Especulações sobre a formação da Lua

Espaço

A Lua é filha da Terra?

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/03/2012

A Lua é filha da Terra?

As descobertas podem lançar pelo espaço a teoria mais aceita atualmente sobre a formação da Lua. [Imagem: Cosmic Collisions Space Show/Rose Center for Earth and Space/AMNH]

Formação da Lua

Uma nova análise química de rochas lunares mostrou que nosso satélite é muito mais parecido com a Terra do que os cientistas acreditavam.

A teoria mais aceita atualmente afirma que a Lua teria sido gerada quando um planeta hipotético do tamanho de Marte - conhecido como Théia, ou Téia - teria saído de sua órbita e entrado em rota de colisão com a Terra.

O impacto arrancou as camadas externas de Téia e da Terra, deixando enormes quantidades de detritos em órbita da nova Terra-híbrida. Esse material eventualmente coalesceu sob sua própria gravidade e formou a Lua.

Composição da Lua

Para que esse modelo seja consistente, cerca de 40% da composição da Lua deveria ter vindo de Téia.

Contudo, ao comparar a abundância relativa dos isótopos titânio-47 e titânio-50 em rochas lunares, Junjun Zhang e seus colegas da Universidade de Chicago descobriram que a proporção dos dois isótopos é exatamente a mesma da Terra - cerca de 4 partes por milhão.

Já se sabia que a composição isotópica do oxigênio na Lua também é similar à da Terra, mas o oxigênio se vaporiza muito facilmente durante uma colisão, e essa semelhança pode ser resultado de uma troca posterior.

Ocorre que o titânio não vaporiza tão facilmente. Segundo Zhang, seria virtualmente impossível que a Lua e a Terra tivessem atingido a mesma composição.

Análises de meteoritos, por outro lado, vistos como restos de eventuais corpos planetários errantes pelo Sistema Solar, confirmam que a composição de Téia seria muito diferente da composição da Terra.

Novas teorias para a formação da Lua

Mas os cientistas afirmam que ainda não é hora de descartar a hipótese do choque Téia-Terra para explicar a origem da Lua, porque o choque pode ter desencadeado processos sobre os quais ainda não se tem conhecimento.

A principal razão, contudo, é que a única teoria alternativa para a formação da Lua propõe uma Terra girando extremamente rápido, a ponto de atirar material de sua própria crosta para o espaço - mas ninguém tem uma ideia sobre o que teria diminuído posteriormente a velocidade do nosso planeta.

Enquanto isso, as sondas gêmeas STEREO estão procurando sinais de meteoritos com composição similar à da Lua e da Terra, com o objetivo de dar novas ideias sobre a formação da Lua.

Outra novidade recente, que pode ajudar neste estudo, é a descoberta de dois planetas na mesma órbita, o que poderia sugerir uma composição mais similar entre Téia e Terra se ambos fossem gêmeos orbitais.

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Bibliografia:
The proto-Earth as a significant source of lunar material
Junjun Zhang, Nicolas Dauphas, Andrew M. Davis, Ingo Leya, Alexei Fedkin
Nature Geoscience
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/ngeo1429

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Testando Veículo a hidrogênio

Mecânica

Veículo a hidrogênio passa no teste das ruas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/03/2012

Utilitário a hidrogênio passa no teste das ruas

O veículo a hidrogênio foi submetido a condições reais de operação na cidade de Basel, durante três meses, inteiramente operado pelos funcionários da companhia de limpeza. [Imagem: EMPA]

Tira-teima

Engenheiros suíços realizaram o primeiro teste de longa duração, em condições reais de operação, com um veículo a hidrogênio.

Embora sejam comuns em campanhas de marketing das principais indústrias automobilísticas, há vários entraves tecnológicos rumo à viabilização total de um carro a hidrogênio.

Pelo menos esse é o consenso entre os especialistas.

Mas os engenheiros do instituto EMPA não se deram por vencidos e decidiram testa um carro a hidrogênio com a tecnologia disponíveis hoje, e verificar se o que já está disponível não seria bom o suficiente.

Robustez

A tecnologia de célula a combustível a hidrogênio e motores elétricos foi incorporada em um veículo utilitário, dedicado à limpeza de ruas.

O veículo foi submetido a condições reais de operação na cidade de Basel, durante três meses, inteiramente operado pelos funcionários da companhia de limpeza.

O resultado foi melhor do que o esperado: ele só teve que ir para a oficina uma única vez, para troca de uma bomba de água e do conversor de tensão entre a célula a combustível e as baterias.

Segundo os técnicos, o teste demonstrou que as células a combustível estão prontas para serem usadas em aplicações reais do dia-a-dia, particularmente em nichos de aplicação, como nos utilitários de serviços públicos.

Economia de combustível

A principal vantagem do veículo a hidrogênio é a economia de combustível.

Em vez de 5 a 5,5 litros de diesel por hora - equivalente a um consumo energético de 180-200 MJ/h - o utilitário a hidrogênio gastou entre 0,3 e 0,6 kg de hidrogênio por hora - equivalente a 40-80 MJ/h.

Deve ser levado em conta que o custo inicial do veículo a hidrogênio é três vezes maior do que o mesmo modelo a diesel. Mas os engenheiros argumentam que as células a combustível, um componente importante do custo inicial, custam hoje um décimo do que custavam há 10 anos, e essa tendência está se mantendo.

No quesito emissão de poluentes, embora as células a combustível só emitam vapor de água como resíduo, é necessário levar em conta que o hidrogênio hoje é produzido pela reforma do gás natural. Ainda assim, o veículo a hidrogênio emitiu 40% menos CO2 do que a versão a diesel, levando em conta todo o ciclo.

Sem vazamentos

Não foi detectada nenhuma ocorrência de vazamento de hidrogênio, nem mesmo nas estações de reabastecimento, que eram operadas pelos próprios funcionários do serviço de limpeza da cidade, que usavam o veículo.

Os testes continuarão em outra cidade, uma vez que os engenheiros pretendem observar o comportamento do veículo a hidrogênio conforme suas peças se desgastam, a fim de calcular o custo total no tempo de vida do veículo.

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APOSTILA DE ELETÔNICA BÁSICA

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Se você gosta de eletrônica e não tem tempo de estudar em um curso regular, pode tirar grande proveito desse material que é gratuito.

Curso em pdf. Não permite copiar, mas, o preço é bom, o material também, portanto, vale a pena conferir.

Figura meramente ilustrativa

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Nos Domínios da Mediunidade

Livro Espírita

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE

DITADO PELO ESPÍRITO

ANDRÉ LUIZ

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FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA

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Apostila Eletricidade Básica

imageTodo profissional necessita de fontes de pesquisa confiável.

E como não faz mal chover no molhado e vez por outra surge aquela dúvida, mesmo pequenina, esse material, apesar de exigir autorização pelo CEFET/SC, é uma boa fonte de pesquisa.

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Uma galáxia retangular

Espaço

Astrônomos descobrem uma galáxia retangular

Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/03/2012

Astrônomos descobrem uma galáxia retangular

Uma galáxia retangular "é uma daquelas coisas que só pode fazer você rir, porque ela não deveria existir, ou, pelo menos, nós não esperávamos que existisse."[Imagem: Swinburne University of Technology]

Desafiando as leis da natureza

Uma equipe internacional de astrônomos achou algo quase inacreditável: uma galáxia retangular.

"No Universo ao nosso redor, a maioria das galáxias tem uma dentre três formas: esferoidal, disco ou irregular," comentou o professor Alister Graham da Universidade de Tecnologia de Swinburne, na Austrália, membro da equipe que congrega ainda astrônomos da Alemanha, Suíça e Finlândia.

Mas descobrir uma galáxia retangular "é como descobrir uma nova espécie que, à primeira vista, parece desafiar as leis da natureza".

"É uma daquelas coisas que só pode fazer você rir, porque ela não deveria existir, ou, pelo menos, nós não esperávamos que existisse," disse Graham.

Astrônomos descobrem uma galáxia retangular

A galáxia retangular, batizada de LEDA 074886, está a 700 milhões de anos-luz da Terra. [Imagem: Swinburne University of Technology]

Galáxia retangular

A galáxia retangular, que lembra a lapidação típica de uma esmeralda, foi descoberta durante um rastreio feito pelo telescópio japonês Subaru.

Serão necessárias observações adicionais para desvendar o mistério, mas os astrônomos afirmam que seja improvável que essa galáxia seja um cubo.

O mais provável, acreditam eles, é que ele lembra um disco inflado visto de lado.

Quanto à explicação do seu formato, a hipótese mais plausível é que ela seja fruto de uma colisão entre galáxias, ainda estando em processo de se "ajeitar" - o único problema é que ela é muito pequena, considerada uma galáxia-anã.

A galáxia retangular, batizada de LEDA 074886, está a 700 milhões de anos-luz da Terra.

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Bibliografia:
LEDA 074886: A remarkable rectangular-looking galaxy
Alister W. Graham, Lee R. Spitler, Duncan A. Forbes, Thorsten Lisker, Ben Moore, Joachim Janz
arXiv
http://arxiv.org/abs/1203.3608v1

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Astrônomo promete usina solar de 1 GW

Energia

Revolução solar: astrônomo promete usina solar de 1 GW

Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/03/2012

Revolução solar: astrônomo promete usina solar de 1 GW

Uma usina solar com capacidade de 1 GW cobriria uma área de 15 quilômetros quadrados. [Imagem: REhnu]

Usina fotovoltaica

Seus criadores a chamam de "revolução solar".

Segundo eles, sua tecnologia é a primeira com capacidade para viabilizar usinas de geração de energia solar fotovoltaica na faixa dos giga watts.

A maioria dos projetos atuais de fazendas solares de grande porte é do tipo termossolar, que aproveita o calor do Sol para aquecer líquidos e gerar vapor. Este vapor gira turbinas que produzem eletricidade.

O tipo mais tradicional, mas mais caro, é baseado em células solares, ou painéis fotovoltaicos, que usam a luz do Sol para gerar eletricidade diretamente.

A proposta da empresa emergente Rehnu é otimizar esse sistema mais tradicional, gerando mais energia e, desta forma, baixando seu custo.

Revolução solar: astrônomo promete usina solar de 1 GW

Cada módulo consiste de um refletor parabólico com 3,1 metros quadrados, e um equipamento compacto, chamado Unidade de Conversão de Energia. [Imagem: Rehnu]

Espelho de telescópio

Foram colocadas juntas várias tecnologias, todas já bem-conhecidas, mas com melhoramentos individuais que produziram um resultado final muito superior ao obtido em outras plantas-piloto ou plantas de demonstração.

Um módulo Rehnu de geração fotovoltaica consiste de um refletor parabólico com 3,1 metros quadrados, e um equipamento compacto, chamado Unidade de Conversão de Energia, instalado no ponto focal do refletor.

A primeira inovação está no próprio refletor, desenvolvido pelo astrônomo Roger Angel, um dos criadores da empresa, para funcionar como espelho de telescópios.

O Very Large Telescope do ESO, por exemplo, instalado no Chile, usa quatro espelhos construídos com a técnica desenvolvida pelo Dr. Angel, cada um com 8,2 metros de diâmetro.

Revolução solar: astrônomo promete usina solar de 1 GW

A unidade de geração de energia possui um sistema de refrigeração ativa com radiadores, para lidar com o intenso calor. [Imagem: REhnu]

Células solares de tripla junção

A segunda inovação está no uso de células solares de tripla junção, um tipo de célula solar de altíssima eficiência, detendo todos os recordes de rendimento com larga margem em relação às tecnologias competidoras.

O problema é que essas células solares multicamadas são caras, sendo ainda economicamente inviável construir painéis solares comuns com elas.

Esse problema parece ter sido resolvido com a adoção da terceira inovação do módulo Rehnu: uma lente especial para colocar muita luz sobre poucas células solares.

Revolução solar: astrônomo promete usina solar de 1 GW

Uma lente esférica coloca intensidades iguais de luz sobre cada uma das células solares de tripla junção. [Imagem: REhnu]

Lente multifocal

O refletor concentra a luz e a coloca exatamente sobre uma lente instalada na parte frontal da Unidade de Conversão de Energia.

Esta é uma técnica bastante conhecida, chamada concentrador solar.

Sua maior vantagem é que ela coloca luz de altíssima intensidade sobre algumas poucas células solares de alto rendimento. Assim, usando poucas células, o painel não sai tão caro.

Isso, é claro, exigiu mais um melhoramento técnico.

Como não se trata de simplesmente focalizar a luz em um ponto, mas em vários pontos, os astrônomos-empreendedores tiveram que desenvolver uma lente capaz de receber a luz concentrada pelo painel e a distribuir igualitariamente entre todas as células solares instaladas dentro do módulo.

De quilo a giga

Segundo seus idealizadores, o custo de instalação de uma usina solar com a tecnologia Rehnu pode chegar a US$1 por watt por volta de 2020, se seus planos de fabricação em larga escala tiverem sucesso.

Sua pretensa usina solar na faixa do giga watt cobriria uma área de 15 quilômetros quadrados.

Por enquanto, eles estão instalando uma planta de demonstração no deserto do Arizona, que deverá ser capaz de produzir 20 kilowatts.

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Irrigação inteligente economiza água

Meio ambiente

Sistema de irrigação inteligente economiza água e produz mais

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/03/2012

Sistema de irrigação inteligente economiza água e produz mais

O sistema já foi testado em várias culturas, e agora será submetido a múltiplos climas. [Imagem: WaterBee Project]

Economia de água na irrigação

O uso da irrigação está presente desde os primeiros registros históricos da humanidade.

Mas o problema crescente da escassez de água tem mostrado que é necessário economizar até mesmo quando o assunto é aumentar a produtividade na produção de alimentos.

Para isso, uma equipe de pesquisadores europeus desenvolveu uma tecnologia que eles chamam de sistema de irrigação inteligente.

O melhor de tudo é que, além de economizar água e reduzir o custo para os agricultores, o novo sistema resultou em um aumento na produção das lavouras.

"Nós desenvolvemos um sistema de irrigação inteligente que economiza 40% de água na irrigação. E nós esperamos que ele tenha um grande impacto porque 60% de toda a água doce no mundo é usada para irrigação," afirma o Dr. John O'Flaherty, coordenador do projeto Waterbee.

Rede de sensores na lavoura

Enquanto um sistema similar, desenvolvido nos Estados Unidos, usa a espessura da folha como indicador da hora de iniciar e interromper a irrigação, a equipe do WaterBee optou pela técnica mais simples, usando sensores de umidade colocados no solo.

A rede de sensores sem fios indica o nível de umidade do solo com precisão em cada área da lavoura.

Um programa de computador recebe as leituras dos sensores e avalia os melhores horários e a intensidade da água a ser lançada, de forma a maximizar os efeitos da irrigação, sobretudo o tempo de retenção de umidade pelo solo.

Segundo o Dr. O'Flaherty, calculando o uso do sistema apenas na Europa, o mercado potencial para a inovação atinge meio bilhão de euros.

Testes

O sistema está em fase de testes em fazendas de culturas variadas na Espanha.

Com os bons resultados iniciais, a equipe agora está irá iniciar uma segunda fase de avaliações, cujo principal objetivo é testar o sistema em diferentes climas e novas culturas.

Já foram selecionadas fazendas para testes na Estônia, Itália, Malta, Suécia e Reino Unido.

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Entre a Terra e o Céu

imageEntre a Terra e o Céu

7o livro da Coleção
“A Vida no Mundo Espiritual”
Ditado pelo Espírito
André Luiz

Resumo

Este é um romance que nos oferece notícias sobre o relacionamento existente nas atividades do Espírito nos dois planos da vida. Renovando seu interesse em nosso aprimoramento íntimo, André Luiz revela a comovente história de Amaro, Zulmira, Odila e outros personagens, recuando nos acontecimentos de suas anteriores existências, desde a Guerra do Paraguai até os dias do Rio antigo. Em seu prefácio, Emmanuel nos assegura que “os quadros fundamentais da narrativa nos são intimamente familiares” como os desajustes familiares, a tormenta do ciúme, as lutas cotidianas para aquisição do progresso moral. Cada página de Entre a Terra e o Céu desdobra ao leitor novos conhecimentos e emoções.

Download: http://files.comunidades.net/rufi/51___Chico_Xavier___Andre_Luis__Entre_a_Terra_e_o_Ceu.PDF

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Bateria de grafeno

Energia

Bateria de grafeno coleta energia termal do ambiente

Com informações da PhysicsWorld - 13/03/2012

Diagrama da célula termal de grafeno, que captura energia térmica do ambiente continuamente, sem nenhum recarregamento. [Imagem: Zihan Xu]

Coletor de energia do calor

Cientistas da Universidade Politécnica de Hong Kong afirmam que ter inventado um novo tipo de gerador/coletor de energia que depende unicamente do calor ambiente para funcionar.

Embora o chamem de "bateria", os cientistas afirmam que seu dispositivo captura a energia termal de íons em uma solução e a converte em eletricidade - sem a necessidade de nenhum tipo de recarregamento.

A invenção poderá ser útil em uma série de dispositivos de colheita de energia, como a alimentação de implantes médicos ou de equipamentos portáteis, usando como fonte de energia o calor do corpo.

Mas, se a descoberta for confirmada, não parecem haver motivos que impeça que ela seja usada em larga escala, para a criação de fontes de energia ambientalmente amigáveis.

Energia dos íons

Quando em solução aquosa, a temperatura e pressão ambientes, os íons viajam a centenas de metros por segundo.

Isso significa que a energia termal desses íons pode atingir vários kilojoules por quilograma por grau de temperatura.

Mas têm sido poucas as pesquisas que tentam capturar essa energia e aproveitá-la de forma útil - transformando-a em eletricidade, por exemplo.

Zihan Xu e seus colegas afirmam ter conseguido isto conectando eletrodos de ouro e prata a uma tira de grafeno.

Eles relatam que seis dessas células colocadas em uma solução de íons de cloreto de cobre produzem uma tensão de até 2 Volts.

Isso é suficiente para acender um LED, o que é impressionante dadas as dimensões envolvidas.

Apenas seis células do coletor/gerador termal são suficiente para alimentar um LED. [Imagem: Zihan Xu]

Gerador contínuo

Mais impressionante ainda é o fato de que nem a solução de cloreto de cobre, assim como nenhum outro componente da bateria/gerador precisa ser substituído e nem recarregado.

Ao contrário das baterias de íons de lítio, que convertem a energia química em eletricidade, e precisam ser recarregadas, essa bateria/gerador de grafeno só depende do calor do ambiente para funcionar.

"A saída de nosso dispositivo é contínua, e ele funciona unicamente coletando a energia termal do entorno dos íons de cloreto de cobre. Ou seja, em teoria, ele funciona de forma ilimitada," disse Xu.

Célula termal de grafeno

Sendo assim, o aparelho funcionaria de forma mais parecida com uma célula solar, com a diferença que coleta a energia térmica, em vez da energia luminosa.

Os íons de cobre colidem continuamente com a fita de grafeno, deslocando seus elétrons.

Esses elétrons podem se combinar com os íons de cobre ou viajar através da fita de grafeno e sair pelos eletrodos, gerando a saída elétrica.

Esse é, na verdade, o caminho preferido dos elétrons, já que eles podem viajar muito mais rapidamente pelo grafeno do que pela solução iônica.

E o grafeno parece ser a parte essencial desse gerador/coletor de energia, já que experimentos com grafite e filmes de nanotubos de carbono não apresentaram os mesmos resultados.

O artigo descrevendo a descoberta ainda não foi publicado por uma revista científica, o que significa que esse novo gerador/coletor de energia termal ainda precisa de revisão e confirmação por outros cientistas.

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Bibliografia:


Self-Charged Graphene Battery Harvests Electricity from Thermal Energy of the Environment
Zihan Xu, Guoan Tai, Yungang Zhou, Fei Gao, Kim Hung Wong
http://arxiv.org/abs/1203.0161

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A Caminho da Luz

image

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
A Caminho da Luz

História da Civilização à Luz do Espiritismo
Ditada pelo Espírito
EMMANUEL

 Download: http://www.kardec.com/litgratuita/camluz.pdf

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Mensagens através da Terra?

Eletrônica

Neutrinos podem transmitir mensagens através da Terra

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/03/2012

Neutrinos podem transmitir mensagens através da Terra

A mensagem foi codificada de forma binária, onde transmitir neutrinos significava 1, e não transmitir neutrinos significava 0. Esta é uma das saídas do feixe NUMI, que funcionou como antena de transmissão. [Imagem: Fermilab]

Portadora de neutrinos

Os neutrinos talvez não sejam mais rápidos do que a luz, mas podem se tornar as estrelas de uma nova forma de comunicação.

Já imaginou querer enviar uma mensagem para a Austrália ou para o Japão, e simplesmente virar sua antena para o chão?

Cientistas do Projeto Minerva demonstraram na prática que isto é possível: eles fizeram a primeira transmissão de uma mensagem usando neutrinos.

E como neutrinos são capazes de atravessar virtualmente qualquer coisa, isto significa que as mensagens podem ser enviadas diretamente através da Terra.

Neste experimento pioneiro, a palavra "neutrino" foi transmitida a uma distância de 1 km, incluindo 210 metros de rocha sólida.

Comunicação direta

A esfericidade da Terra exige múltiplas torres de repetição para a transmissão de dados por ondas eletromagnéticas.

Se remetente e destinatário estiverem longe o suficiente, a solução mais viável é transmitir a mensagem para um satélite artificial, que está alto o suficiente para "ver" os dois e servir de ponte para a comunicação.

Uma alternativa é ligar todos os pontos por redes de fibras ópticas.

Mas uma mensagem de neutrinos pode ser enviada diretamente, simplesmente mirando na posição do destinatário e disparando o feixe, não importando se há montanhas, oceanos, ou mesmo se o destinatário está do outro lado da Terra.

Neutrinos podem transmitir mensagens através da Terra

O gigantesco detector Minerva serviu como antena para a transmissão binária de neutrinos. [Imagem: Fermilab]

Antena de neutrinos

Neutrinos são partículas eletricamente neutras e quase sem massa - sua massa é tão desprezível que um neutrino é capaz de atravessar um cubo de chumbo sólido, com 1 ano-luz de aresta, sem se chocar com um só átomo.

Isso, obviamente, impõe um desafio para uma futura comunicação por neutrinos: construir uma antena capaz de detectá-los.

Felizmente os físicos vêm fazendo isso há anos, para criar os observatórios que permitam estudá-los.

Ainda são detectores muito sensíveis, que precisam ser instalados em compartimentos subterrâneos, capazes de isolá-los de outros tipos de radiação.

Neste experimento, os cientistas usaram como antena de recepção o detector Minerva, que pesa nada menos do que 170 toneladas. O transmissor foi o feixe de neutrinos NUMI (Neutrinos Main Injector).

Ambos são parte do acelerador de partículas Fermilab, nos Estados Unidos.

Comunicação por neutrinos

Embora pareça interessante, dificilmente as mensagens por neutrinos terão uso prático: a velocidade atingida na transmissão foi de 0,1 bit por segundo.

Ou seja, levou mais de duas horas para que a palavra "neutrino" fosse transmitida.

A mensagem foi codificada de forma binária, onde transmitir neutrinos significava 1, e não transmitir neutrinos significava 0.

Embora o feixe de transmissão dispare trilhões de neutrinos de cada vez, o detector só raramente consegue detectá-los.

A palavra neutrino consistia de 25 pulsos, separados entre eles por um período sem transmissão de 2 segundos. Isso foi repetido 3.500 vezes ao longo de 142 minutos.

Em média, a "antena" detectou 0,81 neutrino a cada pulso, com uma taxa de erro de 1% - apenas 1 em cada 10 bilhões de neutrinos foi detectado.

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Bibliografia:

Demonstration of Communication using Neutrinos
D.D. Stancil et al.
arXiv
http://arxiv.org/abs/1203.2847

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Partículas que podem esfriar o planeta

Meio ambiente

Cientistas descobrem partículas que podem esfriar o planeta

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/01/2012

Cientistas descobrem partículas que podem esfriar o planeta

Reator iluminado por um laser ultravioleta. As moléculas saindo por um poro na lateral do reator são amostradas em um espectrômetro de massa por fotoionização através do pequeno cone no centro. A imagem está "deitada" em relação ao experimento original. [Imagem: David L. Osborn]

Bi-radical de Criegee

Cientistas conseguiram estudar em laboratório pela primeira vez um conjunto de compostos químicos que desempenha um papel essencial na regulação do clima na Terra.

São compostos intermediários em reações químicas importantes para a manutenção da temperatura do planeta, o que abre a possibilidade de contra-atacar o aquecimento global.

Conhecidos como intermediários de Criegee, ou bi-radicais de Criegee, são essencialmente óxidos do grupo carbonila.

Esses intermediários químicos invisíveis são oxidantes poderosos de poluentes como o dióxido de nitrogênio, óxido nítrico e o dióxido de enxofre, produzidos pela combustão.

Isso lhes dá a capacidade para limpar a atmosfera de forma natural.

Embora a existência desses intermediários químicos tenha sido teorizada por Rudolf Criegee em 1950, só agora eles foram detectados experimentalmente.

Os cientistas agora acreditam que, com novas pesquisas, estes químicos poderão desempenhar um papel essencial no enfrentamento das mudanças climáticas.

Intermediário rápido

A detecção do intermediário de Criegee, juntamente com a medição da velocidade com que ele reage, foi possível graças a um aparelho único, projetado por pesquisadores dos Laboratórios Sandia, nos Estados Unidos, que usa a luz de uma instalação de luz síncrotron de terceira geração.

A luz intensa e ajustável do síncrotron permitiu aos pesquisadores distinguir a formação e a remoção de diferentes espécies isoméricas - moléculas que contêm os mesmos átomos, mas dispostos em combinações diferentes.

Os pesquisadores descobriram que o bi-radical de Criegee reage muito mais rapidamente do que se pensava, acelerando a formação de sulfatos e nitratos na atmosfera.

Por sua vez, estes compostos levam à formação de aerossóis e, finalmente, à formação de nuvens, com potencial para esfriar o planeta.

Essa velocidade inesperada de reação significa que o intermediário de Criegee desempenha um papel relevante em processos como a formações de aerossóis inorgânicos e a chuva ácido.

Processos naturais

"Nossos resultados terão um impacto significativo na nossa compreensão da capacidade oxidante da atmosfera, com amplas implicações para [os estudos da] poluição e da mudança climática," afirmou o Dr. Carl Percival, da Universidade de Manchester, um dos autores do estudo.

Segundo ele, os resultados abrem um novo horizonte de pesquisas sobre um elemento de altíssimo impacto sobre o clima.

"A principal fonte desses bi-radicais de Criegee não depende de luz solar, de forma que estes processos ocorrem dia e noite," afirmou ele.

"Um ingrediente importante para a produção dos bi-radicais de Criegee vem de substâncias químicas liberadas naturalmente pelas plantas. Desta forma, os ecossistemas naturais poderiam desempenhar um papel importante no enfrentamento do aquecimento [global]," afirmou o professor Dudley Shallcross, da Universidade de Bristol, outro membro da equipe.

Nos últimos 100 anos, a temperatura média da superfície da Terra aumentou cerca de 0,8° C - cerca de dois terços desse aumento ocorreu nas últimas três décadas.

A maioria dos países concorda que são necessários cortes drásticos nas emissões de gases de efeito estufa, e que o aquecimento global futuro deve ser limitado a menos de 2° C.

Bibliografia:

Direct Kinetic Measurements of Criegee Intermediate (CH2OO) Formed by Reaction of CH2I with O2
Oliver Welz, John D. Savee, David L. Osborn, Subith S. Vasu, Carl J. Percival, Dudley E. Shallcross, Craig A. Taatjes
Science
13 January 2012
Vol.: 335 - pp. 204 - 207
DOI: 10.1126/science.1213229

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Alivio na camada de ozônio - ameaçam no clima

Meio ambiente

Fracasso da geoengenharia: gases que salvaram camada de ozônio agora ameaçam o clima

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/03/2012

Fracasso da geoengenharia: gases que salvaram camada de ozônio ameaçam o clima

O Mar de Aral praticamente desapareceu depois de uma das primeiras experiências de manipulação de ecossistemas feitas no mundo.[Imagem: Wikimedia]

O feitiço e o feiticeiro

O Protocolo de Montreal entrou em vigor em 1989, e ficou famoso por banir os CFCs (clorofluorocarbonetos) e os HCFCs (hidroclorofluorocarbonos), que destroem a camada de ozônio.

Esses gases foram então substituídos pelos HFCs (hidrofluorocarbonetos), que se acreditava serem benéficos ou, no mínimo, inertes em relação à camada de ozônio em particular e ao meio ambiente em geral.

Contudo, demonstrando os riscos a que o planeta está sujeito com experimentos de geoengenharia, agora os próprios cientistas estão pedindo um controle sobre o uso também dos HFCs.

De certa forma, a substituição dos CFCs pelos HCFCs foi o primeiro experimento de geoengenharia em larga escala. E os resultados não foram bons.

Ativos e duradouros

Já havia sido demonstrado que os HFCs podem provocar chuva ácida.

Agora ficou demonstrado também, ao que contrário do que se demonstrara na época, que os hidrofluorocarbonetos são climaticamente muito ativos e extremamente persistentes no ambiente.

Os hidrofluorocarbonetos são muito semelhantes aos clorofluorocarbonetos, com a diferença de não usaram cloro e não destruírem o ozônio estratosférico. Ambos são usados em geladeiras e ar-condicionados, em latas de aerossol e como solventes na fabricação de espuma.

O que não se sabia então era que esses HFCs são gases de efeito estufa muito potentes.

O HFC-134a, também conhecido como R-134a, por exemplo, usado nos aparelhos de ar-condicionados de automóveis, é 1.430 vezes mais ativo do que o hoje quase odiado CO2 (dióxido de carbono).

O dióxido de carbono bem poderia rivalizar com o oxigênio como o "gás da vida", dada sua importância no ciclo biológico da Terra.

Hoje, porém, ele é mais conhecido como um gás de efeito estufa - o mesmo efeito que permite a vida na Terra, mas que, levado ao exagero, pode colocar essa mesma vida em dificuldades.

Força radioativa

Uma equipe internacional de cientistas, que inclui o Prêmio Nobel de Química Mario Molina, concluiu que o Protocolo de Montreal trouxe inúmeros benefícios não-intencionais para o meio ambiente, incluindo a redução da emissão de mais de 10 bilhões de toneladas de CO2.

Contudo, eles afirmam temer que esses benefícios possam ser logo jogados fora pelas emissões de HFCs, que estão crescendo a taxas entre 10 e 15% ao ano. "A contribuição dos HFCs para as mudanças climáticas pode ser vista como um efeito colateral negativo do Protocolo de Montreal," afirmam.

A força radioativa - uma medida do efeito de substâncias químicas sobre o clima - dos CFCs tem permanecido constante em 0,32 W/m2, graças ao seu banimento. Mas os HFCs já atingiram 0,012 W/m2 e, segundo os cientistas, poderão alcançar entre 0,25 e 0,4 W/m2 em 2050 - para comparação, o CO2 tem uma força radioativa de 1,5 W/m2.

O maior problema são os chamados HFCs saturados, que podem sobreviver na atmosfera por até 50 anos.

A sugestão dos pesquisadores é que o Protocolo de Montreal seja modificado para incluir essas substâncias, evitando assim toda uma nova rodada de negociações em nível mundial.

Bibliografia:


Preserving Montreal Protocol Climate Benefits by Limiting HFCs
Guus J. M. Velders, A. R. Ravishankara, Melanie K. Miller, Mario J. Molina, Joseph Alcamo, John S. Daniel, David W. Fahey, Stephen A. Montzka, Stefan Reimann
Science
Vol.: 335 no. 6071 pp. 922-923
DOI: 10.1126/science.1216414

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Sim, as estrelas piscam

Espaço

Sim, as estrelas piscam. Que mudem as teorias

Com informações da ESA - 03/03/2012

Sim, as estrelas piscam. Pelo menos as embrionárias

O piscar das estrelas, uma impressão produzida pela atmosfera terrestre - e isto continua sendo uma impressão - mostrou ser um fato real no caso das estrelas-bebês, ainda em processo de gestação. [Imagem: ESA/PACS/NASA/JPL-Caltech/IRAM]

Região de formação de estrelas

Uma equipe de astrônomos detectou, através dos telescópios espaciais Herschel, da ESA e Spitzer da NASA, mudanças surpreendentemente rápidas no brilho de estrelas embrionárias dentro da bem-conhecida Nebulosa de Órion.

As imagens obtidas pelo detector de infravermelho do Herschel, e por dois instrumentos do Spitzer, trabalhando em comprimentos de onda mais curtos, mostram uma imagem mais detalhada das estrelas em formação no coração deste que se tem como um dos objetos mais estudados pelos astrônomos.

A 1.350 anos-luz da Terra, esta é uma das poucas nebulosas visíveis a olho nu.

Ela contém a região de formação de grandes estrelas mais próxima da Terra, com uma luz ultravioleta intensa proveniente das estrelas jovens e quentes que transformam gases e poeira em uma zona brilhante.

Nascimento de uma estrela

O que agora se descobriu é que, dentro dessa poeira - oculta aos comprimentos de onda visíveis - há uma série de estrelas ainda mais jovens, na primeira fase da sua evolução.

A nova combinação de imagens de infravermelho longo e médio penetrou através da poeira obscura e revelou essas estrelas embrionárias.

Uma estrela se forma, acreditam os astrônomos, quando uma densa nuvem de gás e poeira se funde e colapsa sob a sua própria gravidade, criando uma proto-estrela quente central, rodeada por um disco em espiral e envolvida por um halo maior.

Grande parte desse material vai-se juntando em um redemoinho ao longo de centenas de milhares de anos, antes de ser acionada a fusão nuclear no coração da estrela, e esta se tornar uma estrela de pleno direito.

Alguns dos gases e da poeira remanescentes no disco podem passar a formar um sistema planetário - como se acredita ter acontecido com o nosso Sistema Solar.

Estrelas que piscam

Uma equipe de astrônomos liderados por Nicolas Billot, do Instituto de Radioastronomia Milimétrica, na Espanha, usou o telescópio Herschel para "fotografar" a Nebulosa de Órion uma vez por semana, durante seis semanas, no inverno e primavera do ano passado.

A câmara fotodetectora e o espectrômetro PACS do Herchel detectaram poeiras de partículas frias rodeando as proto-estrelas mais jovens em comprimentos de onda de infravermelho longo.

Estas observações foram combinadas com imagens de arquivo do Spitzer, obtidas em comprimentos de onda na zona dos infravermelhos curtos e médios, que mostram objetos mais velhos e quentes.

Os astrônomos ficaram surpresos ao ver que o brilho das estrelas jovens varia em mais de 20% em poucas semanas - deve-se levar em conta que o processo de acreção deveria levar anos ou mesmo séculos.

Em busca de novas teorias

Em certo sentido, o que os astrônomos descobriram é que sim, as estrelas piscam, e muito - então, que mudem as teorias.

Eles terão agora que encontrar uma explicação para este novo fenômeno, ainda não contemplado nos modelos de formação de estrelas atuais.

Uma possibilidade é que os filamentos de gás irregulares estejam afunilando do disco externo para as regiões centrais perto da estrela, aquecendo temporariamente o disco interior e fazendo-o brilhar.

Outro cenário possível é o material frio estar-se acumulando na borda interna e criando sombras no disco externo, fazendo com que este escureça temporariamente.

Em qualquer dos casos, está claro agora que a gestação de estrelas bebês é tudo, menos um processo suave e uniforme.

"Mais uma vez, as observações do Herschel nos surpreenderam e nos deram pistas interessantes sobre o que acontece durante as fases mais precoces da formação de estrelas e dos planetas," comentou Göran Pilbratt, do projeto Herschel da ESA.

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Pó de café usado vira material luminescente

Materiais Avançados

Pó de café usado vira material luminescente para Medicina

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/03/2012

Pó de café usado vira material luminescente para Medicina

Além de usar o pó preto de café para produzir um material que emite diversas cores, os pesquisadores afirmam que sua pesquisa é uma vitória da química verde. [Imagem: Hsu et al./Green Chemistry]

Reciclagem high-tech

Pesquisadores da Universidade Nacional de Taiwan usaram pó de café usado como matéria-prima para criar nanopartículas luminescentes.

Essas nanopartículas, ou nanopontos luminescentes, têm uma ampla gama de usos, da optoeletrônica às células solares, mas destacam-se sobretudo na geração de imagens de tecidos biológicos.

O problema é que os pontos quânticos fotoluminescentes atuais são feitos com cádmio e selênio, materiais altamente tóxico para os tecidos vivos.

Pontos quânticos de carbono

Pin-Che Hsu e seus colegas criaram então os nanopontos de carbono, ou C-dots, que são totalmente biocompatíveis, têm boa estabilidade química e um ótimo rendimento quântico, o que significa que eles emitem luz com boa eficiência.

O mais interessante é que, em vez dos complicados e caros banhos químicos usados para fabricar os pontos quânticos normais, os cientistas pouco mais fizeram do que moer e separar o pó de café já usado.

Pó de café usado vira material luminescente para Medicina

Os pontos quânticos de pó de café foram usados para gerar esta imagem de células vivas. [Imagem: Hsu et al./Green Chemistry]

"A borra de café usado foi seca em um forno a 110°C antes de ser submetida à moagem em uma granulometria fina. Depois de calcinado a 300°C por 2 horas em ar, o pó carbonizado foi resfriado e disperso em etanol," escrevem os pesquisadores.

E os nanopontos luminescentes estavam prontos, bastando ser separados por centrifugação, para descartar as partículas maiores restantes.

"Os pontos quânticos de carbono assim preparados têm um diâmetro médio de 5 nanômetros, com um rendimento quântico de 3,8%, afirmam.

Ciência colorida

O material biocompatível foi testado gerando imagens de células vivas para detectar a angiotensina I, um peptídeo que causa a contrição dos vasos sanguíneos, podendo levar à hipertensão.

Além de usar o pó preto de café para produzir um material que emite diversas cores, os pesquisadores afirmam que sua pesquisa é uma vitória do promissor campo da química verde.

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Bibliografia:


Synthesis and analytical applications of photoluminescent carbon nanodots
Pin-Che Hsu, Zih-Yu Shih, Chia-Hsin Lee, Huan-Tsung Chang
Green Chemistry
01 Mar 2012
Vol.: First published on the web
DOI: 10.1039/C2GC16451E

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Novo microscópio eletrônico

Nanotecnologia

Novo microscópio eletrônico enxerga um décimo do diâmetro de um átomo

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/03/2012

Microscópio eletrônico pticográfico faz imageamento difrativo

A imagem maior mostra o zoom que o microscópio pticográfico permite fazer na imagem vista no canto superior. É possível ver detalhes com 0,236 nanômetros. [Imagem: Humphry et al./Nature]

Microscópio pticográfico

Pesquisadores da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, afirmam ter descoberto uma forma de "revolucionar a microscopia eletrônica".

O professor John Rodenburg e sua equipe apresentaram uma técnica, chamada pticografia, que poderá criar as imagens de mais alta resolução já vistas.

"Nós demonstramos que podemos aumentar o limite de resolução de uma lente eletrônica por um fator de cinco. Uma extensão do mesmo método deverá alcançar a mais alta resolução já obtida em imagens por transmissão, cerca de um décimo do diâmetro de um átomo," afirma o pesquisador.

Observação de amostras vivas

A técnica é aplicável a microscópios que utilizem qualquer tipo de onda e tem outras vantagens sobre os métodos convencionais.

Por exemplo, quando usada com luz visível, a nova tecnologia gera um tipo de imagem que permitirá que os cientistas vejam células vivas muito claramente sem a necessidade de estampá-las em lâminas de vidro, um processo que geralmente mata as células.

O novo método também dispensa a necessidade de colocar uma lente muito próxima de uma amostra viva, o que significa que as células poderão ser vistas através de recipientes grossos, como placas de Petri ou frascos.

Assim, as amostras poderão ser acompanhadas à medida que se desenvolvem e crescem durante dias ou semanas, sem que as observações perturbem o processo natural.

Imagens borradas

Há décadas, os microscópios de transmissão eletrônica têm permitido que os cientistas olhem através de um objeto para estudar suas características atômicas internas.

Sua maior limitação tem sido a qualidade relativamente "pobre" das lentes que são usadas para formar as imagens.

"Uma imagem eletrônica ou de raios X típica é cerca de 100 vezes mais borrada do que o limite teórico imposto pelo comprimento de onda," conta Rodenburg.

Microscópio eletrônico pticográfico faz imageamento difrativo

As imagens pticográficas representam uma espécie de imageamento refrativo, que produz a imagem medindo as ondas que se espalham da superfície da amostra que está sendo observada. [Imagem: Humphry et al./Nature]

Pticografia eletrônica

A nova técnica é chamada de pticografia eletrônica, uma espécie de imageamento difrativo.

Sua grande vantagem é a eliminação da lente, com a imagem sendo formada usando programas de computador para reconstruir as ondas de elétrons que se espalham quando passam pela amostra.

"Nós medimos padrões de difração, e não imagens. O que nós gravamos equivale à intensidade das ondas - de elétrons, de raios X ou de luz - que foram dispersadas pelo objeto, o que é chamado de 'intensidade'," explica o pesquisador.

"Entretanto, para formar uma imagem, nós precisamos saber quando os picos e vales das ondas chegam no detector, ou seja, sua fase. O x da nossa descoberta foi desenvolver uma forma de calcular a fase das ondas partindo unicamente de sua intensidade," completa.

O que o programa de computador faz é, ao receber a informação do detector, reconstruir o caminho da onda difratada, identificando as características precisas do objeto que geraram seu espalhamento.

Isto permite uma resolução inédita, porque elimina qualquer aberração antes causada pelas lentes.

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Bibliografia:

Ptychographic electron microscopy using high-angle dark-field scattering for sub-nanometre resolution imaging
M.J. Humphry, B. Kraus, A.C. Hurst, A.M. Maiden, J.M. Rodenburg
Nature Communications
06 March 2012
Vol.: 3, Article number: 730
DOI: 10.1038/ncomms1733

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Veículos Híbridos–pesquisas brasileiras

Mecânica

Brasileiros fazem avanço rumo a carros a hidrogênio

Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/03/2012

Brasileiros fazem avanço rumo a carros a hidrogênio

Imagem de microscopia eletrônica de transmissão de uma amostra de CeO2. O catalisador poderia ser usado tanto na produção de hidrogênio puro em estações próprias, quanto na geração do hidrogênio no próprio veículo, partindo de um gás-fonte.[Imagem: Vinícius Dantas]

Tipos de carros elétricos

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos, da USP, fizeram avanços importantes rumo a veículo elétricos alimentados por hidrogênio.

A atual onda de carros elétricos fundamenta-se em dois tipos de tecnologias.

O primeiro tipo é formado pelos carros híbridos, que possuem motores elétricos, mas possuem também um pequeno motor a combustão, que pode ser usado para fornecer potência extra ou para gerar eletricidade para suprir as necessidades das baterias.

O segundo tipo são os carros realmente elétricos, alimentados unicamente por baterias. O primeiro carro de corrida elétrico, por exemplo, é desse tipo.

Mas há ainda um terceiro tipo, mais futurístico e mais promissor, e totalmente limpo, mas que ainda depende de vários desafios tecnológicos a serem vencidos.

São os carros a hidrogênio, cuja eletricidade para os motores elétricos não é fornecida primariamente por baterias, embora elas eventualmente continuem a existir, mas por células a combustível, por sua vez alimentadas a hidrogênio.

Uma célula a combustível a hidrogênio consome o gás para gerar eletricidade, e emite apenas água como subproduto.

 

Catalisadores de terras raras

Um dos desafios a serem vencidos para viabilizar os veículos a hidrogênio é aumentar a eficiência e a durabilidade das células a combustível. E isso depende de catalisadores.

O que Vinícius Dantas de Araújo e Maria Inês Bernardi fizeram foi apostar em um óxido de terras raras para purificar o hidrogênio, evitando a deterioração dos eletrodos das células a combustível.

"Os eletrodos, responsáveis por transformar hidrogênio gasoso em eletricidade, param de funcionar muito rapidamente, caso haja a presença de monóxido de carbono nesse processo," explica Vinícius.

O material usado no catalisador é o óxido de cério (CeO2) dopado com cobre, ou seja, um átomo de cério na molécula de CeO2 é substituído por um átomo de cobre.

Isso criou um material que pode ser utilizado como catalisador para fazer a oxidação do monóxido de carbono (CO), transformando-o em CO2.

"A ideia é utilizarmos o catalisador [CeO2] para transformar o monóxido em dióxido, já que este último não inviabiliza o processo, como o CO", explica o pesquisador.

"Já fizemos testes de catálise e os resultados mostraram que o óxido de cério dopado com 3% de cobre já consegue fazer 100% de oxidação do monóxido em dióxido," completa.

 

Armazenamento ou produção a bordo

O armazenamento do hidrogênio é um problema à parte para a viabilização dos veículos elétricos totalmente limpos.

Seria impraticável guardar o hidrogênio em tanques pressurizados, como se faz hoje com o gás natural.

Por isto, as maiores apostas têm sido feitas em cima do armazenamento sólido de hidrogênio.

Vinícius aposta em uma alternativa, que ele considera bastante segura.

A ideia "seria armazenar nos automóveis um gás fonte de hidrogênio (como vapor de etanol) e fazer uma reação catalítica no veículo para obtenção do hidrogênio e, em seguida, utilizar o óxido de cério dopado com cobre para a purificação do gás rico em hidrogênio obtido [na primeira reação]," conta ele.

Assim, o material que ele está desenvolvendo poderia ser usado tanto na produção do hidrogênio, caso se adote o armazenamento do hidrogênio em tanques sólidos, ou na própria célula a combustível, caso a tecnologia que venha a ser adotada seja a produção do hidrogênio no próprio veículo.

 

Produção de hidrogênio a partir do etanol

Outra parte da pesquisa concentra-se em uma etapa anterior do processo, na produção do próprio combustível hidrogênio.

Neste caso, os cientistas estão testando o uso do cobalto como dopante, em vez do cobre.

O intuito final é que o óxido de cério dopado com cobalto seja eficiente na produção de hidrogênio gasoso, a partir da reforma do vapor do etanol.

"Pegamos as moléculas de etanol, as fazemos passar pelo catalisador e, do outro lado, tudo será transformado em hidrogênio e dióxido de carbono," explica Vinícius.

"O óxido de cério dopado com cobalto já conseguiu transformar o etanol em hidrogênio", comemora o pesquisador, embora ainda seja necessário trabalhar na questão da eficiência.

 

Resultados para o futuro

Vinícius está indo agora para a Universidade de Valência, na Espanha, onde pretende usar técnicas de caracterização óptica para correlacionar as propriedades ópticas e estruturais dos seus novos materiais catalisadores - o óxido de cério dopado com cobre ou com cobalto.

"No momento, esses materiais não são viáveis economicamente para uma produção em larga escala. Mas, em um futuro breve, isso mudará", finaliza Vinicius, apostando nos veículos a hidrogênio do futuro.

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Campanha Nacional - Boicote ao carro 0 km

Caros companheiros internautas

O texto que se segue, de um e-mail que circula pela rede a título de campanha, apesar de algumas incorreções creditada ao vício da linguagem atualmente utilizada na internet e da informalidade, contém em seu bojo um conteúdo verdadeiro que merece ser divulgado para que se tome conhecimento dos absurdos que acontecem na Nação e se mantém incólumes com o aval daqueles que deveriam combatê-los.

Antromsil

 

“Assunto: NÃO COMPRE CARRO ZERO EM 2012...!!! SABIA POR QUE?????

leia até o final

VEJA AS FOTOS NO FINAL!

DIVULGUEM...!!!

ISSO É UM ABSURDO .......!!!

Seria interessante ver o que ia acontecer......

...

AVISO MAIS DO QUE IMPORTANTE

Campanha Nacional - Boicote ao carro 0km

Face ao “nefasto” aumento de IPI para carros importados (de qualidade muito superior, diga-se), é a hora de darmos um basta na farra das montadoras no Brasil. Somos o único (SIM, O ÚNICO), país do mundo, que fabrica carros 1.0. Somos o único país do mundo, que fabrica carros com rodas Aro 14, sem direção hidráulica.

Somos o Único País Tropical do mundo, que fabrica carros sem Ar Condicionado.

Somos o único país do mundo, que ainda tem carros saindo de fábrica sem Airbag e Freios ABS!

Somos o único país do mundo que tem investimento 0 (eu disse 0) para carros movidos a energia elétrica!

Somos o único país do mundo que ainda tem como padrão o cambio manual (afinal, conforto de cambio automático é coisa de rico... meu Deus, quanta ignorância).

Somos o único país do mundo, em que um Celta custa o mesmo que um Honda City nos EUA ou México!

Somos o único país do mundo, em que um Gol G 5 (com volante torto) custa a mesma coisa que um Civic nos EUA ou na Europa!

Somos o único país do mundo cujos compradores de carros novos se contentam com verdadeiras 'carroças' , sem opcionais básicos!

Por isso, você, brasileiro que está acostumado a pagar preços exorbitantes, por qualidade 0, faça um exercício mental e espiritual e diga:

NÃO VOU COMPRAR CARRO NACIONAL 0KM, ATÉ TER PADRÃO DE QUALIDADE INTERNACIONAL, E PREÇO JUSTO!

As montadoras culpam demasiadamente o governo pelos altos impostos (que de fato são altos), porém, elas mesmas sustentam um cartel monstruoso, que visa ter o maior lucro do planeta! Sim, o maior lucro da Volkswagen no mundo está aqui. Ford, Fiat e GM idem! E o pior, oferecendo carros de baixíssima qualidade!

Portanto, agora que você, consumidor, já sabe da realidade, faça um pacto com seu colega de trabalho, deixe de impressionar seu vizinho, e de ser aparecido com carro 1.0, e passe 1 ano sem trocar de carro!

Precisamos de apenas 1 ano (sim 1 ano, passa rápido), para mudar o jogo. Estas medidas sim, fazem um país mudar! Ou você acha que os americanos, japoneses e alemães andam de carro 1.0 sem direção elétrica/hidráulica e ar condicionado?

A GM que tente vender um Celta nos EUA.... seria o fim da marca.

É Hora do Basta! Encaminhe este e-mail para todos que você conhece.

Caso contrário, uma maldição cairá sobre você, e estará condenado a andar na Imigrantes, em janeiro, num sol de 35 graus, num celta, gol, uno ou Ford Ka sem Ar condicionado!

Já pensou o que estes caras farão para nos ter de volta, comprando carros???

Atenciosamente.

Campanha Nacional - Boicote ao 0km - Agora é a hora!

Acorda Brasil !!!

Esse é o nosso lema, Não compre carro e não deixe nenhum amigo (a) seu comprar.
Veja valores de carros vendidos no EUA e Brasil:
Montadora Hyundai -
http://www.hyundaiusa.com/vehicle-lineup/
PREÇOS EM DOLAR +/- R$ 1,75 em reais

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O Tucson Americano que aqui no Brasil é o ix35 custa nos EUA U$ 19.045,00 equivalente a R$ 33.328,00, aqui no brasil este carro esta por R$100.000,00

Wolks - http://www.vw.com/en/models.html

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Ford Americana - http://www.ford.com/

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Toyota - http://www.toyota.com/camry/

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R$ 27.800,00 nos EUA, no Brasil sai Por R$ 86.000,00... é uma Palhaçada

KIA - http://www.kia.com/#/allModels/

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AUDI - http://progress.audiusa.com/ 

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Um Absurdo... o AUDI A6 que custa U$ 41.700,00 o equivalente a R$ 70.000,00 nos EUA, aqui no Brasil o Preço Mínimo é de R$272.700,00, ou seja R$200.000,00 a mais.

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GM Americana - http://www.gm.com/vehicles/browseByBrand.html

Calculando o dólar a R$1,75 hoje o Camaro Sai por menos de R$35.000,00 nos EUA, no Brasil esse carro não sai por menos de R$ 180.000,00 é um ABSURDO!!!

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NÃO COMPRE CARRO ZERO EM 2012, E NÃO DEIXE NENHUM AMIGO(A) SEU COMPRAR!

Então Pessoal, o Circo esta Montado aqui no Brasil, só falta Palhaço, quem quiser pode entrar.

Vamos ver até quando esta exploração vai permanecer.
Vamos Parar de Sustentar esta cambada de exploradores e mostrar que quem manda é o consumidor!

DIVULGUEM
se todos ficarmos sem comprar carros 0 km por 03 meses imaginem a catástrofe

Repasse para todos da tua lista...
Passados uns dias mande de novo.
FINJA QUE ESTÁ COM ALZHEIMER.
Ninguém vai ser castigado se não repassar, mas, certamente,
conseguiremos dar um susto no Cartel das Montadoras.”

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Múltiplos canais na mesma frequência

Eletrônica

Ondas de rádio torcidas colocam múltiplos canais na mesma frequência

Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/03/2012

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Esquema do experimento realizado em Veneza, demonstrando a transmissão de dois canais de rádio independentes dentro do mesmo de sinal de ondas torcidas, ou ondas trançadas. [Imagem: Tamburini et al./NJP]

Ondas de rádio trançadas

Um grupo de pesquisadores italianos e suecos parece ter resolvido o problema do congestionamento dos canais de transmissão de dados via rádio, as agora rebatizadas "transmissões wireless".

Celulares, internet sem fio e TVs digitais estão provocando um esgotamento rápido do número de frequência de rádio disponíveis para transmitir informações - embora a adoção da era digital esteja longe de atingir seu potencial quando se considera o mundo todo.

A saída pode ser trançar as ondas de rádio, girando-as em seu próprio eixo, até que elas assumam o formato da rosca de um parafuso.

Uma onda pode ser girada ao redor de seu eixo um certo número de vezes, tanto no sentido horário quanto anti-horário, o que permite montar inúmeras configurações de ondas diferentes, que podem compartilhar a mesma banda de transmissão, ou a mesma frequência.

Os cientistas já fazem isso com a luz há bastante tempo, já tendo demonstrado até uma "luz super trançada".

Agora, Fabrizio Tamburini e seus colegas das universidades de Pádua (Itália) e Uppsala (Suécia) demonstraram que isso também é possível de se fazer na prática com as ondas de rádio.

Ondas torcidas

As ondas de rádio trançadas, ou ondas de rádio torcidas, como os cientistas as chamam, permitem que um número praticamente infinito de canais possa ser transmitido e recebido em uma mesma área.

O mecanismo funciona para rádio, TV e WiFi.

"Em uma perspectiva tridimensional, essa torção de fase se parece com um macarrão fusili. Cada um dos feixes torcidos pode ser gerado de forma independente, propagado e detectado exatamente na mesma banda de frequência, comportando-se como canais de comunicação independentes," resume Tamburini.

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Observe o detalhe da antena parabólica helicoidal usada para gerar o efeito de onda trançada. Duas antenas Yagi (à direita) foram usadas para receber cada um dos dois canais codificados na transmissão experimental. [Imagem: Tamburini et al./NJP]

Para demonstrar a técnica, a equipe transmitiu ondas de rádio trançadas, na banda de 2,4 GHz, por uma distância de 442 metros, entre uma casa na Ilha de São Jorge e um prédio na região continental de Veneza, na Itália.

Os dois canais inseridos na transmissão foram detectados e separados perfeitamente.

"É possível usar a multiplexação, como na TV digital, em cada um dos feixes, para implementar ainda mais canais nos mesmos estados, o que significa que se pode obter 55 canais na mesma banda de frequência," disse Tamburini.

Buracos negros trançados

A descoberta tem efeitos também na astrofísica.

Os buracos negros, por exemplo, estão girando constantemente. Conforme as ondas passam por eles, elas são forçadas a girar, alinhando-se com o buraco negro.

De posse dos novos cálculos, os astrofísicos poderão tirar mais informações da luz captada, em diversos comprimentos de onda, vinda desses e de outros corpos celestes.

"Nós descobrimos que isso cria um novo efeito relativístico que estampa um momento angular orbital nessa luz," afirma o grupo, em um outro artigo que estabelece os fundamentos teóricos da descoberta.

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Bibliografia:
Encoding many channels on the same frequency through radio vorticity: first experimental test
Fabrizio Tamburini, Elettra Mari, Anna Sponselli, Bo Thidé, Antonio Bianchini, Filippo Romanato
New Journal of Physics
Vol.: 14, 033001
DOI: 10.1088/1367-2630/14/3/033001
Twisting of light around rotating black holes
Fabrizio Tamburini, Bo Thidé, Gabriel Molina-Terriza, Gabriele Anzolin
Nature Physics
Vol.: 7, 195-197
DOI: 10.1038/nphys1907

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