cor do laser, mais informações ele pode transportar. É por isso que, há décadas, os engenheiros vêm tentando desenvolver um laser que chegue o mais perto possível de emitir apenas uma frequência.

Os lasers S-DFB são bons, mas eles foram desenvolvidos em meados da década de 1970 - sua pureza espectral, ou coerência, já não satisfaz a demanda crescente por largura de banda.

Originalmente, um laser S-DFB consiste em camadas cristalinas contínuas de materiais chamados semicondutores III-V - tipicamente arseneto de gálio e fosfeto de índio - que convertem em luz a corrente elétrica que flui através da estrutura em camadas.

O problema é que semicondutores III-V também são fortes absorvedores de luz, e esta absorção leva a uma degradação da pureza espectral.

Christos Santis encontrou a salvação onde poucos poderiam suspeitar: no silício, que não é mais afeito às tecnologias ópticas.

O novo laser continua usando os semicondutores III-V para converter a corrente elétrica em luz, mas armazena a luz em uma camada de silício, que não a absorve, gerando uma saída de luz de alta coerência.

Este elevado grau de pureza espectral - uma faixa de frequências 20 vezes mais estreita do que é possível com o laser S-DFB original - poderá ser especialmente importante para as comunicações de fibra óptica do futuro.

Um novo laser para uma internet mais rápida

O novo laser continua usando os semicondutores III-V para converter a corrente elétrica em luz, mas armazena a luz em uma camada de silício. [Imagem: Christos Santis et al./Pnas]

Dados gravados nos retardos

Originalmente, os feixes de laser nas fibras ópticas transportavam informações em pulsos de luz, o que significa que o laser era ligado e desligado rapidamente para representar os 0s e 1s.

Com a crescente demanda por largura de banda, os engenheiros de sistemas de comunicação estão começando a adotar um novo método de registrar os dados nos raios laser que dispensa esta técnica "liga-desliga" - o novo método é chamado de comunicação por fase coerente.

Nas comunicações de fases coerentes, os dados são registrados em pequenos retardos no tempo de chegada das ondas. Esses atrasos - que duram por volta de 10-16 segundo - podem transmitir a informação com precisão mesmo ao longo de milhares de quilômetros.

Contudo, o número de possíveis retardos, e, assim, a capacidade de banda do canal, é fundamentalmente limitada pelo grau de pureza espectral do laser.

Esta pureza nunca pode ser absoluta - uma limitação imposta pelas leis da física - mas, com o novo laser, será possível chegar o mais perto possível da pureza absoluta.

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Bibliografia:
High-coherence semiconductor lasers based on integral high-Q resonators in hybrid Si/III-V platforms. - See more at: http://www.caltech.edu/content/new-laser-faster-internet#sthash.AbZI0aBt.dpuf
Christos Theodoros Santis, Scott T. Steger, Yaakov Vilenchik, Arseny Vasilyev, Amnon Yariv
Proceedings of the National Academy of Sciences
Vol.: Published online
DOI: 10.1073/pnas.1400184111

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Memória de cristal guarda dados para sempre

Informática

Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/02/2014

Memória de cristal guarda dados para sempre

As três camadas de cristal podem gravar até três bits de cada vez. [Imagem: Jingyu Zhang et al./PRL]

Memória do Super Homem

Brevemente, dados armazenados em cristais não serão mais exclusividade do Super Homem.

Pesquisadores conseguiram gravar dados no interior de um cristal de forma controlada e com elevada densidade.

Como a estrutura interna do cristal é modificada de forma estável, eles criaram uma nova forma de gravação de dados que é virtualmente indestrutível - uma "memória eterna", como eles dizem.

Jingyu Zhang e seus colegas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, calculam que a memória de cristal poderá guardar os dados com confiabilidade por pelo menos 3 x 1020 anos - 30 quintilhões de anos.

Para calcular a durabilidade das informações gravadas, eles fizeram experimentos para simular o envelhecimento da mídia, submetendo-a a várias temperaturas.

Conforme a temperatura sobe, a vida útil da memória de cristal cai. Contudo, a 189° C ela ainda duraria o equivalente à idade que se calcula que o Universo tenha: meros 13 bilhões de anos.

Gravação eterna

Usando a potência de um laser pulsado - que emite pulsos de luz com 280 femtossegundos de duração cada um - os pesquisadores gravaram pequenas "ranhuras" no interior de uma pastilha formada por três camadas de quartzo.

Como, ao usar as três camadas, o laser registra no cristal também a intensidade e a polarização da luz, cada ponto gravado registra três bits de informação de uma vez.

Como os pontos gravados são muito pequenos, usando um disco do tamanho de um DVD - o protótipo é menor - é possível alcançar uma densidade de dados na casa dos terabytes.

O único inconveniente é que a gravação é lenta, chegando a 6 kilobits por segundo - o grupo afirma que, aumentando a potência do laser, pode ser possível chegar a 120 megabits por segundo.

Memória eterna

A última vez em que se falou de uma memória eterna a promessa era de guardar dados por 1 bilhão de anos.

No ano passado, a japonesa Hitachi prometeu um disco também baseado em cristais de quartzo, acenando com uma vida útil de alguns milhões de anos, mas afirmando que ainda seria preciso pelo menos três anos para colocá-lo no mercado.

Um disco de DVD ou Blu-Ray tem uma vida útil estimada em 10 anos. Houve várias tentativas para colocar discos ópticos no mercado para garantir a durabilidade das cópias de segurança por 100 anos, mas sem sucesso. Hoje, apenas as fitas magnéticas acenam com um século de durabilidade.

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Bibliografia:
Seemingly Unlimited Lifetime Data Storage in Nanostructured Glass
Jingyu Zhang, Mindaugas Gecevicius, Martynas Beresna, Peter G. Kazansky
Physical Review Letters
Vol.: 112, 033901
DOI: 10.1103/PhysRevLett.112.033901

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Tecnologia brasileira reduz tempo de combate a incêndios

Meio ambiente

Com informações da Coppe/UFRJ - 19/02/2014

Tecnologia brasileira reduz tempo de combate a incêndios

O caminhão tem capacidade para transportar 12 toneladas de CO2. [Imagem: Coppe/UFRJ]

Gás liquefeito

Uma tecnologia inédita desenvolvida pelo instituto de engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), promete reduzir substancialmente o tempo de combate a incêndios.

O novo sistema, baseado no uso de jatos de CO2 vaporizado, foi instalado em um caminhão que foi entregue ao Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro.

O caminhão servirá como banco de testes da nova tecnologia, que será avaliada em situações reais de combate a incêndio na cidade.

A tecnologia é fruto de 16 anos de trabalho do Grupo de Análise de Risco Tecnológico e Ambiental da Coppe/UFRJ, e será comercializada pela Cdiox Engenharia, uma empresa nascida e incubada na universidade.

A tecnologia, batizada de Sistema de Descarga Baseado em Gás Liquefeito, caracteriza-se pela descarga massiva de dióxido de carbono (CO2) em estado líquido, a baixa temperatura (entre -72 e -60 graus Celsius) e sob alta pressão.

Os pesquisadores conseguiram desenvolver um sistema pelo qual o CO2, que é armazenado em estado líquido, é lançado nas chamas sob forma de vapor sem se solidificar - ou seja, o CO2 não congela a linha por onde é lançado.

Usado como agente extintor, o CO2 diminui a concentração de oxigênio, abafando as chamas. Como é lançado em baixa temperatura, ele dificulta o aparecimento de novos focos de incêndio e quebra a reação em cadeia da combustão.

Primeiros do mundo

A inovação já rendeu pedidos de patentes para a tecnologia no Brasil e nos Estados Unidos. "Vamos ser os primeiros do mundo nessa tecnologia", afirma o coordenador técnico do projeto, Moacyr Duarte.

A nova tecnologia começará a ser testada nos próximos dias, servindo inicialmente como um treinamento para os bombeiros. De acordo com Duarte, o caminhão deverá estar nas ruas em três meses.

Somente ao final dos ensaios é que será possível afirmar com precisão em quanto o tempo de combate ao fogo será reduzido com o uso do CO2 no lugar da água.

As avaliações iniciais indicam que o caminhão, com capacidade para transportar 12 toneladas de CO2, consiga debelar chamas em uma área de 100 metros quadrados em apenas 4 minutos.

Comparando o uso da água com a nova tecnologia, o tempo-resposta a um incêndio, do início do combate às chamas até o rescaldo final, deverá cair de 4 horas para cerca de 20 minutos.

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Sabonete de gengibre amargo combate acne e bactérias

17/02/2014

Redação do Diário da Saúde (www.diariodasaude.com.br)

Sabonete de gengibre amargo combate acne e bactérias

A base do sabonete, considerado um dermocosmético, é o óleo essencial do gengibre amargo, encontrado na Amazônia. [Imagem: Daniel Jordano/INPA]

Pesquisadores do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) desenvolveram um novo tipo de sabonete que ajuda a combater a acne e ainda tem ação antisséptica.

A base do sabonete, considerado um dermocosmético, é o óleo essencial do gengibre amargo (Zingiber zerumbet), com a adição de frutos amazônicos.

O sabonete vegetal antiacne e antisséptico foi patenteado pelo INPA e pelo pesquisador Carlos Cleomir, que está recebendo apoio da instituição para viabilizar sua empresa, a Biozer, para que o sabonete antiacne possa chegar ao mercado.

"Este produto tem um diferencial se comparado aos outros que já estão no mercado porque os extratos retirados do gengibre possuem ação anti-inflamatória, antioxidante e antibacteriana. Esta é proposta do sabonete, que chegará ao mercado até setembro," explica Carlos, que é doutor em biotecnologia e recursos naturais.

As acnes, ou dermatose, atingem aproximadamente 90% dos adolescentes.

Apesar de ser originário da Ásia, o gengibre amargo foi encontrado em grande quantidade pelo pesquisador e sua equipe nos municípios amazonenses de Iranduba, Parintins, Itacoatiara e Presidente Figueiredo e Manaus.

Segundo Cleomir, apesar das potencialidades medicinais e econômicas, as pessoas usam a planta basicamente para ornamentação, por causa de sua flor. Já existem outras pesquisas para utilização da planta em tratamentos contra o câncer

Inicialmente será fabricado um sabonete sólido, mas não será descartada a opção de uma versão líquida, dependendo da aceitação do mercado.

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Abelhas ciborgues carregam mochilas com sensores

Robótica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/02/2014

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O "sensoriamento de enxame" vai permitir detectar riscos de biossegurança. [Imagem: CSIRO]

Insetos robóticos

Os insetos ciborgues já causaram alguma polêmica, sobretudo quando foram usados para brincadeiras.

Agora, cientistas australianos estão equipando milhares de abelhas com "mochilas eletrônicas", transformando-as em autênticos sensores vivos.

O objetivo é monitorar os insetos com vistas a melhorar seu trabalho de polinização em culturas comerciais e tentar elucidar o mistério da chamada "Desordem do Colapso das Colônias", uma condição que vem dizimando colônias de abelhas em várias partes do mundo.

Quem está por trás do experimento é um brasileiro, Paulo de Souza, atualmente trabalhando no instituto CSIRO.

"Cerca de um terço da comida que comemos depende de polinização, mas as populações de abelhas melíferas em todo o mundo estão caindo por causa do ácaro Varroa e da Desordem do Colapso das Colônias," disse Paulo.

Para agir, ele e sua equipe estão instalando circuitos de 2,5 x 2,5 milímetros em 5.000 abelhas, e soltando-as de volta na natureza.

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Os sensores são etiquetas RFID, que podem funcionar sem baterias, para sobrecarregar menos os insetos. [Imagem: CSIRO]

Os sensores são etiquetas RFID, cujos dados são coletados quando as abelhas ciborgues passam nas proximidades dos vários pontos de checagem distribuídos pelos pesquisadores.

Dos pontos de coleta, as informações são enviadas a uma central onde os dados dos sensores são usados para construir um modelo tridimensional, permitindo a visualização das rotas dos insetos através da paisagem - é o que Paulo chama de "sensoriamento de enxame".

"As abelhas são insetos sociais que retornam ao mesmo ponto e operam segundo uma programação muito previsível. Qualquer mudança no seu comportamento indica uma mudança em seu ambiente. Se pudermos modelar seus movimentos, poderemos reconhecer muito rapidamente quando sua atividade apresentar variação, e poderemos identificar a causa. Isso nos ajudará a entender como maximizar sua produtividade, bem como monitorar qualquer risco de biossegurança," disse o Dr. Paulo de Souza.

Paulo é formado em física pela Universidade Federal do Espirito Santo, e atualmente colabora com a NASA na coleta de dados dos robôs Spirit e Opportunity, que estão em Marte.

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Brasil desenvolve tecnologia para separar urânio do fosfato

Energia

Com informações da INB - 12/02/2014

Brasil desenvolve tecnologia para separar urânio do fosfato

Do laboratório, a tecnologia de separação do urânio do fosfato foi escalonada para uma planta-piloto em escala industrial. [Imagem: INB]

O Instituto de Engenharia Nuclear e as Indústrias Nucleares do Brasil anunciaram o desenvolvimento de uma rota tecnológica capaz de separar o urânio do fosfato, aproveitando o máximo dos dois elementos.

A descoberta resultou de um estudo de cinco anos realizado pelos pesquisadores José Waldemar Silva Dias da Cunha e Glória Regina da Silva Willdhagen, com suporte da equipe das duas instituições.

Os testes foram realizados primeiramente em laboratório e, posteriormente, a eficácia do processo em escala industrial foi comprovada após mais de 1.000 horas contínuas de avaliação na planta-piloto construída na unidade da INB (Indústrias Nucleares do Brasil) no município de Caldas (MG).

A aplicação da rota tecnológica, contudo, viabilizará a exploração da jazida de Santa Quitéria, no Ceará, onde o urânio encontra-se associado ao fosfato.

Com a tecnologia de exploração já desenvolvida, serão construídas duas unidades industriais. Em uma serão fabricados fertilizantes fosfatados e fosfato bicálcio, voltado para ração animal. Em outra unidade será produzido o yellowcake, como é conhecido o concentrado de urânio.

O Brasil já possui outra mina de extração de urânio, em Caitité (BA).

Mina de Santa Quitéria

O depósito de Santa Quitéria, originalmente conhecido como Itataia, está localizado na parte central do Estado do Ceará, a cerca de 45 km a sudeste da cidade de Santa Quitéria.

As rochas hospedeiras que envolvem o depósito são paragnaises, juntamente com grandes lentes de carbonato ao longo do Cinturão Dobrado de Jaquaribe - a região central do Ceará divide-se em duas unidades tectônicas conhecidas como Cinturão Dobrado de Jaquaribe e Maciço de Santa Quitéria.

As primeiras ocorrências minerais na região foram descobertas em 1975.

A rocha na qual ocorre mais de 80% da mineralização de fosfato-urânio é chamada colofanito.

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Técnica antiderrapante

Caros amigos internautas

clip_image002Imagem: www.proelis.com.br

Hoje tenho o prazer de apresentar para todos uma descoberta minha que, apesar de sua simplicidade, pode ajudar muito àqueles que a utilizarem porque é de baixo custo e pode ser feita por qualquer pessoa.

Quem, na atualidade, não tem piso derrapante em sua residência? Principalmente as pessoas que moram de aluguel, como no meu caso, que se veem diante do risco iminente de cair e até se machucarem seriamente, pois é inviável fazer  modificações na planta original do prédio em que moramos.

Desses pisos o mais perigoso é o do banheiro.

Um método que poderia ser menos dispendioso e incomodo seria a escarificação do mesmo, aumentando o atrito, mas não conheço nenhum dispositivo ou alguém que seja capaz de fazê-lo. Entretanto, se por um lado resolveria o problema de atrito, por outro lado, essa técnica se disponível, retiraria a beleza do piso cerâmico devido a abrasão, além de requerer autorização prévia do senhorio para ser efetivada.

Trocar o piso seria hoje a melhor solução, mas, incomoda bastante, é demorado e às vezes, caro, exige mão de obra especializada dentre outros empecilhos.

Descobri uma maneira barata e fácil de solucionar o caso, e estou disponibilizando o tutorial que se segue:

Equipamentos:

  • Material de limpeza;
  • Uma ou mais (quanto se precisa) bisnaga de cola maluca;
  • Máscara para o nariz; e
  • Óculos de proteção.

Aplicação:

1 – Limpe bem a superfície a ser trabalhada, ou seja, o piso. Deixe-o secar.

2 – Coloque a máscara de proteção para o nariz. (Alguns tipos de cola desprendem um cheiro forte das substâncias químicas que entram na composição do produto que podem ser - e geralmente são - tóxicos, portanto, prejudiciais à saúde.)

3 – Coloque também os óculos de segurança pois, os gases exalados pela substância irritam os olhos, deixando-os lacrimosos e com ardor.

4 – Utilize o frasco de cola aplicando-a em gotas por toda a superfície do piso a ser trabalhado, sem exagero e com o cuidado de não deixar pingar no corpo, na roupa ou no calçado. A marca da cola fica por sua conta.

5 – Deixe secar e pronto.

Observações:

Aparência - Observe que por causa da transparência da cola o piso não perde praticamente nada de sua beleza e somente olhando de perto é que se percebe.

Atrito - Quanto à aderência, testei com o pé descalço e com chinelos (japonesa) e achei que se não é perfeito como o piso ante-derrapante, mas, oferece uma adesão de pelo menos, uns 60% em relação a este. O atrito é bem maior quando se usa sandálias (japonesas).

Desgaste - É evidente que o uso diário faz com que haja desgaste da cola que, naturalmente perde sua função aderente. Neste caso, é só refazer o processo.

Confiabilidade – Confiável, desde que o serviço seja adequado, bem feito.

Espaçamento e tipo de desenho – Isso fica a seu critério, pois, depende do gosto de cada um. Mas, sugiro, no caso de pontos (gotas), um espaçamento mínimo de 5cm, como mostra a ilustração abaixo.

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Nota: é também possível aumentar a aderência com o uso de areia fina, porém, deixa à mostra a sua aplicação alterando, desse modo, a beleza do padrão das peças.

Antromsil.

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Pele de tomate vira pele de lata para alimentos

Meio ambiente

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/02/2014

Pele de tomate vira pele de lata para alimentos

O revestimento à base de peles de tomate promete substituir o bisfenol A, um composto que está sendo banido no mundo todo por fazer mal à saúde. [Imagem: BIOCOPAC]

As latas metálicas são a embalagem preferida para alimentos e bebidas.

Para não afetar os alimentos, essas latas precisam ser revestidas com uma espécie de verniz, ou laca, que seja biologicamente inerte e não faça mal à saúde.

Pesquisadores europeus se deram conta de que os revestimentos adotados hoje estão longe do ideal, e por isso se reuniram em um esforço multi-institucional, batizado de Projeto Biocopac, cujo objetivo era produzir um revestimento biológico e ecologicamente amigável.

O resultado é uma laca natural produzida a partir de peles de tomate, um subproduto da indústria alimentícia, que é descartado depois da fabricação de molhos e similares.

A laca, que pode ser aplicada nas embalagens metálicas, tanto interna, quanto externamente, é feita à base de cutina, uma substância cerosa extraída da pele dos tomates.

"A bio-laca vai melhorar a sustentabilidade das latas metálicas, promovendo sua reciclagem e diminuindo o impacto ambiental das embalagens e dos resíduos," disse Angela Montanari, coordenadora do projeto.

Bisfenol A

O principal efeito do aproveitamento da pele dos tomates, contudo, deverá ocorrer na proteção à saúde dos consumidores.

O revestimento à base de peles de tomate promete substituir o bisfenol A, um composto largamente utilizado no revestimento de latas para embalagem de alimentos e bebidas.

O bisfenol A provoca uma série de efeitos nocivos à saúde, o que está levando ao seu banimento em todo o mundo.

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Descoberto peixe gigante que come crocodilos e seres humanos

Notas: 1 – Peço desculpas pela tradução do texto que não é das melhores, mas dá pra entender perfeitamente a mensagem que se quer transmitir.

2 – Problemas impediram de incorporar vídeo com imagens da pesca do monstro aquático. Antromsil

Fonte: http://www.coolweirdo.com/giant-fish-that-eats-crocodiles-and-humans-was-discovered.html

Giant fish that eats crocodiles and humans was discovered

Peixe gigante que come crocodilos e seres humanos foi descoberta

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During a fishing expedition on the River Congo in Africa, British angler Jeremy Wade, 52, caught Goliath tigerfish.

Durante uma expedição de pesca no rio Congo na África, pescador britânico Jeremy Wade, de 52 anos, pegou Goliath tigerfish. (peixe tigre gigante?)

Goliath is considered one of the largest freshwater fish in the world. It is much larger and more deadly than the small piranha.

Golias é considerado um dos maiores peixes de água doce do mundo. É muito maior e mais mortal do que a pequena piranha.

The giant fish has 32 teeth that are similar in size to those of a great white shark, and it has been proven that it attacks humans and crocodiles.

O peixe gigante tem 32 dentes que são semelhantes em tamanho aos de um tubarão branco, e foi comprovado que ataca os seres humanos e crocodilos.

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When people name something or someone Goliath, you better expect to see something humongous! Well that is clearly the case of the Goliath tigerfish. The biggest monster fish from this species caught up until now was 5 feet long and weighed 154 pounds, but there are indications that even much bigger specimens roam the Lualaba River, Lake Upemba and Lake Tanganyika in Africa

Quando as pessoas nomearem algo ou alguém de Golias, é melhor esperar para ver algo monstruoso! Bem, isso é claramente o caso do tigerfish Golias. O maior peixe monstro desta espécie capturado até agora era de 5 metros de comprimento e pesava 154 £, mas há indícios de que, mesmo muito maiores espécimes percorrem o rio Lualaba, Lago Upemba e Lago Tanganyika na África.

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Each of this monster’s razor-sharp teeth can be up to one inch long, and when these “knifes” gulp on the unsuspecting prey, you can pretty much expect a clean cut…

Cada um dos dentes afiados deste monstro pode ter até um centímetro de comprimento , e quando essas " facas " golpeiam a presa inocente, você pode muito bem esperar um corte limpo ...

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Kill it before it lays eggs?

Mate-o antes que ele ponha ovos ?

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The Goliath tigerfish species takes extremely long to breed, because, well, in a nutshell… they like to hunt, and eat a lot, hence, they invest their energy into killing, rather than breeding. Your first instinct when you catch such a fish would be to take it home and frame it, please do not, cause we have to preserve the species, or else, we’ll only see it in documentaries.

As espécies tigerfish Golias levam muito tempo para se reproduzir, porque, bem, em poucas palavras... eles gostam de caçar e comer muito, por isso, eles investem sua energia para matar, em vez de reprodução. Seu primeiro instinto quando você pegar como um peixe seria para levá-la em casa e moldá-lo, por favor, não , porque nós temos que preservar a espécie, ou então, só vai vê-lo em documentários.

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Fosforeno: rival do grafeno nasceu para ser um transístor

Eletrônica

Com informações da New Scientist - 03/02/2014

Fosforeno: rival do grafeno nasceu para ser um transístor

O fosforeno é naturalmente semicondutor, como o silício, e ultrafino como o grafeno - a equipe trabalhou com uma camada tripla do material. [Imagem: Han Liu et al.]

Grafeno de fósforo

Ele pode até ter ganho o prêmio Nobel, mas o grafeno agora tem um rival sério.

A nova estrela que surge é o fosforeno, uma folha unidimensional que tem uma estrutura semelhante à do grafeno - a diferença é que ele é formado por átomos de fósforo, em vez de carbono.

O crucial, contudo, é que o fosforeno é um semicondutor por natureza, o que o coloca como um material capaz de substituir o silício de forma direta.

O novo material até já foi usado para fazer alguns transistores experimentais para demonstração de seu potencial.

Fosforeno semicondutor

Apesar de toda a expectativa em torno dele, o grafeno tem uma grande limitação - ao menos no campo da eletrônica e da informática: ele conduz eletricidade bem demais.

O silício, por sua vez, que é a base de toda a eletrônica, é um semicondutor, o que significa que ele pode conduzir eletricidade ou bloquear sua passagem. É justamente esta capacidade de comutação entre condutor e não-condutor que possibilita seu uso para construir os transistores que manipulam a lógica binária.

Entra então em cena o fosforeno, que é naturalmente semicondutor como o silício - e ultrafino como o grafeno.

Ele foi descoberto pela equipe do Dr. Peide Ye, da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, usando a mesma "técnica" usada há 10 anos para extrair o grafeno: uma fita adesiva colada sobre um cristal de uma forma alotrópica do fósforo conhecida como fósforo preto.

Quando a fita é retirada do cristal, uma camada de átomos de fósforo - o fosforeno - fica grudada nela.

Fosforeno: rival do grafeno nasceu para ser um transístor

O fosforeno já foi usado para fazer alguns transistores experimentais para demonstração de seu potencial. [Imagem: Likai Li et al.]

A equipe já usou essas primeiras camadas para construir transistores de fosforeno, demonstrando ainda que é possível integrá-lo com outros materiais bidimensionais e com o silício.

Materiais atômicos

Se o fosforeno vai ou não competir com o silício é algo que ainda terá que ser demonstrado, já que não está claro se será tão difícil produzi-lo em larga escala quanto está sendo com o grafeno.

Para dificuldades iguais, contudo, o fosforeno parece ter vantagens claras sobre outros materiais monoatômicos que têm chamado a atenção ultimamente.

O siliceno, por exemplo, que consiste em camadas superfinas de silício, também é um semicondutor e, em teoria, tão bom para conduzir eletricidade quanto o grafeno.

Mas é mais difícil fabricar siliceno do que fosforeno ou grafeno, já que não se pode simplesmente retirar uma camada de silício com uma fita adesiva - e, uma vez extraído, ele tem uma tendência a se autodestruir.

E o estaneno, uma camada monoatômica de átomos de estanho e que pode ter propriedades semelhantes à do grafeno, por enquanto só existe em simulações computadorizadas.

Há ainda o bismutato de sódio, identificado como uma versão 3D do grafeno, mas que é tão recente que ainda não se conhece totalmente suas vantagens e desafios.

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Bibliografia:
Phosphorene: A New 2D Material with High Carrier Mobility
Han Liu, Adam T. Neal, Zhen Zhu, David Tomanek, Peide D. Ye
arXiv
http://arxiv.org/abs/1401.4133
Black Phosphorus Field-effect Transistors
Likai Li, Yijun Yu, Guo Jun Ye, Qingqin Ge, Xuedong Ou, Hua Wu, Donglai Feng, Xian Hui Chen, Yuanbo Zhang
arXiv
http://arxiv.org/pdf/1401.4117v1.pdf

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Bateria de açúcar deixa aparelhos cheios de energia

Energia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/01/2014

Bateria de açúcar deixa aparelhos cheios de energia

Os pesquisadores estimam que a bateria de açúcar poderá estar no mercado em três anos. [Imagem: Virginia Tech]

Bateria de açúcar

Na natureza - nas plantas e no seu corpo - os açúcares são perfeitos para armazenar energia.

"Então, é muito lógico que nós tentemos domar essa capacidade natural para criar uma forma ambientalmente amigável de fabricar uma bateria," disse o professor Percival Zhang, da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos.

O projeto parece estar dando certo.

O primeiro protótipo da bateria de açúcar da equipe apresentou uma densidade de energia sem precedentes.

Já existem vários experimentos com baterias de açúcar, inclusive um feito pela Sony, mas nenhuma delas atingiu a capacidade de armazenamento alcançada agora - o protótipo superou suas antecessoras em mais de 10 vezes.

Melhor do que isso, para recarregar a bateria de açúcar, basta adicionar mais açúcar.

Essa conjugação de alta densidade de energia e facilidade de recarregamento levou os pesquisadores a estimar que sua nova bateria poderá estar no mercado nos próximos três anos.

Célula a combustível enzimática

O avanço foi obtido na sequência de um trabalho divulgado no ano passado, quando a combinação criativa de enzimas permitiu desenvolver um processo para produzir hidrogênio a partir de qualquer planta.

Essa rota enzimática sintética foi agora usada para capturar todos os potenciais de carga das moléculas de açúcar, usando-os para produzir uma corrente elétrica - tecnicamente não se trata de uma bateria, mas de uma célula a combustível enzimática.

Como todas as células de combustível, a "bateria de açúcar" combina o combustível - neste caso, a maltodextrina, um polissacarídeo resultante da hidrólise parcial do amido - com o ar atmosférico para gerar eletricidade e água.

"Nós estamos liberando todas as cargas de elétrons armazenadas na solução de açúcar lentamente, passo a passo, usando uma cascata de enzimas," disse Zhang.

São liberados 24 elétrons por unidade de maltodextrina, usando uma rota sintética formada por 13 enzimas. Isso resulta em uma potência máxima de 0,8 mW cm-2 e uma densidade máxima de corrente de 6 mA cm-2.

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Bibliografia:
A high-energy-density sugar biobattery based on a synthetic enzymatic pathway
Zhiguang Zhu, Tsz Kin Tam, Fangfang Sun, Chun You, Y. -H. Percival Zhang
Nature Communications
Vol.: 5, Article number: 3026
DOI: 10.1038/ncomms4026

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Mistério das bolas de fogo próximo de ser elucidado

Meio ambiente

Redação do Site Inovação Tecnológica - 31/01/2014

Raios globulares: Mistério das bolas de fogo próximo de ser elucidado

Espectro do raio globular mostra elementos comuns presentes no solo - mas faltou o alumínio, deixando a briga das teorias em aberto. [Imagem: Jianyong Cen et al./PRL]

Raios globulares

Cientistas chineses coletaram por acaso os primeiros dados reais sobre a composição de um tipo de raio muito raro.

Os raios globulares - também chamados de bolas de fogo ou relâmpagos de bola - são um verdadeiro mistério para a ciência porque eles são muito raros, o que torna quase impossível estudá-los.

Essas bolas de fogo normalmente ocorrem durante tempestades, com dimensões que vão de uma bola de pingue-pongue até vários metros de diâmetro, que saem flutuando no ar, voando na horizontal por vários segundos.

Por sorte, enquanto estudavam raios comuns, Jianyong Cen e seus colegas da Universidade Normal do Sudeste, na China, flagraram um raio globular, produzindo o que se acredita ser a primeira medição do espectro de radiação desse fenômeno natural misterioso.

Composição das bolas de fogo

Os resultados sugerem que a bola de fogo brilhante é composta de uma mistura de elementos do solo, o que está de acordo com uma teoria antiga, mas para a qual faltavam evidências experimentais.

A teoria sugere que o raio globular é formado quando a descarga elétrica de um raio comum atinge o solo, vaporizando minerais silicatos no solo. O carbono do solo arranca os átomos de oxigênio dos silicatos, criando um gás de átomos de silício de alta energia.

Esse gás então se recombina com o oxigênio do ar, liberando calor e emitindo o brilho característico da bola de fogo.

Isto está de acordo com o espectro de radiação medido pelos pesquisadores chineses, enquanto o raio globular que eles flagraram deslizava horizontalmente por 10 metros, a cerca de 3 metros de altura.

Os dados mostram várias linhas de emissão típicas do silício, ferro e cálcio - mas faltou outro elemento abundante no solo, o alumínio, deixando a questão em aberto.

De posse desses dados, os pesquisadores agora vão tentar recriar um raio globular artificialmente, de forma a selecionar o melhor modelo teórico para descrevê-lo.

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Bibliografia:
Observation of the Optical and Spectral Characteristics of Ball Lightning
Jianyong Cen, Ping Yuan, Simin Xue
Physical Review Letters
Vol.: 112, 035001
DOI: 10.1103/PhysRevLett.112.035001

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