CRENÇA II - TRADIÇÕES BÍBLICAS

livrosObservação:

Antes de adentrarmos no assunto que quero expor, chamo a atenção dos leitores para o fato de que o presente artigo não tem a intenção de polemizar e nem tampouco ferir suscetibilidade de nenhum religioso ou instituição religiosa. O interesse é tão somente bem informar aos leitores e o público de um modo geral, a respeito de alguns tópicos não muito evidentes e esclarecedores, cuja interpretação merece um cuidado maior, uma análise profunda, de modo a não dar azo a imaginações cultivadas com os fertilizantes do fanatismo religioso.

Alguns irmãos menos esclarecidos acham que se deve aceitar cegamente tudo que está escrito na Bíblia por acredi tarem na sua infalibilidade. Porém, antes de esclarecermos alguns pontos mais polêmicos, façamos algumas apreciações embasadas na ótica da razão e do discernimento para não incorrermos em claudicação.

Em primeiro lugar, analisemos alguns pormenores de extrema importância para a elucidação de alguns fatos não muito bem explicados ao longo da história e que perduram até hoje na obscuridade. É o caso, por exemplo, das diversas traduções e das diferentes versões bíblicas que conhecemos.

Os fragmentos de texto que se seguem foram extraídos Bíblia Sagrada na versão portuguesa da Vulgata Latina traduzida pelo Pe. Antônio Pereira de Figueiredo.

A Versão dos Setenta e a Vulgata Latina

“Até o final do século IV, conhecia-se da Bíblia, a chamada Versão dos Setenta, também chamada de septuaginta assim denominada por ter sido confiada por Ptolomeu II, Filadelfo (309 a 246 a. C.) rei do Egito, a setenta e dois rabinos, seis de cada tribo, que a realizaram entre os anos de 285 a 247 a. C., na ilha de Faros, perto de Alexandria.” A Versão dos Setenta foi, portanto efetivada no antigo Testamento. *

“Da Versão dos Setenta originou-se a Vulgata Latina, realizada em sua quase totalidade por São Jerônimo, doutor da Igreja (c. de 350-420), diretamente do hebraico, do aramaico e do grego, por incumbência de Damásio I, papa de 366 a 384. Em 386, São Jerônimo terminou a tradução do Novo Testamento, e, entre 391 e 405. a do Antigo Testamento. Em 1592, o papa Clemente VIII mandou fazer uma revisão da Vulgata Latina, e esse texto revisado é hoje de uso oficial na Igreja Latina.” **

“Quase todos os livros da Bíblia foram escritos em hebraico. O aramaico é o idioma original de fragmentos do Antigo Testamento (Dan. 2, 4b-7, 28; Esd 4, 8, 6, 18; 7, 12-26; Jer. 10, 11), e, no Novo Testamento, de todo o Evangelho de Mateus. O grego foi usado para o livro da Sabedoria, Macabeus II e todo o Novo Testamento (com exceção do livro de Mateus).”

Observação: O texto em itálico aí transcrito está mostrado ipsis litteres, ou seja, do mesmo modo como está escrito no livro, de modo que se houver alguma falha, essa se deve às imperfeições de impressão ou descuido do autor. O mesmo vale para os parágrafos assinalados com (*) e (**).

Ora, como podemos perceber os livros bíblicos não estão compilados tal como foram escritos há séculos atrás. Foram três os idiomas originais, conforme o texto acima descrito. Fragmentos daqui, um pedacinho dali, e assim temos hoje uma amalgama de textos não integralmente escritos um após outro como supuséssemos que fosse. A isso, agreguem-se as constantes traduções, primeiro para o grego e latim e depois para mais de mil línguas e dialetos falados em todas as partes do mundo; e as revisões que também são inumeráveis.

Afora isto, levem-se em consideração as constantes mudanças vernáculas, os regionalismos, etc., pois para exemplificar, verifiquemos o que acontece com a nossa língua num período de 10 anos e notaremos que o linguajar muda constantemente além de aumentar o número de palavras com as novas tecnologias e descobertas. Assim foi e assim continua sendo.

Outro texto extraído da internet no site http://jefferson.freetzi.com/entrada.html, diz o seguinte:

“1. Barreiras de Linguagem

A Bíblia foi escrita em três línguas: O Antigo Testamento em Hebraico e algumas poucas partes em Aramaico, e o Novo Testamento em Grego. Nossas traduções em Português, embora muito bem feitas por conselhos editoriais compostos por grandes eruditos nessas línguas, muitas vezes não conseguem achar palavras do nosso idioma que correspondam perfeitamente às do idioma original. Também, é difícil fazer a transposição do tempo, da voz e do modo dos verbos, da sua origem  para a atualidade”.

Isto significa dizer que não há uma tradução literal, por maior esforço que se faça neste sentido, justamente por causa desses entraves. Vinculem-se a isto as barreiras geográficas, porque muitos dos acidentes geográficos como rios, lagos, riachos, vilas, cidades, etc., hoje não mais existem e daí a dificuldade de se precisar a localização exata de um determinado sítio citado em alguma passagem do texto. Nesse intervalo de tempo houve também mudanças no calendário cristão que é diferente dos calendários usados pelos povos de antanho, o que impede que se encontre a datação exata das ocorrências, e assim por diante.

E os costumes da época, a cultura, será que ainda são os mesmos, posto que mudam também com o tempo? E, durante todo esse longo intervalo será que ninguém meteu o bedelho onde não devia e lá escamoteou ou maquiou alguma coisa? Quem nos garante que não houve alguma alteração intencional? E até há alguma informação a esse respeito.

Continuando com as nossas conjecturas, perguntamos: Por que vários livros, considerados apócrifos, ainda hoje são publicados e conhecidos pelo povo? Por que bíblias diferentes para diferentes segmentos do cristianismo?

Pelo exposto, não podemos crer cegamente em tudo que se nos induzem a crer, pois, cada orador interpreta e prega de conformidade com os dogmas de sua congregação e continua em pleno vigor a máxima que diz que ninguém é o dono da verdade.

A crença é individual, é apanágio de cada indivíduo; não podemos impor a alguém a nossa fé, posto que todos têm o seu livre arbítrio.

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CRENÇAS

250px-Solar_sysMesmo vivendo em pleno século XXI pessoas há que se deixam enganar facilmente acreditando em tudo que lhe dizem sem atinar que tal assertiva deve ou não passar pelo crivo da razão. Embora dotado de todas as ferramentas necessárias ao entendimento das coisas da vida, o homem ainda crê em coisas que o bom senso repele por agir impensadamente, por impulsos ou por desinteresse de estudar o assunto com maior zelo, o que o leva à superstição, ao misticismo e ao pior de todos os males da fé, o fanatismo. 

Ainda somos bastante fracos, muito imperfeitos moralmente e por esse motivo nos permitimos envolver com pessoas de grande poder de persuasão que nos transmitem os mais absurdos sistemas que, por desconhecimento e indiferença em conhecer melhor aceitamos e nos deixamos convencer e esta é uma das razões de existirem tantos credos, em sua maioria derivados do Cristianismo.

Falo Cristianismo, por se tratar do tema principal deste estudo, embora mesclado de textos complementares, quando se fizer necessário um melhor esclarecimento.

Esse breve comentário tem como finalidade chamar atenção do leitor para o conteúdo do tema que tratarei daqui em diante, assunto polêmico e muito controverso, porque, por pensarmos diferentemente uns dos outros, cada cabeça tem uma sentença e por esta razão, nem sempre chegamos a um acordo quando das conclusões, principalmente em se tratando de fé.

CRENÇA I – VIDA EM OUTROS MUNDOS

Ensaio – por antromsil.

Acreditar neste ou naquele postulado, neste ou naquele sistema depende muito de convicção. Crer ou não crer depende de uma aceitação íntima, de um conhecimento e convencimento prévios do objeto em questão.

Pessoas há que, inconseqüentemente acreditam em tudo, sem nada analisar, sem contrapor qualquer argumento. Não pode ser assim. Outras há que dizem em nada ou quase nada crer a não ser que tais hipóteses possam ser demonstradas ou percebidas por qualquer um dos nossos sentidos. Todavia, existem aquelas mais ponderadas que, antes de tudo aceitar como verdade fazem antes uma apreciação dos parâmetros existentes para daí poder manifestar-se contra ou a favor de tal proposição.

Muitos acontecimentos bizarros, narrados por pessoas idôneas, instruídas e de nomes respeitáveis, das quais não se pode nem mesmo supor nenhum resquício de malícia, as quais são ultrajadas com piadas de mau gosto por pessoas inescrupulosas que, antes de analisarem o fato com profundidade, achincalham e depredam esse nome venerável simplesmente por ignorância, irreflexão e orgulho e ainda achar que tudo sabem.

Porém, em muitas afirmações duvidosas pode-se guardar reserva sem nenhum medo de errar em sua escolha. É antes sábio do que insensato quem assim age. Prudência e caldo de galinha não faz mal a ninguém, dizem as pessoas entendidas.

É o caso de se acreditar se existe ou não vida em outros mundos semelhantes à Terra, que muitos acham ser o único habitado em todo o Universo.

Afirmam alguns não ser possível ter vida em astros como a Lua, Marte ou Vênus, etc., devido a não comprovação de existência de água, por falta de atmosfera ou por ser esta diferente da nossa, composta de gases venenosos. Mas, será que mundos diferentes não podem ter tipos de vida diferente das que conhecemos por cá?

O que é venenoso para uns não significa que seja necessariamente nocivo a outros e os exemplos nós temos aqui mesmo em nosso orbe, como os urubus, os abutres e os porcos, pelo que podem deglutir sem lhes causar nenhum mal, apenas para ilustrar; os animais que vivem certos habitats altamente nocivos ao homem, inalando diariamente alguns tipos de gases deletérios como os ratos dos esgotos, sapos, cobras, etc. Os diferentes tipos de vida da nossa pequena Terra nos dão uma idéia do que poderá ser encontrado em outros planetas.

Notar também que os tamanhos dos astros e as distâncias que os separam de outros mundos não são as mesmas em relação à sua estrela ou estrelas; são bem diferentes e olhe que não são coisa de alguns poucos mil quilômetros. São distâncias astronômicas, o que significa afirmar que a luminosidade e o calor recebidos são de nuances incomparáveis, completamente adversos da luz e calor que recebemos do Sol.

Outra coisa, alguém já esteve lá para constatar a veracidade da conjectura? Os nossos instrumentos são capazes de detectar os entretons dos elementos que sejam suficientes para a correta interpretação do objeto em análise? Será que somos tão perfeitos que não possamos nos enganar ou sermos induzidos a crer em falsos dados fornecidos por nossos instrumentos? E eles, (os instrumentos), por acaso são perfeitos? As informações são passadas na íntegra ou sofrem algum tipo de censura pelas autoridades dos países pesquisadores? A ciência, então, já deu sua palavra final? E Deus, em sua infinita sabedoria não pode criar o que quiser, como quiser, quando quiser e onde quiser? É nestes questionamentos que devemos nos apoiar para podermos especular sobre o assunto em pauta e outros similares.

Nós pobres e orgulhosos terráqueos achamos que somos os únicos privilegiados pela Providência por habitarmos um pequeno grão de poeira estelar algures do Universo. Não, meus amigos, estaremos redondamente enganados se assim pensarmos. Nós já estamos preparados para aceitar ensinamentos mais profundos, embora muitos desses ensinamentos sejam obstruídos por interesses escusos, de pessoas e entidades que não os querem ver demonstrados.

Para ilustrar minhas palavras quero aqui fazer algumas ponderações que nos ajudarão bastante o raciocínio.

1 - Existem formas de vida na Terra onde jamais imaginaríamos que fosse possível haver. Pesquisadores demonstram em diversos documentários a existência de pequenos crustáceos habitando nas fumarolas submarinas dos vulcões, cuja temperatura chega a mais de 80º C, impossível de ser suportada pelos seres vivos normais. Alguns microorganismos como bactérias, por exemplo, são capazes de suportar temperaturas extremas tanto frias como quentes. Fala-se de vida até em lavas vulcânicas.

2 – Nem mesmo os artefatos criados pelo homem como o submarino, o batiscafo (que pode, teoricamente, imergir a até 12 mil metros de profundidade), etc., são capazes de suportar as altas pressões das profundezas oceânicas. No entanto, lá existe vida, por incrível que pareça! Existe vida sim e não só microscópica como também de grandes peixes. Pelos padrões exigidos pelos céticos não era para ser assim. Nós moramos aqui e o que nós sabemos a respeito dessas espécies das grandes profundezas submarinas? Nada, só que existem.

3 – Há, aqui na Terra, um tipo de vida, que se constitui de uma massa disforme semelhante a um mingau (ou papa) derramado, de cor amarelo-alaranjado, que se desloca sobre os troncos das arvores comendo tudo aquilo que encontra pela frente e que lhe convém. Organismos análogos só encontramos em obras de ficção científica; porém, estes foram descobertos aqui mesmo em nosso globo. Infelizmente não lembro o nome dado a tal organismo.

Portanto, há “n” exemplos que podemos mostrar e analisar; coisas que nós poderíamos crer impossíveis de haver em nosso mundo e que são uma realidade.

Os conhecimentos humanos em astronomia estão somente engatinhando e embora tenhamos encontrado no computador um aliado importante e de grande utilidade não só em astronomia, mas em todas as áreas das ciências humanas, nossos instrumentos de pesquisa ainda são bastante tímidos para nos ajudar nas grandes empreitadas.

Em sendo assim, paremos para pensar um pouco antes de duvidarmos de alguma coisa fora do alcance dos nossos sentidos porque de vez em quando temos surpresas; vez por outra aparecem novidades nos noticiários da imprensa e acontecimentos diversos aqui e algures em qualquer lugar do mundo.

A cada dia surgem novas tecnologias e novos horizontes se insurgem aos nossos olhos. A ciência continua trilhando o seu infinito caminho e não se sabe até onde ela pode chegar.

Antromsil

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COISAS INEXPLICÁVEIS 2

220px-Large_bonfire FOGO - Quem ainda não tentou acender o fogo da churrasqueira, do fogão a lenha ou do fogareiro e não amargou fumaça nos olhos até lacrimejar. Quanta dificuldade, quantos artifícios usados para ver as chamas queimando e poder usá-las para os devidos fins. De tudo usamos para fazer a ignição: gravetos, sacos plásticos, borracha, álcool, querosene e o danado do fogo emperra e continua pega, mas não pega.

Quantas pessoas não há que, na sua faina diária, acordam cedinho e tem como primeira tarefa o acendimento do fogão a lenha ou fogareiro, perdendo boa parte do seu precioso tempo tentando fazer o fogo pegar, inalando a fumaça tóxica dos aditivos usados para a ignescência e da própria madeira, tossindo e deitando lágrimas forçadas pela irritação.

No entanto, uma pequena faísca, ponta de cigarro e até uma gota de orvalho ao concentrar a luz do sol como uma lente de grau, pode causar um incêndio de grandes porções, em que as chamas tangidas pelo vento se lastram com uma rapidez impressionante, sendo capazes de assolar áreas de proporções colossais, florestas interas, como comumente acontece em todas as partes do mundo. Como elucidar tais fenômenos? Não existe esclarecimento, melhor dizendo, até agora ninguém deu uma solução para o caso, até onde eu sei.

FERIDA - Um ferimento no corpo seja ele no braço, na perna, no pé, onde quer que se localize, sempre tem alguma pessoa, coisa, ou seja, lá o que for para magoá-lo. Tudo que eventualmente caia ou se movimente, parece ser atraído pela ferida e forçosamente cai ou esbarra em cima dela, provocando dores atrozes e impedindo-a de sarar mais depressa.

Se um ferimento está localizado nos membros superiores e inferiores estão mais expostos a levar pancada, principalmente se for nos pés e por mais cuidado que se tenha geralmente acontece o pior.

TOALHA - O que dizer então da toalha de banho ou de rosto que usamos em nosso asseio cotidiano? O emprego de água e sabão pressupõe limpeza e é com esse intuito que nos lavamos e nos banhamos quando se faz necessário. É ainda uma necessidade básica de higiene, hábito salutar tão imprescindível quanto à própria alimentação.

Porém, depois de algum tempo de uso, um dia ou dois dias talvez, a toalha já começa a apresentar sinais de sujeira e a exalar um cheiro esquisito, se for usada por somente uma ou duas pessoas. Fica, outrossim, encardida, como se soltássemos a tinta do corpo. Até parece que tomamos o banho sem sabonete ou sabão.

Se o uso é coletivo, caso seja toalha de rosto, um dia só é o bastante para sujar e impregná-la de mau cheiro a ponto de ficar malacafenta, insuportável, como se apenas molhássemos as mãos para em seguida enxugá-las. Como explicar?

O DIA ERRADO – Há dias que tudo que queremos fazer dá errado. Mas, por quê? Logo que o cidadão se levanta do leito tropeça em alguma coisa e às vezes acaba se machucando.

Depois do asseio matinal, ao se vestir, nota que falta um botão da camisa ou o fecho da calça torna-se perro. Na mesa, o café lhe queima a boca e o pão cai no chão, aberto e com o lado da manteiga pra baixo. O filho derrama café na mesa e o líquido quente cai sobre suas pernas. O individuo se aborrece, ralha com o guri e daí começa uma discussão banal que se acirra rapidamente. A mulher toma as dores pelo filho que, por ser inocente, não fez por mal.

Durante essa discussão, o leite derrama e enquanto a mulher cuida do leite, os ovos passam do ponto e por aí vai até que, sem perceber, os minutos se passam. Ele olha pro relógio e já está passando da hora de sair. O seu transporte, seja ele bicicleta, moto ou carro, está com o pneu baixo o que lhe deixa ainda mais nervoso.

- Mas, o que é que está acontecendo comigo hoje? – pergunta-se atordoado com os estranhos acontecimentos que lhe tolhem o discernimento e as idéias.

Remediados os primeiros contratempos, segue seu caminho rumo ao trabalho, lembrando de passar no posto mais próximo para calibrar os pneus e reabastecer, pois o veículo quase que não pega. Só que, ao enfiar a mão no bolso percebe que esqueceu a carteira...

Desse modo, continua o dia cheio de transtornos, um aborrecimento atrás do outro sem que haja um motivo aparente, um pesadelo que parece não ter mais fim e até que esse dia acabe a pessoa tem a impressão de que passou por um estágio do inferno existente aqui mesmo na Terra. Mais um fato que não tem explicação.

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COISAS INEXPLICÁVEIS - 1

HOMENS DO CAMPO E DA CIDADE - Existem alguns fatos que nos deixam intrigados a procura de explicação presumível para que ocorra tal evento e não conseguimos atinar nem mesmo uma suposição aproximada.

Como explicar, e.g., o acontece com algumas pessoas da cidade que engordam feito animal para o abate, mesmo sem se alimentar demasiadamente, pessoas de baixa renda, que muitas vezes tem uma dura faina, enquanto que outros, habitantes do interior, trabalhadores da roça, comem feito um padre, alimentos grosseiros, gordurosos em sua maioria e não tem um pingo de gordura, problemas de colesterol, além de não ter fragilidade física e nem propensão às doenças comuns aos habitantes da cidade?

Evidentemente que são dois locais completamente diversos situados um em oposição ao outro. Um, completamente agitado, estressante pelo seu próprio modo de ser, cheio de violência, de ruídos exacerbados e não muito salutar.

Entretanto, aí estão as melhores condições de vida porque tudo se encontra facilmente, ao contrário da roça onde tudo é difícil de achar, como: posto de saúde, supermercado, farmácia, transporte, telefone, internet, etc.

Mas então, por que o homem do campo é mais saudável e vive mais que o homem da cidade, se o seu trabalho não é menos insalubre que o deste outro?

Poder-se-ia argumentar que a alimentação do homem campesino é toda ela natural. Isso em tese, porque este também consome mantimentos vendidos na cidade os quais são manipulados, como alguns transgênicos, frutas e verduras contaminadas com agrotóxicos, produtos industrializados que contêm corantes e outros ingredientes, cujo emprego nem sempre está de acordo com as normas de higiene e saúde.

Os animais abatidos para consumo são criados com ração, com hormônios, às vezes confinados, sem os cuidados higiênicos necessários, etc., não obstante a atenção e exigências da Vigilância Sanitária e dos demais órgãos de fiscalização do governo.

No sertão somente existe os ruídos da natureza, mas tem poeira e um sol abrasador. Este mesmo sol que castiga, não mata e nem faz adoecer; arde qual pimenta, mas não mancha e nem queima a pele. O ente da cidade não pode tomar sol sem os cuidados exigidos porque este exposto aos raios ultravioleta que não afetam o camponês. E isso acontece na labuta do ano todo, quase que diariamente.

Diferente do homem citadino este nunca é acometido de câncer de pele, não faz exame de próstata, não morre de enfarto do miocárdio e nem precisa de academia, posto que está sempre em forma, sem barriga e sem banha. Pode se alimentar do que quiser, sem dietas e nem regras que disciplinem o seu modo de vida, que dá tudo certo.

O que ele tem a mais em seu favor são: pouca ou quase nada de poluição do ar ou da água; ruídos bem abaixo dos níveis toleráveis; menos agitação e portanto, menos frenesi. Mas, em contrapartida, não tem água encanada e nem tratada, que pode não ser poluída, mas é barrenta, salobra e de qualidade duvidosa, coada somente, porque nem todos têm filtro. Há ainda, em alguns casos, o problema da escassez Ademais, nem sempre dispõem de fogão a gás, cozinhando em trempes, fogareiros ou fogões rudimentares, usando lenha ou carvão, cuja fumaça não é nada saudável.

Pestilência, verminose, fungos e bactérias existem em ambos os habitats, porque se aqui tem moscas, lá também e até mais, se incluirmos a mosca do chifre que acomete o gado; o barbeiro, a muriçoca que está em toda parte e assim por diante.

Muitas famílias do interior ainda usam lamparina, apesar dos governos terem coberto o Estado quase que totalmente com redes elétricas.

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PEQUENOS NOTÁVEIS -DARLEY

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HOMENAGEADO DO MÊS

Raimundo Arruda de Sousa, o popular Darley, nasceu no dia 10 de maio da 1935, em Sobral, no Bairro da Saúde.

De família humilde, foi criado por uma tia, D. Conceição, de saudosa memória e por ter ficado órfão em idade tenra, não tem lembrança de seus pais.

Aos 15 anos de idade ao perder sua tia e mãe adotiva, foi morar em Fortaleza, onde trabalhou, dentre outros serviços e biscates, como trocador de ônibus.

Por essa época, já ensaiava algumas canções em brincadeiras com os amigos, cantando músicas de sucesso, daqueles idos, nas vozes de Jackson do Pandeiro, Ary Lobo, e outros artistas, nos finais de semana, dando assim, sinais de que seria um bom intérprete.

Sua maior alegria foi quando, ainda na capital, teve a oportunidade ímpar de tocar com Luiz Gonzaga, quando os seus componentes Zequinha e Catamilo ficaram impedidos de participar do show do Rei do Baião e este solicitou da platéia duas pessoas que tocassem triângulo e zabumba, Darley se apresentou para tocar triângulo e juntamente com outro rapaz desconhecido auxiliaram-no em sua apresentação.

De volta a Sobral ingressou no Conjunto de Zé Café com o qual permaneceu por cerca de 20 anos seguidos, sendo revelado por ocasião de uma festa no Club Fortaleza, no Bairro da Santa Casa, onde este tocava, quando solicitou para cantar a música Sapo na Lagoa. Aplaudido de pelos dançarinos que pararam para ouví-lo, admirados com o seu talento musical, foi convidado a permanecer no grupo por Zé Café.

Tocou também com com Zequinha Freitas, Tio do Rei, Artêmio, Raimundo Pedro, João Paraibano, Gerardo, Leôncio e Vicente Ferreira dentre outros sanfoneiros e conjuntos musicais, em sua carreira, por toda Zona Norte do Estado.

Teve grande destaque como compositor de paródias e músicas inéditas para diversos políticos da região, notadamente para a família Barreto Lima com a qual permaneceu por cerca de 25 anos.

Hoje, funcionário público aposentado pela Sec. de Saúde do Estado do Ceará, é figura de destaque no Beco do Cotovelo, onde tem assento permanente como cambista (vendedor de bilhetes de loteria) e um círculo de amizade muito vasto, conquistado com a sua grande simpatia.

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